Pesquisar no Blog

sexta-feira, 5 de março de 2021

Quatro passos necessários em 2021 para resolver a crise do ensino a distância

Por onde começamos a discutir o estado atual da educação? As escolas rapidamente adotaram o ensino remoto por causa da pandemia do Covid-19, mas a qualidade dessa educação é questionável. Os alunos se sentem sobrecarregados e esgotados. Os educadores estão se dedicando ainda mais ao trabalho, tentando encontrar maneiras de tornar as aulas mais interativas para alcançar os resultados desejados. Os pais tiveram que se adaptar em casa com pouco ou nenhum tempo para se preparar, alguns alunos até pularam o ano letivo por completo. Mesmo para faculdades e universidades, que há muito oferecem algum tipo de experiência de aprendizado online, tem sido difícil lidar com a mudança abrupta e completa para o ensino virtual. 

Aqui estão quatro coisas que precisam acontecer em 2021 (e além) para resolver a crise que estamos vendo atualmente na educação:

 

Dar mais autonomia aos professores para digitalizar e personalizar as aulas 

O aprendizado remoto não é simplesmente habilitar uma sala de aula remotamente. Os professores devem abordar a diferenciação – adaptando o ensino para atender às necessidades individuais dos alunos – e ao mesmo tempo garantir que as aulas sejam bem preparadas. Com o aprendizado ocorrendo em qualquer lugar, os professores agora devem pensar nas crianças que estão cercadas pelo caos em casa. Aquelas que estão cuidando de irmãos enquanto tentam aprender ao mesmo tempo, algumas que podem encontrar erros repentinos na internet e outras que não têm nenhum material escolar (a pandemia expôs ainda mais a desigualdade).

 

O que é necessário: uma solução de comunicação all-in-one baseada em nuvem que fornece funcionalidade de colaboração completa (chamadas, reuniões, mensagens, compartilhamento de arquivos, compartilhamento de tela, gravação) com desempenho de sistema confiável para ajudar os educadores a ensinar, se envolver e se adaptar em meio a essas situações de mudança. Isso pode significar que eles filmem com antecedência um vídeo de orientação para uma tarefa difícil a fim de que possam passar mais tempo com os alunos individualmente. Ou decidir que planilhas de exercícios em casa não estão funcionando e mudar rapidamente para o compartilhamento de tela para ler e explicar o conteúdo. Essa solução também precisa funcionar em qualquer dispositivo e rede, de forma que tudo isso possa acontecer em qualquer lugar, a qualquer hora e em qualquer dispositivo.

 

Simplificar as comunicações com um aplicativo UCaaS all-in-one

 

Os professores não precisam apenas de uma solução que lhes permita trabalhar de seu jeito, mas também consolide as comunicações para facilitar o trabalho. Eles devem ser capazes de ligar, conversar e iniciar ou participar de videoconferências de qualquer dispositivo – desktop, tablet, telefone celular – com acesso a todos os arquivos, como aulas em PowerPoint, gravações de aulas e tarefas em um lugar seguro com fácil acesso, conforme necessário. 

Dessa forma, um professor pode ligar para um pai em qualquer dispositivo para discutir por que o aluno entrou atrasado na aula cinco vezes consecutivas. Ele pode facilmente escalar a chamada para uma sessão de videoconferência, na qual pode mostrar aos pais o registro de presença por meio do compartilhamento de tela. E o professor também pode compartilhar um formulário de consentimento dos pais por meio de um chat persistente, o que significa que o histórico da conversa será preservado se os pais não conseguirem abrir o arquivo imediatamente. Tudo isso deve acontecer em uma interface fácil de usar.

 

Repriorizar os professores como humanos

 

A pandemia introduziu novos fatores de estresse, demandas e preocupações com a saúde mental no cotidiano de professores já sobrecarregados (a hashtag #teachersarehumans, aliás, estava circulando bem antes dela). Essa é uma questão complicada que justifica sua conversa, mas deve ser observada enquanto olhamos para um futuro de melhores experiências educacionais.

 

Durante a Covid-19, os educadores têm a tarefa quase impossível de cuidar do filho de outra pessoa – na verdade, centenas ao longo de cada dia – enquanto também cuidam das próprias famílias em casa. Muitos são pais com filhos pequenos que dependem totalmente deles para navegar nas instruções remotas que seus professores estão lhes dando. A pandemia também acrescentou a ilusão de que os professores estão presentes e disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana. Os educadores estão recebendo e-mails no meio da noite sobre o curso e as lições, assim como de pais e administradores que entram em contato após o horário de trabalho. Muitos professores também acham que o governo está colocando neles expectativas irrazoáveis em relação à avaliação e ao “ensino para provas”, especialmente durante uma época em que os padrões normais não se aplicam mais. Não há uma resposta fácil aqui. Isso exigirá uma mudança coletiva de mentalidade entre legisladores e pais, bem como a conscientização dos alunos sobre quem são seus professores fora da sala de aula.

 

Introduzir novos níveis de Inteligência Artificial (IA) para tornar o aprendizado online mais fácil e envolvente


Há aplicações de IA fáceis e de baixo risco que as escolas podem adotar para melhorar a experiência de aprendizagem online. Lembra-se daquela criança que mencionei antes, cercada pelo caos em casa? Isso pode ser cachorro latindo ou barulho de pratos enquanto o almoço está sendo preparado. Existem soluções de comunicação habilitadas por IA que podem detectar a fala de maneira inteligente e separá-la de todos os ruídos de fundo para que os usuários a ouçam integralmente. Quando aquele aluno deseja falar ou fazer uma pergunta, pode fazê-lo independentemente do barulho do ambiente. Enquanto isso, a gravação da aula permanecerá cristalina para o professor, que a arquiva para referência futura.

