Pesquisar no Blog

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Julho verde: HPV amplia risco de câncer de boca entre jovens

Tumor maligno possui alta associação com a infecção pelo vírus do papiloma humano. Fique atento aos primeiros sinais e aos fatores que influenciam o seu aparecimento precoce


O tumor orofaríngeo - localizado atrás da boca e que inclui a base da língua, céu da boca, amígdalas e paredes laterais é considerado um dos tumores mais incidentes entre os jovens brasileiros de até 40 anos de idade.

Os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que dos 625 mil novos casos de tumores malignos esperados para 2021 na população, 15.190 deverão ser de câncer de boca e orofaringe. E apesar da redução na taxa global de novos casos destes tipos de câncer, a incidência dos diagnósticos relacionados à infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV) tem ascendido um sinal de alerta entre especialistas, se mostrando cada vez mais alta.

"O número de casos relacionados ao HPV vem aumentando em homens e mulheres. Vale lembrar que a transmissão desse vírus ocorre por meio da prática sexual oral sem proteção, o que reflete a necessidade de conscientização ampliada sobre o tema de forma ampla", afirma Andrey Soares, oncologista do CPO Oncoclínicas. "O que temos observado é que o risco de desenvolver o tumor maligno entre os jovens têm crescido progressivamente ao longo dos últimos anos. Pesquisas mostram que, em média, o ápice da transmissão do vírus acontece na faixa dos 25 anos, sendo este um fator relacionado ao câncer que é totalmente prevenível a partir da conscientização sobre o assunto de forma ampla e massiva", acrescenta o médico.

Neste sentido, Andrey lembra que existem vacinas que reduzem o risco de infecção por determinados tipos de HPV. Esses imunizantes foram inicialmente adotados como forma de diminuir o risco de câncer de colo do útero, um dos mais incidentes entre as mulheres, mas têm se mostrado úteis para diminuir o risco de outros tumores ligados ao papiloma humano, como o câncer de ânus, vulva, vagina, boca e garganta.

"Como estas vacinas só são eficazes antes que alguém esteja infectado pelo HPV, devem ser administradas em uma idade precoce, antes que a pessoa se torne sexualmente ativa", sinaliza o oncologista do CPO Oncoclínicas.

A vacina contra o HPV está disponível gratuitamente nos postos de saúde, em 2 a 3 doses, para meninos e meninas dos 9 aos 14 anos. Homens e mulheres de 9 a 26 anos vivendo com HIV ou AIDS, pacientes que receberam transplante de órgãos, de medula óssea e pessoas em tratamento contra o câncer, também têm direito a receber as doses pelo sistema público de saúde. A vacina também pode ser tomada com idades superiores, entretanto, são apenas disponibilizadas em clínicas de vacinação particulares. Não há restrições para pessoas com vida sexual ativa, mas a eficácia da vacina pode ser diminuída, já que nestas situações há possibilidade de já ter havido contato com o vírus.

O especialista pontua, adicionalmente, que além do HPV, o consumo aumentado de tabaco e álcool também figura entre os fatores que contribuem para a elevação dos riscos de desenvolver câncer de boca e garganta.


Primeiros sinais

Os primeiros sinais do tumor orofaríngeo podem aparecer por meio de feridas que não cicatrizam na boca nos primeiros 15 dias, além do aparecimento de nódulos no pescoço. O paciente pode se queixar também de dor para mastigar ou engolir. "Estes fatores, ligados ao aparecimento de pequenas verrugas na garganta ou na boca, podem revelar um possível diagnóstico com associação ao HPV. Portanto, é muito importante que seja acompanhado de perto por um especialista".

Outros sintomas podem estar relacionados à rouquidão persistente, manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca e bochecha, bem como lesões na cavidade oral ou nos lábios e dificuldade na fala.


Atenção aos fatores de risco

Tabagismo: Segundo o oncologista, o câncer de cabeça e pescoço apresenta maior incidência entre os jovens e pouco mais de um terço é causado por maus hábitos. "O principal e o mais importante de ser combatido é o tabagismo", revela Dr. Andrey.

Antigamente, o hábito de fumar era visto com elegância e glamour, sendo incentivado até pelas propagandas que mostravam atores famosos tragando seus cigarros, o que estimulava esse costume entre as pessoas mais jovens. O uso frequente do cigarro também é responsável pelo aparecimento do tumor na cabeça e pescoço. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas.

Álcool: Houve um tempo em que o cigarro era liberado nos restaurantes e até em sala de aula. Hoje, isso não é mais permitido. Contudo, o uso do tabaco persiste e, na maioria das vezes, vem acompanhado de bebidas alcoólicas. Estimativas apontam que 75% dos casos de câncer de pulmão são decorrentes do uso do tabaco e os fumantes têm cerca de 20 vezes mais risco de desenvolver a doença. O álcool pode agir como um solvente e facilitar a penetração de carcinógenos nos tecidos-alvos. Além disso, aumenta o índice de quebras no material genético e a peroxidação de lipídios e, consequentemente, a produção de radicais livres. Vários estudos epidemiológicos demonstram que o consumo combinado de álcool e fumo constitui o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço.

Infecções Virais: A geração de jovens e adultos com menos de 40 anos preza e valoriza muito a liberdade sexual. Trata-se de um grupo que nasceu após o "boom" do HIV e, apesar de bem informada e consciente dos riscos envolvendo doenças sexualmente transmissíveis, apresenta índices elevados de contágio pelo chamado papilomavírus humano - conhecido como HPV. "Além disso, a hepatite B e C também são fatores de risco para câncer de cabeça e pescoço, são infecções virais que podem ser transmitidas em relações sexuais não seguras. Vale lembrar sempre da importância do uso de preservativos para a preservação da saúde", finaliza o médico.


Setor de aço deve se equilibrar no segundo semestre deste ano

Euler Hermes analisa a retomada do setor e aponta aumento da demanda por seguro de crédito

 

Com a pandemia da Covid-19, diversos setores da economia sofreram com o impacto da crise gerada em decorrência das paralisações. No setor de aço não foi diferente. Atenta ao cenário e com boa expertise na análise de crédito das empresas atuantes no setor siderúrgico, a Euler Hermes, líder mundial em seguro de crédito, apresentou soluções ágeis para os seus segurados neste momento.

