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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Bullying afeta metade das crianças do mundo

Pesquisa da ONU ouviu 100 mil crianças de 18 países. No Brasil, programa combate a violência nas escolas ensinando estudantes a lidarem com as emoções


Em todo o mundo, metade dos estudantes entre 13 e 15 anos de idade – cerca de 150 milhões de jovens – já foram vítimas de violência por parte de seus colegas. Episódios de agressão aconteceram dentro e fora do ambiente escolar. É o que revela um relatório que acaba de ser divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Clique aqui para saber mais sobre o estudo.

Entre a faixa etária analisada, pouco mais de um em cada três alunos sofre bullying. De acordo com a agência da ONU, a mesma proporção está envolvida em brigas corporais. Em 39 países ricos, três em cada dez estudantes admitem ter praticado bullying com seus colegas.

“Todos os dias, os estudantes enfrentam vários perigos, incluindo brigas, pressão para participar de gangues, bullying – presencialmente e online –, disciplina violenta, assédio sexual e violência armada”, afirma a diretora-executiva do UNICEF, Henrietta Fore.

“Em curto prazo, isso afeta seu aprendizado e, em longo prazo, pode levar à depressão, à ansiedade e até ao suicídio”.


Programa brasileiro – No Brasil, cerca de 35 mil alunos já estão aprendendo a lidar com as próprias emoções em sala de aula por meio do Programa Semente, metodologia que desenvolve a aprendizagem socioemocional em crianças e adolescentes e tem reduzido problemas como violência, indisciplina e até depressão entre os estudantes.

No caso do bullying, estimular princípios como o respeito através de sentimentos como a empatia é o caminho sugerido pelo educador Eduardo Calbucci para solucionar o problema. Um dos criadores do Programa Semente, Calbucci explica que é interessante analisar o perfil de quem pratica a violência: “De modo geral, a criança ou o adolescente quer se sentir mais poderoso ou popular perante a turma, o que faz com que ele deprecie o colega que julga mais fraco. É alguém que ainda não aprendeu a lidar com as próprias emoções, como raiva e frustração, e cujo sentimento do outro não é um motivo forte o suficiente para frear as agressões”.
“Fazer com que esse aluno enxergue os demais colegas como iguais é o caminho para o fim das violências e, consequentemente, para um relacionamento saudável”. Segundo ele, a empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro. “Compreender os sentimentos de nossos pares faz com que criemos elos e estabeleçamos relações de amizade e respeito, tornando a escola um lugar seguro”, afirma Calbucci.

Desenvolvendo habilidades

O educador lembra que por muito tempo acreditou-se que habilidades socioemocionais eram inatas ao indivíduo, uma espécie de dom. Ou seja, nascia-se ou não com determinada capacidade. Estudos e experiências internacionais, no entanto, comprovam que é possível, sim, desenvolver habilidades como autocontrole e empatia em crianças e adolescentes. “É como ensinar conteúdos de Química, Biologia ou redação”, explica.
O Programa Semente trabalha de forma estruturada cinco domínios: autoconhecimento, autocontrole, empatia, tomada de decisões responsáveis e habilidades sociais.

Pesquisa nacional – Amparado pelas principais pesquisas científicas na área de aprendizagem socioemocional, o Programa Semente acaba de publicar o maior estudo sobre o impacto do ensino das habilidades socioemocionais em alunos brasileiros. A pesquisa, realizada pela UFRJ, foi feita com 9,6 mil estudantes do Programa Semente e mostrou impactos positivos em todos os domínios avaliados, apontando nos índices gerais de Habilidades Socioemocionais um aumento estatisticamente significativo de 6,7% (média) no aprimoramento dos cinco domínios das competências socioemocionais, chegando a cerca 14% nos domínios de autoconhecimento e autocontrole.




 Programa Semente


Ame(-se) muito! Mas fuja dos extremos!


