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segunda-feira, 28 de março de 2022

Riscos, físicos e emocionais, provocados por transtornos alimentares


Transtornos alimentares são desordens complexas, causadas e mantidas por diversos fatores sociais, psicológicos e biológicos. Eles figuram entre as patologias psiquiátricas e, nos últimos tempos, vêm apresentando maior crescimento em termos de incidência em toda população, trazendo prejuízos físicos, psíquicos, afetivos e sociais.

 

Com a grande evolução tecnológica essa alteração dos hábitos e dos comportamentos alimentares prejudica a saúde mental e física do indivíduo. Mas, a grande questão é que não se trata apenas de sofrimento do corpo, todo o psiquismo adoece quando um transtorno alimentar é identificado.

 

Vários são os transtornos alimentares, mas alguns são mais incidentes que outros, como por exemplo: a anorexia, uma restrição alimentar severa, que leva a desnutrição e a perda importante do peso. Caracteriza-se pelo medo intenso de se engordar e, através da distorção da imagem corporal, o indivíduo não consegue, de forma alguma, se perceber emagrecida.

 

Também temos a bulimia, quando ocorre a ingestão de grande quantidade de alimento com uma certa frequência, compulsivamente.

 

E ao perder o controle e conscientizar-se deste fato, a pessoa tenta compensar o excesso ingerido através de vômitos auto induzidos, laxantes/diuréticos, jejum ou exercícios em excesso.

 

Já a compulsão é semelhante à bulimia, porém sem a compensação em vômitos.

 

Ainda podemos encontrar mais dois transtornos alimentares frequentes: a Ortorexia e a Vigorexia. O primeiro é a obsessão por alimentos saudáveis, causando prejuízos na interação social e uma restrição alimentar importante.

 

Já o segundo é um tipo de delírio emocional obsessivo pelo ganho de músculos a todo custo. Acompanhado por uma alimentação restrita, muito específica, com intuito de auxiliar no aumento da massa muscular de maneira descontrolada.

 

Porém, apesar de saber que as compulsões estão muito relacionadas à ansiedade e à depressão, é importante destacar que para haver o transtorno alimentar, os episódios devem ser recorrentes e não apenas uma eventualidade.

 

Além disso, um mesmo paciente pode apresentar vários transtornos, uma vez que eles estão interligados. Cabe colocar também que, falando de obesidade, a comida ocupa o lugar da falta, servindo para preencher um vazio, amenizar vácuos inconscientes que nada tem a ver com a comida.

 

Uma necessidade de saciar uma fome desperta por outros gatilhos. Transferindo para a comida todas as emoções não gerenciadas. Essa compreensão das várias faces dos transtornos alimentares, está além do corpo e dos alimentos.

 

Passa por severas distorções da forma como o indivíduo se enxerga, da autoimagem, e da forma como sua mente relaciona-se com o mundo ao redor, ou seja, o espelho corporal que se tem de si mesmo e a fobia por julgamentos alheios.

 

Superar os transtornos alimentares é um desafio constante. O primeiro passo é a pessoa querer se curar, pois, em muitos casos, é possível que outros transtornos psíquicos como: depressão, fobia, pânico, bipolaridade, alteração de humor, ansiedade e outros, estejam associados. Por isso, é importante ter em mente que o trabalho terapêutico não acontece de forma rápida e o tratamento passa por uma abordagem terapêutica multidisciplinar, envolvendo nutricionistas, psicanalistas e psiquiatras.

 

Enfim, os transtornos alimentares são uma condição grave de comportamentos persistentes que afetam de forma negativa a saúde do indivíduo. Gerando emoções desconfortáveis, dificultando o convívio e o desenvolvimento das habilidades sociais, alterando o diálogo saudável entre o que comemos e o nosso corpo.

 

Sendo assim, o mais importante é identificar como está configurada a relação com a alimentação e tomar consciência do tipo de transtorno alimentar que possa estar se manifestando.

 

Afinal, você não é o seu transtorno. Essa clareza emocional auxilia na identificação se essa conexão com os alimentos traz alguma dor ou prejuízo. Se a constatação for afirmativa, é bem possível que exista, um ou mais distúrbios instalados impedindo o equilíbrio físico e mental.

 

 

Dra. Andrea Ladislau  - Psicanalista


Will Smith Foi Sequestrado Pela Amígdala.

A emoção acontece muito rápido: 0,25 segundos. Em 0,50 você é capaz de reconhecer qual emoção está sentindo e em 1 segundo, você toma uma decisão sobre o que fazer. Esse é o tempo médio que leva para reagirmos a algo que nos desperte raiva, alegria ou tristeza, por exemplo.

“Despertado esse sentimento em seguida vem a reação no caso de Will Smith é possível ver que ele vai para o descontrole, ao perceber que a esposa havia ficado chateada é que nitidamente parece ter ido em pontos que para ele são doloridos. Que tipo de gatilho foi acionado no ator? Só ele mesmo poderá identificar. Mas o tapa voou pelas redes sociais.” relata a psicóloga e especialista Shana Wajntraub.
 

Muitos questionando a piada de mal gosto do ator Chris Rock e outros a agressão feita por Will.

O fato é que a festa do Oscar deste ano, que era para ser a retomada do evento pós pandemia, de uma forma mais leve, acabou virando assunto no mundo por causa de uma agressão. 

Segundo Shana, a agressão física é o extremo de uma reação quando você não consegue controlar a emoção. Will deixou a amígdala cerebral falar mais alto. “A amígdala está localizado no cérebro, no qual primam as emoções básicas, tais como a raiva ou o medo e também o instinto de sobrevivência. Básicas, sem dúvida, para a evolução de qualquer espécie.” diz a psicóloga.