Segundo dados da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), estima-se que no ano passado, três quartos (76%) das empresas industriais reduziram ou paralisaram a produção, além de apresentarem uma queda na demanda por seus produtos. Dentre os empresários ouvidos, 45% reclamaram da inadimplência dos clientes.

Contudo, a Euler Hermes realizou revisões de portfólio para acompanhar de perto o comportamento das empresas do setor de aço diante desse momento tão adverso. “Nós conseguimos de forma proativa agregar valor aos nossos clientes, realizando um monitoramento contínuo das empresas deste setor e disponibilizando uma análise completa e atualizada sobre seus compradores”, afirma Felipe Tanus, diretor de risco da seguradora.

A parceria entre a seguradora e os clientes do setor foi intensificada durante o segundo semestre de 2020. Isso por conta de maior resiliência por parte dos compradores, ao observar que estes apresentaram uma retomada na demanda bem rápida e acima de qualquer projeção estimada para o setor, impulsionada principalmente pelos setores de construção e bens de capital.


Aumento na cobertura de crédito

A produção do aço é um importante indicador do estágio de desenvolvimento econômico de um país. O Brasil se destaca nesse âmbito, ocupando hoje a nona posição na produção mundial do aço bruto e a primeira posição na América Latina, de acordo com levantamento do Instituto do Aço Brasil. Além disso, o setor está diretamente correlacionado ao índice de produção industrial nacional, o qual apresentou crescimento de 4,4% no 1° trimestre de 2021 comparado ao 1° trimestre de 2020 segundo o IBGE. 

Justamente por estar atualizada e acompanhando as perspectivas para este mercado, a Euler Hermes também notou um aumento substancial na quantidade de solicitações de cobertura de crédito de seus segurados. Isto evidencia que o mercado está aquecido, pois estão formando estoque para se proteger de eventuais situações futuras de quantidade limitada de produto disponível no mercado ou de aumento nos custos em razão do impacto da desvalorização cambial e elevação de preços das commodities

Crescimento favorável para retomada do setor

O Instituto do Aço Brasil também mostra que grande parte dos indicadores de produtividade e desempenho do setor acumulados de Jan-Mai/2021 apresentou uma elevação expressiva em níveis percentuais. Eles refletem uma recuperação gigantesca da maior queda na demanda de aço que foi registrada entre os meses de Abril e Maio de 2020, como resultado da paralisação das atividades no setor em razão das medidas preventivas de lockdown. 

A seguradora acredita em uma perspectiva positiva tanto para a demanda, quanto para a lucratividade praticada no setor de aço. Contudo, o diretor comercial analisa que, embora os produtores de aço estejam trabalhando a todo o vapor para reabastecer o mercado local, os principais setores consumidores de aço também estão retomando suas atividades rapidamente e afirmam que há baixo nível de estoques disponível, com isso os preços praticados estão muito elevados.

“Este descompasso entre a oferta e a demanda no setor vem sendo fortemente percebida e acreditamos que ainda levará um tempo para se resolver, sendo estimado que se normalize no segundo semestre de 2021”, conclui.

 

 

Euler Hermes

www.eulerhermes.com.br

LinkedIn ou Twitter @eulerhermes

Relações de trabalho, humanos automatizados e as reflexões do Direito

Não há qualquer novidade dizer que o Direito visto do ângulo dos textos legislativos é sempre um maratonista em último lugar na prova. O sentido de tal afirmação se espraia na obviedade de que sua função é regular as “relações entre humanos”, e isso só há de acontecer se perpassadas as seguintes etapas: 1) o surgimento de novas formas de relação; 2) que essas relações criem expectativas diferentes entre os humanos ao que poderíamos chamar de certo ou errado como atitude e postura das partes envolvidas; 3) a existência de dissensos dessas relações capazes de abalar o seio social.

Noutras palavras, o conteúdo legislativo é formado, ou ao menos deveria ser, a partir da necessidade dos fatos antagonizados pelas relações intersubjetivas dos humanos.

Entretanto, a volatilidade da convivência entre humanos na pós-modernidade possui como medida de tempo o instante, ou seja, o Direito (enquanto sistema de leis de regulação de atos da sociedade) não está mais em último lugar na maratona, ele sequer consegue dar a largada antes que inúmeras alterações de relacionamento se apresentem e que claramente necessitam de positivação.

Esse contexto atual tem uma miríade de implicações, entre elas, a própria postura humana perante uma gama de hipóteses de atitudes possíveis em determinada relação jurídica que por diversas vezes é objeto de mutações factuais instantâneas, diárias ou mensais em razão da alteração vultosa da medida do tempo dos acontecimentos a que estamos todos nós submetidos.

Em apertada síntese, diríamos que o tempo dos fatos nos torna escravos do próprio tempo, fazendo com que não possamos ter a medida de tempo necessária para uma reflexão sobre determinada atitude antes que outro fato se sobreponha àquele primeiro. Apenas para exemplificar é como se você desse uma daquelas topadas com seu dedinho menor do pé numa quina, e antes que a dor passasse sobreviesse novamente uma contusão com o cotovelo em sua mesa de jantar.

Observe-se que não há tempo para curar uma ferida ou mesmo passar o momento de dor antes que outra contusão aconteça. Ora, no campo das ideias ou mesmo dos sentimentos, o tempo também se revela com o mesmo nível de importância.

É necessário que se tenha tempo para que se dê significado às coisas, aos objetos, às relações, sejam elas de trabalho ou de qualquer outra modalidade. Não foi à toa que filósofos e estudiosos da psique reconheceram que o inconsciente guarda também momentos não vividos ou não vividos por inteiro. Essa ausência de tempo, principalmente com a dedicação praticamente exclusiva ao trabalho, sem desconectar, com a disrupção da própria família e de amizades que nos são tão caras, acabam nos fazendo um “não consciente” das nossas atitudes.

