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terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Carnaval acende alerta para prevenção às DSTs; saiba os riscos que o sexo sem proteção pode causar também à saúde reprodutiva


A pouco dias do início do Carnaval, governos, Ministério da Saúde e instituições intensificam a campanha de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Nesta época do ano, é comum as pessoas aproveitarem o clima de festa e descontração para praticar relações sexuais casuais com parceiros eventuais, muitas vezes deixando de lado o uso do preservativo. O sexo, seja oral, vaginal ou anal sem proteção, pode ocasionar várias doenças, entre elas a AIDS, o HPV, a Sífilis, a Gonorreia, a Herpes e as Hepatites B e C. O principal foco das campanhas é a prevenção à AIDS, já que segundo o Ministério da Saúde, nos últimos dez anos, os casos da doença em jovens com idade entre 15 a 24 anos, aumentou 85% no Brasil.

Causada pelo vírus HIV, o contágio pela AIDS ocorre mais comumente por meio de contato sexual sem a proteção de preservativos com pessoa contaminada, podendo também ser transmitida por transfusão sanguínea e compartilhamento de objetos perfurocortantes.

A AIDS ainda não tem cura e gera uma grande instabilidade no sistema imunológico do portador, deixando-o mais suscetível e vulnerável a doenças consideradas oportunistas, que acometem o organismo quando a imunidade está baixa. 

“A euforia não deve ser usada como desculpa para descuidar da saúde. Como a nova geração não assistiu à epidemia quando o HIV ainda não tinha tratamento, há uma falta de percepção sobre a gravidade do HIV, o que faz com que muitos negligenciem a importância do uso do preservativo. A maioria das doenças sexualmente transmissíveis são de difícil tratamento e podem trazer sequelas que muitas pessoas não costuma ficar sabendo”, explica o ginecologista e especialista em medicina reprodutiva Daniel Diógenes.


DSTs x Fertilidade

Além disso, a AIDS, assim como outras doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia, gonorreia, HPV, herpes genital, sífilis e tricomoníase, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como a infertilidade permanente, principalmente nas mulheres, embora homens também sejam afetados.

“A população mais atingida pelas DSTs é a de jovens em idade fértil. As complicações são imediatas, causando inflamação nos genitais internos do homem e da mulher, que podem provocar a infertilidade de ambos. Apenas uma minoria percebe algum sintoma. As doenças inflamatórias da pelve são as grandes vilãs da fertilidade”, explica o médico especialista em medicina reprodutiva e diretor da Clínica Fertibaby Ceará, Daniel Diógenes.

Nas mulheres, elas costumam afetar a tuba uterina, que é o caminho percorrido pelos espermatozoides para chegar ao óvulo, inflamando-a e obstruindo-a, levando a mulher a desenvolver uma gravidez fora do útero, ou ectópica. Nestes casos, o feto não se desenvolve no local apropriado e, geralmente, não sobrevive, e, ainda que resista, durante a gestação, pode destruir as estruturas maternas e causar o nascimento de crianças com malformações. Durante o parto, podem atingir o recém-nascido, causando doenças nos olhos e pulmões.

“As infecções das DSTs podem ainda, em casos mais graves, gerar pequenos tumores. O tratamento pode resultar na retirada do ovário e da tuba atingidos, o que reduz significativamente a reserva ovariana. Assim, mesmo com tratamentos de reprodução assistida, a mulher encontra mais dificuldades de engravidar”, pontua o especialista. Nos homens, os efeitos podem ser a infecção do canal da urina, da próstata e do epidídimo, que é a parte do corpo masculino onde ocorre o amadurecimento dos espermatozoides. Quando afetada, a qualidade do sêmen pode ficar comprometida. 

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente o tratamento específico para a doença, com o uso de medicamentos antirretrovirais, o que ajuda os portadores a terem uma vida considerada normal. Com a melhora da qualidade e da expectativa de vida, muitos portadores querem formar família. Para isso, teriam de descumprir a principal recomendação dada pelos médicos: usar sempre camisinha. Dessa forma, uma das possibilidades para os casais em que um dos parceiros tem HIV e que há o desejo de gerar um filho, é recorrer à reprodução assistida, reduzindo ou zerando as chances de infecção do cônjuge.

Quando o homem é o portador do vírus, o processo para que não ocorra a contaminação da parceira é simples. O sêmen é recolhido e analisado para ver a taxa viral que o homem carrega. Caso seja muito alta, o tratamento é anulado e o espermatozoide não poderá ser utilizado, mas se o número for baixo, o sêmen passa por um processo de lavagem, no qual o vírus é retirado completamente. Depois, o espermatozoide é inserido direto no útero ou fecundado no óvulo ainda no hospital, e em seguida, plantado no útero da mulher. Com esse processo, a probabilidade da criança ter o vírus é zero.
“Quando a mãe é soropositiva, a chance da criança ser contaminada é somente na hora do parto pelo contato com o sangue. Para que isso não aconteça, antes do parto é feita a Terapia Antiretroviral na mãe, o que diminui a taxa viral, além do parto ser feito por meio de cesárea eletiva”, explica Daniel.