A psicóloga Shana Wajntraub explica que a amígdala, esta estrutura em forma de amêndoa, é própria de todos os vertebrados e se localiza na profundidade dos lóbulos temporais, fazendo parte do sistema límbico e processando tudo relacionado a nossas reações emocionais. E aí tem uma série de fatores que podem colaborar para que esses 0,25 segundos não sejam calados. Até fatores hormonais podem afetar a reação de uma pessoa, e coisas do dia a dia como dormir mal, comer mal, e nesses casos a reação negativa e a intensidade pode ser muito maior. Ninguém sabe como foi a véspera da entrega do Oscar para o ator Will Smith que acabou ganhando o prêmio de melhor ator. Claro que isto não justifica, mas sempre bom sabermos o contexto. 

Will Smith foi sequestrado pelas amígdalas cerebrais o sentimento negativo falou mais alto. A piada feita pelo ator fazia referência a uma doença que a esposa de Will tem e que provoca a calvície. A emoção básica nesse caso venceu. Primeiro vem toda essa explosão que está dentro do nosso sistema límbico, e na sequência, só depois, nós usamos o córtex pré frontal que é o nosso lado racional para reagir. É quando a pessoa pode respirar e pensar “não vou falar ou não vou fazer isso agora porque se eu fizer ou falar vai ser ruim posso me arrepender depois. Isso é a evolução da espécie. Will Smith se arrependeu depois de ter sido vencido por suas amígdalas cerebrais, pediu desculpas à academia e ao público, Rock disse que não vai processar Will, a racionalidade colocou os dois astros de Hollywood de volta aos seus devidos lugares. Mas com certeza esse Oscar sempre será lembrado pelo dia que Will Smith perdeu o controle. E um ponto adicional é de que ele mostra inteligência emocional quando volta e pede desculpas. 

“Quando reconhecemos o erro e nos desculpamos, já é um primeiro passo. Pior seria se achasse natural e colocasse a culpa no outro.” Finaliza Shana Wajntraub.

 

Shana Wajntraub - psicóloga com MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade Federal Fluminense, pós- graduada em neurociências pelo Mackenzie. Mestranda em comunicação e análise de comportamento pela Manchester Metropolitan University- UK (Paul Ekman). Tedx speaker, speaker coach e curadora dos palestrantes do TEDx Campo Grande, professora da HSM. Palestrou no CBTD em 2020e 2021e já impactou mais de 230 mil pessoas em treinamentos na América Latina para Nestlé, Galderma, Sanofi, GPA, Hypera, Locaweb, Seara, AstraZeneca, Dasa, Boehringer, Met Life, Grupo Boticário, vivo, Amil, Magazine luiza, Camil..
@shana.eleve


Mês das Mulheres: 4 dicas para auxiliar as mulheres a cuidar melhor do seu dinheiro

Sugestões do alt.bank vão desde a manutenção de projetos pessoais até a quebra do tabu ao falar sobre finanças

 

Não é de hoje que as mulheres vêm apresentando um papel central no comando das finanças domésticas. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que 34,4 milhões são responsáveis pela renda familiar, quase metade dos domicílios brasileiros. Isso se deve, principalmente, ao aumento da participação feminina no mercado de trabalho. Nos lares em geral, elas são as responsáveis pelas principais decisões de compra das famílias. 

Mas, infelizmente, quando o assunto é dinheiro, as mulheres ainda têm muito o que conquistar. Números do IBGE revelam que, mesmo executando tarefas idênticas, elas receberam 77,7% do salário dos homens em 2019. Essa diferença é ainda maior em cargos de alta remuneração, como diretores e gerentes, em que as mulheres ganharam 61,9% do rendimento dos homens.

Hoje em dia, não apenas as mães solo comandam as finanças de um lar.  Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 43% das chefes de domicílio vivem em casal. “Esse é um número bastante expressivo, e revela a importância feminina não só na tomada de decisão de compra, mas também no sustento de um lar”, aponta Fabio Silva, Diretor do alt.bank, fintech brasileira focada em levar justiça financeira por meio de práticas justas. Das 34,4 milhões responsáveis pela renda familiar, 32% são mães solteiras com os filhos, 18% moram sozinhas e 7% delas estão em casas de parentes ou amigos. 

Para auxiliar no desafio diário dessas mulheres, Silva elencou quatro dicas sobre como cuidar melhor do dinheiro. 

Não deixe de lado seus projetos pessoais – Cuidar do dinheiro não significa abrir mão de sonhos. Projetos pessoais são fundamentais, pois são metas a serem atingidas, e isso dá motivação para ir em busca do que se quer. “Esse objetivo pode ser um emprego novo, constituir uma família, viajar para um lugar especial... Não importa qual seja o desejo, mas o importante é focar e correr atrás desse sonho”, aponta Silva. 

Busque sempre sua independência financeira – A independência financeira nada tem a ver com riqueza, mas sim com organização das finanças e estabilidade. Para isso, é importante manter suas contas em dia, fazer as escolhas certas na hora de investir ou de adquirir algum item e não depender financeiramente de outras pessoas. 

Fale sobre dinheiro e investimentos - Em uma roda de conversa com amigas, inclua na pauta assuntos financeiros. “Se no passado falar sobre dinheiro era tabu, isso mudou. Conversar a respeito de finanças com amigos e familiares é muito importante para a troca de experiências e, também, para angariar dicas sobre economia e investimento”, comenta Fabio Silva. 

Consuma conteúdo a respeito de investimentos – A internet disponibiliza gratuitamente informações que auxiliam a construir uma vida financeira satisfatória. Há inúmeros canais do YouTube, podcasts e blogs voltados ao tema que orientam sobre como poupar dinheiro, onde investir, entre outros assuntos”, finaliza o Diretor do alt.bank.

