Pesquisar no Blog

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Adoçantes artificiais são realmente uma opção mais saudável?


Especialista comenta estudos que sugerem que o consumo de produtos dietéticos pode acabar desencadeando obesidade e diabetes


Os adoçantes artificiais são substâncias sintéticas criadas para dar aos alimentos um sabor doce, sem as calorias dos açúcares naturais – considerados uma alternativa para pessoas com diabetes, que auxiliam na perda de peso e mantém os níveis de glicose do sangue estáveis.

Desde sua chegada ao mercado, alguns estudos vêm sugerindo que estas substâncias podem não ser tão saudáveis quanto se preconiza. Recém-publicado por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Wisconsin, um estudo sugere que o uso de adoçantes artificiais pode desencadear obesidade e diabetes acabou reacendendo esse debate.

Realizada em células endoteliais de ratos, a pesquisa levanta a hipótese de que os adoçantes artificiais podem alterar a maneira pela qual o nosso corpo processa gordura e usa energia. As amostras sanguíneas de ratos que foram alimentados com dietas com altos níveis de adoçantes apresentaram alterações em parâmetros bioquímicos, gorduras e na concentração de aminoácidos.

De acordo com Erika Paniago Guedes, médica endocrinologista e membro do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), apesar dos resultados, até o momento não existem evidências científicas consistentes e suficientes que possam contraindicar o uso de adoçantes. “Estudos em células animais podem ‘sugerir’ uma hipótese ou mecanismo, mas não comprovar. É necessária a reprodução desses achados no ser humano para afirmar que podem causar danos à saúde. Até o momento, nenhum estudo com seres humanos, de seguimento em longo prazo, comprovou risco com adoçantes”, afirma.

Na década de 70, pesquisas em ratos de laboratório sugeriram que o consumo da sacarina, um tipo de adoçante artificial, estaria relacionado ao desenvolvimento de câncer de bexiga. Na época, a FDA, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, que regulamenta medicamentos e alimentos, proibiu a venda por conta dos efeitos nos roedores.

No entanto, estudos examinaram como a substância funciona no corpo humano e mostraram que os resultados se aplicam apenas aos ratos, o que fez com que a FDA retirasse os avisos sobre a sacarina. “O aumento de consumo de açúcar, em suas diferentes formas, está comprovadamente associado ao risco de obesidade, diabetes e câncer. Mas não temos esse nível de evidência com os adoçantes artificiais”, comenta a endocrinologista.

Inicialmente, os adoçantes foram formulados para atender às necessidades de pessoas com diabetes em substituição ao açúcar. Nos dias atuais, são utilizados até mesmo em planos alimentares para perda de peso e, se utilizados com moderação e na quantidade correta, não apresentam riscos comprovados. “A recomendação que fazemos é a de que o consumo de açúcares seja controlado, para evitar exposição ao risco destas doenças. Em relação ao uso de adoçantes artificiais, recomenda-se que a dose por dia baseada na Ingestão Diária Aceitável recomendada pelas agências reguladoras dos governos, como ANVISA e FDA, seja respeitada”, conclui.




Sobre a SBD
Filiada à International Diabetes Federation (IDF), a Sociedade Brasileira de Diabetes é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em dezembro de 1970, que trabalha para disseminar conhecimento técnico-científico sobre prevenção e tratamento adequado do diabetes, conscientizando a população a respeito da doença e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Também colabora com o Estado na formulação e execução de políticas públicas voltadas à atenção correta dos pacientes, visando a redução significativa da doença no Brasil.
www.diabetes.org.br

Dia do Nutricionista: uma carreira que não para de crescer


Com diversas possibilidades de atuação e mercado aquecido, curso de Nutrição da Estácio teve um aumento 300% no número de matriculas nos últimos seis anos 