 

Outro recurso interessante é a apresentação infundida com IA. Para eventos de grande escala, perfeitos para salas de aula com dezenas de alunos, ela permite que os educadores criem experiências virtuais mais envolventes se sobrepondo ao material apresentado. Gestos manuais e expressões faciais tornam-se mais pronunciados e eficazes, e os professores podem chamar a atenção de seus alunos e mantê-los engajados. Aqueles que não estão falando não aparecem nesse modo de apresentação. Além disso, com algumas regras simples, a IA pode responder a perguntas frequentes, como “onde encontro o guia de estudo para o teste na sexta-feira?”. 

Nenhuma tecnologia substituirá a experiência humana, mas ainda assim podemos criar experiências de aprendizagem online que importam.



Jenifer Bond - líder de vendas da Avaya


Pesquisa aponta que 54% dos brasileiros vão levar marmita para o trabalho

 O uso da marmita será maior entre as classes C/D/E

 

Uma pesquisa nacional encomendada pela VR Benefícios, empresa que é sinônimo de categoria em vale-alimentação e vale-refeição, mostra como as pessoas pretendem cuidar da alimentação. O estudo foi realizado pelo Instituto Locomotiva.

Sobe de 47% para 54% o número de pessoas que vai levar marmita. Ao avaliar estes dados de acordo com a classe social, fica mais claro que o uso da marmita será maior entre as classes C/D/E.

Também cresce de 10% para 17% a quantidade de pessoas que vai pedir lanches ou refeições por delivery, na hora do almoço. Diferentemente do que foi percebido no uso da marmita, a procura pelo delivery dobra nas classes A/B.

"A pandemia acelerou alguns comportamentos, como o crescimento muito forte do e-commerce e do delivery como forma de resposta à crise", explica Paulo Roberto Esteves Grigorovski, diretor executivo de Marketing e Serviços ao Trabalhador, da VR Benefícios. "Os estabelecimentos comerciais ampliaram seus serviços de entrega em domicílio ou iniciaram o delivery, além de expandir a aceitação de cartões", diz.

Em contrapartida ao crescimento do delivery, o levantamento mostra que as intenções de comer em restaurantes por quilo caem de 25% para 13%, provavelmente motivadas pela preocupação com a segurança.


VR Benefícios

Ocupar posições de liderança ainda é desafio para mulheres

 Participação feminina em altos cargos é baixa, mas CEO da Prime Talent, David Braga, ressalta que empresas com práticas machistas e excludentes estão fadadas ao fracasso.


O Dia Internacional da Mulher se aproxima, com muitas conquistas para se comemorar, mas ainda importantes reflexões a serem feitas sobre a participação delas no mercado de trabalho. Claro que a presença feminina tem aumentado ao longo dos anos. No entanto, continuam existindo disparidades em relação à equidade de oportunidades e salários. Por isso, o tema sugerido pela ONU, para o debate deste ano, em 8 de março, é bastante oportuno: “Mulheres na liderança: alcançando um futuro igual em um mundo de Covid-19”. O intuito é reforçar, entre outros aspectos, que a pandemia evidenciou a eficácia superior da contribuição de profissionais de saúde, organizadoras comunitárias, líderes empresariais e chefes de Estado no enfrentamento da crise global.

O CEO e headhunter da Prime Talent, David Braga, argumenta que essa percepção reflete habilidades e competências que são, usualmente, inerentes às mulheres. “Diversas são as pesquisas, realizadas globalmente, comprovando que elas são mais empáticas, melhores em processos de coaching e mentoria, além de ter alta capacidade de influência, liderança e gestão de conflitos. Ainda são versáteis, têm grande adaptabilidade e se destacam em trabalho em equipe, negociação e orientação para resultados”, pontua. Também costumam ser mais otimistas que os homens e, pela capacidade de ser multifunção, atuam, com maestria, nas rotinas de cuidar do emprego, da casa e dos filhos.

Apesar disso, o número das profissionais em posições estratégicas, no mundo corporativo, continua baixo. “Então, fica a pergunta: com tantas competências, por que as corporações, em muitos casos, insistem em não aumentar efetivamente a quantidade de mulheres em todas as posições? Afinal, elas são capazes de entregar qualquer resultado esperado pelas empresas, desde que bem preparadas”, argumenta Braga. Ele defende que é essencial “elevar o discurso” e que o tema da igualdade de gêneros deve ser tratado ao longo de todo o ano, inclusive, nos Conselhos de Administração e pelos presidentes.

De acordo com o headhunter, não há mais espaço para companhias que têm práticas machistas e excludentes em pleno ano de 2021. “Cada vez mais, em processos seletivos, o desejo pela diversidade, nas diversas esferas e, sobretudo, de ideias, é crescente. Não tratar dessa questão é estar fadado ao fracasso e à falência, uma vez que o público consumidor é diverso e cobra isso das organizações com veemência. Além disso, apropriar-se da sensibilidade, sensatez e assertividade femininas pode ser o diferencial que muitas empresas precisam para sobreviver aos próximos tempos, se reinventando dia após dia”, enfatiza.