Ter consciência do próprio valor e não abrir mão daquilo que é muito importante para você é totalmente diferente de acreditar que ninguém está à sua altura. Da mesma forma, manter uma relação para se sentir importante e necessária é um grande erro. Entenda por que os extremos são tão prejudiciais quando falamos de relacionamentos!


Saber quem somos e ter consciência do nosso próprio valor é de extrema importância para viver bem e ter bons relacionamentos. No entanto, valorizar-se não significa acreditar que somos superiores a outras pessoas e que, portanto, ninguém está a nossa altura quando o assunto é se relacionar. 

Segundo a Orientadora Emocional para Mulheres, com foco em relacionamentos, Camilla Couto, quem pensa assim, normalmente, prefere ficar sozinha e aí, corre um grande risco de perder a mão nas relações sociais e de se tornar uma pessoa egoísta. “Não há nada de errado em optar ficar só, pelo contrário, muitas vezes, ficar solteira por um tempo pode ser muito saudável. Mas que não seja porque você se acha tão boa que ninguém te merece”, explica ela.

Em outros casos, quem acredita ser superior acaba se envolvendo em relações egóicas justamente para reafirmar sua superioridade. Sabe quando pensamos: “ele não é nada sem mim?”. Pois essa é a maior mentira que podemos contar a nós mesmas. Camilla lembra: “todo mundo sobrevive fora de uma relação, com raríssimos casos em que a própria pessoa esteja em uma situação emocionalmente doente. Mas quando nos achamos superiores, criamos uma fantasia de que somos indispensáveis e determinantes para felicidade do outro – o que nos faz sentir ainda mais superiores”.

De que forma isso pode ser saudável? “Acreditar sermos as responsáveis pelo bem-estar do outro não pode, e não deve, ser motivo para “segurar” uma relação”.

A situação oposta, ou o outro extremo, é quando nossa principal razão para entrar em um relacionamento é nos sentirmos importantes e amadas.  “Isso acontece quando nossa autoestima e nosso amor-próprio estão tão baixos que enxergamos os relacionamentos como uma forma de provar que temos valor”, confirma Camilla.

Quem aí já pensou: “não sou nada sem ele”? Exatamente como na situação oposta, esta também é uma mentira das grandes. “Pensar assim demonstra que optamos por deixar nas mãos do outro a tarefa de nos fazer sentir valorizadas, amadas e felizes. E, se por algum motivo ele cumpre essa função, tornamo-nos dependentes emocionais. Segundo Camilla, nenhuma dessas posturas é saudável, pelo contrário, podem causar muita dor e confusão. “Se você se identifica com um dos exemplos acima, seu comportamento e sua maneira de pensar precisam ser curados e ressignificados. 

Usar o amor-próprio como desculpa para não nos relacionarmos é tão ruim quanto usar um relacionamento para garantir que somos especiais”, reforça a orientadora. Quando escolhemos estar só ou nos relacionar pelos motivos errados, certamente há sofrimento.






Camilla Couto - Orientadora Emocional para Mulheres, com foco em Relacionamentos. Criadora/ autora do Blog das Amarildas e fundadora do PAR - Programa Amarildas de Relacionamentos. Orientadora emocional, Terapeuta Floral (TF-153-17/SP) e Contoterapeuta, viveu durante 8 anos no exterior conhecendo diferentes culturas e comportamentos. No blog amarildas.com.br, compartilha seus estudos sobre amor, relacionamentos e dependência emocional - com o propósito de promover mais entendimento sobre esses temas e de incentivar as mulheres a se amarem e valorizarem cada vez mais.

