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quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Riscos do cigarro: tabagismo pode causar perda de audição, afirmam especialistas

Otorrinolaringologistas do Hospital Paulista alertam para danos auditivos que hábito traz à saúde dos fumantes

 

Não é segredo para ninguém que o tabagismo está diretamente ligado a doenças respiratórias, diversos tipos de câncer e patologias cardíacas. Mas poucas pessoas sabem que o vício pode estar associado também à perda de audição.

O Hospital Paulista, referência em Otorrinolaringologia, faz um alerta para os danos que o cigarro pode causar ao nariz, garganta e ouvido.

Segundo o otorrinolaringologista José Ricardo Gurgel Testa, a perda auditiva pode se dar por conta da diminuição de fluxo sanguíneo na cóclea, órgão localizado na parte interna dos ouvidos e responsável por captar e transmitir os sons ao cérebro.

"O cigarro é composto por uma série de substâncias químicas tóxicas e altamente nocivas, que impedem a oxigenação do organismo, causando prejuízos irreversíveis às células do ouvido, como a perda de audição", explica o especialista.

Entre os componentes, o médico cita o cianeto de hidrogênio - gás utilizado para matar baratas, cupins e outras pragas e que age exatamente bloqueando a recepção do oxigênio pelo sangue, quando utilizado em altas concentrações.

Riscos à saúde e principais doenças

Considerado um vício de cunho social, o tabagismo é uma doença causada pela dependência física e psicológica à nicotina, que afeta não apenas a saúde do fumante, mas também a das pessoas que convivem com ele.

De acordo com o otorrinolaringologista Domingos Tsuji, o vício pode desencadear alergias respiratórias, dores de cabeça e irritações nos olhos, entre outros males. Aos fumantes, os riscos são ainda maiores, podendo causar cerca de 50 patologias diferentes, como doenças cardiovasculares e câncer, por exemplo.

Considerada uma das doenças mais graves e enigmáticas da medicina, o câncer está entre as principais causas de mortalidades para tabagistas.

Entre os tipos mais frequentes, o médico alerta para o câncer na laringe, que atinge as cordas vocais e a estrutura da laringe, podendo ser identificado ainda no início a partir de uma rouquidão.

Segundo o especialista, é de extrema importância buscar um otorrinolaringologista caso rouquidões ou disfonias apareçam, para que o motivo real do problema seja identificado e tratado.

"Outro tipo de câncer com alta prevalência em fumantes, e em pessoas que consomem muita bebida alcoólica, é o de boca, que atinge os lábios e o interior da cavidade oral, incluindo língua, gengiva e bochechas."

Tanto em fumantes como em não fumantes que convivem com o hábito, o nariz é outro órgão bastante afetado. De acordo com o Dr. Tsuji, a exposição à fumaça do cigarro amplia a irritabilidade do órgão, aumentando as chances de inflamações e piorando os sintomas clínicos de quem já tem outros tipos de rinite.

Por fim, tratando-se de um vício com danos sociais, a halitose - ou mau hálito, como é popularmente conhecida - pode ser agravada pelo hábito de fumar, quando há uma higiene bucal inadequada ou causas sistêmicas associadas, como refluxo e doenças pulmonares e de fígado.

 

Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Pesquisa com macaco rhesus abre caminho para vacina contra a esquistossomose

Pesquisadores do Laboratório de Parasitologia do Instituto Butantan. Da esquerda para direita: Ana Carolina Tahira, Daisy Woellner Santos e Murilo Sena Amaral (foto: acervo de Murilo Sena Amaral)

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Considerada uma das 17 doenças tropicais negligenciadas (DTNs) no mundo, a esquistossomose ainda é um importante problema de saúde pública no Brasil. No entanto, o único medicamento usado no tratamento foi descoberto há mais de 40 anos. Pesquisa publicada nesta terça-feira (26/10) na revista Nature Communications mostra um caminho para o desenvolvimento de novas terapias e até mesmo de uma vacina contra essa parasitose.

Um grupo que envolve cientistas do Instituto Butantan, da Universidade de São Paulo (USP) e de instituições internacionais descobriu o mecanismo pelo qual o macaco rhesus (Macaca mulatta) desenvolve naturalmente uma resposta imune duradoura contra a esquistossomose. Essa resposta leva à autocura da doença após um primeiro contato com o parasita Schistosoma mansoni e, além disso, possibilita que o organismo do animal reaja com mais rapidez a uma segunda infecção.

O trabalho, que recebeu apoio da FAPESP, identificou nove genes da via de autofagia do parasita inibidos pela defesa imune do primata, impedindo que o Schistosoma se multiplique e contamine o hospedeiro. A autofagia é um processo que dá origem à degradação de componentes da própria célula utilizando organelas conhecidas como lisossomos e desempenha função no crescimento celular, diferenciação e homeostase.

“A via de autofagia, executada por meio dos lisossomos que fazem a ‘limpeza’ das células, é afetada no parasita pelos anticorpos do macaco. Essa via é importante para a fisiologia basal do Schistosoma mansoni e não havia sido demonstrado seu envolvimento na autocura. Pelo contrário, foi pouco estudada até agora”, diz Murilo Sena Amaral, pesquisador do Laboratório de Parasitologia do Instituto Butantan e primeiro autor do artigo, em entrevista à Agência FAPESP.

