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segunda-feira, 1 de março de 2021

Nutrólogo orienta sobre consumo de vitaminas e aminoácidos para imunidade e ganho de energia

Daniel Magnoni, chefe da nutrologia do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo, aponta opções cientificamente comprovadas para auxiliar sistema imunológico e dar boa disposição


Em tempos de pandemia, as dúvidas sobre imunidade são cada vez mais frequentes na rotina clínica. Queixas sobre indisposição também têm se acentuado, visto que o sistema de home office tornou ainda mais evidente o acúmulo de tarefas domésticas com a jornada de trabalho e estudos. Diante deste cenário, é comum que as pessoas busquem alternativas para suprir estas carências sem orientação médica e acabem fazendo escolhas sem considerar quais são as opções cientificamente comprovadas.

"Com o início das aulas e o trabalho, remoto ou presencial, quem trabalha e estuda tem a tendência de sofrer um maior desgaste. As primeiras semanas irão exigir muito do corpo e mente, aumentando a sensação de cansaço e podendo causar déficits de atenção. Uma alimentação rica em vitaminas do complexo B (1, 2, 3, 5, 6, 7 e 12), que atuam de maneira geral no organismo, é uma boa opção para combater esse desgaste", explica o Dr. Daniel Magnoni, chefe da nutrologia do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo.


Imunidade - Alimentos como peixes, castanhas, fígado e vegetais verdes são ricos em vitaminas do complexo B e ajudam a manter uma boa imunidade e equilíbrio do sistema nervoso. "A suplementação deve ser considerada para quem, por conta da correria, não consegue se alimentar corretamente. Nas gondolas existem diversas opções como comprimidos, cápsulas, gotas e xaropes. Há também uma nova geração, em gomas, que não exigem água para ingestão, são muito saborosas e oferecem a quantidade diária necessária de nutrientes de forma prática. Mas, vale ressaltar, que toda suplementação deve ser indicada e acompanhada por um médico", orienta o nutrólogo.

E para conseguir uma energia extra, o consumo de energéticos costuma ser a principal escolha, mas é preciso cuidado, pois, em excesso, causa contraindicações e pode acabar prejudicando a saúde cardíaca, principalmente os produtos com cafeína, que têm efeito estimulante e em altas doses aceleram os batimentos cardíacos, podem causar irritação estomacal, ansiedade, náuseas, entre outros efeitos.

Segundo Dr. Magnoni, há opções que melhoram a disposição sem sobrecarregar o sistema vascular. "Produtos à base de taurina, por exemplo, que já são encontrados no formato gomas, são boas opções para garantir uma energia extra, pois não é um estimulante, auxilia com as funções fisiológicas e traz outros benefícios para o corpo como imunidade e controle de colesterol", comenta o nutrólogo. "Além disso a taurina associada às vitaminas do complexo B são uma excelente opção para ter mais energia", diz.


Taurina - Devido às boas funções fisiológicas, tornou-se um ingrediente funcional muito utilizado em bebidas energéticas, que auxilia no desempenho esportivo e na recuperação após as atividades físicas. (1). Não é recomendado seu consumo associado a estimulantes de reconhecido impacto nas funções cardiometabólicas como, por exemplo, a cafeína, que tem vários efeitos colaterais como ansiedade, alterações no trato digestivo, insônia e alteração nos batimentos cardíacos, cefaleia, entre outros.


Vitaminas do Complexo B (1, 2, 3, 5, 6, 7 e 12) - Cada uma tem sua especificidade e maneira de atuação no organismo, mas, de forma geral, auxiliam com a absorção e ativação de nutrientes, atuam na proteção e no desenvolvimento de neurônios, formação de hemácias, que são as células vermelhas do sangue. (2), (3), (4).

 

 

Dr. Good

 

Referências

• Efeito da ingestão de taurina no desempenho físico: uma revisão sistemática; J.C. Pereira, R. G. Silva, A.A. Fernandes e J.C.B. Marins

• Vitamins and Minerals for Energy, Fatigue and Cognition: A Narrative Review of the Biochemical and Clinical Evidence; Anne-Laure Tardy, Etienne Pouteau, Daniel Marquez, Cansu Yilmaz e Andrew Scholey

• Vitaminas do complexo B; Helio Vannucchi, Selma Freire de Carvalho da Cunha e Paula Lumy Takeuchi

• Vitamina B12; Helio Vannucchi, Thaís Helena Monteiro e Paula Lumy Takeuchi


Dia Mundial da Audição

 OMS lança apelo global por maiores cuidados com a saúde auditiva

Com o tema "Cuidados auditivos para todos", a campanha marcará o lançamento, em 3 de março, do Relatório Mundial sobre a Audição


Você cuida de sua audição? Tem consciência de que, mais cedo ou mais tarde, pode começar a sentir dificuldades para ouvir? A deficiência auditiva é um dos distúrbios mais incapacitantes, que traz grandes prejuízos à qualidade de vida dos indivíduos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 500 milhões de pessoas no mundo têm surdez moderada e/ou severa e a previsão é de que até 2050, 900 milhões de pessoas poderão ter algum grau de perda auditiva, o que significa 1 em cada 10 habitantes do planeta.

Se não for tratada, a deficiência auditiva pode causar dificuldades cada vez maiores. As pessoas que não ouvem bem têm vergonha de estar com amigos, se divertem menos e têm menos chances no mercado de trabalho. Com o tempo, as sequelas aumentam, vem o isolamento social e a tristeza, que podem levar à depressão, declínio cognitivo e demência.

A gravidade da situação vem impulsionando campanhas e estratégias de Saúde Pública da OMS sobre a importância do cuidado com a saúde auditiva. Com o tema "Cuidados auditivos para todos!", o Dia Mundial da Audição de 2021, comemorado pela entidade no próximo dia 3 de março, marcará o lançamento do Relatório Mundial sobre a Audição, com um apelo global aos governos e à população em geral quanto à adoção de medidas efetivas para lidar com a perda de audição e as doenças , ao longo da vida.

"Neste Dia Mundial da Audição, a OMS faz um grande apelo à ação. Quanto mais cedo a perda auditiva for detectada, melhor. Estamos enfatizando a importância de abordar e tratar a perda de audição em tempo hábil, tão logo apareçam os primeiros indícios de dificuldades para ouvir. Com isso, evitamos uma série de prejuízos na comunicação, nos relacionamentos, e as pessoas podem continuar aproveitando a vida ao máximo. Para isso, uma das opções de tratamento é o uso de aparelhos auditivos, que irá proporcionar inúmeros benefícios para o indivíduo", pontua a fonoaudióloga Marcella Vidal, Gerente de Audiologia Corporativo, Telex Soluções Auditivas.