E se nos tornamos um não consciente, humanos “automatizados”, o desgosto pelo viver irá se apresentar das mais variadas formas, principalmente em doenças psíquicas que já assolam o mundo do trabalho de uma forma absolutamente assustadora.

A expressão “ter foco” tão utilizada no âmbito empresarial do trabalho não pode ser subvertida à ignorância dos arredores da vida. Aqui é necessário colher a lição de vida do filósofo Espinoza que polia lentes enquanto refletia, ou seja, metaforicamente ajustando o foco do seu material de trabalho jamais ignorou a vizinhança dos acontecimentos. Criar leis no automático ou vivê-las sem a necessária reflexão é um desafio a ser superado pela sociedade, principalmente ao se tratar das relações de trabalho. Se criamos a inteligência artificial que grosso modo estuda “o pensar de como pensamos”, deixemos essa função para as máquinas!

 


Ricardo Pereira de Freitas Guimarães - advogado, especialista, mestre e doutor pela PUC-SP, titular da cadeira 81 da Academia Brasileira de Direito do Trabalho e professor da especialização da PUC-SP (COGEAE) e dos programas de mestrado e doutorado da FADISD-SP

 

Campanha mostra como pichação coloca negócios e pessoas em risco

Ação pretende sensibilizar a opinião pública
Divulgação
Iniciativa inédita quer sensibilizar a população e estimular denúncias
em Curitiba
 


No Brasil, a pichação é considerada vandalismo e crime ambiental, nos termos do artigo 65 da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), que estipula pena de detenção de 3 meses a 1 ano, além de multa, para quem pichar. Então, se você se pergunta se pichação é crime. Sim, pichação é crime. Diferente do “Grafite”, que é uma expressão artística, autorizado pelo proprietário do imóvel (em caso de bens privados) ou do órgão competente (em caso de bens públicos), a pichação é danosa para comerciantes, donos de imóveis e até mesmo para o Estado.

Mas, como sensibilizar não só a população a denunciar e, também, aqueles que estão cometendo o crime a pararem com tal ato? Dessa pergunta nasceu uma campanha, criada pela Santiago Comunicação, fruto da união de vários veículos de mídia da capital paranaense e que também contou com o apoio de empresas, associações e até do poder público. Com o mote “O vandalismo põe tudo em risco”, a campanha começou a ser veiculada no dia 10 de julho em dezenas de painéis físicos e digitais da Outdoor Mídia, assim como nas rádios que compõe o Grupo Transamérica e, também, com ampla divulgação nas redes sociais.

“Nossa ideia é mostrar que com apenas um risco, o pichador coloca em risco pequenos negócios, investimentos do poder público a até mesmo os sonhos de quem mora em uma casa de frente para a rua. É um ciclo negativo que começa com um simples risco numa parede ou num muro e termina com um leito de UTI a menos num hospital público, um investimento a menos na expansão do microempreendedor, e por aí vai”, ressalta o diretor-superintendente da Outdoor Mídia, Halisson Pontarolla.

A campanha conta com duas fases: a primeira, na qual grafiteiros (ex-pichadores) fizeram uma intervenção artística nos pontos de outdoors estáticos de mídia exterior. Em conjunto com essa ação, entram os spots de rádio e também toda a mídia digital da campanha. A segunda terá outras ações impactantes, como promete Felippe Motta, Diretor de Criação da agência Santiago Comunicação. “Vamos entrar ainda mais fortes. Com ações de rua, uma nova campanha de mídia exterior e novos spots de rádio. Entendemos que, quando o assunto é vandalismo, não podemos dar trégua”, ressalta.

 

Resultados da Telemedicina no Brasil

Entre 2020 e 2021, mais de 7,5 milhões de atendimentos foram realizados, por mais de 52,2 mil médicos, via telemedicina no Brasil. 87% deles foram das chamadas primeiras consultas. Pouco mais de um ano após a aprovação pelo Congresso a Lei 13.989 já apresenta impactos no sistema de saúde. Um avanço que, inegavelmente, já alterou a dinâmica do sistema de saúde no Brasil.

Dados levantados pela Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, mostram que o índice de resolutividade dos atendimentos nas consultas de pronto atendimento foi de 91%, ou seja: pacientes tiveram suas queixas resolvidas e não precisaram recorrer ao pronto-socorro em segunda instância. A organização estima que 75 mil vidas tenham sido salvas no Brasil com a telemedicina.

A aprovação da lei garantiu atendimento remoto durante o período crítico em que autoridades de saúde recomendavam o distanciamento social. A prática de teleconsulta era restrita no Brasil, mas, pressuposto aprovado em novembro do ano passado, garantiu ao Conselho Federal de Medicina a possibilidade de regulamentá-la após o fim da emergência sanitária. Avanços desta natureza na legislação favorecem a todos.

A regulamentação definitiva da telemedicina está em discussão no Congresso, mas enfrenta certa resistência do ponto de vista ético pelo Conselho Federal de Medicina, que defende a liberação como retorno — e não como primeira consulta. Para além do debate sobre a aplicabilidade do benefício da assistência remota, está o fato incontestável de que o suporte médico ampliado já favorece pessoas em todo o país. Toda mudança no ordenamento jurídico que traga avanços e melhorias merece atenção e respeito.

A Telemedicina está regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina, desde 2002, via Resolução número 1643. É definida como o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde. De acordo com o texto, o médico deverá informar ao paciente todas as limitações próprias do uso da telemedicina, já que não é possível realizar exame físico durante a consulta.

Ainda segundo a lei, a prestação desse serviço seguirá os mesmos padrões normativos e éticos usuais do atendimento presencial, inclusive em relação aos pagamentos. Não cabe ao poder público custear ou pagar por tais atividades quando não for exclusivamente serviço prestado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

É preciso, no entanto, no nascedouro dessa prática, já eliminar quaisquer possibilidades de eventuais contestações judiciais. Se não for bem conduzido esse processo de amadurecimento da aplicação da lei, teremos uma onda de judicializações de demandas geradas por desconhecimento da população e da própria classe médica com relação à nova prática da teleconsulta. O debate é sempre a melhor forma de evitar problemas futuros.