O professor da USP e cientista do Butantan Sergio Verjovski-Almeida, coordenador do estudo, destaca que a autofagia é uma importante via de remodelamento dos tecidos do parasita durante seu ciclo de vida, principalmente quando este passa do estágio de cercárias para a fase adulta.

“Localizamos mais de cem genes afetados, porém, de vias diferentes. Não quer dizer que não sejam importantes, mas, quando se encontra nove dos dez genes da mesma via sendo atingidos, é possível dizer que há uma evidência muito grande de que esse caminho pode ser a chave para a vacina”, diz.

Outro ponto destacado por Verjovski-Almeida no trabalho foi o acompanhamento dos macacos entre a cura e o chamado segundo desafio, realizado 42 semanas após a primeira infecção, que mostrou a resistência dos primatas à reinfecção, eliminando de forma mais rápida o Schistosoma mansoni.

Em humanos, a esquistossomose tem cura quando o diagnóstico é feito na fase inicial da doença, eliminando o parasita do organismo e evitando o surgimento de complicações, como o aumento do fígado e do baço, além de anemia. No entanto, a pessoa não adquire imunidade como o macaco rhesus, podendo ser infectada novamente.

Estima-se que essa doença parasitária afete cerca de 200 milhões de pessoas no mundo, sendo quase metade crianças. Por ano, são aproximadamente 200 mil mortes.

No Brasil, a esquistossomose está presente em 18 Estados e no Distrito Federal – oito têm transmissão endêmica (Alagoas, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Espírito Santo e Minas Gerais). De acordo com dados do governo federal, 1,5 milhão de pessoas vivem em áreas sob o risco de contrair a doença. Nas regiões Nordeste e Sudeste a ocorrência está diretamente ligada à presença dos moluscos transmissores.

Entre 2009 e 2019, o país registrou 423.117 casos da doença, segundo o último boletim do Ministério da Saúde divulgado em março deste ano.

Popularmente conhecida como “barriga d’água” ou “mal do caramujo”, a doença está diretamente relacionada ao saneamento precário – a pessoa é infectada quando entra em contato com água doce onde existam caramujos contaminados pelo Schistosoma.

O ciclo da transmissão da esquistossomose começa quando um indivíduo já doente elimina ovos do parasita por meio das fezes e da urina, que vão parar em um ambiente de água não tratada. Os ovos eclodem e liberam larvas, contaminando assim caramujos de água doce, chamados de hospedeiros intermediários.

Neles, as larvas maturam e se multiplicam. Após quatro semanas são eliminadas novamente na água na forma de cercárias, podendo sobreviver por até 48 horas. Se algum ser humano andar descalço ou nadar nessa água, as cercárias penetram ativamente na pele por meio de enzimas que há em suas cabeças.

Após penetrar no ser humano, elas se desenvolvem e passam ao estágio de esquistossômulo, capazes de migrar pela corrente sanguínea e linfática e chegar aos pulmões e coração. Depois, como vermes adultos, se instalam dentro das veias dos intestinos, onde as fêmeas depositam cerca de 300 ovos por dia. Esses ovos são levados pela corrente sanguínea para o fígado, causando lesões. Alguns passam para as fezes.

O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais das fezes. Já o tratamento para os casos simples é em dose única e supervisionada feito por meio de um medicamento chamado praziquantel, descoberto no início dos anos 1980 e distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Método

Para fazer a pesquisa, os cientistas trabalharam com 12 macacos rhesus, que foram infectados com 700 cercárias de Schistosoma mansoni e acompanhados até 42 semanas – durante as fases de estabelecimento, maturação e autocura.

Eles foram então expostos a uma reinfecção por 700 cercárias e monitorados por mais 20 semanas (até 62 semanas após a infecção inicial). O sangue foi coletado para estimativa da carga de vermes usando o nível de antígeno anódico circulante (CAA, sigla em inglês), para medida de marcadores inflamatórios e hematologia.

As fezes também foram analisadas para determinar o número de ovos por grama. Ao final, foi analisada a carga real do verme em cada primata.

Além disso, os cientistas fizeram, in vitro, ensaios com plasma contendo anticorpos do macaco e incubaram com parasitas jovens, detectando a morte deles. “Fizemos os ensaios para avaliar a expressão gênica e marcas da cromatina, que regulam os genes expressos a partir do DNA. Com isso, chegamos aos nove genes da via de autofagia”, explica Amaral.

Ao monitorar os níveis na corrente sanguínea do antígeno derivado do parasita, a pesquisa mostrou que a partir da décima semana uma infecção estabelecida com Schistosoma mansoni é eliminada, gerando resistência à reinfecção.

Os perfis de anticorpos sugerem que a proteção mediadora de antígenos são os produtos liberados do desenvolvimento de esquistossômulos. Na cultura, eles são mortos pela adição do plasma do macaco, coletado a partir da oitava semana após a infecção, e ainda mais eficientemente com plasma da reinfecção.

Além disso, os esquistossômulos cultivados perdem marcas de ativação da cromatina e mostram diminuição da expressão de genes relacionados aos lisossomos envolvidos na autofagia.