Entre as principais mensagens da OMS no Dia Mundial da Audição 2021 estão às que se referem a decisões políticas e governamentais, entre elas, a inclusão de atendimento na área de audiologia nos planos nacionais de saúde. Para o público em geral, as mensagens focam na importância de uma boa audição e comunicação em todas as fases da vida e na adoção de ações preventivas ao longo da vida, como a proteção contra sons altos e boas práticas de cuidados com a audição.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que todas as pessoas chequem a sua audição, periodicamente. "Aconselho a realização de um exame denominado audiometria, uma vez ao ano, especialmente para pessoas acima de 50 anos, para quem tem predisposição genética ou já experimentam dificuldades para ouvir; e também para aquelas que têm infecções frequentes na orelha, trabalham em ambientes ruidosos ou ouvem som alto por longos períodos, como ocorre atualmente entre os mais jovens com a 'febre' dos fones de ouvido", conclui a fonoaudióloga Marcella Vidal.

Estudo realizado em 2019 pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda revelou que existem, no Brasil, 10,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva - 5% da população -, sendo que, desse total, 2,3 milhões têm perda de audição severa. A surdez atinge mais os homens, 54%; e 46% de mulheres. Grande parte deles tem 60 anos de idade ou mais (57%). Nove por cento dos indivíduos com deficiência auditiva nasceram com essa condição e 91% adquiriram o distúrbio ao longo da vida. E dois em cada três brasileiros com perda de audição não tratada relataram enfrentar dificuldades nas atividades do dia a dia.


Novos tratamentos e procedimentos passam a ter cobertura pelos planos de saúde em abril

  Atualização do Rol da ANS em discussão desde 2018 vai beneficiar pacientes de doenças como psoríase e câncer de próstata 

 

O novo Rol [1] da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), lista de referência para cobertura obrigatória de tratamentos e procedimentos pelos planos de saúde regulados pela agência, passa a valer em abril e vai beneficiar milhares de pacientes. Da discussão pela incorporação das 185 tecnologias elegíveis para avaliação da agência, sendo 75 delas medicamentos, 46 foram incluídos no novo Rol, sendo 19 novas tecnologias para doenças onco-hematológicas e 17 imunobiológicos. A incorporação desses medicamentos no sistema de saúde suplementar pode representar uma das poucas alternativas de tratamento para os pacientes e um avanço para aumentar o arsenal terapêutico disponível para decisão dos médicos. 

 A lista não era atualizada desde janeiro de 2018, quando entrou em vigor o Rol atual. Nesses mais de três anos, tecnologias aprovadas pela Anvisa que chegaram ao Brasil deixaram de ser avaliadas, atrasando o acesso de pacientes a tratamentos mais modernos, alguns para doenças graves. Conheça algumas das incorporações que foram aprovadas e começam a valer a partir de abril deste ano.

 

 Câncer de próstata 

 Até o momento, para a indicação de pacientes sem metástase que já falharam à terapia de privação androgênica

- ADT, somente os tratamentos intravenosos possuíam inclusão automática no Rol da ANS após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e comercialização no Brasil. Com as novas incorporações, serão incluídas também algumas terapias orais para câncer de próstata sem metástase, mas que já apresentam perda de resposta ao tratamento padrão nessa fase da doença (terapia de privação androgênica-ADT), capazes de atrasar o início da doença metastática e prolongar a vida dos pacientes, com qualidade. 

 Vale ressaltar que as terapias orais podem apresentar maiores chances de sobrevida e controle de diversos tipos de cânceres e nem sempre possuem um substituto intravenoso. Recentemente, foi aprovado pelo Senado Federal o Projeto de Lei 10.722/18, com o objetivo de facilitar e ampliar o acesso de milhares de pacientes às terapias orais, diminuindo idas constantes ao hospital, fator decisivo para a comodidade do paciente e para a adesão ao tratamento em um cenário atual de pandemia de covid-19. O projeto aguarda votação na Câmara dos Deputados e, se aprovado, precisa ser assinado pelo Presidente da República para virar Lei. A inciativa deve beneficiar mais de 50 mil pacientes oncológicos que utilizam planos de saúde no Brasil.

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, com uma estimativa no Brasil de mais de 65 mil novos casos anuais [2]. A doença acomete, geralmente, indivíduos acima de 60 anos e ocorre quando células malignas se formam e se multiplicam descontroladamente nos tecidos da próstata (glândula do sistema genital masculino localizada abaixo da bexiga) [3]. Em fases iniciais (não-metastáticas), esse tipo de câncer pode ser silencioso e não apresentar sintomas. Já em fases mais avançadas, com o surgimento de metástases, a doença pode causar dor óssea, provocar fraturas ou até compressão da coluna vertebral. Além do grande impacto desses sintomas na qualidade de vida dos pacientes, quando a metástase surge, também há um prejuízo significativo na expectativa de vida, que no geral é reduzida para cerca de 3 anos. 

 

 Psoríase 

 Com a nova resolução, sete medicamentos para o tratamento da psoríase foram incorporados ao novo rol da ANS. Desde 2019, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza alguns desses medicamentos para casos moderados a grave de psoríase, após falha de tratamentos anteriores, mas é a primeira vez que os imunobiológicos serão disponibilizados no sistema privado de saúde para esta indicação. 

 As tecnologias incorporadas são indicadas para casos moderados a graves da doença, após falha de tratamentos anteriores, e vão permitir que o paciente tenha acesso terapias inovadoras que apresentam altas taxas de resposta e permitem redução significativa ou total das lesões de pele causadas pela doença. Um paciente com psoríase pode levar, em média, mais de um ano e meio para encontrar um tratamento efetivo que resolva as lesões da pele. Para alguns casos, os tratamentos imunobiológicos são a única opção de controle da doença, principalmente se o paciente estiver na faixa dos 20% dos casos que não responderam ao tratamento convencional. Estima-se que cerca de 3 milhões de pessoas no Brasil têm a doença .

 

 Retocolite ulcerativa (RCU) 

 Com a ampliação do arsenal terapêutico para o tratamento das doenças inflamatórias intestinais (DIIs) - que englobam a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn - médicos e pacientes terão alternativas modernas para o controle da progressão da doença que retardam o agravamento dos sintomas e a necessidade de cirurgia. No total, três imunobiológicos foram incorporados ao novo ROL da ANS para RCU. 