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), quem quiser ser atendido via teleconsulta deve procurar a sua operadora de plano de saúde, que deve oferecer uma opção ao usuário. Caso o cidadão tenha preferência por um estabelecimento de saúde específico e esse não realize o atendimento a distância, cabe à operadora indicar um profissional ou estabelecimento da rede credenciada do plano para este tipo de atendimento.

O sistema de saúde, de modo geral, ainda está se adaptando para esta nova demanda. É preciso que a população se informe e, neste momento, quanto maior for o debate público sobre o tema, melhor. Independentemente do método e tipo de tecnologia utilizados, a ANS destaca que devem ser observadas a segurança e a privacidade dos dados de saúde dos beneficiários. Essas são informações protegidas por legislação especial.

Ainda de acordo com a ANS, os hospitais e clínicas não são obrigados a oferecer a opção da telemedicina, mas a operadora de plano de saúde deve ter alguma instituição em sua rede que ofereça essa modalidade de atendimento. Vamos, pouco a pouco, avançando nessa questão com foco em melhorar de forma ampla o sistema de saúde no Brasil.

 


Osvaldo Pires Garcia Simonelli - Mestre em Ciências da Saúde junto a Escola Paulista de Medicina-UNIFESP. Pós-graduado em Direito Público pela Escola Paulista da Magistratura. Com amplo conhecimento em direito médico e com mais de 23 anos de experiência em Direito. Autor do livro "Manual do Médico Diretor" que contém orientações legais para médicos gestores. O renomado profissional tem uma vasta experiência no segmento jurídico. Foi membro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seção São Paulo: Membro Efetivo da Comissão de Direito Médico.


Imigração americana impede entrada de brasileiros no país devido à redes sociais

Recentemente mais uma família brasileira foi impedida de ingressar no território americano. Em termos exatos não se tratou de uma deportação, mas as consequências são semelhantes. É importante retratar a situação de forma mais simples, assim todos podem compreender o que de fato pode acontecer.

No final de maio, uma família me contatou buscando entender o motivo do impedimento da entrada nos Estados Unidos. Durante o relato, explicaram que passaram aproximadamente 14 horas em uma pequena sala no aeroporto sendo interrogados com uma grande pressão das autoridades e não tiveram qualquer informação a respeito do ocorrido. Devido a situação, eles cancelaram o visto de turismo e voltaram ao Brasil com a documentação fornecida pelos agentes da imigração.

Para contextualizar, a família saiu de Brasília no dia 30 de março de 2021 a caminho de São Paulo e em seguida para Cancun, no dia 2 de abril de 2021. Eles permaneceram no México até o dia 17 de abril, quando realizaram o teste de Covid-19 e viajaram para Boston, nos EUA. Os documentos enviados pela imigração relatam que o casal possuía aproximadamente US$ 9 mil dólares em espécie, estadia em hotel por 22 dias, assim como aluguel de carro e passagem de retorno para o dia 10 de julho de 2021.

A intenção era fazer parecer que seriam férias em família de aproximadamente dois meses, mas na verdade o intuito era permanecer no hotel até conseguir estabelecer uma residência fixa no país. No momento da entrevista alfandegária, os agentes pediram mais detalhes e aprovaram a entrada, mas durante a segunda inspeção, após o escaneamento das malas, a tratativa foi diferente.

O agente os levou até a sala de entrevistas e fez uma série de perguntas e nesse período, também pediu que eles digitassem determinados números de telefone em seus celulares, para saber se eram reconhecidos, e de fato eram. Isso porque o casal fazia parte de um grupo sobre Boston com informações sobre moradia, empregos, vivências, etc.

Essas informações e até mesmo os prints destas ligações constam no FOIA (Freedom of Information Act, documento que relata todos os passos de quem visita os Estados Unidos) do visto da família. Embora o grupo de WhatsApp já não estivesse mais no celular, informações como números de celulares podem permanecer intactos na nuvem. Essa situação fez com que todos tivessem que voltar ao Brasil.

Portanto, essa história é uma forma de ressaltar que a imigração dos Estados Unidos tem muito mais informações do que as pessoas imaginam. Existe sim um monitoramento de aplicantes de visto. Mas especialmente, esse caso é parecido com o último que comentei e me parece que a “malha fina” é fruto de outra entrevista do mesmo tipo em que os telefones do grupo em questão foram salvos pelos agentes imigratórios.

De fato, a família estava planejando permanecer nos Estados Unidos, mas no FOIA enviado pela imigração não existe nenhuma informação sobre irregularidades, afinal, o visto de turismo já era utilizado por eles desde 2018 e não existia uma suspeita inicial.

Com isto, como sempre recomendo, é essencial assumir que os agentes sabem de tudo, por isso não adianta tentar ir aos Estados Unidos com um visto de estudante ou de turismo e tentar outras formas de ficar no país por mais tempo. Existem diversas maneiras de imigrar legalmente, mas muitos ainda acreditam que outras plataformas, mais baratas ou mais fáceis, garantem o mesmo resultado e não é assim que acontece. A família em questão, por exemplo, recebeu um “gancho” de cinco anos e por esse período não vai conseguir um novo visto.

 

 

Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo LLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br.  Toledo também possui um canal no YouTube com quase 110 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br


Lee Toledo Law

https://leetoledolaw.com/

 

A alimentação como aliada para largar o cigarro

Adobe Stock
Nutricionista explica quais alimentos são benéficos e prejudiciais para aqueles que desejam dar o primeiro passo na hora de se livrar do vício


A população tem se conscientizado gradualmente sobre os malefícios do cigarro para a saúde. O hábito vem perdendo força no Brasil nos últimos anos - uma pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que, em 2018, apenas 9,3% da população fumava, contra 15,6% de 2006 -, mesmo assim, cerca de 22 milhões de pessoas ainda são fumantes.