 

Futuro

Segundo o professor Verjovski-Almeida, o grupo está agora trabalhando na identificação dos alvos dos anticorpos. “Olhamos o fenótipo, ou seja, a consequência dos anticorpos que alteraram a expressão de genes da via. Agora, o próximo passo é verificar se esses e outros genes são alvos específicos”, conta.

A partir da identificação desses alvos, a ideia é testá-los como candidatos à vacina.

A pesquisa que resultou no artigo Rhesus macaques self-curing from a schistosome infection can display complete immunity to challenge recebeu o apoio da FAPESP por meio de seis projetos (15/06366-218/15049-918/23693-519/09404-316/10046-6 e 18/18117-5).

O artigo pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41467-021-26497-0.

 

 

 

Luciana Constantino

 Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/pesquisa-com-macaco-rhesus-abre-caminho-para-vacina-contra-a-esquistossomose/37161/


Novembro Azul: homens estão se cuidando ainda menos na pandemia, o que pode aumentar número de casos de câncer de próstata avançados

Exames preventivos e consulta ao urologista levam a detecção precoce e melhoram prognóstico da doença


Homens, historicamente, são menos preocupados com a própria saúde. Na pandemia, esse cenário se agravou ainda mais, o que pode refletir no número de diagnósticos de cânceres que os atingem, principalmente o de próstata, cuja detecção precoce é feita através de exames regulares e preventivos, assunto que ainda é tabu para muitos. Uma pesquisa de 2020,realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), mostrou que a procura por cirurgias eletivas urológicas caiu 50% na pandemia. Desses, cerca de 90% afirmaram que houve uma redução em 50% das cirurgias eletivas, e 54,8% relataram que as cirurgias de emergências diminuíram pela metade.

Os dados assustaram os médicos e especialistas e essa realidade mostra a importância de campanhas de conscientização como o Novembro Azul, que promove ações informativas e práticas para estimular que homens se previnam contra o câncer de próstata, o segundo mais comum do Brasil (atrás apenas do câncer de pele e, em números absolutos, com mais ocorrências do que o câncer de mama feminino).

A partir dos 50 anos, como recomenda a SBU, é muito importante que os homens façam o acompanhamento médico de prevenção. Já as pessoas com parentes de primeiro grau que enfrentaram a doença, ou ainda afrodescendentes, é necessário realizar os exames de rotina antes dos 45 anos, pois possuem maiores chances de desenvolver o câncer de próstata.

O câncer de próstata atingiu 65.840 pessoas em média em 2020, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Todos os anos, a doença tem 75% dos casos registrados em homens com 65 anos ou mais e chega a levar à óbito 15,5 mil brasileiros. Ainda é necessário quebrar o tabu da barreira sociocultural, pois essa questão faz com que muitos pacientes só descubram o tumor já em estágio avançado.

No caso do câncer de pênis, por exemplo, apesar de ainda ser pouco falado, o diagnóstico tardio leva a mais de mil amputações por ano no Brasil. Apesar do câncer de próstata ser mais comentado, é necessário chamar a atenção para outros casos que afetam o público masculino. É fundamental incentivar uma rotina de consultas e exames, podendo salvar assim a vida de milhares de pacientes anualmente.

Mesmo quando os sinais de problemas se tornam inegáveis, em muitos casos o diagnóstico efetivo da doença só acontece após insistência das parceiras. Não à toa, 70% das mulheres comparecem às consultas médicas do companheiro, segundo levantamento realizado pelo Centro de Referência em Saúde do Homem do Estado de São Paulo.

"Um dos principais objetivos do diagnóstico precoce, além de permitir a adoção de tratamentos menos invasivos e promover chances de cura que podem passar de 90%, é evitar que o paciente tenha outros impactos à saúde em geral. A vigilância ativa poupa os pacientes de possíveis efeitos colaterais do tratamento cirúrgico ou radioterápico. Por outro lado, quando o câncer de próstata é identificado em estágios mais avançados, o tratamento indicado acaba sendo mais agressivo, podendo comprometer inclusive a produção de testosterona. A falta desse hormônio gera, entre outros, elevação no risco de doenças cardiovasculares, impotência sexual e distúrbios cognitivos", completa o oncologista clínico Andrey Soares, do Grupo Oncoclínicas e Diretor Científico do LACOG-GU (Latin American Cooperative Oncology Group-Genitourinary).


Tratamentos têm evoluído

O tratamento do câncer de próstata, assim como outros, depende da avaliação da extensão da doença. Nos casos de doença localizada e sem características agressivas o tratamento pode variar de cirurgia, radioterapia ou vigilância ativa, dependendo do caso.

"Em casos localizados, mas com achados de agressividade, o tratamento definitivo se faz necessário. A conduta nestes casos pode ser cirurgia, radioterapia combinada a tratamento hormonal ou até mesmo a união de todos eles. Nos casos de doença metastática, os últimos anos têm trazido ótimas notícias para os pacientes com a chegada de diversas novas drogas, tais como uma nova geração de quimioterápicos, terapias hormonais e radioisótopos, moléculas inteligentes com pequena ação radiante que pode tratar diretamente os tumores", afirma Andrey Soares.

Ele frisa ainda que novas perspectivas de tratamento pregam união de terapias, foco nas informações para conscientização sobre a doença e condutas voltadas ao olhar integral e individualizado para cada paciente, prezando pela qualidade de vida.