CLÍNICA FERTIBABY
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Hidratação, alergias, dores no corpo e ressaca, foliões devem estar atentos aos cuidados no Carnaval


Hospital Alemão Oswaldo Cruz dá dicas para que a saúde seja preservada durante a folia


Entre os brasileiros a ideia de que o ano se inicia somente após o Carnaval se proliferou de tal maneira que os primeiros meses do ano são dedicados aos planejamentos da folia. Independentemente de como e onde a festa será comemorada o importante é inserir na lista de prioridades os cuidados para que durante e após o agito a rotina possa ser retomada normalmente.


Alergias e irritações

Ninguém quer passar desapercebido no Carnaval e o glitter é peça-chave dos ornamentos. Porém, certos cuidados são necessários para que ele não atrapalhe a diversão. A irritabilidade provocada pelo contato com a pele ou com os olhos deve ser tratada com a lavagem imediata do local afetado.

Caso a exposição seja acidental com pouco contato com o produto, faça uma limpeza com sabão neutro, seguido de uma fita adesiva com pouca cola, que permite tirar manualmente o foco do glitter. Já nos casos de exposição abrangente, recomenda-se o uso de uma substância oleaginosa e neutra durante o banho, como por exemplo óleo de coco, seguido da lavagem com sabão neutro. A preferência pelo óleo de coco se dá pelo seu PH mais neutro e menor potencial de irritabilidade.

Nas circunstâncias em que o contato se dá apenas na face, demaquilantes convencionais bifásicos são eficazes na remoção do glitter. Sua característica bifásica faz uma camada entra a pele e o glitter e após a segunda demão, o glitter sai. Se o globo ocular for atingido, recomenda-se a lavagem imediata com água corrente e se não houver melhora instantânea deve-se procurar um serviço de emergência para uma avaliação médica.


Infecções urinárias e banheiros químicos

Sendo a hidratação parte importante da brincadeira, a ingestão de grande quantidade de líquidos aumenta a vontade de urinar. No Carnaval de 2019, de acordo com a Prefeitura de São Paulo, estarão à disposição 1.485 banheiros/dia. Porém, há aqueles que se privam do uso dos banheiros químicos e seguram a urina por um longo período.

Em meio a confetes e serpentinas, uma pausa para ir ao banheiro é recomendada. Principalmente para as mulheres, segurar a urina pode acarretar uma cistite ou infecção urinária alta, que em certos casos requer internação. Nos homens, pelo fato da uretra ser mais longa, há uma proteção adicional para quadro de infecção urinária.

Não usar banheiro químico não traz qualquer risco de infecção. Recomenda-se apenas cuidados básicos de higiene como usar sempre calçado e evitar sentar no assento diretamente, em especial se estiver sujo. Não se esqueça de lavar as mãos.


Preservativos – prevenção às DSTS

A camisinha é o único método anticoncepcional que também evita doenças sexualmente transmissíveis como HIV, HPV, herpes genital, gonorreia, hepatite B e C e sífilis. O número de casos de HIV entre a população mais jovem cresceu nos últimos anos. Entre 2007 e 2017, o aumento foi de quase 140% na população em geral: de 6.862 a 16.371, de acordo com o mais recente Boletim Epidemiológico de HIV/Aids lançado pelo Ministério da Saúde. Entre jovens de 15 a 19 anos do sexo masculino, o aumento chegou a 590%.

O país tem registrado, anualmente, uma média de 40 mil novos casos de aids nos últimos cinco anos. A maior concentração dos casos no Brasil foi observada nos indivíduos com idade entre 25 e 39 anos, em ambos os sexos. Dentro dessa faixa etária, 52,6% correspondem ao sexo masculino e, entre as mulheres, 48,7% do total de casos registrados de 1980 a junho de 2018.


Folia para todos

Não há limite de idade para participar da festa, mas alguns cuidados são essenciais para os idosos, mais propensos a alguns riscos, como o de quedas. Portanto, a escolha a ser feita são pelos calçados firmes e confortáveis em detrimento daqueles que causam instabilidade como chinelos. O alongamento é importante antes e depois da festa para evitar lesões osteomusculares e é recomendado sentar-se de tempos em tempos para evitar quedas de pressão.

Pela maior propensão à desidratação, ingerir água, sucos naturais, água de coco e isotônico permite a hidratação adequada. A alimentação tem que ser fracionada a cada 3h. Já a proteção em relação ao sol é feita com protetor solar, chapéus, viseiras e bonés que evitam a exposição, queimaduras e lesões malignas na pele. Os medicamentos de uso continuo devem ser mantidos, e não devem ser consumidos concomitantemente com bebidas alcoólicas.