Em paralelo, ele observa que o mercado de trabalho exige profissionais competentes e com o máximo de habilidades possíveis, independentemente de gênero, raça e demais fatores. Sendo assim, as mulheres apresentam condições suficientes para se posicionar e competir. Basta que tenham competências, habilidades e repertório técnico nas áreas em que atuam para que possam, cada vez mais, assumir escopo e posições de maior complexidade. “É preciso entender que o processo de mudança não acontece da noite para o dia, e é fundamental ter consistência, resiliência e, sobretudo, competências”, conclui. A implementação de políticas público-privadas que garantam direitos e deveres iguais a homens e mulheres, a exemplo da ampliação da licença-paternidade, também é relevante para que a mulher tenha as mesmas condições de competitividade.

 

Fusões e aquisições movimentam US$ 2,8 trilhões em ano marcado pela pandemia, aponta Bain & Company

 O M&A Report, publicado anualmente pela consultoria, revelou ainda uma forte recuperação na segunda metade de 2020, puxada pelos negócios envolvendo os setores de Tecnologia, Telecomunicações e Saúde

 

O M&A Report, publicado anualmente pela consultoria Bain & Company, aponta que 2020 foi um ano volátil para o mercado de fusões e aquisições. O início da pandemia e a paralisação inesperada geraram uma interrupção quase completa da atividade, mas a recuperação na segunda metade do ano minimizou as perdas. No ano passado, foram registradas mais de 28.500 transações, totalizando US$ 2,8 trilhões, patamar próximo ao atingido em 2017. 



O levantamento da Bain com cerca de 300 profissionais de M&A aponta que o apetite permanece forte, considerando que metade dos entrevistados esperam uma maior atividade de M&A em seus setores em 2021, embora quase o mesmo número cite as perspectivas econômicas incertas como o principal obstáculo para a negociação.

Globalmente, o valor médio da empresa para ganhos antes de juros, impostos, depreciação e múltiplos de transação de amortização aumentou 14 vezes, enquanto em 2019 este valor era de 13 vezes. Isso foi sustentado por indústrias de crescimento mais rápido, onde os múltiplos se mantiveram estáveis ou aumentaram. 

Setores como tecnologia, telecomunicações, mídia digital e produtos farmacêuticos já estavam sob o olhar dos investidores e se tornaram ainda mais atrativos pelas mudanças aceleradas pela Covid-19, com um maior número de avaliações. O que não aconteceu em setores como varejo e energia, onde as avaliações enfraqueceram.



Na análise geral, 2020 foi um ano que trouxe o declínio mais profundo e a recuperação mais forte nas atividades de Fusões e Aquisições e tornou o processo digital o novo normal. “Antes, o principal objetivo de se fazer uma fusão ou aquisição, era ganhar escala. Agora passa a ser ter mais escopo”, explica Kai Grass, sócio da Bain & Company. 


Corporate Venture Capital

Uma tendência que veio pra ficar. Depois de anos em crescimento, o Corporate Venture Capital (CVC) comprovou sua resiliência no tumultuado ano de 2020, com US$ 95 bilhões investidos - soma que representa o valor de negócio anual mais alto investido por empresas de capital de risco corporativo de todos os tempos.

Os segmentos de tecnologia e saúde representam mais de 60% do valor do negócio de capital de risco corporativo, mas serviços financeiros, telecomunicações e manufatura e serviços avançados estão em alta.



As tendências em Fusões e Aquisições

Movimentos que antes da pandemia pareciam ser de longo prazo, foram acelerados. Entre eles: 

Digitalização rápida: as equipes de CVC e PE se adaptaram rapidamente ao mundo da due diligence virtual, fechamento de negócios e integração, com cerca de 70% dos profissionais de fusões e aquisições dizendo que a diligência em 2020 era um desafio.

ESG: 2020 será lembrado como o ano em que o ESG assumiu um lugar de destaque entre os critérios de M&A, exigindo das empresas mais diversidade e atenção com os critérios de sustentabilidade.

Favorecimento de negócios locais: as preocupações com a cadeia de suprimentos expostas pela crise da Covid-19 levaram quase 60% dos entrevistados a pontuar que a localização da cadeia de suprimentos será um fator significativo na avaliação de negócios no futuro.

Boom em saúde e tecnologia: depois de pressionar o botão de pausa na primeira metade de 2020, as fusões e aquisições em tecnologia voltaram a crescer. O valor de negócio para aquisições corporativas das empresas de tecnologia ultrapassou US$ 200 bilhões em cada um dos últimos dois trimestres de 2020, um nível visto pela última vez há mais de duas décadas, e que deve continuar em constante crescimento. Já na área da saúde, as fusões e aquisições caíram 37% em 2020, uma das maiores quedas entre os setores. O volume de negócios aumentou na segunda metade de 2020 e parece estar prestes a acelerar em 2021. Existem várias áreas dentro da saúde que devem impulsionar esse movimento, como farma, biotecnologia, medtechs e processamento de pagamentos. 



Bain & Company

www.bain.com.br

LinkedIn Bain & Company Brasil


7 ideias para ganhar dinheiro em casa

Especialista dá dicas para quem quer investir no universo digital


Ganhar dinheiro trabalhando em casa é um desejo comum entre muitos brasileiros e essa ideia tem se tornado cada vez mais palpável, devido a transformação digital. Segundo informações da consultoria IDados, já são mais de 4,5 milhões de brasileiros nessa situação.