 Os imunobiológicos reduzem o processo inflamatório do paciente, o que não só ameniza os sintomas da doença, mas também promove a cicatrização da mucosa e mantém uma remissão sustentada. Como consequência, há menor risco da necessidade de hospitalizações e cirurgias, o que causa impacto positivo na qualidade de vida do paciente. 

 As DIIs são enfermidades crônicas e caracterizadas por inflamações no trato gastrointestinal que afetam principalmente adultos jovens. Quando mais graves, podem causar sangramentos e/ou muco nas fezes, perda excessiva de peso e anemia. Dados de uma pesquisa com 3,5 mil brasileiros portadores de DIIs mostram que 78% relataram impactos significativos na rotina, sendo que para 51% a DII afetou o emprego e 20% tiveram que se ausentar do trabalho ou estudo por mais de 25 dias. A retocolite ulcerativa já possuía algumas opções disponíveis de imunobiológicos no sistema público de saúde (SUS), mas nenhuma no Rol da ANS, até o ano passado. 

 

 Leucemia 

 No pleito atual, que entra em vigor em abril, foi aprovado o uso de terapia-alvo para o tratamento em primeira linha de Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) e ampliação da obrigatoriedade já existente (deleção do cromossomo 17p) para pacientes com doença recaída ou refratária- quando o câncer volta a se desenvolver.  Essa avaliação foi feita com base em estudos que demonstram os efeitos positivos do tratamento em diferentes perfis de pacientes. 

 A incorporação beneficia principalmente pessoas idosas e/ou com comorbidades importantes (função renal alterada, por exemplo) que são geralmente incapazes de tolerar tratamentos agressivos e altamente tóxicos. Com essa inclusão, esses pacientes poderão contar com terapias mais bem toleradas e que possam ser utilizadas desde fases iniciais da doença, oferecendo respostas superiores aos tratamentos convencionais. 

 A LLC é um câncer do sangue, de crescimento lento, que surge a partir de células B, um tipo de glóbulo branco (linfócito) que se origina na medula óssea. É uma doença predominante em idosos e geralmente acomete pessoas com idade em torno dos 70 anos. 

É considerada uma enfermidade rara, cujo tratamento padrão se baseia no uso combinado de quimioterapia com imunoterapia. No entanto, estudos revelam que as terapias-alvo têm apresentado melhores resultados para esse perfil de paciente, principalmente quando a enfermidade é considerada de alto risco e apresenta algum fator de pior prognóstico, como a deleção do cromossomo 17, a presença da mutação do TP53 ou a ausência da mutação na cadeia pesada da imunoglobulina (IGHV). 

 A LLC é considerada o tipo mais comum de leucemia em adultos no ocidente, representando aproximadamente 30% de todas as leucemias neste grupo populacional. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) foram estimados 10.810 novos casos de leucemia em 2020. 

 

 Linfoma 

 Algumas quimioterapias estavam disponíveis para o tratamento do Linfoma de Células do Manto (LCM), mas é a primeira vez que uma terapia-alvo oral é incluída no Rol para pacientes que receberam, no mínimo, um tratamento anterior. A incorporação dessa terapia traz benefícios aos pacientes como melhor tolerabilidade e comodidade no tratamento.

O LCM é um tipo de câncer relativamente raro responsável por aproximadamente 5% a 10% de todos os linfomas não-Hodgkin. Origina-se no sistema linfático composto por órgãos (linfonodos ou 

gânglios) e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade. A doença surge quando um linfócito (célula de defesa do corpo) se transforma em uma célula maligna, capaz de multiplicar-se descontroladamente e se espalhar.

 A doença é mais frequente em idosos acimas de 60 anos e quando não tratada, pode atingir outras partes do corpo. No Brasil, a estimativa era de 12.030 novos casos de linfoma não-Hodgkin até o final de 2020, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

 

 

 

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1-http://www.ans.gov.br/aans/noticias-ans/consumidor/6207-ans-define-novas-coberturas-dos-planos-de-saude

 

2-Instituto Nacional de Câncer (INCA). Câncer de Próstata. Disponível em http://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-prostata. Acesso em 10/02/2020.

 

3-Web MD. What is metastatic prostate cancer. Acesso em 14/05/2019. Disponível

em: http://www.webmd.com/prostate-cancer/advanced-prostate-cancer-16/metastatic-prostate-cancer

Cardiologistas lançam aplicativo gratuito para monitorar a pressão arterial

O aplicativo AMPA nasceu da confluência de ideias de seis renomados médicos brasileiros especialistas em hipertensão


O Ministério da Saúde indica, no seu último levantamento publicado em 2017, que 141.878 mortes foram registradas devido à condição ou a causas relacionadas à hipertensão no Brasil. Ou seja, 388,7 ao dia. Ainda segundo a pasta, 37% desses óbitos precoces englobam pessoas com idade inferior aos 70 anos. Diante desse cenário, um grupo formado por médicos cardiologistas de várias partes do país, lançaram um aplicativo gratuito que monitora a pressão arterial de pacientes hipertensos. O AMPA (Automedida da Pressão Arterial), da empresa Beliva, já está disponível para IOS e Android.

"Desta forma, o AMPA surge como uma maneira eficaz de auxiliar médicos no controle da hipertensão arterial remotamente. O aplicativo ainda permite uma comunicação entre profissional e paciente. Mas vale destacar: qualquer pessoa pode buscar e baixar a ferramenta. O APP permite aos usuários adicionar os dados das medições feitas com aparelho próprio em casa e receber relatórios dessas medidas. Com isso pronto, é possível submetê-los a avaliação do seu médico de confiança.", explica um dos idealizadores, Dr. Audes Feitosa. No Brasil, mais de 1.000 clínicas de cardiologistas são atendidas pela empresa Beliva.

Com a possibilidade de supervisão remota por parte do médico, os ganhos para profissional e paciente são diversos. Por exemplo, a medição e registro dos dados diários podem servir para monitorar reação a determinados medicamentos. Além disso, as conversas ficam num ambiente específico para aquilo, deixando tudo mais organizado e dinâmico. Sem contar que a consolidação desse hábito de acompanhamento interfere positivamente na adesão ao tratamento e no controle da pressão arterial.