 


alt.bank

www.altbank.com.br


6 dicas para um call center humanizado

Especialista orienta como humanizar atendimento em um mercado de processos cada vez mais robotizados 70% dos brasileiros preferem ser atendidos por pessoas e não se satisfazem com canais SAC

 

Serviços de autoatendimento para o consumidor, como FAQ e Chatbot, não são satisfatórios para 70% dos brasileiros, segundo pesquisa inédita da NeoAssist, em parceria com a E-commerce Brasil. O levantamento aponta ainda que cerca de 60% das pessoas não têm seus problemas resolvidos nos canais de SAC oferecidos pelas empresas. Não à toa, outro levantamento, feito pela Accenture, revela que 70% dos consumidores preferem ser atendidos por pessoas quando precisam solucionar algum problema ou esclarecer dúvidas.

 

A maioria das empresas não estão prontas e nem adequadas à nova economia que trabalha com a diversidade. Ainda que os hábitos de consumo tenham mudado e que os canais digitais tenham cada vez mais espaço no relacionamento das empresas com seus clientes, os call centers ainda representam uma grande parte dessa comunicação. E para que eles não sejam mais uma fonte de insatisfação do público, é preciso que esse atendimento seja humanizado.

 

“Os consumidores não toleram mais serem mal atendidos e as reclamações que antes ficavam restritas a ligações, agora param nas redes sociais e resultam em grandes prejuízos à reputação das empresas. É preciso investir em atendimento humanizado e de qualidade. Vivemos em um cenário competitivo, marcado por processos mecanizados e robotizados, e a experiência do cliente com um atendimento mais humanizado, marcado pela empatia e agilidade, acaba se tornando um diferencial para se sobressair no mercado”, defende Ricardo Kudla, CEO da Colaborativa, empresa que criou uma interface multiplataforma, para integrar todas as informações de uma corporação em um ambiente semelhante a uma rede social, facilitando a navegação dos usuários e garantindo a segurança de dados. 

 

Como implantar um atendimento humanizado? 


Kudla lembra que um atendimento humanizado tem várias vantagens e uma das principais é estabelecer uma aproximação maior com o cliente, o que facilita a resolução de problemas e a reversão de eventuais insatisfações que possam acontecer.

 

Para construir esse atendimento humanizado, ele destaca que algumas habilidades são indispensáveis à equipe responsável. Confira as dicas que o CEO orienta que sejam trabalhadas com os profissionais envolvidos no atendimento dos call centers:

 

- Tenha uma base de conhecimento voltada à colaboração de todos, aquela que converse com todas as áreas da empresa unificando as informações de ponta a ponta. Algo inexistente em grande parte das instituições, pois muitas vezes os clientes de grandes empresas têm particularidades que necessitam de um atendimento especial e quando isso não é atendido pode acarretar em prejuízos futuros.

 

- Ouça o atendente. Muitas vezes os gestores não conseguem parar para ouvir os colaboradores sobre a rotina diária da empresa, mas é importante lembrar que isso gera todo o processo de pertencimento numa relação humanizada. Esse é um ponto muito importante de aproximação, pois muitas vezes  o gestor da área, sobrecarregado com muitas demandas, retém a informação e isso chega no cliente final que não tem ideia do que está acontecendo.

 

-Inspiração ao atender- tenha empatia com quem está do outro lado da linha. Coloque-se sempre no lugar do cliente, procure ouvir para entender e não para dar respostas;

 

- Priorizar o diálogo e fugir das frases prontas ou robotizadas. Esse tipo de atendimento engessado acaba afastando os clientes, pois dá uma impressão fria e impessoal.

 

- Usar uma linguagem próxima à utilizada pelo consumidor, esse é um ponto fundamental para que o cliente se sinta acolhido;

 

- Dar tempo para que o cliente explique suas questões com calma e detalhamento.

 

Colaborativa - empresa de construção de conhecimento que entrega transformação, produção e inovação por meio de uma ferramenta de comunicação com inteligência artificial, multiplataforma, em formato de rede social, que aprende por meio da interação dos usuários com os conteúdos e um pensamento disruptivo na produção do conteúdo ouvindo quem está em todas as pontas no processo desde  a criação do produto, a venda e seu pós-venda humanizado e empoderando os colaboradores através de suas habilidades pessoais.


Detran.SP anuncia ampliação do Programa Motofretista Seguro para mais de 20 municípios em evento no Interior

O departamento participa do 64º Congresso Estadual de Municípios com estande para apresentações de ações e totem de autoatendimento 

 

Mais 20 cidades do Interior se integraram ao programa Motofretista Seguro do Detran.SP. A novidade foi anunciada durante a 64ª edição do Congresso Estadual de Municípios, que começou hoje no Convention Center e irá até quarta-feira em Campos do Jordão. O evento é promovido pela Associação Paulista de Municípios (APM) e contará com palestras, painéis e debates. A participação é gratuita. 

A autarquia montou estande para apresentações de ações como o Motofretista Seguro, programas educativos permanentes (Clube do Bem-Te-Vi, Cidadania em Movimento e Educação Viária é Vital) e campanha Boneco no Boteco, sobre o combate de uso de álcool ao volante. Um totem de autoatendimento está à disposição dos visitantes que precisem realizar serviços de trânsito.


O Programa Motofretista Seguro (https://www.motofretistaseguro.sp.gov.br/) é uma iniciativa que dá sequência à rede de proteção lançada pelo Governo do Estado em 2020 e que tem como objetivo desenvolver e regularizar a atividade. O curso é direcionado aos cidadãos habilitados que pretendem desenvolver atividade de motofretista – 200 pessoas já realizaram as aulas práticas na cidade de São Paulo.
 

A partir da ampliação do programa, além da Capital, mais de 20 cidades da região metropolitana de São Paulo e do Interior já estão aptas a darem as aulas práticas de direção. 