Fonte: www.amarildas.com.br


MÊS DE PREVENÇÃO DO CÂNCER COLORRETAL


HCor ressalta importância da alimentação saudável na prevenção dos tumores de intestino

Em prol da campanha Setembro Verde, voltada a prevenção do câncer colorretal, coordenador do Serviço de Cirurgia Oncológica do hospital afirma que uma dieta rica em gorduras animais, carnes processadas e baixa ingestão de fibras, frutas frescas e vegetais pode impulsionar o surgimento da doença, principalmente, no aparelho digestivo


A alimentação inadequada é responsável por cerca de 20% dos casos de câncer no país, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). De acordo com a instituição, um em cada três casos poderia ser evitado com a adoção de dieta saudável, controle de peso e prática de atividade física. "Principalmente os casos de colorretal ou do intestino grosso, já que são os tumores malignos que mais acometem o aparelho digestivo. Problemas desse tipo, correspondem a 8% de todas as mortes por câncer no país e está no 3º lugar em incidência no mundo", afirma o Dr. Ulysses Ribeiro, coordenador do Serviço de Cirurgia Oncológica do HCor.  

Em prol da campanha Setembro Verde, voltada à prevenção do câncer colorretal, o médico acrescenta que os tumores de intestino contavam com maior prevalência nas regiões Sudeste e Sul. Em São Paulo, especificamente, o problema ganhou maiores proporções no ano de 2016 com cerca de 28 a 36 homens por 100 mil habitantes e 25 a 33 mulheres por 100 mil habitantes. 

Embora as estatísticas sejam preocupantes, a boa notícia é que há como prevenir a doença, na grande maioria dos casos. "A prevenção primária se baseia numa dieta rica em fibras, composta de alimentos como frutas frescas, cereais (preferencialmente os integrais), verduras, legumes, grãos e sementes, além da prática de atividade física regular e diminuição da obesidade", explica o cirurgião oncológico do aparelho digestivo. "Além disso, deve-se parar de fumar, evitar ou diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, de carnes processadas e de quantidades acima de 300 gramas de carne vermelha por semana".

Já a prevenção secundária ocorre por meio da busca ativa dos pólipos e tumores pequenos, como o teste de sangue oculto nas fezes, e a colonoscopia que é o exame endoscópico do intestino grosso. Este método permite além do diagnóstico, o tratamento com a retirada dos pólipos e/ou tumores pequenos e não profundos.

Inicialmente, este tipo de câncer pode não apresentar sintomas, fase denominada assintomática. Muitas vezes as pessoas já podem apresentar pequenas lesões na parede interna do intestino, que se parecem com elevações ou verrugas, chamadas de pólipos, e não tem quaisquer queixas. Na maior parte dos indivíduos, os tumores ocorrem a partir destes pólipos. "Se retirarmos os pólipos, o risco de evolução para tumor diminui. Quando os tumores progridem e invadem os tecidos podem ocasionar alterações do hábito intestinal, sangramento ou dor abdominal", alerta Dr. Ribeiro.

O rastreamento na fase assintomática deve começar a partir dos 50 anos para a população geral. O procedimento cirúrgico ainda é o principal recurso para os tumores do intestino e pode ser indicado no início do tratamento, pós-quimioterapia, ou pós-radio/quimioterapia. O método laparoscópico veio trazer as vantagens da cirurgia minimamente invasiva ao tratamento, incluindo-se menores incisões abdominais, menor tempo de recuperação, menor dor pós-operatória, maior rapidez de início da quimioterapia para pacientes que precisem e retorno mais rápido ao trabalho. "Faça os exames de rastreamento para o câncer do intestino de acordo com as orientações de seu médico. O tumor de intestino é passível de prevenção, não tenham medo", orienta o cirurgião oncológico do HCor.


INCIDÊNCIA DE CÂNCER

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgou no início de fevereiro novos dados de incidência da doença para o biênio 2018-2019. O levantamento apontou que serão cerca de 600 mil novos casos, em cada ano.

Tipos de câncer de maior incidência no país e novos casos

Pele não melanoma – 165.580
Próstata – 68.220
Mama feminina – 59.700
Cólon e reto (câncer de intestino) – 36.360
Pulmão – 31.270


Entre as mulheres

Mama – 59.700
Intestino – 18.980
Colo do útero – 16.370
Pulmão – 12.530
Glândula tireoide – 8.040


Entre os homens

Próstata – 68.220
Pulmão – 18.740
Intestino – 17.380
Estômago – 13.540
Cavidade oral – 11.200



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