Ressaca

Os excessos corriqueiros com a bebida alcoólica no Carnaval podem ser minimizados quando se privilegia a hidratação. A ingestão de muito líquido, principalmente a água, junto a sucos, chás e água de coco naturais, pareado com bebidas com teor alcóolico reduzem os efeitos colaterais. A ressaca é o principal efeito sentido pelos foliões e é acarretada pelo efeito diurético do álcool, que desidrata o organismo.

Um período de sono de pelo menos 7 horas de repouso auxiliam na recuperação, assim como, analgésicos para dores de cabeça. Junta-se a esses fatores a alimentação apropriada, pois o álcool estimula o refluxo. Nesse momento, evita-se frituras e priorizam-se grelhados, frutas e arroz menos temperado. Para dar energia, o recomendado são os carboidratos, como massas e frutas.


Dores

Os vários dias de comemoração deixam dores pelo corpo, semelhantes as deixadas pelos exercícios físicos. A dor é um efeito colateral da exposição, de brincar e pular e sua intensidade determina a necessidade ou não de se procurar um especialista. Há as dores recorrentes apenas da fadiga muscular e as desproporcionais, que podem sinalizar a fratura de algum membro ou uma lesão que requeira um tratamento médico.

Nos casos em que não há lesões, os analgésicos ou relaxantes musculares podem ser usados, caso não haja contraindicações. O uso do gelo no local da dor promove alivio imediato por agir como um analgésico. Para os que apresentam inchaço nas pernas, elevar as pernas com a ajuda de um travesseiro contribui para o funcionamento habitual do retorno venoso.



 

Hospital Alemão Oswaldo Cruz


Carnaval: como não deixar a ressaca atrapalhar a folia


A ingestão moderada corresponde a 30 ml de álcool, sendo, em média, 720 ml de cerveja, 300 ml de vinho ou 60 ml de uísque 100%


Feriado está chegando e não vale perder as comemorações e sofrer com sintomas causados pela ingestão de álcool


Já no ritmo de feriado e faltando poucos dias para a chegada do Carnaval, muita gente está traçando os planos para aproveitar os dias de folga. Seja em casa, no litoral ou no interior, as comemorações não param e, muitas delas, vêm acompanhadas de uma cerveja, drinques e outras bebidas alcoólicas. Mas, depois de muita festa, é importante pensar na chamada ressaca.

Sintomas comuns após a ingestão exagerada de bebidas alcoólicas são as dores de cabeça, sensibilidade à luz, enjoo e vômito, falta de apetite e sede. De acordo com o cardiologista Luiz Bettini, professor do curso de Medicina da Universidade Positivo, os efeitos são causados por conta da absorção do álcool no organismo. "Para metabolizar o álcool, diversos órgãos do corpo, principalmente o fígado e o pâncreas, precisam trabalhar mais, causando os sintomas conhecidos da ressaca", explica.

Outro efeito muito conhecido após a ingestão de bebidas alcoólicas é o aumento da necessidade de urinar. Esse sintoma é explicado pelo estímulo causado pelo álcool na diurese. "Quando a pessoa ingere altas doses de álcool, a bebida aumenta a vontade de ir ao banheiro e, não ocorrendo a ingestão adequada de líquidos, isso acelera o risco de desidratação", conta Bettini.

A glicose também deve ser um ponto de atenção ao ingerir álcool. "A metabolização do etanol sobrecarrega as células do fígado, que acabam deixando de lado a produção de glicose e aumentam o risco de hipoglicemia", explica Bettini. De acordo com o professor, o ideal, ao ingerir álcool, é não ultrapassar mais de dois drinques por dia. “A ingestão moderada corresponde a 30 ml de álcool, sendo, em média, 720 ml de cerveja, 300 ml de vinho ou 60 ml de uísque 100% puro”, ressalta.

E como evitar ou curar todos esses sintomas? Seguem algumas dicas do cardiologista e professor da Universidade Positivo, Luiz Bettini:
  • Beba bastante água intercalando com a ingestão de álcool e também durante a ressaca.
  • Tome suco natural de frutas: um copo de suco de laranja, por exemplo, contém frutose, açúcar que ajuda o corpo a eliminar o álcool.
  • Repouso. Descansar bastante. A maioria das ressacas some dentro de 24 horas.
  • Azeite. Nos países do Mediterrâneo, um remédio popular é tomar uma colher de azeite de oliva antes de beber, para diminuir a absorção do álcool. Mas é preciso cuidado, pois a gordura pode levar ao desenvolvimento de outras doenças.
  • Uma das práticas adotadas em Prontos Socorros para tratar a intoxicação por álcool é a ingestão de compostos de carvão. Comer uma fatia de torrada queimada funciona como uma versão muito mais leve desse tratamento.
  • O principal conselho para evitar a ressaca é: beba com moderação!



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