O maior interesse da população por assuntos relacionados à saúde trouxe mudanças na maneira como as pessoas encaram a alimentação, que deixou de ser vista apenas como uma maneira de saciar a fome e passou a ser reconhecida por seu papel decisivo em aumentar a qualidade de vida. Isso quer dizer que a profissão de nutricionista, comemorada no dia 31 de agosto, nunca ganhou tanto destaque e valorização como nos dias de hoje.
Enxergar a alimentação balanceada como aliada na promoção da saúde ganha ainda mais relevância em um cenário que prevê o aumento do envelhecimento populacional. Segundo pesquisa do IBGE, houve um crescimento de 18% no número de idosos entre 2012 e 2017. Paralelamente, a atenção para a qualidade da alimentação também tende a ter mais importância em uma população em que a obesidade atinge números cada vez mais preocupantes: um em cada cinco brasileiros são obesos segundo a pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde.
O crescimento da carreira pode ser observado inclusive nas salas de aula. O curso de Nutrição da Estácio, por exemplo, teve um crescimento de 300% no número de alunos matriculados na instituição em todo o Brasil entre 2012 e 2018. “A importância de cuidar da saúde vem sendo difundida cada vez mais entre a população. O nutricionista tem papel fundamental na promoção da saúde e prevenção de doenças por meio da educação alimentar e nutricional ao longo de toda a vida”, comenta Paula Aballo, gestora nacional do curso de Nutrição da Estácio.
Engana-se quem pensa que a atuação do nutricionista está restrita apenas ao ambiente clínico, pois as possibilidades são diversas. “As pessoas costumam relacionar o nutricionista apenas à prescrição de dietas, mas esse profissional é formado para atuar em todas as áreas de conhecimento da alimentação e da nutrição”, explica Paula.
É possível trabalhar em creches, escolas, hospitais, clínicas e consultórios, promovendo hábitos saudáveis ou auxiliando na recuperação de pacientes. Outra opção envolve o trabalho em academias e clubes esportivos, ajudando a garantir a saúde e o aumento do rendimento de atletas. Já em restaurantes, o nutricionista será responsável por elaborar cardápios com qualidade nutricional. O profissional pode atuar promovendo o direito humano à alimentação adequada em políticas e programas institucionais, além da possibilidade de trabalhar na área da docência e pesquisa contribuindo para os avanços científicos.
A profissão tem se expandido em todas as suas áreas de atuação, mas algumas têm se destacado. “Podemos ressaltar o crescimento da área clínica devido ao aumento do sobrepeso nas diferentes faixas etárias e ao envelhecimento populacional. A atuação do nutricionista na área esportiva também se fortalece com a participação em equipes multidisciplinares que acompanham os atletas, além da atuação indústria de alimentos, com a elaboração de novos produtos, e na docência com a abertura de novos cursos de Nutrição”, esclarece a gestora.
Por outro lado, o crescimento do segmento também torna o mercado mais exigente e competitivo – o que muitas vezes exige especializações e pós-graduações para que o profissional consiga se destacar. Segundo Aballo, o nutricionista deve desenvolver outras habilidades e competências que vão além do conhecimento técnico. “A comunicação, a liderança e o empreendedorismo são aptidões importantes para quem deseja seguir essa carreira. Por isso, as instituições de ensino precisam estar aptas para estimular essas características na formação dos futuros profissionais”, ressalta.
Como qualquer carreira na área da saúde, o nutricionista precisa estar comprometido com a missão de melhorar a qualidade de vida das pessoas. Entender necessidades individuais e buscar atualização constante para acompanhar a evolução do mercado são aliados para aqueles que desejam construir uma trajetória de sucesso na área.