“O objetivo do Detran.SP é oferecer condições melhores de trabalho para os motofretistas. Contamos com o apoio dos sindicatos e abrimos diálogo para os setores que compõem todo esse ecossistema. Queremos construir uma ampla rede de proteção para esses profissionais. Nossa meta é atingir em torno de 250 mil motofretistas”, explica Neto Mascellani, presidente do Detran.SP. 

 

Habilitado há dois anos 

Para se inscrever, basta ter 21 anos completos, estar habilitado, no mínimo, há dois anos na categoria “A” e não estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir, cassação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), decorrente de crime de trânsito, bem como estar impedido judicialmente de exercer seus direitos. 

Após uma carga horária total de 25 horas-aula por meio de ensino à distância em que serão oferecidas aulas que envolveram temas como ética e cidadania na atividade profissional, noções básicas de legislação, gestão do risco sobre duas rodas, segurança e saúde e equipamentos de segurança, os alunos têm mais cinco aulas práticas e uma avaliação final para conclusão do curso.

 

O participante do programa terá custeado o valor de R$ 160 referente ao curso e ainda terá a oportunidade de ganhar uma bolsa de R$ 210. Isso desde que ele cumpra mais 30 horas de curso remoto de Atendimento Delivery. O curso oferece mil vagas, todas elas com direito à bolsa. Além do curso especializado de motofretista, o programa oferece curso de mecânica básica para motos (https://bit.ly/3tV19hL) e financiamento de motos elétricas junto ao Banco do Povo.

Nos mesmos moldes das opções de linhas de créditos oferecidas durantes os pit stops do programa, os interessados têm à disposição acesso à linha de crédito oferecida pelo Sebrae e o Banco do Povo de até R$ 21 mil. As taxas e juros são diferenciados para motofretistas.

 

Ações do Detran.SP 

Campanha educativa lançada na Semana Nacional de Trânsito do ano passado, o Boneco no Boteco impactou 60 bares e restaurantes da Capital e Interior. Foram colocados bonecos de crash-test em mesas de bares, "bebendo". Ao lado, um totem com informações da Semana Nacional de Trânsito (SNT) e uma mensagem: Você não é boneco de teste de colisão para misturar bebida e direção. A ação alcançou cerca de 20 mil pessoas.


Referência no segmento, o Cube do Bem-Te-Vi existe há 30 anos e é coordenado pelo Detran.SP em parceria com a Polícia Militar do Estado. O projeto visa levar a educação de trânsito para crianças transformando-as em agentes multiplicadoras. Desde sua criação, em 1981, o programa já atendeu mais de 1,6 milhão de alunos de 4.631 entidades (entre escolas e APAEs) em 348 municípios paulistas.
 

Já o programa Cidadania em Movimento é desenvolvido pelo Detran.SP em parceria com a Fundação Grupo Volkswagen desde 2019 e visa, por meio de uma política pública de caráter socioeducativa, combater acidentes viários e conscientizar a população por meio da formação de aproximadamente 3 mil educadores. Eles atuam junto à sociedade e impactam cerca de 600 mil pessoas das cidades participantes com temas relativos à mobilidade urbana - acidentologia e prevenção a acidentes viários, planejamento urbano, cidades inteligentes, criativas e sustentáveis, meios de transporte, entre outras questões. 

O programa “Educação Viária é Vital”, por sua vez, é uma ação desenvolvida com a Fundación MAPFRE, que tem como objetivo reduzir os acidentes graves e óbitos no trânsito envolvendo crianças e adolescentes em todo o Estado. O projeto visa qualificar entre os meses de julho e novembro educadores (professores e coordenadores pedagógicos) da rede pública municipal que multiplicarão os conhecimentos adquiridos na capacitação para alunos do Ensino Fundamental 1 e 2, além de familiares e da comunidade de cada município.

 

Book advisor vê as mídias sociais como incentivadoras da leitura

Estariam as mídias sociais contribuindo para a queda da leitura de livros?


O brasileiro tem passado cada vez mais tempo on-line nas mídias sociais: segundo o Global Web Index – Market Snapshot Brasil 2022, ficamos em média 3 horas e 47 minutos do nosso tempo diário nelas. Estariam as mídias sociais contribuindo para a queda da leitura de livros? 

Na opinião do book advisor Eduardo Villela, profissional com mais de 17 anos de experiência no mercado editorial, “o Brasil está nos primeiros lugares dos rankings de populações que mais acessam as mídias sociais e passam mais tempo conectados, mas se engana quem pensa que o brasileiro está atrás de olhar ‘fofoca’. Hoje, grande parte das pessoas on-line está buscando entender determinado assunto. Houve uma transferência, um encurtamento, do tempo que era dedicado à TV aberta, telejornais, ou até mesmo à leitura de jornais impressos. As pessoas vão se informar em mídias sociais e seguem perfis de grandes e médios veículos de comunicação, empresas, marcas e especialistas e influenciadores nos seus assuntos de interesse. Esses atores indicam livros com frequência. No caso de especialistas e influenciadores, por exemplo, muitos são autores de livros ou indicam títulos que estão lendo. É um estímulo poderoso!”, explica Villela.

Os livros se tornaram um meio de dar continuidade à expansão dos conhecimentos de determinado tema. As mídias sociais geralmente proporcionam um contato mais rápido com o conteúdo, como os textos curtos no Instagram, mas, a partir do momento que o dono do perfil numa rede social fornece um direcionamento para o aprofundamento do assunto por meio de um ou mais livros - o que acontece com frequência – o hábito de leitura é incentivado. “Quando vão buscar mais informações, naturalmente as pessoas têm acesso a livros, porque eles são, a todo momento, recomendados por diferentes fontes, desde médios e grandes veículos de comunicação, empresas e marcas até influenciadores. As mídias sociais têm contribuído de maneira muito significativa para o aumento da leitura de livros no País.", finaliza o especialista.