O aplicativo foi desenvolvido em Recife, no Porto Digital e contou com o apoio da empresa japonesa de produtos para a saúde Omron Healthcare. Segundo o CEO e presidente da Omron Healthcare Brasil, Wanderley Cunha, essa parceria representa um apoio e suporte para tornar mais eficaz o controle da hipertensão arterial. "Nosso intuito e missão como empresa é melhorar cada vez mais a vida das pessoas. Através dos produtos mais inovadores do mercado, conseguimos apoiar um serviço que é fundamental para a prevenção e avaliação da pressão arterial", complementa Cunha.

Os cardiologistas responsáveis pelo AMPA estão espalhados por seis estados brasileiros - Pernambuco, Alagoas, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Goiás. São eles a Dra. Andréa Bandrão, Coordenadora de pós-graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro; Dr. Audes Feitosa, Presidente do Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia; Dr. Eduardo Barbosa, Presidente da Artery Latam Society; Dr. Marcos Mota, Investigador Principal de Centro de Pesquisas Clínicas do Centro Universitário Cesmac/Hospital do Coração de Alagoas; Dr. Roberto Miranda, Chefe do Serviço de Cardiologia da Disciplina de Geriatria da Universidade Federal de São Paulo; e Dr. Weimar Sebba, professor adjunto de Cardiologia da European Society of Cardiology and Hypertesion Unit Barcelona University.

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Sobre a Omron Healthcare

Com o intuito de melhorar a vida das pessoas, a OMRON Healthcare fornece produtos médicos inovadores e clinicamente comprovados para monitoramento e cuidados com a saúde. Nosso portfólio de produtos inclui monitores de pressão arterial, nebulizadores, termômetros eletrônicos e contadores de atividade, assim como monitores de composição corporal e dispositivos médicos profissionais. Durante muitas décadas, os dispositivos da OMRON têm ajudado pessoas a prevenir, tratar e controlar doenças domésticas e clínicas em mais de 100 países. A OMRON Healthcare do Brasil chegou ao país em 2008 e, desde então, constrói um portfólio de produtos voltados para o uso doméstico como monitores de pressão arterial, nebulizadores, termômetros e balanças digitais. Em 2018, a OMRON Healthcare foi eleita pela pesquisa "Global Home Appliance Market Comprehensive Survey", desenvolvida pela empresa japonesa Fuji Keizai, a marca número 1 em monitores de pressão de uso doméstico. Além disso, em 2020, a OMRON Healthcare foi eleita pela pesquisa da "IQVIA, empresa global de auditoria de mercado, a marca mais recomendada pelos médicos*.

 

Fonte: IQVIA, NPS, total Brasil, em quantidade de prescrições Check In (prescrições efetivas coletadas no balcão das farmácias), canais Retail e Delivery e canal PBM, mercado montado de monitores de pressão, no período MAT Mar’20


Idec pede novas regras para preços de medicamentos e vacinas

 Instituto lança campanha em apoio ao projeto de lei 5591/20, que permite reajustes negativos e exige mais transparência por parte da indústria farmacêutica

 

Nesta segunda-feira (1), o Idec, ONG de Defesa do Consumidor, lança a campanha nacional #RemédioAPreçoJusto pela aprovação do PL 5591/2020, de autoria do senador Fabiano Contarato (ES), que altera as regras para a definição de preços de medicamentos e vacinas no Brasil. De acordo com o Instituto, o modelo atual favorece abusos por parte da indústria farmacêutica e das redes varejistas e, assim, dificulta o acesso à saúde. O problema afeta consumidores, mas também o SUS (Sistema Único de Saúde), já que as compras públicas também se baseiam nos valores dos medicamentos estabelecidos pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos).

 

O órgão foi criado em 2002, na esteira de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigou as distorções no mercado farmacêutico, e tem a atribuição de definir o preço máximo dos produtos farmacêuticos que chegam ao mercado brasileiro, assim como o percentual de reajuste anual. Apesar de ter conseguido romper um ciclo de aumentos excessivos, estudos indicam que o atual modelo regulatório da Cmed é insuficiente para lidar com as novas necessidades do setor. Por isso é tão comum, por exemplo, encontrar valores muito diferentes para um mesmo remédio ou, ainda, tratamentos para doenças graves ou raras a custos exorbitantes. 

 

Um dos problemas está no processo de definição do chamado preço de entrada - o valor máximo para um produto que acaba de chegar ao mercado brasileiro. De acordo com pesquisas elaboradas pelo Idec, esses valores são muito mais altos do que os preços praticados na ponta, fazendo que consumidores fiquem reféns dos descontos aplicados pela indústria ao preço-teto. 

 

Esse problema é agravado pela equação que rege o reajuste anual da tabela da Cmed. Isso porque a norma atual não prevê a possibilidade de reajuste negativo, ou redução dos preços-teto. Assim, as distorções que começam na definição do valor de entrada só aumentam com o passar dos anos.

 

Outro problema apontado pela campanha é a falta de transparência sobre os custos de desenvolvimento, produção e distribuição dos medicamentos, que impede os consumidores de conhecerem o verdadeiro valor de um produto farmacêutico. Quando a Cmed foi criada, determinou-se que as empresas deveriam cumprir alguns requisitos de transparência no momento do registro sanitário, mas os dados a serem fornecidos são muito limitados, e tanto a Cmed quanto a Anvisa podem dispensar as companhias desta exigência.

 

“Um preço-teto descolado da realidade significa espaço para abusos por parte do varejo e da indústria. A variabilidade e a opacidade que temos agora é injusta, e temos de exigir que o Poder Público faça a sua parte”, afirma Ana Carolina Navarrete, coordenadora do Programa de Saúde do Idec. “O momento nos mostra que é fundamental colocar o direito à saúde à frente dos interesses das empresas, e no campo do acesso a medicamentos isso passa por exigir mais transparência e aperfeiçoar o marco regulatório. Essa é uma batalha urgente, e a campanha Remédio a Preço Justo vem para colocar o tema na ordem do dia”, completa.   

A proposta apresentada pelo senador Fabiano Contarato em dezembro altera a metodologia de atribuição de preços da Cmed, abre uma previsão legal para que os valores possam ser reajustados para baixo e acrescenta requisitos de transparência no ato do registro de novos medicamentos. 

Para saber mais, acesse www.remedioaprecojusto.org.br



Defina ON e OFF no home office

Não se torne um workaholic apenas por trabalhar em casa, confira dicas para se manter saudável


Por conta da atual situação de quarentena que visa reduzir a propagação da Covid-19, a resposta para muitos profissionais está sendo trabalhar em casa, a modalidade Home office, para não ficar à mercê da sorte.