Atenção aos sintomas e formas de prevenção

A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. É um órgão pequeno e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. Ela envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. Cabe à próstata produzir parte do sêmen.

Por conta dessas atribuições, alguns dos sintomas do câncer de próstata são dor ao urinar ou presença de sangue na urina. Não existem indícios que apontem medidas preventivas que possam contribuir ativamente na redução dos riscos de desenvolvimento deste tipo de tumor, mas investir em uma rotina alimentar equilibrada e exercícios físicos é sempre recomendável.

"Há uma associação - ainda que pequena - entre atividade física e a diminuição de chances de aparecer câncer de próstata. Ainda que não haja conclusões mais detalhadas sobre a associação dos hábitos de vida e a incidência desta tipo de tumor masculino, o INCA e o Ministério da Saúde concordam que uma rotina saudável, alimentação balanceada e outros fatores ligados ao bem-estar podem ajudar na prevenção não só deste, como de diversos outros tipos de carcinomas", pontua Andrey Soares.

Por isso, a relação mais importante, segundo o oncologista do Grupo Oncoclínicas, é o autocuidado proativo e preventivo, além de uma mudança significativa sobre a importância da prevenção.


ESCUTE SEU CORPO: A MELHOR PREVENÇÃO CONTRA O CÂNCER DE MAMA É A CONSCIENTIZAÇÃO E A PRÁTICA DO AUTOEXAME


A chegada do mês de outubro traz diversas sensações. É aquele pensamento de que o ano passou voando, de que chegou a hora de planejar as férias da família, bater as metas finais da empresa e preparar tudo para as festas de confraternização. Mas, não podemos esquecer de uma das principais marcas do mês de outubro: a conscientização sobre o câncer de mama. Outubro Rosa é um período especial, afinal nos dedicamos em prol de alertar a sociedade e principalmente o público feminino, sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença.

Quando uma mulher sofre com o câncer, todas as outras sentem um pouco da sua dor, não é à toa que há diversos exemplos de mães, irmãs, filhas, amigas e conhecidas que rasparam suas cabeças em solidariedade. A sororidade ainda é algo vivo entre nós. Uma cabeça raspada contra a própria vontade, consequência da quimioterapia e medicações envolvidas no processo de tratamento, afetam diretamente a autoestima da mulher, assim como a remoção de uma mama quando identificado um câncer maligno na região. O câncer de mama é um dos mais comuns no Brasil, atingindo 28% dos casos quando considerados todos os tipos de câncer. As mulheres com mais de 50 anos representam 80% dos casos segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mas as jovens ainda assim devem estar em estado de alerta.

Não existe remédio melhor que a prevenção. Por isso, nós apoiamos projetos que estão lutando em prol da diminuição do câncer de mama. São histórias incríveis e inspiradoras de transformação. A ONG Mulheres de Peito, desde 2017, vem ajudando mulheres com vulnerabilidade financeira a conseguir um diagnóstico precoce através de exames. A atitude impacta diretamente na oportunidade de tratamento, e diminuição do índice de mortalidade causado pela doença, uma vez que diversas mulheres com a suspeita do câncer são privadas de acesso a exames para o diagnóstico precoce devido a situação financeira.

O Arte Com Paixão também conquistou o nosso coração com a sua missão na reconstrução da autoestima de mulheres que enfrentaram o câncer. Nesse projeto em especial, pessoas que passaram por tratamentos de quimioterapia e perderam os pelos das sobrancelhas, ou tenham realizado a mastectomia (retirada da mama) têm a oportunidade de tentar um novo começo. Com tatuagens cosméticas e micropigmentação essas mulheres ganharam a chance de conquistar o amor-próprio de novo.

No Outubro Rosa deste ano, a agência, em que sou CEO, além de apresentar e apoiar projetos incríveis, desenvolveu um material ilustrativo e informativo, com o objetivo de orientar as mulheres sobre a forma mais simples de identificar um possível câncer de mama: escutar o próprio corpo. No nosso guia ‘Escute seu Corpo', além de mais informações sobre os projetos citados, e entrevistas exclusivas com especialistas, há um passo-a-passo de como fazer o autoexame. O nódulo na mama é um dos principais sintomas desse tipo de câncer, e pode ser facilmente identificado através do toque na região do seio. Mudanças no tamanho e formato do órgão também devem ser observadas e compartilhadas com o seu médico se identificadas.

As mulheres têm realizado muitas conquistas em diversas esferas sociais, e a informação e conscientização podem ser a chave para essas mudanças e vitórias femininas. Para diminuir a taxa de mortalidade e pluralizar a oportunidade de tratamentos contra o câncer de mama é muito importante valorizar essa pauta no mês de outubro. Por isso, compartilhe com as mulheres que você ama sobre a importância de fazer o autoexame e se informar sobre a doença. Juntas podemos lutar em prol da diminuição dessa patologia que afeta tanto a vida de diversas mulheres no Brasil.