"Essa era uma ideia um pouco ilusória até uns três anos atrás, mas o avanço da tecnologia e a mudança de cenário impulsionada pela pandemia, fez com que esse desejo se tornasse real. Poderemos ver cada vez mais colaboradores abandonando espaços físicos, além disso, uma outra tendência é que veremos pessoas trabalhando com coisas que dão mais satisfação a elas, um movimento parecido com o da passion economy", avalia Rafael Carvalho, COO da HeroSpark, solução para empreendedores digitais.

Para ajudar quem deseja empreender em casa, o especialista separou 7 ideias e ainda dá dicas para quem quer investir no universo digital. Confira:

1 Produtos digitais
A primeira opção e uma das mais fáceis são os produtos digitais ou os chamados infoprodutos, que nada mais é que os materiais que podem ser comercializados na internet. Entre os exemplos dessa categoria estão áudios, vídeos, podcasts, textos, webinários e livros digitais, por exemplo.

2 Venda ou revenda de produtos
Uma opção para quem quer começar um negócio em casa é vender ou revender produtos. Pode ser roupa, cosméticos ou mesmo bijuterias e esse tipo de negócio pode dar um retorno relativamente rápido, afinal, a indústria da beleza é aquecida durante o ano inteiro. Outras opções dentro dessa categoria são bijuterias artesanais ou produtos vendidos via catálogo que dão a liberdade de trabalhar para mais de uma marca, simultaneamente.

3 Objetos usados
Se, na verdade, você busca por uma renda extra e não necessariamente uma ideia de negócio para investir e empreender, essa pode ser uma ótima opção. As plataformas ao estilo marketplace como Facebook, OLX, Mercado Livre e Enjoei permitem que você anuncie seus produtos e venda sem sair de casa. Então, que tal dar uma olhada naquela roupa ainda com etiqueta guardada no fundo do armário ou aquele equipamento que você não está mais utilizando ou que já queira trocar por um novo?

4 Alimentação

Uma outra opção que já está caindo no gosto do brasileiro é investir no ramo de alimentação. Se você sabe fazer um doce gostoso, uma comida caseira, marmitinhas saudáveis ou mesmo, produtos artesanais como pães e geléias, esse pode ser um bom início para você!

5 Cursos e mentorias online
Todo mundo tem alguma coisa para ensinar. Se o seu conhecimento sobre um determinado assunto é seu bem maior, por que não considerar ser tutor de cursos online ou mesmo, realizar uma mentoria online?

6 Blog de revenda
Uma outra opção é criar um blog de revenda de produtos ou adsense, você pode revender roupas, acessórios e objetos, assim como criar e vender anúncios em sites da internet.

7 Freelancer
Uma outra opção que também pode ser tendência é o trabalho freelancer. Você pode oferecer serviços para mais de uma empresa e ainda, dependendo do serviço, trabalhar de maneira remota. A principal característica desse modelo é a autonomia, entre as opções de serviços comuns estão redação, revisão, tradução, fotografia, design, programação, redes sociais, entre outros.

"Vale ressaltar que para todas essas opções é possível contratar um freelancer para venda ou redes sociais. O universo digital tem ficado cada vez maior, uma dica para quem quer ganhar um dinheiro extra ou trabalhar em casa é investir em marketing digital, em redes sociais e Experiência do Cliente. Essa é a dica mais valiosa para o cenário que temos, hoje", finaliza Carvalho.

Meu filho vai continuar no ensino remoto, como garantir a qualidade da educação?

Segundo a psicopedagoga Ana Regia Caminha Braga, é preciso que as crianças tenham um adulto responsável próximo para dar o suporte pedagógico necessário e organizar a rotina de estudos

 

Com o aumento de casos da Covid-19 e o lockdown em diversas cidades do país, vem também a decisão do adiamento da volta às aulas de forma presencial. A partir das novas medidas, mesmo os pais que haviam decidido pelo ensino híbrido precisam se reorganizar em relação a estrutura educacional de seus filhos, que seguirão com aulas online, dentro de casa e de forma segura. 

O atual cenário da educação no país se encontra no mesmo patamar do ano passado. Consequentemente, é normal que os alunos se sintam mais estressados, devido à falta de contato com o mundo externo. É isso que explica a psicopedagoga Ana Regina Caminha Braga, especialista em Gestão Escolar e Educação Inclusiva. “Neste momento, é preciso que as crianças tenham um adulto responsável próximo para dar o suporte pedagógico necessário, organizar a rotina de estudos e orientar sobre os protocolos do Ministério da Saúde”, explica. 

Além do apoio dos pais e responsáveis, o momento pede uma atenção maior das escolas, principalmente dos professores e pedagogos, que precisam se dedicar ainda mais ao acompanhamento do aprendizado dos alunos e criar uma ponte de comunicação com as famílias. “Tudo que acontece em sala de aula, mesmo de forma online, deve ser comunicado com antecedência aos pais, para que eles entendam e possam auxiliar nas dificuldades de seus filhos”, aponta. “A devolutiva dos professores referente às atividades para os alunos também é muito importante, pois a própria criança ou adolescente precisa saber como está seu desempenho”, reforça. 

Para a especialista, além dos benefícios relacionados à segurança e comodidade, é possível ainda tirar outras vantagens da educação online. “O ensino à distância é também considerado um recurso de desenvolvimento da autonomia do aluno”, diz. “É claro que não é só transportar a atividade feita em sala de aula para o ambiente online, é preciso sejam feitas adaptações. Ainda assim, entendemos que o conteúdo vai chegar, as atividades e avaliações também. Perdemos a interação social, mas não podemos perder a adesão nas aulas e a vontade de aprender”, complementa Ana Regina Caminha Braga. 