“Para quem nunca trabalhou em casa, a adaptação pode ser difícil, afinal, home office exige disciplina e bastante força psicológica pois problemas como isolamento e sobrecarga emocional ocorrem facilmente durante essa rotina”, explica Madalena Feliciano, gestora de carreira e CEO da Outliers Careers e IPCoaching.

Muitas vezes, o conforto e flexibilidade que temos para trabalhar em casa podem ser um empecilho para um profissional conseguir ser produtivo, além de distrações comuns no lar. A especialista dá algumas dicas sobre como se adaptar e conseguir manter o nível de trabalho sem deixar a saúde mental de lado:

  1. Cumpra horário: assim como se estivesse em uma empresa, defina seu horário e o cumpra. Isso é muito importante para que seu cérebro mantenha a sensação de “estar trabalhando” e possa sair dela depois.
  2. Comunique os outros habitantes:  familiares e filhos, ou até mesmo pets, deixe claro que aquele é seu momento de trabalho. É benéfico diminuir as interferências durante o período. Feche a porta e não se distraia!
  3. É interessante manter-se profissional: às vezes, uma atitude simples, como se arrumar para ir trabalhar, mesmo que seja em casa, pode te ajudar a entrar no clima e produzir melhor.
  4. Respeite suas pausas: assim como você faria um lanche, iria ao banheiro, dentre outras paradas, não negligencie suas necessidades em casa. Vá para outro local para almoçar e se desligue do trabalho para voltar mais relaxado.
  5. ON e OFF: não é porque você trabalha em casa que estará disponível o tempo inteiro para o trabalho. A não ser que alguma emergência aconteça, seja ON apenas durante seu horário.

“Respeitar a si mesmo e dar seu melhor durante a jornada de trabalho são atitudes que se completam. É preciso encontrar o equilíbrio entre a produtividade e os limites de si mesmo”, finaliza Madalena.

 



Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

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Os benefícios da mentoria

A mentoria profissional trabalha o momento de carreira do indivíduo. Muitas vezes, eu encontro profissionais que se deparam com o chamado “teto de vidro”, ou seja, já realizaram tudo o que poderiam em determinado momento da carreira, mas ainda querem progredir, e por isso buscam o próximo nível.

Alguns podem contar com o apoio de um mentor, profissional que tem uma experiência maior que a sua, que chegou ao topo do mercado dele e pode realmente ajudar você que está começando a sua jornada. Em uma mentoria, é possível desenvolver uma visão mais atraente do futuro, resolver conflitos a respeito da mudança desejada, alinhar metas e, principalmente, ajuda a acreditar em si mesmo e em suas capacidades.

Para quem é aplicado esse processo? Normalmente, são aquelas pessoas que estão em um momento de decisão de carreira e não sabem qual é o próximo passo

Boa parte dos meus atendimentos são oriundos do Sebrae, pelo fato de eu ter sido facilitador do Empretec — metodologia da Organização das Nações Unidas (ONU) que busca desenvolver características de comportamento empreendedor e identificar novas oportunidades de negócios — o que me permitiu viajar o Brasil inteiro para prestar consultoria para empreendedores.

Depois dessa experiência no Sebrae, decidi seguir com minhas próprias pernas e montei minha empresa, a Global Mentoring Group e hoje eu estou em Lisboa, para realizar esses treinamentos também em Portugal. Embora o Empretec fosse um programa que eu gostava muito de fazer, me proporcionasse um bom ganho financeiro, eu buscava mais e acabei conseguindo realizar meus objetivos.

Dessa forma, com meu exemplo particular, acabei me tornando referência para as pessoas, de modo que eu posso ajudá-las a tomar as melhores decisões antes de fazer algo que muitas vezes pode ser um rompante, de uma hora para outra, e que pode acabar sendo equivocada ou no momento errado. Com a mentoria, você consegue se preparar melhor para esse momento.

Outro público que também pode se beneficiar muito com a mentoria é o dos jovens que estão iniciando a carreira profissional. O ideal é que ele consulte um mentor ou orientador antes mesmo de decidir qual curso seguir. Sabemos hoje que a universidade como todo passa por uma dificuldade muito grande. Os cursos oferecidos na atualidade formam para um ambiente hostil e que muitas vezes não existe mais. É uma criação, é uma doutrinação, para um ambiente que já é passado. É preciso pensar no futuro.

Se o jovem buscasse um mentor antes de iniciar a carreira profissional, ficaria mais fácil decidir em qual momento ele deve seguir. Mas normalmente, isso não acontece. A pessoa só vai se preocupar quando for procurar emprego e acaba percebendo que há um leque de novas profissões, gente que busca carreira no serviço público por meio de concurso, outros que decidem empreender. Então, ela acaba ficando com um ponto de interrogação na cabeça: “Será que vou ser mais um?”.

Quando a pessoa quer decidir o próximo passo, ela pode fazer o treinamento e tomar a melhor decisão. Muitos optam em fazer o programa para conseguir aprender a virar um mentor e a orientar as pessoas a darem o próximo passo. Não se trata de resolver questões do passado ou dores emocionais de situações já passadas – não se vai analisar os porquês de o Mentee ser do jeito que é.

O mentor não deve apenas se basear em sua experiência; é importante que ele busque melhorar a si próprio, para então conseguir auxiliar os Mentees a evoluir, além de procurar aumentar suas habilidades-chave, encontrar fontes de motivação contínua, remover barreiras mentais, modificar atitudes e comportamentos problemáticos que reduzam sua efetividade.

Um Mentor efetivo deve entender o Mentee como alguém com infinitas possibilidades e com todos os recursos de que precisa para realizar mudanças. Além de perceber que todo comportamento tem um propósito positivo: não existe “fracasso”, tudo é feedback.



Claudio Brito - mentor de mentores e CEO Global Mentoring Group, um grupo internacional focado na alta performance de mentores, baseado nos Estados Unidos. Especializado em Marketing Digital pela Fecap-SP e em Dinâmica dos Grupos pela SBDG, tem 21 anos de experiência e treinou com mestres como Alexander Osterwalder, Steve Blank e Eric Ries. Além disso, é frequentador assíduo de treinamentos de alto impacto em Babson, Harvard e MIT – Massachusetts Institute of Technology. Para saber mais, acesse https://globalmentoringgroup.com/ ou pelo @claudiombrito ou @globalmentoringgroup

 

Global Mentoring Group

https://globalmentoringgroup.com/


Governo dos EUA revoga restrições de vistos de imigrantes

Daniel Toledo, advogado especialista em Direito Internacional, explica os principais pontos das medidas tomadas pelo presidente Joe Biden


Em cumprimento a uma de suas promessas de campanha, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou nesta quarta-feira (24), medida que revoga as restrições de vistos de imigrantes. Na prática, os processos de obtenção de Green Card que estavam parados por conta das medidas tomadas pelo ex-presidente Donald Trump podem ser retomados.