 


Eduardo Villela - Book Advisor e assessora pessoas, famílias e empresas na escrita e publicação de seus livros. Trabalha com escrita e publicação de livros desde 2004. Já orientou mais de 900 autores e lançou mais de 650 livros de variados temas, entre eles: comportamento e psicologia, gestão, negócios, universitários, técnicos, ciências humanas, interesse geral, biografias/autobiografias, livros de família e ficção infantojuvenil e adulta.


UBE PARTICIPA DO LANÇAMENTO DO PROGRAMA ‘METANO ZERO’ DO GOVERNO

  O evento contou com a presença do Presidente,nJair Bolsonaro, e do Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite. 


Carlos Catarozzo, diretor da UBE América Latina, um dos principais players globais de membranas para separação de gases, participou, na semana passada, do lançamento de medidas de incentivo à produção e ao uso sustentável do biometano, um combustível renovável obtido a partir da purificação do biogás e que pode substituir os combustíveis fósseis.

Estas medidas fazem parte do programa ‘Metano Zero’, uma iniciativa pioneira do Governo brasileiro para atuar de forma racional e equilibrada na proteção ambiental, a partir do tratamento de resíduos orgânicos para gerar biogás e biometano.

“A questão é extremamente relevante no contexto atual. A inserção do biometano no REIDI (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura) permitirá a construção de novas plantas para a produção do biometano, aumentando a oferta do produto”, celebra Carlos.

O Brasil é o primeiro país a tomar medidas concretas desde o Acordo Global do Metano, assinado por mais de 100 países na COP26 - UN Climate Change Conference. “Estas são soluções climáticas encabeçadas pelos Ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia, com foco no produtor rural e no empreendedor e que geram emprego verde e renda para todos os brasileiros”, completa Carlos.

O programa ‘Metano Zero’ tratará o lixo orgânico, da cidade e do campo (resíduos de aves, suínos, cana, laticínios e aterro sanitário), transformando-o em biogás para ser usado como energia ou em biometano para uso em veículos pesados (caminhões, tratores e ônibus), a fim de reduzir o custo dos combustíveis. O biofertilizante é outro importante produto gerado a partir do tratamento dos resíduos. Já o Crédito de Metano visa gerar receita extra para as usinas de biogás e de biometano; nesta área, o Brasil é pioneiro no mundo. 

“Não é de hoje que a UBE Corporation Europe defende a importância da inclusão do biometano em programas como este. Tanto que estamos prontos para apoiar a indústria e os clientes locais com membranas de última geração. Como um dos principais fornecedores globais de membranas para separar gases, vamos trabalhar junto com o mercado para atingir as metas definidas pelo governo e auxiliar a indústria na geração de energia verde”, celebra o Executivo da UBE. 

As membranas desenvolvidas pela UBE garantem, justamente, eficiência e segurança neste upgrade do biogás para o biometano, resultando em um combustível que atende as normas estabelecidas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), mais versátil que os outros energéticos e que pode ser aplicado de forma complementar ao gás natural e ao diesel. 

Dentre as principais vantagens do uso da tecnologia de membranas frente a outras tecnologias para o processo de upgrade de biogás, pode-se destacar a não utilização de insumos químicos ou água para remoção do CO2. Devido à sua configuração modular, tanto a operação, manutenção e um possível scale-up da planta são muito simples. 

 

Sobre a UBE

Fundada na cidade de Ube, província de Yamaguchi, no Japão, em 1897, a UBE mantém 11 mil colaboradores em todo o mundo e um portfólio global de produtos. A UBE possui mais de 35 anos de expertise na tecnologia de membranas para separação de gases. Em 1989, a UBE forneceu os primeiros separadores de CO2 para uma planta piloto de tratamento de biogás na Alemanha. 

A UBE vem aprimorando a tecnologia ao longo dos anos e suas principais vantagens são a alta resistência a H2S, podendo operar com concentrações de até 30.000ppm, sem danos ao material. A alta resistência química, térmica e mecânica da poliimida patenteada pela UBE garante uma vida útil longa. Com uma excelente permeabilidade e seletividade, o UBE CO2 Separator garante um processo compacto de baixo CAPEX e OPEX. 

Todas as membranas da UBE são fabricadas no Japão e o escritório brasileiro, localizado em São Paulo, atende a toda América Latina, com ênfase a Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Equador. 

Conheça mais sobre a tecnologia em:

https://ube.es/products/gas-separation-membrane/    

 

O papel dos municípios na efetividade da Lei Maria da Penha

A violência contra as mulheres precisa ser combatida de todas as formas possíveis. Para fortalecer políticas públicas e complementar o amparo legal já existente, cabe aos agentes do Estado identificar injustiças ainda praticadas contra o gênero feminino e inovar para garantir direitos fundamentais. 

Sintonizados com essa premissa, muitos municípios brasileiros promulgaram leis para impedir que agressores condenados pela Lei Maria da Penha sejam nomeados para cargos públicos. Essas legislações exprimem exigências éticas que demandam dos agentes públicos idoneidade moral e honradez para atuar em nome da Administração Pública. 

Seria de todo incoerente e até mesmo ilegítimo que agressores, condenados em última instância por violência contra mulher, ostentassem prerrogativas inerentes aos cargos públicos. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal confirmou a constitucionalidade de lei municipal que vedava o provimento de cargos por condenados no âmbito da Lei Maria da Penha. 