Cientes dos prejuízos que a prática proporciona, como dentes amarelados, mau hálito, problemas pulmonares e diversos tipos de câncer, os fumantes têm se conscientizado sobre a questão e desejado, cada vez mais, se livrar do vício. Mas além dos famosos adesivos de nicotina junto da prática de exercícios físicos, uma alimentação balanceada se mostra como uma importante aliada nessa missão. Júlia Canabarro, nutricionista da Dietbox, startup de nutrição, explica:

"Sabemos do poder de uma alimentação balanceada para a tão desejada qualidade de vida e, com isso, não devemos negligenciar sua eficácia na luta contra o tabagismo. Certos alimentos têm efeito inibidor na vontade de fumar, e adotá-los em sua dieta pode ser uma ótima maneira de largar o cigarro de forma gradativa, gerando, consequentemente, menos estresse, ansiedade e as famosas recaídas".

Segundo a nutricionista, as primeiras semanas são cruciais, já que são nelas que se sente de forma mais intensa a abstinência da nicotina. Para estes momentos, ela indica o consumo de alimentos que proporcionam sensação de bem-estar e auxiliam na redução da ansiedade. As bananas são conhecidas por possuírem altos índices de vitamina B6, além de contar com o aminoácido triptofano, responsável pela produção de serotonina e a consequente diminuição do estresse. Chocolate, grão de bico, peixes e laticínios são outros bons exemplos.

O tomate, por sua vez, auxilia na missão graças a um fato curioso: ele e as plantas de tabaco são da mesma família, sendo conhecida também como o grupo de "solanáceas". Por isso, a fruta contém uma pequena quantidade de nicotina, que auxilia na redução do cigarro. Seu consumo é recomendado, principalmente, por meio de sucos - para uma maior absorção de nutrientes -, mas ele também pode ser consumido cru, em saladas e molhos.

Outra dica valiosa, como aponta a profissional, é investir em hábitos que possam substituir o antigo (de ter o cigarro à mão). Cenoura e aipo cortados em palitos são boas opções para os momentos em que o desejo de fumar aparece, tanto pela fixação oral que o cigarro proporciona, quanto pelo hábito de segurá-lo entre os dedos. Pode parecer simples, mas por replicar a mecânica corporal de fumar, o ato deve acalmar os nervos nos momentos mais cruciais. Chicletes sem açúcar também podem servir de "muleta" nestes momentos.

Por último, Júlia Canabarro explica que dois itens devem ser evitados ao máximo quando o abandono progressivo do cigarro estiver sendo feito: álcool e café. Ambas as bebidas estão diretamente ligadas ao costume de fumar e, por isso, podem ser "gatilhos" para os tabagistas que veem dificuldade em as desvencilhar do hábito. "Para sua substituição nos primeiros meses, o consumo de chás e, principalmente, água é muito indicado. Conhecida por ser um desintoxicante natural e acalmar o organismo, contar com uma garrafinha de água para levar durante o dia pode ser uma boa válvula de escape", explica a profissional.

"O tabagismo é uma doença séria e deve ser tratada como tal. Para aqueles que desejam parar de fumar, indico o acompanhamento médico e nutricional, além da prática de exercícios físicos. Esses profissionais da saúde têm o conhecimento para guiar seus pacientes durante a transição e os ajudar a evitar consequências que a falta de nicotina pode trazer, como o ganho de peso e o consumo compulsivo de comida. Não tenha medo: procurar ajuda é a parte mais difícil, mas quando feito, o abandono do cigarro só proporciona benefícios a curto, médio e longo prazo", finaliza.

 


Dietbox

https://dietbox.me  


Pesquisa revela: 84% das organizações sofreram algum tipo de ameaça de phishing e ransomware nos últimos 12 meses

Levantamento encomendando pela Trend Micro traz dicas para mitigar ataques


A Trend Micro, líder mundial em soluções de cibersegurança, divulgou estudo da Osterman Research que aponta que metade das organizações dos EUA não são eficazes no combate às ameaças de phishing e ransomware. O levantamento foi obtido a partir de entrevistas com 130 profissionais de cibersegurança de organizações de médio e grande porte.

"Mesmo antes da pandemia os ataques de phishing e ransomware já representavam riscos críticos à segurança das empresas. Este relatório revela que o advento do trabalho remoto em massa aumentou a pressão dessas ameaças", declara Joy Clay, vice-presidente de Inteligência de Ameaças da Trend Micro. "As organizações precisam de defesas em várias camadas para mitigar esses riscos, incluindo simulações de phishing até plataformas avançadas de detecção e resposta a ameaças para alertar as equipes de segurança antes que os ataques provoquem danos."

O estudo pediu aos entrevistados que avaliassem sua eficácia em 17 áreas de práticas recomendadas relacionadas a ransomware e phishing, desde a proteção a endpoints de infecção por malware até a garantia de correção imediata de todos os sistemas.

As principais conclusões do relatório foram:

• 50% se classificaram como ineficazes, em geral, no combate a phishing e ransomware.


• 72% consideram-se ineficazes em evitar que a infraestrutura doméstica seja um canal para ataques a redes corporativas.


• Apenas 37% acreditam ser altamente eficazes no cumprimento das 11 ou mais melhores práticas destacadas.

O relatório dividiu, ainda, o cenário de ameaças em 17 tipos de incidentes de segurança e constatou que 84% dos entrevistados haviam experimentado pelo menos um deles — com destaque para a prevalência de phishing e ransomware.

Os mais comuns e bem-sucedidos foram:

• Ataques BEC - Business Email Compromise (de e-mail corporativo) - 53%


• Infecção por malware por meio de phishing - 49%


• Comprometimento de contas - 47%

O phishing permanece entre os principais vetores para os cibercriminosos. Embora possa ser o primeiro estágio de um ataque de ransomware, ele também é usado em ataques BEC ou para infectar vítimas com malware, incluindo roubo de informações, sequestro de dados bancários, spyware, cripto-mineração e muito mais.

O ransomware tornou-se uma epidemia moderna, atingindo órgãos governamentais, hospitais, escolas, empresas privadas e quaisquer outros alvos considerados vulneráveis à extorsão e com capacidade de pagamento. Na maioria das vezes, provoca perda de dados e potenciais interrupções graves nos serviços de TI.

Os problemas de segurança sinalizados pelos entrevistados como mais preocupantes foram:

• 65% das tentativas de phishing acessam as caixas de entrada dos usuários


• 65% dos usuários clicam em links de phishing ou em documentos anexos


• 61% dos casos de roubo de dados ocorrem via ransomware.