Para o advogado especialista em Direito Internacional Daniel Toledo, sócio do escritório Toledo e Advogados Associados, ao contrário do que pregava o ex-presidente americano, os processos de imigração, principalmente os vistos de habilidades e de investimentos, significa a entrada de pessoas nos Estados Unidos que trazem muita bagagem positiva para o mercado americano, especialmente pela troca de informações, tecnologias e investimentos.

De acordo com Toledo, as medidas mudam primeiramente os vistos H, que dão autorização de trabalho por prazo determinado dentro dos Estados Unidos. “A decisão foi correta, mas acredito que ainda precisa ter algum tipo de regulamentação para mudar um pouco essa questão do H que ainda, na minha visão, parece um pouco bagunçada”, avalia.

Outra restrição que foi revogada está relacionada aos vistos L, que tratam da transferência de funcionários de subsidiárias de multinacionais. Para Toledo, essa medida foi muito importante porque uma eventual retirada do visto L poderia representar uma sobrecarga para outros tipos de vistos que talvez não sejam os mais adequados, principalmente os de habilidades e investimentos. “Estes vistos devem ser tratados como prioridade dentro dos Estados Unidos para trazer gente capacitada e investidores para o mercado americano”, pondera.

Na opinião do advogado, as medidas tomadas pelo presidente Biden também devem dar fôlego financeiro ao Departamento de Imigração dos Estados Unidos. Com o desmonte promovido no DHS, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, pela administração Trump, houve a demissão de cerca de 13 mil funcionários e redução drástica do orçamento.

O DHS tinha um orçamento estimado em US$ 1,2 bilhão e recebeu apenas US$ 250 milhões para o exercício de 2021, provocando uma forte redução de custos com a demissão de pessoal. Para Toledo, as medidas tomadas pelo presidente Biden devem reduzir o déficit do órgão.

 

Solução à vista para imigrantes em Portugal

Toledo também falou sobre uma solução encontrada pelos governos português e brasileiro para trazer seus cidadãos de volta para seus países de origem. Ele conta que com a suspensão dos voos entre os dois países por conta da pandemia de Covid-19, passageiros tiveram seus retornos remarcados e ficaram retidos tanto no Brasil quanto em Portugal, tendo um aumento absurdo nas despesas para se manterem.

A solução foi um voo partindo de Lisboa em direção a Guarulhos em 26 de fevereiro com cerca de 280 brasileiros que estavam retidos em Portugal e retorno no dia 27 com a mesma quantidade de passageiros, sendo portugueses e brasileiros residentes no país lusitano.

Mas Toledo adverte que a questão foi resolvida só para uma parte das cerca de 900 pessoas que enfrentam problemas para voltar para suas casas. “A Constituição Federal garante o acesso dos cidadãos residentes no país. Minha orientação a quem se sentir prejudicado é buscar a reparação desses danos e eu tenho certeza absoluta os advogados vão saber orientar muito bem essas pessoas e buscar pelo menos minimizar não só questão emocional que essas pessoas viveram, como também os prejuízos financeiros, filhos pequenos perdendo aulas, famílias que ficaram em hotéis sendo exploradas, sem ter informação, e que foram abandonadas pelos consulados e embaixadas tanto de Portugal quanto do Brasil”, critica.

 



Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em direito Internacional, consultor de negócios internacionais e palestrante. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br ou entre em contato por e-mail daniel@toledoeassociados.com.br.  Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 90 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB santos

 

Toledo e Advogados Associados

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Carteira de Trabalho Digital reforça segurança de informações para empresas e colaboradores

Divulgação
Recurso pode ser acessado em site ou por meio de aplicativo, em smartphones

 

Segurança nas informações e economia de tempo são alguns dos fatores positivos da carteira de trabalho digital. Válida desde setembro de 2019, o documento conta com um aplicativo para smartphones e traz as principais informações sobre os contratos laborais. Atualizações salariais, férias e comprovantes de recebimento podem ser atualizados e acompanhados por empregador e colaborador.

O registro na carteira de trabalho é a formalização da vida profissional do trabalhador, segundo o que reforça Andressa Paz, profissional do corpo técnico do escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados. “O histórico no documento assegura que o profissional possa exigir seus direitos trabalhistas quando os couber. Além disso, garante que o tempo trabalhado será computado para futura aposentadoria, direito aos auxílios previdenciários, se preenchidos os requisitos da lei”, reforça a profissional.

A emissão da carteira de trabalho física será feita em caráter excepcional, como lembra Andressa. Entretanto, mesmo que o documento tenha deixado de ser impresso desde setembro de 2019, é recomendado guardá-lo, com os registros anteriores. “A carteira de trabalho física é um documento e suas anotações poderão ser usadas como provas, caso haja divergência em qualquer aspecto das anotações. Esses podem ser de grande valia quando do pedido de aposentadoria junto ao INSS”, explica a profissional.

Nos dias atuais, a ausência de registro em sistema tem sido cada vez menor. Entretanto, em algumas situações, informações de trabalho relativas aos anos 1980 são comuns de apresentar divergências entre o documento físico e sistema da previdência e emprego. “Como todo sistema informatizado, há erros sistémicos. É um período de adaptação do cidadão, que também é facilmente resolvido com os vários e acessíveis meios disponibilizados pelo Ministério da Economia para sanar as dúvidas”, aponta Andressa.

Recurso

A carteira digital apresenta um detalhamento dos antigos vínculos de trabalho e do contrato com o atual empregador. Além disso, concentra as três últimas movimentações do vínculo, atual situação do contrato, última remuneração e outras informações. “Ainda é possível exportar esses dados da CTPS para arquivo em PDF”, acrescenta Andressa Paz.

Na internet, é possível acessar o documento digital ao entrar no site https://www.gov.br/trabalho/pt-br. Para instalar o aplicativo no celular, basta procura-lo na loja de apps do sistema operacional do aparelho e efetuar o download. Tanto pelo site como pelo dispositivo móvel, será necessário acessar a plataforma com o CPF e uma senha, que deve ser criada no cadastro do primeiro acesso.