No RE 1.308.883, o Ministro Edson Fachin afastou a arguição de inconstitucionalidade por vício de iniciativa parlamentar e afirmou que diplomas com esse conteúdo normativo impõem regra geral de moralidade administrativa, concretizando os princípios do artigo 37 da Constituição cuja aplicação independe de lei e não se submete a uma interpretação restritiva. 

Essa decisão assume um papel fundamental para reforçar a efetividade de uma lei cujo objetivo é a salvaguarda da dignidade feminina. Vale ressaltar que o Supremo não só avalizou o conteúdo material da legislação, mas, sob perspectiva formal, também garantiu ampla titularidade de iniciativa legislativa, de modo que tanto os vereadores como os Prefeitos podem apresentar projetos para impedir que agressores de mulheres ocupem cargos públicos. 

Em outros termos, todos aqueles que ocupam cargos eletivos nos municípios podem agir para intensificar a eficácia social e jurídica da Lei Maria da Penha. 

E que impacto isso tem na atuação do controle externo da Administração Pública? Minha percepção é que os Tribunais de Contas precisam se colocar como organismos indutores de boas políticas públicas, a partir de sua dimensão pedagógica e da atribuição constitucional que lhes defere a análise de aspectos que superam a mera legalidade formal. Podemos e devemos exigir dos gestores ações e resultados capazes de transformar o cenário social. 

Nesse contexto, surge a necessidade de verificarmos, em auditorias e fiscalizações, em que medida os municípios, bem como o Estado, têm obstado o acesso de agressores aos cargos públicos, em observância ao princípio constitucional da moralidade. 

Além disso, a aprovação de leis locais que vedam a nomeação de condenados no âmbito da Lei Maria da Penha pode servir de critério para compor, por exemplo, a nota dos índices da boa gestão pública, como é o caso do IEG-M do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. 

Portanto, as Cortes de Contas, no exercício de suas atribuições, podem estimular e compelir os agentes políticos locais a implementar medidas que prestigiem a defesa intransigente da integridade física e moral das mulheres.  


Dimas Ramalho - Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.


Guerra na Ucrânia traz lição econômica para o Brasil e o mundo

 

A guerra na Ucrânia, além das questões humanitárias e políticas, traz uma consequência econômica que deve servir de reflexão para o mundo todo, em especial para o Brasil. A decisão da Rússia de invadir o país vizinho e a retaliação mundial à decisão de Vladimir Putin, na forma de sanções econômicas aplicadas ao Kremlin, jogaram luz sobre um ponto que pode mudar a globalização: o grau de dependência de insumos e produtos de uma nação em relação à outra, especialmente no setor de energia, independentemente do seu grau de desenvolvimento.

 

A Alemanha e a Europa dependem em grande escala da importação de energia da Rússia, envolvendo petróleo, gás e carvão mineral. Metade do gás consumido pelos alemães era importado da Rússia até o exército de Putin ultrapassar as fronteiras ucranianas. Também vêm da Rússia 23% dos fertilizantes utilizados na agricultura do Brasil, que tem nas commodities do campo parcela importante do agronegócio, setor que responde por quase um quarto do nosso Produto Interno Bruto (PIB) e é responsável pelo superávit cambial brasileiro.

 

Enquanto pressionam a Rússia para acabar com a guerra, os líderes mundiais devem começar a buscar a autossuficiência em setores estratégicos para reduzir a dependência em relação a outros países, em especial aqueles que, escudados pelo desenvolvimento de armas nucleares, configuram potencial propensão ao uso da força militar antes do esgotamento das vias diplomáticas.

 

É bastante provável que o conflito no Leste Europeu provoque uma revisão global das cadeias produtivas. Tal medida seria importante também no Brasil, ainda extremamente dependente da importação de insumos para garantir sua produtividade no setor agrícola.

 

Atualmente, 86% dos fertilizantes utilizados nas plantações brasileiras são produzidos no exterior. O país importa adubos e fertilizantes químicos de mais de 50 países, mas sua dependência maior é justamente em relação à Rússia, fornecedora de 23% do que é consumido aqui nesse segmento. Em seguida vêm China (14%), Marrocos (11%), Canadá (9,8%) e Estados Unidos (5,6%). Segundo dados do Ministério da Economia, em 2021, o país importou 41,6 milhões de toneladas de fertilizantes.

 

É fato que o Brasil não possui matéria-prima suficiente para atender o mercado interno e também se ressente da falta de infraestrutura para a produção de fertilizantes em larga escala e a preços competitivos com o mercado externo. Entretanto, também é verdade que falta ao país uma diretriz condizente com sua condição de um dos maiores fornecedores de grãos para o mundo.

 

A ideia de um Plano Nacional de Fertilizantes, nascida em 2021, acaba de ter sua conclusão anunciada pelo governo federal. A solução apresentada em busca de autossuficiência de fertilizantes ou, pelo menos, da redução de dependência externa para 30%, no prazo de 28 anos, é uma tentativa de dar uma resposta rápida à situação escancarada pela guerra na Ucrânia, devendo ser analisada com cuidado.

 

A pressa em anunciar sua conclusão logo após o início do conflito europeu gera a desconfiança de que foi feita uma atualização a toque de caixa. Um processo nada transparente, sem que tenham sido apresentados os estudos, discutido com os especialistas, e ouvidos os vários atores da indústria e do agronegócio. Trata-se, afinal, de uma questão complexa que o mapeamento e dimensionamento das reservas nacionais, a logística de armazenamento e transporte, e investimentos e suas fontes de recursos, dentre tantos outros detalhes.

 

Temos, mais uma vez, uma solução espasmódica, longe do ideal que seria o agronegócio integrar um Plano Nacional de Desenvolvimento inspirado naquele que o presidente Juscelino Kubitschek elaborou e implantou na década de 60, elevando o Brasil a outro patamar em questão de desenvolvimento.