Grupo Estácio


Brasileiros têm direito a atendimento na rede pública em três países por meio do CDAM


Quantidade de certificados emitidos cresceu 329% nos últimos 5 anos. Número já ultrapassou os 40 mil, só neste primeiro semestre


Você sabia que os brasileiros que tiverem como destino Portugal, Itália e Cabo Verde têm direito ao atendimento médico nos sistemas da rede pública de saúde desses países? Isso acontece devido aos Acordos Multilaterais e Bilaterais entre o Brasil e esses três países. O acesso é garantido por meio do Certificado de Direito à Assistência Médica - CDAM, que pode ser solicitado nos núcleos estaduais e na sede do Ministério da Saúde, em Brasília. Nos últimos cinco anos, a retirada do CDAM por brasileiros cresceu 329%, passando de 10.868 certificados emitidos para 46.687.

O CDAM garante ao viajante atendimento nos hospitais públicos das respectivas nações como se fosse cidadão local. Pode requerer o documento o viajante nascido no país, naturalizado ou estrangeiro residente no Brasil e que esteja contribuindo com a Previdência Social. A medida se restringe aos serviços públicos de saúde.  Ou seja, se nesses países, os nativos pagarem por um procedimento hospitalar, o brasileiro também deverá pagar em igual característica. Da mesma forma, os procedimentos gratuitos aos nativos também serão gratuitos aos brasileiros portadores do CDAM.

No Brasil, no primeiro semestre deste ano, já foram emitidos 40.753 CDAM’s. Nos últimos anos, muitos brasileiros já emitiram o certificado. A retirada deste documento no país teve alta de 329% nos últimos cinco anos, saltando de 10.868 para 46.687 certificados emitidos.


SAIBA COMO TER ACESSO AO CDAM

Para ter acesso ao CDAM na Itália e em Cabo Verde, os aposentados e pensionistas, celetistas, empregadores, empregados domésticos, autônomos, avulsos e temporários têm que contribuírem com a Previdência Social (INSS), além de seus dependentes (menores de 21 anos) e cônjuges. Já em Portugal, todo brasileiro tem direito de obter, independente da contribuição ao Instituto de Seguridade. O certificado é emitido, independente do motivo da viagem (turismo ou estudo, por exemplo), ou do tempo de duração.

O CDAM tem validade de um ano, para qualquer país, podendo ser renovado quantas vezes for necessário. Para a retirada do certificado, o Ministério da Saúde solicita os seguintes documentos: RG; CPF; passaporte; e comprovante de residência brasileiro. Já para Itália e Cabo Verde, além da documentação citada, exige-se a comprovação do vínculo com o INSS. A solicitação deve ser feita presencialmente em qualquer um dos Núcleos Estaduais do Ministério da Saúde, localizados nas capitais dos estados brasileiros. 

Vale lembrar que o certificado não substitui o seguro internacional particular de saúde. Não garante, também, transporte de corpo, nem translado para onde o portador do certificado deseja atendimento, bem como qualquer tipo de ressarcimento de valores eventualmente cobrados dos clientes quando em território estrangeiro.


SAÚDE DO VIAJANTE 

Para que você tenha uma ótima viagem, seja qual for o seu destino, e leve de volta para casa, apenas boas recordações, o Ministério da Saúde dispõe de dicas práticas e informações essenciais que vão ajudar a proteger a saúde do viajante e tornar as viagens mais agradáveis e tranquilas. No portal do Ministério da Saúde, na página Saúde do Viajante, o internauta poderá ter acesso às informações para ajudar no planejamento de quem pretende passar um tempo fora de casa ou do país. O portal apresenta orientações para preparação, durante e pós-viagem, tanto para brasileiros no exterior como para estrangeiros que viajam pelo Brasil.
Neste site há uma série de cuidados gerais que as pessoas devem seguir antes da viagem e no destino. Dentre as orientações está procurar um médico, entre quatro e oito semanas antes de viajar, para solicitar informações sobre cuidados de prevenção de doenças e lesões. Já quem precisa fazer uso de medicamentos durante a viagem deve portar a prescrição médica e levar a quantidade suficiente para todo o período. Se interessou? Navegue pelo portal e veja todas as dicas. 

Proteger a saúde é fundamental para ter uma viagem saudável e tranquila.





Victor Maciel
Agência Saúde


Posts mais acessados