Caso o trabalhador não tenha acesso ao site ou aplicativo, há uma central telefônica para informações, por meio do número 158. Além disso, há pontos autorizados para atendimento presencial ao trabalhador.

 

Queremos trabalhar! Setor de bares e restaurantes luta pela retomada de empregos com segurança

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março de 2020, os trabalhadores do setor de bares e restaurantes vem sendo duramente penalizados. Os estabelecimentos tiveram de ser fechados às pressas, sem nenhum tipo de aviso prévio que permitisse um mínimo de planejamento e sem nenhum incentivo à manutenção dos negócios e dos empregos. Com alimentos perecíveis em estoque, muitos amargaram altos prejuízos e lidaram com a incerteza da reabertura. Como consequência, tivemos um grande volume de fechamentos e demissões no segmento.

Desde então, entidades do setor tem travado uma verdadeira luta pela preservação dos empregos em sintonia com os cuidados necessários para evitar a disseminação da doença. Neste sentido, as negociações coletivas foram fundamentais. Elas permitiram, de maneira emergencial, a suspensão dos contratos de trabalho, mediante pagamento de auxílio, e a redução de jornada e de salário. Não fosse isso, os impactos no setor seriam ainda mais devastadores.

O investimento na retomada segura também foi destaque. O setor se dedicou na elaboração de protocolos de segurança e treinamentos para proteger trabalhadores e clientes, reduzindo a capacidade de atendimento, o distanciamento entre as mesas, o uso de álcool em gel, máscaras e protetores faciais como itens obrigatórios. 

Ainda assim, novas ordens de fechamento dos estabelecimentos à noite e aos finais de semana, justamente nos períodos de maior movimento, foram estabelecidas pelo Plano São Paulo. Mas, o mesmo critério não foi considerado para o transporte público, acesso às praias nas festas de Natal e Reveillon. Trata-se de uma grande contradição colocar bares e restaurantes como vilões da pandemia enquanto nada vem sendo feito para reduzir esse tipo de aglomeração. Com o desemprego batendo novamente à porta, os trabalhadores mais uma vez são surpreendidos por mais um decreto que limita o funcionamento dos estabelecimentos e não recebem aparato algum dos governantes.

O setor de bares e restaurantes congrega um milhão de negócios e gera seis milhões de empregos diretos em todo o Brasil, representando atualmente 2,7% do PIB nacional. Ou seja, prejudicá-lo, ainda mais diante de uma situação que já é crítica, significa prejudicar ainda mais o trabalhador com o consequente aumento do desemprego e aniquilação de qualquer possibilidade de recuperação econômica nos próximos meses.

É importante ressaltar aqui que a preocupação não é simplesmente econômica, é, acima de tudo, uma preocupação de cunho social. Estamos falando de pessoas desempregadas, passando fome, sem condições de manter suas famílias e cruzando a linha da miséria. Pessoas que precisam trabalhar, sobreviver e que estão longe de ser as vilãs dessa história.

Outro ponto importante é que manter bares e restaurantes fechados abre espaço para a proliferação de festas clandestinas, onde acontecem aglomerações em massa, sem nenhuma medida de proteção e longe dos olhos da fiscalização. Além do que, eventos como esses não contribuem para a geração de empregos formais.

Com a chegada da vacina, a situação tende a melhorar e precisamos de fôlego para resistir por mais algum tempo. Enquanto isso, o trabalhador do setor de bares e restaurantes não pode ser punido pelo aumento nos casos da doença.

O Sinthoresp e outras entidades do setor defendem o direito de trabalhar com segurança, e se comprometem, com responsabilidade, na preservação da vida e dos empregos.

Precisamos que o Estado garanta condições para as pessoas exercerem suas atividades e estamos a postos para dialogar em prol de soluções, seguindo todos os protocolos necessários, pois assim o benefício será enorme tanto para o sustento de milhares de famílias quanto para a economia e para a saúde da população. Poder trabalhar com segurança: essa é a nossa luta.

 



Rubens Fernandes da Silva - secretário-geral do Sinthoresp - Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de São Paulo e região.

 

 Sinthoresp

https://sinthoresp.com.br/site/


Como a Inteligência Artificial está transformando o relacionamento com o cliente?

A pandemia impôs uma série de dificuldades na relação entre empresas e clientes. Com o isolamento social, a tecnologia se tornou o único meio disponível para manter a comunicação entre as partes. Como consequência, temos visto uma série de tecnologias ganhando força para conectar e humanizar o relacionamento.

Uma delas são as famosas “máquinas inteligentes”, capazes de simular o raciocínio humano e desempenhar atividades complexas de forma autônoma. Muito mais do que automatizar os processos internos, a Inteligência Artificial tem sido uma grande aliada em um objetivo muito importante para qualquer empresa: estreitar o relacionamento com os clientes, apresentando soluções ágeis.


Inteligência Artificial nas empresas

Pode parecer contraditório pensar que um sistema pode ajudar nessa tarefa, mas isso já é uma realidade vista e aplicada com sucesso em diversas organizações. Em um estudo feito pela Infosys com empresas do mundo inteiro, 60% delas afirmam que estão reforçando sua estrutura de tecnologia – e quase metade está buscando parceiros externos para auxiliar na adoção da Inteligência Artificial.

A união da implantação desses sistemas com o trabalho conjunto de profissionais qualificados é a fórmula perfeita para conquistar esse objetivo. Isso porque ao ser implantada, essa tecnologia permitirá a criação de soluções que permitam o monitoramento das interações em tempo real para atender rapidamente as necessidades e aspirações do cliente – e até mesmo antecipar possíveis problemas que possam surgir.


Bots e sua contribuição no atendimento ao cliente

Como exemplo, os robôs de atendimento, mais conhecidos como bots, são capazes de realizar diversas tarefas, desde atender simples uma triagem até operações mais complexas como multi-atendimentos e avaliação de perfil de investimentos. A expectativa em torno deles é tão alta que, de acordo com um estudo da consultoria Markets and Markets, o mercado de interfaces conversacionais deve movimentar US$ 17,4 bilhões globalmente até 2024.

A grande vantagem desses robôs é que eles são versáteis e capazes de identificar padrões que ajudam a entender melhor a necessidade do cliente e conduzi-lo para a jornada ideal – uma capacidade incrível de adaptação com base no aprendizado. Isso prova que, na verdade, a tecnologia vem para somar, eliminando o trabalho repetitivo e desgastante para que os humanos possam se debruçar em tarefas cognitivas mais relevantes.