 

Passaporte de vacinação Mercosul


Pedidos de Recuperação Judicial devem aumentar com nova fase vermelha

Segundo Douglas Duek, Presidente da Consultoria Quist Investimentos, pedidos de recuperação judicial devem amentar com novas restrições

 

O Governador João Doria confirmou nesta quarta-feira (3) que todos os 645 municípios do estado regridem para a fase vermelha do Plano São Paulo a partir deste sábado (6). A etapa mais rigorosa de restrição de mobilidade urbana e serviços não essenciais fica em vigor até o próximo dia 19 devido ao aumento alarmante de casos, internações e mortes causadas pelo coronavírus. 

Estabelecimentos não essenciais, como bares e restaurantes, veem falta de previsibilidade e relatam dificuldades para manter empregos e estoques devido às mudanças constantes no Plano contra a Covid-19 em São Paulo. 

De acordo com Douglas Duek, Presidente da Consultoria Quist Investimentos, especializada em reestruturação e recuperação judicial, muitos empresários não ter mais fôlego para uma nova quarentena e estão preocupados com a continuidade dos seus negócios, bem como a manutenção dos empregos. 

“A verdade é que a maioria dos empresários utilizaram todos os seus recursos e reservas na primeira fase de distanciamento social provocado pelo coronavírus. Além disso as restrições foram de um ano, não os três meses estimados para controlar a pandemia. Muitos empresários têm nos consultado em busca de alternativas de reestruturação, bem como sobre o funcionamento da recuperação judicial para estancar dívidas que podem levar empresas a falência”, comenta Douglas.

 

Aumento nos pedidos de recuperação Judicial 

De acordo com Duek, com as restrições o aumento nos pedidos de recuperação Judicial nos próximos 3 meses é esperado, já que no acumulado de 12 meses, os pedidos de recuperação cresceram apenas 3,7%, enquanto as recuperações deferidas aumentaram 2,4%. Os pedidos de falência, em contrapartida, diminuíram 25%, enquanto as decretações caíram 21,6%. 

“Todos os empresários que podem sofrer Execuções podem proteger seus bens que estão em garantia com credores avaliando a possiblidade da recuperação judicial. Com isso, as empresas obtêm um maior prazo para o pagamento das dívidas dentro do ambiente judicial. Além disso, a renegociação para credores trabalhistas, bancos, fornecedores e aluguéis é um direito, uma vez que a Lei foi estabelecida para momentos especiais como o atual” finaliza.

 


Quist

 

Uma sobretaxa ilegal trava importações

Mesmo sem Marinha Mercante há mais de 30 anos, Brasil ainda cobra tributo para a renovação de sua frota


Há 30 anos o slogan “exportar é o que importa” resumia o que o país esperava do seu comércio exterior. Exportar era o lado bom e as importações o lado ruim, devendo, portanto, sofrer restrições.

Esta visão, felizmente, é totalmente diferente nos dias atuais de mundo globalizado e com economias totalmente abertas ao comércio internacional. Não é difícil verificar nos gráficos que os países que mais se desenvolvem e têm a população mais feliz são os que se relacionam mais fortemente com o resto do mundo na troca de mercadorias e serviços.

Pois foi em 1987, quando as importações eram demonizadas, que se criou no Brasil o “Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM”, um tributo sobre as importações que permanece até hoje onerando as compras brasileiras no exterior.

Ele foi criado numa tentativa de custear a Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro, que vivia momento crítico de insolvência financeira e inviabilidade do modelo de negócios diante da concorrência com armadores internacionais.

Não funcionou, e o Lloyd acabou falindo com a penhora judicial de suas embarcações. Portanto o AFRMM é um tributo que foi criado no mesmo ano em que a marinha mercante brasileira deixou de existir.

Em crise existencial desde a origem, o AFRMM é bastante questionável também sob o ponto de vista legal e econômico. O adicional tem natureza jurídica de Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), cujo fundamento constitucional é o art. 149 da Constituição da República.

É cobrado na proporção de 25% sobre o valor do frete marítimo internacional, pago pelo importador e repassado ao consumidor final embutido no preço das mercadorias importadas.

Segundo o art. 4º da Lei nº 10.893/2004, o fato gerador do AFRMM é o “início efetivo da operação de descarregamento da embarcação em porto brasileiro”. Já a base de cálculo do tributo é uma grandeza completamente diferente de seu fato gerador, qual seja, o valor do frete marítimo internacional, como dispõe o art. 6º da mesma lei - um monstro de duas cabeças.

Ora, se o fato gerador é o descarregamento da embarcação em porto brasileiro, seria mais lógico a sua incidência sobre o custo do descarregamento e não sobre o valor da remuneração do transporte marítimo. Esta desconexão entre fato gerador e a base de cálculo do AFRMM torna o tributo inconstitucional em flagrante oposição ao disposto no artigo 149 da Constituição.

Do ponto de vista econômico, em momento ainda de caos no transporte marítimo internacional em função da pandemia, com a disparada no preço do frete internacional, o AFRMM se torna ainda mais incômodo funcionando quase como uma barreira intransponível para a entrada de muitos produtos importados.

A situação se tornou insustentável após as medidas mais restritivas do início da pandemia, em que o comércio mundial experimentou uma retomada repentina, os preços do frete marítimo dispararam e não recuaram mais.