O relatório também contém uma série de informações úteis para organizações, incluindo TTPs (Técnicas, Táticas e Procedimentos) de ataques típicos, mitigações eficazes e recursos que devem ser observados nas soluções comerciais de cibersegurança.

As altas taxas de sucesso de campanhas de phishing e ransomware significam que elas provavelmente vão se intensificar nos próximos anos.

O relatório recomenda que as organizações adotem as seguintes práticas para reduzir o risco de ataques cibernéticos:

• Concentrem-se nas causas básicas do comprometimento usando uma abordagem baseada em riscos para lidar com as ameaças mais prejudiciais.


• Melhorem a autenticação por meio do uso de gerenciadores de senhas, políticas de ajuste, monitoramento de violações de credenciais e até mesmo usando autenticação sem senha.


• Adotem uma abordagem de pessoas, processos e tecnologia, incluindo treinamento de usuários, processos de resposta a incidentes e tecnologias como o Vision One para detectar e responder a ameaças desde o início.


• Não esperem por uma violação antes de desenvolver um plano de resposta a incidentes. Entrem em contato com as autoridades legais, provedores de serviços gerenciados, fornecedores de segurança e outras partes interessadas importantes agora.

Para ler o relatório completo produzido pela consultoria Osterman e saber mais detalhes sobre como reduzir o risco de phishing e ransomware, clique AQUI.




Trend Micro

https://www.trendmicro.com

Twitter: @TrendmicroBR

https://www.linkedin.com/company/trend-micro/

 

Justiça obriga São Paulo a fornecer alimentação enteral a idoso com risco de morte

Tutela de urgência antecipada garante dieta imprescindível a paciente com dificuldade de deglutição



O município de São Paulo deve fornecer dieta enteral, por prazo indeterminado, de acordo com a prescrição médica, para um homem de 77 anos, portador de doença degenerativa. A decisão foi tomada no último dia 8, pelo juiz João Mário Estevam da Silva, da 2ª Vara do Juizado Especial da Fazenda Pública da Comarca de São Paulo. O magistrado concedeu a tutela de urgência antecipada, atendendo ao pedido do advogado do idoso, Fabricio Posocco, do escritório Posocco & Advogados Associados.

A ação foi motivada após a Fazenda Pública Municipal negar a alimentação enteral industrializada via gastrostomia, alegando existir dieta caseira no Sistema Único de Saúde (SUS). O problema é que a dieta artesanal, preparada, pelo paciente ou cuidador, com alimento in natura, no liquidificador, pode trazer alguns malefícios, como falta de nutrientes e contaminações microbiológicas.

Além disso, o aposentado é portador de Atrofia de Múltiplos Sistemas Tipo P, um distúrbio neurodegenerativo progressivo, que dificulta a sua deglutição. De acordo com o médico que o assiste, quando a nutrição é realizada por via oral, o paciente possui alto risco de broncoaspiração. Isto quer dizer que o alimento pode entrar na traqueia em vez do esôfago.

Na ação, o advogado Fabricio Posocco ressaltou que a Constituição Federal estabelece, dentre as garantias da pessoa humana, o direito à vida. “Este direito fundamental compreende não só o direito de continuar vivo, mas de ter uma vida digna”.

Seguindo essa premissa constitucional, que resguarda o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde e o evidente perigo na demora de uma conclusão, o juiz garantiu que o idoso receba imediatamente a alimentação por meio de um tubo ou sonda flexível direcionada ao estômago.

A dieta enteral industrializada hipercalórica e hiperproteica será ministrada seis vezes ao dia, no volume de 300 ml por vez, totalizando 1.800 ml em 24 horas. Além do insumo, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria da Saúde, deve garantir todo material e mão de obra necessários ao procedimento, enquanto durar a patologia diagnosticada e a necessidade da alimentação especial.

“O fornecimento será realizado independentemente da marca ou fabricante, podendo ser substituídos por genéricos, desde que com o mesmo princípio ativo, mesmas fórmulas e propriedades e eficácias devidamente comprovadas, e desde que não sejam expressa e fundamentadamente vedados por prescrição médica pertinente ao caso”, sentenciou o juiz João Mário Estevam da Silva.

O réu tem 30 dias para apresentar a defesa.

 


Emanuelle Oliveira (Mtb 59.151/ SP)



Posocco & Advogados Associados

www.posocco.com.br


Teoria das inteligências múltiplas: saiba o que é e qual a sua importância para a Educação nos tempos atuais

Divulgação
Conceito criado por psicólogo na década de 90 pode ajudar professores a entenderem melhor as diferenças entre alunos e traçar novos caminhos para o aprendizado de todos


O que define se uma pessoa é, de fato, inteligente? Com crianças e adolescentes, em geral, os parâmetros usados são notas e desempenho escolar, adotando a prática de provas e resolução de desafios para escolher o mais inteligente da turma. O grande problema de um sistema que classifica as pessoas apenas por esse recorte é que, nesse caso, é levado em conta apenas um ou dois tipos de inteligência. 

Segundo a teoria das inteligências múltiplas, criada pelo psicólogo Howard Gardner na década de 90, a inteligência não deve ser vista como uma só dimensão, e sim como algo que contempla uma série de áreas diferentes. Gardner defendia que a inteligência deve ser abordada por vários aspectos e que os indivíduos possuem diferentes tipos de mentes, apresentando assim diferentes inteligências: lógico-matemática, espacial, musical, linguística, interpessoal, intrapessoal e corporal-cinestésica. 

A lista criada pelo psicólogo está longe de ser um consenso, mas educadores concordam em um ponto: existem diferentes maneiras de aprender e colocar os conteúdos em prática, fazendo assim com que os alunos apresentem diferentes formas de se mostrar inteligentes e atingir bons desempenhos. A dificuldade é proporcionar diferentes estratégias de ensino que contemplem essa diversidade em sala de aula.

Entender a fundo o que defende a teoria das inteligências múltiplas pode ser a chave para que professores compreendam porque alguns alunos possuem mais facilidade com a área de exatas e outros com a de humanas, permitindo assim que se tracem novos caminhos para o aprendizado e se obtenha melhores resultados dos estudantes.