 


Mônica Schimenes - fundadora e CEO da MCM Brand Experience


QUANDO A MÁSCARA CAIR COMO ESTARÁ O SEU SORRISO?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como bem-estar físico, mental e social. Saúde não é apenas a ausência de doenças ou patologias físicas, mas sim o bem-estar em seu sentido mais amplo. A autoestima é uma questão fundamental para manter a sensação de bem-estar e os vínculos sociais, o que influencia diretamente na saúde do indivíduo. O NUBE (Núcleo Brasileiro de Estágios) realizou uma pesquisa com mais de 4 mil jovens entre 15 e 18 anos, no ano de 2019 com o tema ‘Como está sua autoestima?’ e revelou que diversos jovens têm sofrido com a falta de amor-próprio e a baixa estima. Aproximadamente 21% dos que responderam as questões vivem altos e baixos quando se trata de autoestima, e mais de 1.600 jovens apontaram sua estima como muito baixa e disseram viver dificuldades por conta disso.

Os dentes e a saúde bucal podem influenciar diretamente na autoestima, uma vez que o sorriso é uma das partes do rosto que chamam atenção, não é à toa que a procura por tratamentos odontológicos estéticos cresceu nos últimos anos. O Conselho Federal de Odontologia (CFO) apontou o Brasil como o segundo país com maior procura por mudanças odontológicas no mundo, e revelou que R 38 bilhões são movimentados no mercado da odontologia estética por ano.

Um sorriso bonito faz a diferença desde os primeiros anos de vida e impacta diretamente na forma como as crianças vão se relacionar e no desenvolvimento da sua autoconfiança. Não é raro os pais levarem seus filhos ao dentista desde muito novos para tratar e prevenir cáries, fluorose, perda precoce dos dentes de leite e a má formação da arcada dentária. Dessa forma os pais contribuem com a saúde bucal dos filhos, que vai muito além da boa aparência dos dentes. Quando cuidamos dos dentes mantendo uma rotina de higiene adequada, além de garantir um ponto positivo para a autoestima no futuro, você mantém a saúde bucal e evita diversos problemas odontológicos.

Uma das melhores formas de manter um sorriso bonito e a saúde bucal em dia, é realizar uma excelente escovação e uma limpeza direcionada nas partes que estão mais vulneráveis. Por isso o método GBT (Guided Biofilm Therapy), da EMS (Electro Medical System) auxilia na identificação das partes que mais necessitam de atenção na hora da higienização. Além de ser uma forma mais clara de ajudar o paciente a cumprir sua rotina básica de cuidados, a GBT oferece conforto, melhora a experiência com o profissional, estabelecendo confiança e garantindo o retorno em outras consultas, uma vez que o paciente não é submetido a procedimentos invasivos e dolorosos ao cuidar da sua saúde bucal.

Durante a pandemia, como foi a sua rotina de higiene bucal? No confinamento social, que não tinha data certa para acabar, você continuou indo ao dentista? Com a obrigatoriedade do uso de máscaras houve um grande benefício: de uma maneira simples, a população conseguia se proteger da contaminação do novo vírus. Mas, por outro lado, será que o uso de máscaras trouxe impactos negativos em algum outro aspecto de saúde, respiratório ou odontológico, por exemplo? Uma pesquisa do CFO revelou que 82% dos 42 mil dentistas continuaram trabalhando durante a pandemia, atendendo casos diversos. Manter uma rotina de higiene bucal adequada, sabendo qual o seu caso específico, e realizar visitas regulares ao dentista são passos fundamentais para manter a saúde bucal, durante e após o fim da quarentena. Quando a máscara cair, como estará o seu sorriso?

 

Gislaine Sachetti - Dental & Medical LATAM Educational & Product Training Specialist - assuntos relacionados à educação - as academias SDA e SDCA, atividades de comunicação e parcerias na região, relacionamento com as instituições, congressos e eventos e líderes de opinião nos mercados de atuação.


Hipertensão infantil: especialista do HSCG dá dicas de como cuidar da saúde cardíaca de crianças e adolescentes

Doença que afeta cerca de 17% dos jovens e crianças no país, tem diagnóstico fácil e pode ser controlada com exercícios físicos e alimentação saudável


A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta vem atingindo cada vez mais jovens e adolescentes. De acordo com a Organização M undial de Saúde (OMS ), cerca de 17% das crianças brasileiras têm hipertensão arterial. O diagnóstico e a intervenção precoce são fatores importantes para evitar maiores danos na vida adulta. Nesse sentido, a atuação eficaz de um cardiologista pediátrico é essencial. "O aumento da pressão arterial em crianças e adolescentes vem se multiplicando muito entre esse público e isso pode trazer consequências graves para toda a vida. Essa patologia, especialmente em jovens, exige conhecimento e diagnóstico correto para tratamento adequado. Na maioria das vezes, a identificação pode ser feita por meio de medidas de pressão arterial por um profissional de saúde", explica Pedro Júnior - Cardiologista do HCSG.

Segundo o especialista, a hipertensão entre crianças e adolescentes pode ocorrer por várias causas como pelo coração, rins e sistema endócrino, mas em sua grande maioria não é definida. "Geralmente ela está relacionada à obesidade infantil e ao sedentarismo", alerta.


Sintomas e diagnóstico

A hipertensão infantojuvenil, na grande maioria das vezes, pode demorar anos para apresentar alguns sintomas podendo até mesmo ser diagnosticada apenas quando a criança já é adulta. "Dores de cabeça e no pescoço são as principais queixas, após o diagnóstico, os primeiros cuidados são importantíssimos e envolvem basicamente mudança no estilo de vida. Trocar guloseimas por frutas e vídeo game por esporte são fundamentais. Por exemplo: a criança pode tentar ir caminhando para a escola e levar alimentos saudáveis para comer durante o intervalo", enfatiza.