A importação de um contêiner Ásia-Brasil que custava em média US$ 2.300 hoje está acima de US$ 7.000. A aplicação do adicional (AFRMM) de 25% sobre um valor de frete que está absurdamente elevado é um dos motivos que está inviabilizando a importação de vários produtos e gerando atrasos e descompassos em cadeias produtivas que dependem de insumos importados.

Neste momento disruptivo em que se busca restabelecer a ordem no comércio mundial em termos mais amigáveis ao consumidor final, é fundamental que o governo federal acabe de uma vez por todas com o malfadado Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM.

Esta anomalia brasileira não encontra par em outro país do mundo e distancia o Brasil das cadeias de valor globais. O país é considerado um dos mais fechados ao comércio exterior em todo o planeta.

Isto se reflete na redução do investimento externo, na desindustrialização, na percepção internacional de ambiente hostil aos negócios, e, por fim, significa excessiva intervenção estatal nas operações de comércio internacional, conceitos defasados dentro do panorama mundial.

 


Ricardo Alípio da Costa - advogado aduaneiro e presidente da Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Pneus (Abidip).

 

Dez anos de guerra na Síria custaram US$ 1,2 trilhão, de acordo com estudo da World Vision

Relatório lançado nesta quinta-feira, 4, também alerta que a expectativa de vida das crianças sírias foi reduzida em 13 anos devido à guerra (Foto: Divulgação / World Vision)


O custo econômico do conflito na Síria, após uma década, é estimado em mais de US$ 1,2 trilhão, e mesmo se a guerra terminasse hoje, seu custo acumulado somaria um adicional de US $ 1,7 bilhão (ao valor presente) para o ano de 2025
, de acordo com relatório divulgado pela agência humanitária internacional World Vision, conhecida no Brasil como Visão Mundial, em parceria com Frontier Economics.


O relatório Too high a price to pay: the cost of conflict for Syria’s children (Um preço muito alto a pagar: o custo do conflito sírio para as crianças, em tradução livre) investiga o impacto de uma década de guerra sobre o crescimento econômico (em particular o PIB), o capital humano e principalmente sobre as crianças, que sofrem o impacto com as perdas de acesso à educação e saúde, impedindo a recuperação econômica e social do país, uma vez encerrado o conflito.

Andrew Morley, presidente da World Vision Internacional, afirma que "O mundo parou e permitiu que este conflito continuasse por 10 anos, roubando das crianças seus direitos básicos e impedindo uma geração inteira de meninos e meninas de alcançar todo seu potencial".

O relatório confirma as conclusões de outro estudo, realizado em 2016 ( Cost of Conflict), também realizado por World Vision e Frontier Economics, que alertava para um custo econômico de mais de US$ 275 bilhões, em uma projeção de pior caso, chegando a US$ 1,3 trilhão em 2020. A pesquisa mais recente mostra que os piores temores das organizações estavam corretos e que a eles se somam US$ 1,4 trilhão que se acumularão até 2035, calculados em valor presente. Acima desse valor, o impacto negativo na saúde e na educação das crianças sírias aumentará o custo desta guerra em US$ 1,7 trilhão, em valores atualizados.

"As crianças vêm a nós diariamente na Síria, com fome, frio e profundamente traumatizadas pelo que passaram", afirma Johan Mooji, diretor de Resposta da World Vision na Síria.

"Meninos e meninas de cinco anos ou mais podem identificar todos os tipos de explosivos pelo som, mas raramente conseguem soletrar seus nomes corretamente, um sinal do efeito desse conflito em sua educação e oportunidades. Não podemos deixar que elas fiquem presas neste ciclo de violência. Devemos encerrar esta guerra e a sombria pandemia de violência contra as crianças antes que seja tarde demais", acrescenta Mooji.

As descobertas econômicas do relatório acompanham uma pesquisa da World Vision com quase 400 crianças e jovens adultos na Síria, Líbano e Jordânia, revelando o enorme custo humano do conflito.

O conflito na Síria é um dos mais mortíferos para as crianças e um dos mais destrutivos, reduzindo a expectativa de vida das crianças em quase 13 anos. Estima-se que 82% das crianças recrutadas pelas partes em conflito foram utilizadas diretamente em funções de combate e 25% delas têm menos de 15 anos.

Estima-se que 55.000 crianças morreram desde o início do conflito, algumas em execuções sumárias e outras, sob tortura. Atendimentos realizados pela World Vision no Noroeste da Síria apontam que todas as meninas consultadas temiam ser estupradas ou abusadas sexualmente. O casamento infantil, que pode resultar significativamente em violências e abusos físicos e psicológicos, atingiu níveis alarmantes. Todas as crianças entrevistadas clamavam pela mesma coisa: paz.

"Conheci crianças em toda a região cujas vidas foram destruídas pelo conflito - entes queridos mortos, crianças fora das escolas, mendigando nas ruas e enfrentando novas ameaças de violência nos locais", afirma Andrew Morley.

O relatório divulgado nesta quinta destaca que a paz acompanhada de uma solução política e inclusiva para a crise é a única forma de prevenir custos humanos e econômicos no futuro. Sem ela, as crianças sírias continuarão pagando o preço das falhas cometidas pelos adultos.

"A paz duradoura é a única solução viável para as crianças sírias. A comunidade internacional tem a responsabilidade moral de fazer tudo ao seu alcance para que isso aconteça. Os custos econômicos são enormes e as crianças continuarão pagando o preço. Precisamos de vontade política, apoio financeiro e uma paixão coletiva pela paz e segurança. Devemos agir agora para trazer esperança", conclui Morley.