De acordo com a gerente de avaliações do Sistema Positivo de Ensino, Rita André, as pesquisas no campo da neurociência, das habilidades cognitivas e das habilidades socioemocionais estão diretamente relacionadas às inteligências múltiplas, demonstrando a importância dos educadores dominarem esse conhecimento para, a partir daí, disponibilizarem novas maneiras de planejarem, executarem suas aulas e, principalmente, de avaliarem o aprendizado adquirido pelos estudantes. "Quando os alunos são estimulados a desenvolver novas habilidades e potencializar as que já possuem, por meio de aulas dinâmicas e menos expositivas, voltadas para o desenvolvimento das inteligências múltiplas e o aprimoramento das suas habilidades, o resultado é mais abrangente do que no modelo de aprendizado tradicional", explica Rita.

A mudança no mundo como um todo fez surgir uma nova necessidade educacional: a de formar indivíduos que estejam prontos, sob o ponto de vista das habilidades e competências socioemocionais, para corresponder ao que o mundo e o mercado exigem das pessoas nas suas relações pessoais e dos profissionais em seus trabalhos e carreiras. Para cumprir com esse papel, as escolas precisam entender que os alunos aprendem de forma diferente, levando em consideração outras habilidades e começando a valorizá-las. 

Para a educadora, a maneira mais eficaz de se trabalhar com a teoria das inteligências múltiplas é tentar estimular todas as habilidades potenciais - e também as mais frágeis - dos alunos quando se está ensinando um mesmo conteúdo. Isso, segundo Rita, deve se dar por meio de diferentes maneiras, ou seja, utilizando as Metodologias Ativas, despertando o prazer do aprendizado no aluno. "É importante que o educador tenha uma visão integral de cada estudante e valorize a multiplicidade e a diversidade das atividades desenvolvidas em sala de aula, a fim de atender e desenvolver as múltiplas inteligências existentes nesse contexto", reforça.

Para que isso seja possível e colocado em prática, o ensino deve ser cada vez mais personalizado. Para Rita, o professor deve ter a capacidade de compreender as competências e os interesses que os alunos possuem. "O maior desafio é conhecer cada estudante como ele realmente é, saber o que ele é capaz de fazer e centrar a educação nas capacidades, forças e interesses dessa criança ou jovem. O professor que desenvolve o trabalho a fim de promover as inteligências múltiplas nos alunos deve continuamente mudar o método de ensino, ou seja, de linguístico para corporal ou para musical, entre outros. Assim, os alunos desenvolvem as competências de forma mais significativa”, explica. Segundo a educadora, é fundamental também que o professor desenvolva com os alunos experiências de caráter prático e não apenas teórico. “É no contexto da sala de aula que o docente observa e identifica os problemas ou dificuldades dos seus estudantes, bem como as suas aprendizagens. Tudo isso vai permitir um melhor conhecimento sobre eles e melhores resultados para todos", acrescenta.

 


Sistema Positivo de Ensino


Empreendedoras têm mais dificuldade para se manter por meio do seu próprio negócio

 Nova edição da Pesquisa de Impacto do Sebrae, realizada em parceria com a FGV, detecta que apenas 28% das donas de micro e pequenas empresas conseguiram bancar todas as contas de casa com recursos obtidos no empreendimento


As mulheres são responsáveis por boa parte do empreendedorismo no Brasil, mas viver de um negócio é bem mais difícil para elas. De acordo com a 11ª edição da pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nas Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV, apenas 28% das donas de pequenos negócios conseguiram nos últimos 12 meses pagar os gastos do dia a dia com recursos provenientes da própria empresa e 80% apresentaram queda de faturamento, no último ano. Entre os homens, esses percentuais ficam em 37% e 78%, respectivamente.

Chama a atenção, ainda, o fato de que as empresas comandadas por homens são o principal rendimento da família em 81% dos casos, enquanto entre as mulheres, essa proporção cai para 68%. “Essa diferença entre os gêneros pode ser explicada pelo fato de grande parte das empreendedoras terem que dividir o seu tempo entre trabalho, família e casa, o que faz com que sobre menos tempo para a gestão do negócio. Além disso, houve um crescimento muito grande de mulheres no empreendedorismo por necessidade, ou seja, elas não tiveram muito tempo para se capacitar e planejar. Isso tudo acaba afetando o faturamento da empresa”, comenta o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Os percalços encontrados pelas mulheres acabam fazendo com que elas fiquem mais aflitas do que os homens. A pesquisa de Impacto revela que 58% das empreendedoras ainda possuem muita dificuldade para manter o negócio, três pontos percentuais a mais do que eles. Apesar disso, elas ainda conseguem ser mais otimistas. Enquanto os empreendedores esperam uma melhora só daqui a 18 meses, as empreendedoras acreditam que a situação irá voltar à normalidade em 17 meses.

Mesmo com todas as dificuldades, elas não deixam de inovar e de aderir ao comércio eletrônico. As empreendedoras são mais digitalizadas e grande parte delas registra mais da metade do seu faturamento oriundo das plataformas on-line. 72% das mulheres comercializam produtos de forma virtual e essas vendas são responsáveis por mais da metade do faturamento, em 30% dos casos. Já no universo masculino, 64% realizam comércio eletrônico e para apenas 25% dos entrevistados mais da metade do faturamento vem da internet.


Alta da construção civil reforça atenção à segurança do trabalho

Advogado alerta para necessidade de prevenção de acidentes em toda a cadeia da construção

 

A construção civil foi o setor que mais abriu vagas em 2020, apesar da crise econômica provocada pela pandemia. E, segundo analistas, o segmento deve continuar em alta este ano, com a perspectiva de criar mais 200 mil vagas. Diante desse cenário, alerta o advogado Rafael Maluf, construtoras e incorporadoras devem redobrar os cuidados para prevenir os acidentes de trabalho, já que, pelas características inerentes do setor, há um risco maior de ocorrências. “Quando boa parte das atividades econômicas e industriais parou nos últimos dois anos, a construção civil seguiu o rumo do crescimento e, diante desse cenário, construtores devem redobrar os cuidados na prevenção de acidentes para manter a integridade física dos trabalhadores e evitar demandas, sobretudo na área criminal”, comenta.