 

Sem um plano com visão de futuro, baseado em políticas de Estado e não de governos, o Brasil jamais conseguirá se inserir na nova ordem mundial com papel relevante. E isso inclui um novo olhar sobre a Amazônia, reconhecendo a necessidade da preservação da floresta e o desenvolvimento sustentável daquela região.

 

Para a agricultura, a água é tão ou mais importante que os fertilizantes cujo fornecimento se busca assegurar agora. E a floresta em pé é uma garantia de equilíbrio no regime de chuvas, essencial para a produção do Centro-Oeste, Sul e Sudeste e ainda para a produção de energia hídrica, fundamental para a indústria, o comércio e a prestação de serviços.

 

É fundamental, portanto, que o país tenha claro e definido qual o papel reservado à Amazônia e quais diretrizes adotará para manter a floresta em pé, dando também segurança jurídica contra medidas ilegítimas e/ou que afrontem a Constituição.

 

A guerra no Leste Europeu certamente irá promover mudanças no mundo inteiro, a um custo altíssimo. O conflito já deixou evidente que tratados internacionais foram desrespeitados e que o planeta vive uma nova fase da corrida armamentista. O domínio da tecnologia das armas nucleares e o esforço para a produção das maiores e mais letais ogivas é uma realidade indisfarçável no Ocidente e no Oriente, o que eleva a tensão mundial a nível só comparado ao da Guerra Fria.

 

O Brasil precisa entender a dimensão dos reflexos do conflito e refletir sobre seu futuro. Se cada candidato a presidente nas próximas eleições apresentasse à nação o seu plano nacional de desenvolvimento, já daríamos um passo fundamental rumo a uma nova realidade.

 

 

Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). É autor do livro “Brasil, um país à deriva”.


Por que acreditamos que estudar História não é importante?

Agostinho de Hipona dizia que só temos o presente para viver. Hoje, principalmente entre os jovens, esse apelo hedonista soa bastante convidativo, afinal, o que importa é sentir a vida, intensamente, “amar como se não houvesse amanhã", como no verso do poeta que morreu precocemente. No entanto, a elaboração de Santo Agostinho sobre o tempo é um pouco mais complexa do que nossa vã sabedoria pode traduzir em um post de 140 caracteres. Há três presentes para viver e não apenas um. Há, sim, o presente do presente, que é o mundo da percepção, que nos dá a referência das coisas: grande, pequeno, longe, perto, quente, frio, doce, amargo, e por aí vai. Mas há também o presente do passado, que é a memória, que nos fornece o conteúdo das coisas, dando a elas sua consistência, seu estofo, sua espessura. Quando sentimos um aroma e nos emocionamos, não é a percepção que emociona, mas a memória. Quando assumimos uma postura diante de algo, a defesa de uma causa, não é o presente do presente que decide, mas a longa cadeia de histórias conhecidas e compartilhadas que chegam até nós e nos sopram aos ouvidos a mensagem dos que morreram e não podem ser esquecidos. Se a percepção dá a referência das coisas, é o conhecimento do passado e da trama de histórias que o compõe que nos dá o sentido das coisas. E é o sentido que nos move para um lado ou para o outro, que permite nossas decisões em relação às coisas. O carpe diem é um chamado tão sedutor como é o canto das sereias, que nos leva, cegos de vontade de tocar e sentir e curtir, para as pedras que nos destruirão. 

E há ainda nesse presente que é tudo o que temos para viver, o presente do futuro, que é a promessa, isto é, o desejo manifesto e compartilhado de estar em um lugar em um tempo com alguém. Ao firmarmos esse compromisso (que é, literalmente, dividirmos entre nós uma promessa), definimos nossa presença em um tempo que não existe, mas que nos afeta porque mobiliza os nossos esforços para que ele se cumpra. 

É desse fluxo de presentes que interagem e se completam que somos feitos, momento a momento, realizando nossa existência. Como afirmava Lacan, temos o instante de ver, o tempo de compreender e o momento de decidir. A percepção, que é o presente do presente, sozinha, não é capaz de garantir a mínima condição de uma existência plena. Só com o material do passado acumulado, refletido e assumido, é que podemos compreender o sentido das coisas que vemos e dar sentido às coisas que escapam às nossas nomeações, mas que, igualmente, nos definem como pessoas que estão e querem estar no mundo hoje, amanhã e por mais algum tempo.

Quando os eventos caem sobre nossa cabeça - um golpe de estado, uma guerra devastadora, um desastre natural com fortes implicações sociais - buscamos saber por que as coisas ocorreram assim e não de outro jeito. Nesse momento, como um susto, compreendemos que, sem um passado organizado pela narrativa de um especialista, ficamos perdidos em meio a um nevoeiro ou uma densa nuvem de poluição. Estamos ali, percebemos nossa presença, mas não temos conhecimento sobre o que se passa, porque não somos capazes de ligar os pontos e tecer a trama que forma a corda que nos associa aos outros. Como um Teseu largado em meio ao labirinto por uma Ariadne que esqueceu da razão e da importância de segurar o novelo, viver o presente do presente é o exercício mais evidente da alienação, que é a perda do mundo, das suas conexões, dos seus sentidos e dos seus propósitos. Só a educação pela História pode nos salvar de elogiar a guerra, os tiranos, os administradores corruptos e negligentes. Só a educação pela História pode resgatar nossa capacidade de fazer promessas e criar futuros dignos. Para todos nós.

 


Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.
daniemedeiros.articulista@gmail.com
@profdanielmedeiros


Brasil bate recorde histórico com mais de quatro milhões de novas empresas em 2021, revela Serasa Experian

O segmento com mais negócios criados foi o de Serviços de Alimentação (8,7%). Pandemia e o desemprego em alta no país evidenciaram a necessidade de começar a empreender


Em 2021, o Brasil bateu recorde de novas companhias abertas, um salto de 3.391.931 para 4.052.796. De acordo com o Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian, o dado representa um crescimento de 19,5% em relação ao ano anterior. Este é o maior número de toda a série histórica do índice, iniciada em 2010. Ainda de acordo com o levantamento, o segmento de Serviços de Alimentação foi o que mais teve empresas criadas, 8,7%.