Dicas para ter um coração saudável

Segundo o especialista, para se ter uma saúde cardíaca em dia é fundamental:

• Praticar exercícios físicos com regularidade;

• Manter uma alimentação equilibrada com frutas, verduras, legumes e evitando o excesso de sal, açúcar, frituras e gorduras saturadas;

• Manter o controle do colesterol, diabetes e pressão arterial;

Mesmo durante o período de pandemia no qual vivemos as atividades físicas e dieta balanceada são essenciais o tratamento contra hipertensão deve envolver toda a família onde a criança e o jovem está inserido. "Se os pais comem mal e não fazem exercícios físicos, as crianças serão estimuladas ao mesmo comportamento, agravando o problema. Em casos mais complicados ou quando associado às outras doenças, os remédios são necessários e para isso o acompanhamento médico é primordial", esclarece.

"Vale lembrar que, em todos os casos, ela pode ser controlada e a criança pode ter uma vida normal como qualquer outra. O acompanhamento médico e familiar são os fatores mais importantes para que isso aconteça", finaliza Pedro.

 

Hospital Casa de Saúde Guarujá


O diabetes gestacional e seus riscos para a saúde da mãe e do bebê

A doença é diagnosticada em até 25% das gestações, e o número de casos vem crescendo à medida que a incidência de obesidade tem aumentado na população


A gestação é um período de grandes transformações no corpo e na vida da mulher. Durante os nove meses de gravidez, os órgãos e o metabolismo da futura mãe passam por adaptações à medida que o bebê se desenvolve. Entre elas, a produção insuficiente ou má absorção da insulina, hormônio responsável pelo controle da glicose (açúcar) no sangue. Esse aumento dos níveis de glicose durante a gravidez, se não controlado, pode resultar em várias complicações para a mãe e o bebê, inclusive em um parto prematuro.

Caracterizado pelo aumento dos níveis de glicose no sangue durante a gravidez, o diabetes pode trazer complicações à saúde da mulher e do bebê. Entre elas, prejuízos aos rins e hipertensão. Os fatores de risco para a doença, que geralmente surge após a 20ª semana de gestação, são idade materna avançada, sobrepeso ou obesidade, ganho excessivo de peso, histórico familiar de diabetes, síndrome dos ovários policísticos, uso de corticoides.

O diagnóstico pode ser feito mediante teste de glicemia em jejum, desde o 1° trimestre, ou através do rastreamento por meio do TOTG (teste oral de tolerância à glicose), que toda gestante deve fazer entre 24 e 28 semanas de gestação. “Uma vez feito o diagnóstico, será incentivada a prática de atividades físicas e a consulta com nutricionista para ajuste da dieta, com combinações alimentares que possuam um menor índice glicêmico.”, explica a ginecologista obstetra da Maternidade Brasília Fernanda Torino.

Caso a gestante não consiga um adequado controle glicêmico com a dieta e atividade física, pode ser necessário o uso de tratamento medicamentoso. A primeira escolha é a insulina. Neste caso, o endocrinologista será um grande aliado para ajustes de doses e indicação do tipo de insulina. Se o controle da glicemia for feito adequadamente, a gestação poderá seguir até o termo. Caso contrário, o parto pode vir a ser antecipado.

É importante ressaltar que o diabetes gestacional também pode resultar em complicações para a saúde do bebê quando ainda dentro do útero ou após o nascimento. O pâncreas do bebê pode ficar sobrecarregado por conta do aumento dos níveis de glicose, o chamado hiperinsulinismo. O açúcar em excesso se transforma em gordura, levando ao excesso de peso fetal.  Devido à queda abrupta dos níveis de glicose, após o nascimento pode ocorrer hipoglicemia neonatal, complicação que pode ocasionar o encaminhamento do recém-nascido para a UTI neonatal.

A boa notícia é que o controle rigoroso da glicemia evita riscos de complicações para e mãe e para o feto, porém é essencial realizar o acompanhamento corretamente. “É importante contar com uma equipe multidisciplinar para apoio e incentivo às mudanças de hábitos de vida para garantir uma gestação saudável para a mãe e o bebê”, finaliza a obstetra.

 

Dasa

 www.dasa.com.br


Antidepressivos são os medicamentos mais vendidos, mas há regras no e-commerce

Norma do Ministério da Saúde obriga farmácias a buscarem a notificação da receita na casa do cliente em caso de venda online


Os antidepressivos são os medicamentos mais vendidos no ramo farmacêutico. Um levantamento realizado pelo Farmácias APP afirma que estes são os remédios que estiveram no topo da lista de vendas no 1º semestre deste ano em farmácias e drogarias. Já os dados do Conselho Federal de Farmácias mostram que quase 100 milhões de caixas de medicamentos controlados foram vendidas em todo o ano de 2020. Um salto de 17% se comparado a 2019. 