Entre 2012 e 2020, o Brasil registrou 446,9 mil acidentes de trabalho, segundo o Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho. Essas ocorrências deixaram 1.866 mortos. Por sua natureza, o setor também está exposto a ocorrências como danos em construções vizinhas e desabamentos. O advogado explica que, quando há vítimas, esses casos geram processos nas áreas cível e criminal. “Embora no âmbito cível sejam aplicados critérios de responsabilidade solidária, quando um acidente deixa vítimas e origina um procedimento criminal, a responsabilidade sobre o fato é personalíssima”, explica.

O criminalista conta que o desafio, em casos de lesão corporal culposa ou homicídio culposo decorrentes de acidentes na construção civil, é estabelecer a responsabilidade penal de cada um dos envolvidos na cadeia de produção. “Em um canteiro de obras existem vários prestadores de serviços envolvidos além da construtora e incorporadora, pois há muita terceirização de serviços em todas as etapas da obra. Por isso, a delimitação de autoria em acidentes requer um trabalho cuidadoso e minucioso, pois não será permitido, simplesmente, apontar a responsabilidade ao topo da cadeia, ou seja, aos construtores e incorporadores”, comenta.

Empresas devem redobrar os cuidados para evitar acidentes

Pixabay

O grande desafio em persecuções penais é saber delimitar as responsabilidades criminais. “Se uma casa vizinha sofre um desabamento durante um processo de demolição feito por uma empresa terceirizada, gerando vítimas, não é crível imputar a responsabilidade criminal à construtora, sobretudo quando a perícia não consegue identificar os motivos que ensejaram a queda da construção. Por isso, é fundamental entender a participação de cada uma das empresas envolvidas na cadeia da construção civil, como por exemplo: projeto arquitetônico, elétrica, hidráulica, demolição, e inúmeros outros prestadores de serviço”, completa.

Em casos de acidentes de trabalho, por exemplo, a empresa terceirizada também deve se responsabilizar pela segurança dos seus empregados. “Ela é a responsável por fornecer os equipamentos de proteção individual (EPI) e orientação quanto às normas de segurança para que os riscos sejam minimizados no ambiente de trabalho”, informa.


Fiscalização e acompanhamento


Segundo Maluf, as construtoras e incorporadoras devem sempre fiscalizar a atuação das empresas terceirizadas no canteiro de obras. “Todo cuidado é pouco para garantir que todos os envolvidos em uma construção estejam em segurança, por isso sempre oriento os clientes a acompanharem de perto o cumprimento de todas as normas de segurança”, afirma.

 


Rafael MalufDivulgação - advogado criminalista

 

Detran.SP avisa: cidadão pode agendar já prova teórica de CNH em sete postos da capital

Para quem precisa realizar o teste, o departamento disponibiliza 9,5 mil vagas semanais para exames de habilitação na cidade de São Paulo 

 

Atenção para quem não marcou ainda o exame teórico para obter a sua CNH. É muito simples: basta acessar o site do Poupatempo (www.popupatempo.sp.gpv.br) ou diretamente pelo link https://bit.ly/3ACiZr3, no site do Detran.SP, e agendar a prova teórica em cinco unidades do Poupatempo (Lapa, Itaquera, Sé, Santo Amaro e Cidade Ademar), na sede da autarquia ou na CDHU(Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), ambos localizados na região central da Capital.

Importante: para o exame ser realizado é necessário que todas as aulas teóricas estejam concluídas, o certificado do curso emitido, além da taxa de agendamento quitada. “Para dar maior celeridade à emissão de documentos, vamos ampliar a oferta de vagas semanais nos postos do Poupatempo, sede do Detran.SP e CDHU. Com isso, diminuiremos os prazos e o tempo no processo de formação dos condutores”, afirma Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

Com a força-tarefa iniciada na semana passada, o departamento ampliou em 98,6% a quantidade de provas teóricas realizadas semanalmente na Capital. Agora, o departamento oferece 9.439 mil vagas para exames teóricos de CNH. Antes, 4.752 mil eram oferecidas.

Vale lembrar que nas salas onde os testes são aplicados, todos os protocolos sanitários e de segurança são mantidos. Além de disponibilizar álcool em gel e distanciamento entre os alunos, o ambiente é higienizado a cada troca de turma, seguindo as diretrizes do Plano São Paulo, que também prevê controle de acesso na entrada das unidades, medição de temperatura, marcação no solo e nos bancos para o distanciamento social entre os usuários e ainda a instalação de acrílico nas mesas de atendimento como barreira de separação entre atendente e o cidadão.

“O Poupatempo trabalha para atender às necessidades dos usuários que necessitam de serviços públicos. Por isso, além do investimento nos atendimentos digitais, também estamos empenhados em oferecer mais opções, inclusive aos sábados, para todos que precisam comparecer presencialmente às unidades, respeitando as medidas de distanciamento impostas pela pandemia”, explica Murilo Macedo, diretor da Prodesp.


Serviço:

- Sede do Detran.SP: Rua João Brícola, 32- Centro Histório de São Paulo. Quarta, quinta-feira e sexta-feira, das 09 às 16h30

- CDHU Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano: Rua Boa Vista, 170- Centro Histório de São Paulo. Segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30

- Poupatempo de Cidade Ademar: Av. Cupecê, 5497 - Jd. Miriam. Segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 16h.

- Poupatempo da Lapa: Rua do Curtume, s/n – Lapa. Horário: Segunda a sexta-feira, das 7h às 20h, e aos sábados, das 7h às 16h.

- Poupatempo de Itaquera: Avenida do Contorno, 60 - Itaquera. Horário: Segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 16h.

- Poupatempo de Santo Amaro: Rua Amador Bueno, 229, 2º andar, Mais Shopping - Santo Amaro. Segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 16h.

- Poupatempo da Sé: Praça do Carmo, s/n, Sé. Segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 16h

Posts mais acessados