Cada vez mais as empresas têm visto as vantagens dessa tecnologia, e provando que essa é uma tendência que veio para ficar. Segundo a Forrester, empresa especializada em customer experience, 42% dos executivos já têm o relacionamento com os clientes como prioridade.

Um outro estudo, do Gartner, mostrou que cerca de 28% dos profissionais de marketing acreditam que Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina são as tecnologias que vão orientar o futuro do relacionamento com o cliente. Esses dados mostram que a tecnologia está cada vez mais trabalhando a favor da construção de uma sólida relação entre empresas e clientes. E essa é uma jornada que está apenas começando.

Em suma, o uso de sistemas sofisticados de Inteligência Artificial é uma tendência que veio para ficar e mudar para sempre a maneira como as marcas se relacionam com seus consumidores. Empresas que se preocupam em entender o perfil de seus clientes para oferecer um atendimento personalizado, rápido e humanizado têm a solução certa para se destacar num mercado cada vez mais competitivo e marcado por clientes extremamente exigentes.

 



Claudevaldo Sá - Head de CS and CX na Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

 

Karina Coelho - Head de Customer Success na Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

 

PontalTech

https://www.pontaltech.com.br/

 

Usar a inteligência dos dados a favor do tempo para cobrança ajuda empresas a recuperarem dívidas

Os momentos de crise trazem muitos desafios, mas também muitas oportunidades de aprimorar processos dentro das empresas. Um dos pontos de maior sensibilidade em 2020 foi o impacto da inadimplência nos negócios, que necessitavam de renda em meio ao período de distanciamento social. Muitas empresas reviram suas réguas de cobrança, ampliando prazos e permitindo renegociações. Isso foi fundamental para que a roda da economia continuasse girando, mas trouxe consequências que precisam ser consideradas daqui para frente.

A recuperação de dívidas é uma das frentes mais relevantes quando falamos de um fluxo de caixa equilibrado. Afinal, o não recebimento das contas prejudica o andamento do negócio, impede investimentos em melhorias e pode até afetar o pagamento de funcionários e fornecedores. Por mais desafiador que seja estabelecer critérios e processos para cobrança, é preciso estar atento às melhores práticas, novidades do mercado e conhecer de perto a carteira de clientes para melhores resultados.

Com o fim do auxílio emergencial e a recuperação gradual, porém lenta, da economia e do nível de desemprego, há expectativa de que o início de 2021 tenha um aumento da inadimplência. Combinado a isso, está a aceleração de processos digitais que a pandemia da covid-19 causou, alterando o perfil do consumidor, e a alteração do Cadastro Positivo, agregando um volume maior de elementos às análises de riscos das companhias. Todos estes fatores fazem com que seja cada vez mais necessário o uso de analytics para direcionar melhor as ações de cobrança. São os modelos estatísticos criados a partir da técnica que ajudam a identificar aqueles com maior potencial de quitar os compromissos financeiros, apontando quem deve ser priorizado na hora de cobrar.

É preciso entender que usar a inteligência dos dados acelera muito a recuperação de dívidas. Um estudo recente da Serasa Experian mostra que quanto mais tempo passa a partir da data de vencimento de uma conta não paga, mais difícil torna-se a sua recuperação. Quando uma empresa utiliza o serviço da Serasa Experian para comunicar uma dívida com até 30 dias de atraso, a taxa de recuperação nos próximos 30 dias é de 64%. Se considerar a comunicação com atraso de 31 e 60 dias da conta vencida, a taxa de recuperação nos próximos 30 dias cai para 48%. Já as cobranças de dívidas com mais de 90 dias de vencimento são um grande desafio para o credor, uma vez que nossas análises apontam uma queda drástica no cenário de recuperação, com 18% de chance. Isso pode ocorrer porque outros credores que cobraram antes já receberam o dinheiro que o devedor tinha para pagar – ou seja, quem cobra antes, aumenta muito a chance de receber primeiro.

Porém, não adianta identificar os melhores pagadores e fazer uma comunicação de cobrança que nunca chegará ao destinatário. Desde a prospecção, deve-se buscar identificar qual o melhor canal de contato com o cliente, seja por e-mail, carta ou telefone, e manter os cadastros atualizados. As boas práticas começam antes que exista a inadimplência e, para isso, diferentes áreas da companhia devem atuar em conjunto para conhecer profundamente a carteira de clientes. Muitos acham que investir em bots de atendimento, por exemplo, trará resultados expressivos, mas e naqueles casos que os clientes preferem contato por canais mais tradicionais? Por outro lado, pode ser possível reduzir custos com remessas físicas ao descobrir que uma mensagem de texto por celular seria muito mais eficiente e adequada a determinados perfis de clientes.

Outro ponto de comunicação que pode fazer muita diferença no pagamento de dívidas é um lembrete daquela pendência antes que ela fique atrasada. Muitas vezes, as empresas deixam passar pagamentos que não são recorrentes e, se esse for o caso, um simples aviso que aquele compromisso está para vencer resolve o problema. Bom para sua empresa e muitas vezes uma atitude simpática com seu cliente, que simplesmente poderia deixar essa conta passar despercebida. Porém, cabe lembrar que para devedores recorrentes ou que não responderam à uma cobrança mais amigável, podem ser consideradas abordagens mais “duras” para ter maior probabilidade de sucesso na recuperação, como a cobrança com negativação.  Daí a relevância de conhecer sua carteira e ter os canais de contato mais assertivos para fazer esta comunicação.

Essa relação entre empresa e cliente deve ser construída ao longo do tempo e não pode ser desprezada no momento de inadimplência. A cobrança e comunicação com o devedor devem ser feitas com cuidado, pois sua dificuldade pode ser momentânea e ele lembrará da forma como foi tratado quando puder voltar a fazer negócios. Hoje já existem soluções que utilizam algoritmos com inteligência artificial que combinam estratégias de negócios e preferências de contato dos clientes, personalizando o processo de cobrança e reduzindo os riscos. E, ao contrário do que muitos podem pensar, esse não é um investimento alto frente os benefícios e resultados que podem ser adquiridos.

Para manter a empresa saudável, é necessário cobrar no momento certo e cada vez mais prezar pelo relacionamento com o devedor, utilizando ferramentas de analytics para auxiliar a definir os canais e abordagens mais adequadas para cada perfil. Com esses ajustes e muita atenção aos resultados, a empresa terá processos mais maduros e o direcionamento correto para um crescimento saudável e fluxo de caixa equilibrado de 2021 em diante!
 



Patrícia Iyama - diretora de Soluções de Cobrança da Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br   


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