Clique aqui para acessar o estudo The cost of conflict for Syria's children (em inglês)



 Sobre a Visão Mundial

A Visão Mundial Brasil integra a parceria World Vision International, que está presente em cerca de 100 países. No País, a Visão Mundial atua desde 1975, beneficiando 2,7 milhões de pessoas com projetos nas áreas de educação, saúde/proteção da infância, desenvolvimento econômico e promoção da cidadania. Seus projetos e programas têm como prioridade as crianças e adolescentes que vivem em comunidades empobrecidas e em situação de vulnerabilidade. Nesses 44 anos de atuação no Brasil, a Visão Mundial se consolida como uma organização comprometida com a superação da pobreza e da exclusão social. Para saber mais, acesse o site visaomundial.org


Reforma é o terceiro maior motivo para pedido de empréstimo com garantia de imóvel

Com a alta das reformas residenciais, Creditas e DOMA criam conteúdos para ajudar os consumidores a realizar suas obras


Com a alteração no modelo de trabalho para o estilo home office e a continuidade do isolamento social, muitos brasileiros sentiram a necessidade de realizar reformas em suas casas para tornar o ambiente mais confortável e propício para trabalhar. Pesquisa da Consumoteca, consultoria voltada para padrões de consumo, indica que 55% das pessoas nas classes A e B fizeram algum tipo de reforma em 2020, sendo outras 39% na classe C. E, segundo levantamento realizado pela Creditas, plataforma líder de crédito e soluções financeiras 100% online na América Latina, ao final de 2020, a reforma domiciliar se tornou o terceiro maior motivo (13%) para que os brasileiros solicitassem crédito com garantia de imóvel, ficando atrás apenas de pagamento de dívidas (34%) e investimento no negócio próprio (17%).

Para ajudar os consumidores com informações relevantes para começarem a fazer suas reformas, a Creditas fechou uma parceria com a arquiteta e criadora de conteúdo Patricia Pomerantzeff, da DOMA Arquitetura, em que vão disponibilizar materiais gratuitos online, que contemplam ebook com dicas e uma planilha de orçamento de obra, além de vídeos para acompanhar a obra que a DOMA realizará em um apartamento no edifício Copan, na capital paulista.

Segundo Patricia, "por onde começar" é uma das principais dúvidas que recebe dos seus seguidores: "as pessoas querem deixar suas casas mais agradáveis já que estão passando mais tempo lá, mas na hora de tirar as ideias do papel, ficam perdidas e vem me pedir ajuda. O ebook com o passo a passo para começar uma obra sem dor de cabeça e os vídeos que lançaremos no canal são formas de instruir as pessoas nesse momento."

Além dos vídeos e dos materiais gratuitos, a Creditas disponibilizará caixas de perguntas em seu Instagram para que a arquiteta possa sanar as dúvidas do público. O material estará disponível online , a partir de 4 de março, quando também será lançado o primeiro vídeo no canal do YouTube da DOMA .

 


Creditas


quinta-feira, 4 de março de 2021

Conscientização HPV: entenda por que vacinar é importante

Importante imunizante combate o Papilomavírus Humano. Dia 04 de março é dia Internacional de Conscientização do HPV


Implementada pelo calendário nacional de imunização do Ministério da Saúde em 2014, a vacina contra o HPV é um importante imunizante contra as infecções causadas pelo Papilomavírus Humano. O dia 04 de março é lembrado como o Dia Internacional de Conscientização do HPV, que reitera a importância da vacina e também dos exames preventivos.

Indicada, preferencialmente, para meninas entre 9 e 14 anos, meninos de 11 a 14 anos, ou adultos até 26, ela é aplicada em duas doses, com intervalo de seis meses. Uma das consequências das infecções causadas pelo HPV é o câncer de útero e seus possíveis efeitos, como a infertilidade.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o câncer de útero é a terceira neoplasia mais frequente entre as mulheres no Brasil, acometendo mais de 16 mil por ano.


O HPV

A família do Papilomavírus Humano conta com mais de 150 diferentes subtipos. “Nem todos são capazes de causar infecções que levarão a tumores invasivos, mas os ditos oncogênicos estão relacionados a diversos tipos de cânceres, como o de pênis, vulva, vagina, canal anal, orofaringe e um dos mais prevalentes de todos, o câncer de colo de útero”, explica o radio-oncologista e presidente do Instituto de Radioterapia São Francisco, Miguel Torres.

O contágio pelo vírus, segundo o médico, está associado à prática sexual desprotegida, incluindo contato físico com alguma área afetada pelo vírus, como contato manual-genital. “O uso de preservativo durante as relações sexuais é também uma das principais formas de prevenir o contágio pelo HPV e, consequentemente, o surgimento do câncer”, comenta Miguel.


Câncer de útero

Segundo o INCA, a doença tem desenvolvimento lento e pode não apresentar sintomas na fase inicial.  Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.

O exame citopatológico Papanicolau, ou exame preventivo, complementa o arsenal na prevenção do câncer relacionado ao HPV. “Ele detecta especificamente o câncer de colo de útero, devendo ser realizado por mulheres entre 25 e 64 anos que têm ou já tiveram atividade sexual”, orienta o médico. “Vale lembrar que a vacinação não exime as mulheres da realização do Papanicolau”, ressalta.


Câncer e infertilidade

Uma das consequências do câncer de útero é a infertilidade.  De acordo com a especialista em Reprodução Assistida e diretora clínica da Life Search, Cláudia Navarro, ela pode acontecer por motivos diferentes, dependendo do tipo de tratamento indicado.