Embora representem uma das classes de medicamentos mais vendidas no ramo farmacêutico, existem regras específicas que cabem ao e-commerce quando trata-se da venda de medicamentos controlados.. A RDC (Resolução de Diretoria Colegiada) 357/2020, norma do Ministério da Saúde, autoriza a entrega em casa de medicamentos sujeitos a controle especial apenas durante o período em que o Ministério da Saúde mantiver emergência em saúde pública por conta da pandemia do novo coronavírus.  

“Neste caso, a pessoa pode fazer a compra pelo telefone ou pelo WhatsApp e fazer o pagamento em dinheiro ou cartão no ato da entrega. Mas a farmácia precisa buscar a notificação de receita ou a receita de controle especial na casa do cliente. Depois, na farmácia, realiza-se a conferência dos documentos, a coleta de assinaturas dos responsáveis e a liberação do medicamento", explica Carlos Henrique Soccol, diretor de marketing da MyPharma, startup que auxilia farmácias nas vendas pelo e-commerce com ferramentas especializadas para lojas virtuais. 

Além desse processo, o responsável pela entrega também precisa levar o documento de identidade do comprador à loja e devolvê-lo no ato da entrega.“O processo é mais complexo, mas, por enquanto é possível comprar sem sair de casa. Lembrando que a RDC 357/2020 só permite essa entrega em domicílio de medicamentos sujeitos ao controle especial durante período de pandemia do SARS-CoV-2 — o que será modificado pelo Ministério da Saúde após este período”, afirma.

O uso de medicamentos é regulado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). E é por meio da diferenciação dos receituários médicos que se controla a prescrição e a compra adequada do remédio. “"É por isso que farmacêuticos e balconistas precisam precisam ter todo um cuidado na venda desses medicamentos durante o período pandêmico, e é de extrema importância que todos os profissionais de saúde legalmente habilitados saibam identificar o tipo de receituário correto para cada medicamento, para fazer a venda online dentro da regra estabelecida pelo Ministério da Saúde”, finaliza Carlos.


O currículo ideal para chamar a atenção das empresas

Mesmo com a entrevista, o currículo nunca passa batido pelos empregadores


Para muitos, o CV (Curriculum Vitae, como é formalmente chamado) não passa de um pedaço de papel, sendo a entrevista em si o ponto chave de uma possível contratação. O que essas pessoas não percebem é que, devido ao grande número de candidatos que as empresas geralmente recebem, o currículo acaba sendo, por diversas vezes, o primeiro contato que o profissional tem com a empresa contratante.

Sendo assim, um currículo bem estruturado muitas vezes será o diferencial, não exclui o peso da entrevista, mas sim a completa e melhora as chances de ingressar naquela empresa. "O currículo é sua porta de entrada para qualquer lugar. Sem um documento apresentável, dificilmente o entrevistador, ou quem quer que seja que analise os currículos dos candidatos, vai se interessar por você", afirma Madalena Feliciano, gestora de carreira e diretora de projetos da empresa Outliers Careers.

Para a gestora, um bom currículo deve conter as informações básicas do profissional, além de toda e qualquer outra informação que seja relevante para a sua contratação. “Nome, telefone e e-mail profissional (sem apelidos) são essenciais, mas não pode parar por aí. Informações sobre suas experiências profissionais, sua formação universitária e cursos paralelos, como de idiomas, ou de outras habilidades também são muito importantes. Caso você trabalhe ou já tenha trabalhado com filantropia também adicione essa informação, pois é um diferencial”, afirma.

Um currículo bem estruturado deve ser claro e objetivo, porém não deve nunca incluir informações falsas ou que não podem ser comprovadas, o que acaba sendo um tiro no pé de muitas pessoas na hora da entrevista. Em contraponto, ao falar de suas habilidades, não tenha medo de fazer seu de marketing pessoal, apresentando resultados anteriores expressivos.

Para quem nunca trabalhou e está atrás de uma primeira experiência, não é preciso pânico, afinal, esse é o momento de demonstrar, seja por meio do currículo ou ainda na entrevista, que você já está buscando garantir seu futuro, e exaltar isso também é importante. Atividades sociais, projetos voluntários, são bem-vindos para os novatos.

A profissional finaliza, lembrando que o currículo é como um cartão de visitas para aqueles que não foram contratados ainda. "Existem milhares de modelos de currículos na Internet. Procure aquele que se encaixe melhor com seu momento profissional, e não se esqueça de mostrar seus diferenciais", conclui.




Madalena Feliciano - Gestora de Carreira                                                                                         

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Plano de saúde pode se negar a cobrir alguns casos

Confira condições em que se deve lidar com o caso na justiça


Já imaginou estar pagando por um plano de saúde durante algum tempo, e quando mais precisar, ele se nega a pagar por eventuais exames ou até mesmo remédios, dependendo das circunstâncias?

“O problema é mais comum do que parece, afinal, as empresas que oferecem esse serviço não contam que você realmente vai ficar doente e aquilo que foi investido precisará ser devolvido”, afirma Dra. Sabrina Rui, advogada em direito tributário e imobiliário.

Recentemente, o caso de um senhor de idade no Rio Grande do Sul, que contraiu hepatite C e estava com problemas em seu único rim veio à mídia. Após seu médico determinar quais medicamentos ele deveria tomar, o plano de saúde se recusou a cobrir o valor, afirmando que, por ser de via oral e em casa, estes não entrariam no plano. Também afirmaram que o paciente sabia das condições.