“Devido às restrições da pandemia, muitos bares e restaurantes ficaram totalmente fechados. Para suprir essa demanda e auxiliar a população, muitas pessoas viram neste segmento uma boa oportunidade de empreender e exercer suas atividades de maneira online”, esclarece o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. Em seguida estão as empresas voltadas ao setor de Reparos e Manutenção de Prédios e Instalações (5,9%) e os Comércios de Confecções em Geral (5,8%). Confira as informações completas nos gráficos a seguir:







Abaixo os setores que mais cresceram em 2021:





A pandemia e o desemprego em alta no país evidenciaram a necessidade de começar a empreender e fez com que as pessoas encontrassem no seu CNPJ uma fonte de renda. Muitos brasileiros perderam seus empregos e se viram obrigados a criarem uma empresa para pagarem suas contas e, com isso, se manterem. Com os níveis altos de desemprego e a crise econômica em decorrência da pandemia, abrir um negócio e gerar a própria fonte de renda foi um meio vantajoso de conseguir lucros para arcar com as despesas do dia a dia”, explica Rabi.

Na análise por natureza jurídica, o levantamento apontou que os Microempreendedores Individuais (MEIs) foram os grandes impulsionadores do indicador, com mais de 3 milhões. Em seguida estão as Sociedades Limitadas, quando o empreendedor atua com sócios, com mais de 580 mil empresas. Veja os dados completos no gráfico e tabela abaixo:





Ainda no acumulado anual de 2021, a região que mais impulsionou o índice foi a Sudeste, com 2.076.722 novos empreendimentos, seguida pelas regiões: Sul (718.040), Nordeste (693.272), Centro-Oeste (355.404) e Norte (209.358).



Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


Família brasileira é presa e deportada dos Estados Unidos

Daniel Toledo, especialista em Direito Internacional, revela que um mal-entendido dentro de uma rede de supermercados foi a causa da deportação


Morar nos Estados Unidos é um desejo de vários brasileiros. No entanto, para não passar por problemas desnecessários e até mesmo inusitados, é preciso ter cautela enquanto mora em um país diferente.

Recentemente, uma família brasileira foi deportada dos EUA e teve seus vistos cancelados por, supostamente, furtar produtos em uma das maiores redes varejistas do país, a loja Target.

Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, conversou com os envolvidos para entender, de fato, o que havia acontecido. “Infelizmente, um mal entendido se transformou na prisão e deportação de uma família de brasileiros, que se viu obrigada a voltar ao Brasil e abandonar a vida que eles estavam construindo por aqui”, relata.

Nos mercados americanos é comum encontrar promoções de pague 1 e leve 2, 50% de desconto e entre outras ofertas. Mas de acordo com o advogado, ao escolher os caixas automáticos na hora do pagamento de suas compras, essa família cometeu um erro que foi interpretado como furto pelo segurança da loja em questão. “Os caixas reconhecem essas promoções em seu sistema, então é necessário realizar o registro de todos os produtos, mesmo com alguma promoção em vigor. O que essa família fez, por falta de conhecimento, foi registrar um item da promoção, e manter os que seriam gratuitos no carrinho. Mas isso gerou um problema gigantesco”, revela.

Embora o problema pudesse ser resolvido através do diálogo, a polícia local foi acionada e os imigrantes, que viviam nos Estados Unidos com a permissão do visto para estudantes, enfrentaram problemas maiores do que imaginavam. “Quando os policiais chegaram e falaram sobre as alegações de furto, a família explicou o que havia acontecido, levantando a questão dos itens em promoção e deixando claro que foi apenas um mal entendido por falta de conhecimento da parte deles. De qualquer maneira, eles tiveram que devolver os produtos que não foram registrados, além de serem notificados a responderem um processo judicial no futuro”, lamentou o advogado.

Os advogados da família tentaram reverter a situação em penas mais leves, como a compra de cestas básicas ou até mesmo serviços comunitários, mas o promotor do caso não acreditou que essa era a melhor resolução. “Pela quantidade de itens que eles estavam levando e o valor da compra, mesmo que, teoricamente, eles não estivessem cometendo um crime, acabou figurando como furto e a família inteira teve seus vistos de categoria F1 revogados nos Estados Unidos, com o prazo de 30 dias para sair do país, antes mesmo de uma condenação oficial”, relata Toledo.

Mesmo com o processo em andamento, os advogados aconselharam a família a retornar ao Brasil para não correr o risco de overstay, que pode causar problemas ainda maiores. Após alguns meses, a sentença foi decidida e revertida em uma multa e na distribuição de cestas básicas.

Sabendo que apenas o visto estudantil havia sido revogado, eles resolveram voltar aos Estados Unidos através do visto de turismo meses depois. “Logo na chegada, eles foram impedidos de entrar no país e obrigados a voltar ao Brasil com os vistos de turismo cancelados, além de responderem diversas perguntas sobre o processo judicial que havia acontecido anteriormente”, lamenta o especialista em Direito Internacional.

Para Daniel Toledo, o caso serve de alerta para imigrantes que moram nos EUA. “Por uma bobagem, uma família que tem boas condições financeiras não poderá mais voltar ao país americano pelos próximos cinco anos, pelo menos. Lembre-se que cada lugar tem suas regras, costumes e estilo de vida. Se você não sabe como as coisas funcionam, opte pelo caminho mais simples para evitar dores de cabeça”, finaliza.

 


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

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