“A primeira questão é a radioterapia, tratamento mais comum nesse tipo de câncer. Como o tratamento será diretamente no órgão, ele pode ser afetado anatomicamente e causar alguma dificuldade para engravidar no futuro”, diz.

“A segunda é a cirurgia que, dependendo da forma e indicação, pode também causar lesões no órgão, dificultando a gravidez. Há casos, inclusive, de necessidade da retirada total do órgão”, continua. “A terceira, a quimioterapia, embora não seja a rotina,  quando indicada, pode comprometer os óvulos da mulher”,  finaliza.


Gravidez possível

Cláudia considera que é papel fundamental do médico aconselhar a paciente e orientá-la sobre o congelamento de gametas antes do início do tratamento. “É uma alternativa viável. O procedimento é feito por meio da indução da ovulação, com medicamentos seguros, que possibilita a coleta dos óvulos”, explica a especialista.

Após o tratamento para o câncer, e com plenas condições de saúde, esses óvulos congelados podem ser utilizados de formas distintas. “Primeiro, ela deve recorrer ao parceiro ou doador anônimo para realizar a fertilização in vitro (FIV)”, diz a médica.

“Se o útero foi preservado durante o tratamento para o câncer, ela mesma poderá engravidar. Caso o órgão tenha sido retirado, a paciente pode ainda optar pela barriga solidária”, conclui.

 


Miguel Torres Teixeira Leite - médico graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (CRM: 9377-MG) e especialista em Radioterapia (RQE Nº: 2910). Atualmente é Presidente do Instituto de Radioterapia São Francisco e membro do Corpo Clínico do Centro de Radioterapia do Hospital Felício Rocho.

 

Cláudia Navarro - especialista em reprodução assistida, diretora clínica da Life Search e membro das Sociedades Americana de Medicina Reprodutiva - ASRM e Europeia de Reprodução Humana e Embriologia – ESHRE. Graduada em Medicina pela UFMG em 1988, titulou-se mestre e doutora em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela mesma instituição federal e hoje é membro do Corpo Clínico do Laboratório de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas, vinculado à mesma instituição.


A obesidade pode ser, de fato, uma vilã para a coluna?

No dia Mundial da Obesidade, o neurocirurgião Dr. Marcelo Valadares apresenta uma reflexão sobre o impacto da doença na coluna


Na medicina, há debates intensos sobre os impactos causados pela obesidade no corpo humano. Você com certeza já ouviu falar sobre as relações entre ela e o desenvolvimento da diabetes tipo 2, aumento de triglicérides, do colesterol, da pressão alta e o surgimento de doenças cardiovasculares. A obesidade grave, por exemplo, também é facilmente associada às complicações articulares em pés, joelhos e quadril, regiões que sustentam o peso de nosso corpo. Entretanto, pouco se fala, atualmente, sobre os possíveis danos para a coluna vertebral.

No dia 4 de março, data que visa conscientizar a população sobre um dos mais preocupantes problemas de saúde do século XXI, Dr. Marcelo Valadares, médico neurocirurgião da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein, alerta: "Estudos das últimas décadas, realizados principalmente em países com altos índices de obesidade, como é o caso dos Estados Unidos, mostraram que o excesso de peso pode afetar diretamente o alinhamento da coluna".

"O abdômen volumoso, em especial, desloca o eixo do corpo para frente. Nossa coluna é desenhada com curvaturas que permitem a distribuição equilibrada da massa corporal em relação ao esqueleto e à gravidade. Em uma pessoa muito obesa, esse equilíbrio se perde, e os mecanismos compensatórios - que mantêm uma pessoa de pé - vêm do trabalho dos músculos que vão tracionar (e isso é inconsciente e/ou automático) a coluna para tentar mantê-la na posição correta, causando maior fadiga muscular. A fadiga muscular leva à dor", afirma Valadares.

O neurocirurgião explica que os discos intervertebrais - pequenos "colchões" entre as vértebras - sofrem com pressão enquanto a pessoa está de pé, principalmente, e se desgastam. "A medida em que se desgasta, um disco pode se romper e levar à formação de hérnias, famosas causadoras de ciáticas com quadros dolorosos intensos, e que podem levar, até mesmo, à necessidade de uma cirurgia", complementa o especialista.

O médico lembra que, se tratadas, as doenças da coluna terão efeito muito importante na qualidade de vida. "Existe um movimento de aceitação do corpo que muitas vezes se confunde com aceitação da obesidade como normal. Talvez esse seja um campo a ser explorado entre o que é normal e o que é saudável, o que é pressão estética e o que é importante para sua saúde", finaliza.



E quanto ao sobrepeso?

O sobrepeso também pode ter ligação com a dor lombar. Porém, segundo o Dr. Marcelo Valadares, de uma forma menos pronunciada. "Certamente não existem tantas alterações físicas, em especial do alinhamento corporal, nem as complicações causadas por outras doenças clínicas. A correlação com a falta de preparo físico, que é mais comum neste grupo, está ligada à dor lombar do que o próprio peso", diz.



Tratamentos

O tratamento indicado para pessoas obesas com lesões de coluna é muito parecido com o de pessoas não obesas. O importante é saber se existem outras doenças associadas ou limitações clínicas, segundo o Dr. Valadares, que demandem cuidados extras no processo de reabilitação. "Talvez o paciente tenha dificuldade e o processo de recuperação leve mais tempo que o normal. Se o paciente precisar de cirurgia, existe um risco maior", pontua.

Posts mais acessados