“Independente de o medicamento ser feito durante internação hospitalar ou em casa, é dever do plano cobrir os custos, visto que essa condição não pode excluir o tratamento determinado pelo médico”, conta a advogada.

A decisão da 5° câmara cível do TJRS foi favorável ao senhor, obrigando legalmente a empresa a cumprir com os deveres do contrato previamente feito, antes de qualquer problema do paciente.

“Se você tem ou já teve um problema similar com o seu plano de saúde, fique ciente de que vale a pena lutar por seus direitos na justiça, pois não é a primeira nem última vez que um caso assim acontece”, finaliza Sabrina.

 


Dra. Sabrina Marcolli Rui - Advogada em direito tributário e imobiliário

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Risco de apagão. Mais um desafio

 

O Brasil vive, no ano de 2021, a maior seca em mais de 100 anos. Tem se falado até em possibilidade de apagão, o que foi prontamente negado tanto pelo governo federal como pelo Ministério de Minas e Energia e pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Mas corremos mesmo esse risco?

Para você que lê esse artigo, o apagão, nome popular para desligamento programado, não quer dizer que falte luz em todo o tempo. Muito menos que você ligue o ar condicionado e a luz apague. Esse desligamento é o mesmo de quando ocorre manutenção na rede elétrica e a companhia desliga a luz enquanto dura o serviço, com o inconveniente que isso ocorreria em vários dias na semana. Esses desligamentos, caso aconteçam, implicariam em cortes de luz durante o dia, e principalmente de madrugada.

Segundo o ONS, no dia 10 de outubro, o nível médio dos reservatórios na região Sudeste estava em 16,63%, incluindo várias bacias como a de Paraíba do Sul e Ilha Solteira, que já estão à beira do colapso.

Mas, corremos o risco ou não de termos esse desligamento programado? É possível. Mas segundo dados históricos do ONS, disponibilizados em seu sítio eletrônico desde janeiro de 1999,  já houve vários outros períodos de grande seca, como em novembro de 1999, de 2000 e, mais recentemente, novembro de 2017 e  2019. Comparando o nível dos reservatórios com o histórico, não é o menor já registrado.

Além do mais, desde a década de 90, a matriz energética vem sendo diversificada ano após ano, reduzindo a necessidade de energia hidrelétrica para 64% em 2018, e cada vez mais, usando geração eólica e solar, além do acionamento das usinas termelétricas em momentos de baixo nível dos reservatórios, como o atual. E melhor ainda, a estação seca está no fim e já é previsto que nos próximos meses teremos uma estação chuvosa próxima da média histórica, o que não resolve o problema, mas traz um alento.

E isso é culpa do atual governo? Não muito. Pelo menos, em relação aos governos recentes (anos 2000), o atual deveria ser o menos culpado. Mudanças de matriz energética são decisões tomadas com décadas de antecedência, afinal, obras de geração de energia demoram anos para serem planejadas, executadas e entrarem em operação. E nem o meteorologista mais pessimista previa a maior seca em mais de 100 anos para o ano 2021. Isso quer dizer que o governo atual não tem responsabilidade? Também não. A gestão recente (3 anos é pouco para uma matriz energética) não exime o governo atual de ter feito a sua parte. Afinal, as últimas grandes obras de geração de energia foram planejadas há muito tempo (por exemplo, os estudos para a Usina de Belo Monte se iniciaram em 1975), isto é, iniciadas na gestão Lula e entregues na gestão Temer. É pouco. No governo atual, houve iniciativas de geração eólica e solar, mas nenhuma do porte necessário. Para o futuro, o Ministério de Minas e Energia tem dado incentivos às pequenas centrais hidrelétricas (PCH), onde muitos produtores de energia geram um pouco e o total desses pode muito bem se aproximar das grandes usinas. E com a vantagem de ser menos sensível a evaporação e secas localizadas. Para o presente, infelizmente, é tentar contornar o problema.

Mas, sendo prático, o que cada um de nós pode fazer para ajudar? Esta é a parte mais importante do artigo. Em vez de dizer “se não economizar vai faltar”, prefiro afirmar: “Se economizar, passaremos pela dificuldade”. Mesmo com a maior seca em muitos anos, não estamos na pior situação que já enfrentamos. Com algumas pequenas mudanças de hábitos, podemos todos colaborar. Nosso País é grande e heterogêneo. Nos estados mais quentes, o vilão é o ar condicionado. Caso você não abra mão do friozinho, ligue o aparelho no frio meia hora antes de dormir e depois, pode diminuir a potência do aparelho. Deve ser suficiente para manter seu quarto confortável. Nos estados mais frios, o inimigo é o chuveiro elétrico. Vale a mesma recomendação do ar condicionado só que o inverso. Se possível, prefira a opção verão e, se seu chuveiro é eletrônico, use ligeiramente menos quente.

Pequenas atitudes como essas podem fazer uma grande diferença na conta de luz no fim do mês. E, claro, trazer uma grande contribuição ao País para superarmos essa seca histórica. Com a energia do nosso povo, não faltará luz para o Brasil.

 


Alysson Nunes Diógenes - engenheiro eletricista, doutor em Engenharia Mecânica, é professor do Mestrado e Doutorado em Gestão Ambiental da Universidade Positivo (UP).

diogenes@up.edu.br

 

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