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segunda-feira, 9 de julho de 2018

Muito velho para aprender um novo idioma?


Constantemente, me deparo com adultos que têm interesse em aprender um novo idioma, mas se questionam se já estão “velhos” para isso. É fato que não existe um período certo para começar aprender algo novo e, dependendo da dedicação, os resultados de assimilação na idade adulta podem ser surpreendentes.

Crianças têm maior facilidade com uma nova língua.  Isso faz parte do processo natural de desenvolvimento delas. Neurologicamente falando, a mente dos “pequenos” está aberta para novos estímulos. E quanto mais cedo melhor, porém, a maturidade dos adultos é uma vantagem a ser considerada.

Quando uma pessoa adulta decide estudar um novo idioma, ela já tem em mente os objetivos traçados além de interesse, o que passa a ser uma motivação a mais. Contudo, esse processo pode ser mais trabalhoso, pois, diariamente, demandas profissionais, familiares, serviços da casa, entre outros , dificultam a dedicação necessária ao estudo e prática. No entanto, a tendência é de que o comprometimento e a responsabilidade sejam um ponto a favor do ensino na fase adulta, já que disciplina é essencial.

Não existe mágica para aprender uma nova língua. Independente da idade, a orientação é sempre a mesma: praticar, praticar e praticar.  O segredo é a forma como essa rotina pode ser adaptada.

Quando adultos, nem sempre é possível dispor de muito tempo para estudar e realizar atividades que ajudam na absorção do idioma, como acompanhar séries ou filmes em inglês. Uma dica é adaptar o dia a dia de maneira que o idioma possa ser inserido em configurações de e-mails e celulares, por exemplo. Ouvir notícias de outros países ao caminho do trabalho é uma opção para aproveitar o percurso, ainda mais com o fácil acesso à internet. Rápidas leituras de textos no idioma de preferência também ajudam bastante. O mais importante: praticar, nem que seja com o espelho, porque “Practice makes perfect!”.

Minha mãe, hoje com 77 anos, iniciou seus estudos aos 62 tendo aulas num grupo de terceira idade no interior de São Paulo. Hoje, lê livros de páginas e mais páginas em inglês. Um orgulho.

A idade não pode, de maneira alguma, ser um impeditivo para o aprendizado, pelo contrário. É preciso saber usar a sabedoria adquirida ao longo da vida para desenvolver novas habilidades. 





Marianthi Boutsiavaras - diretora do Centro de Idiomas Language Factory

Redes sociais: como tirar o melhor proveito?


Vivemos na era da informação e, nesse contexto, as redes sociais assumiram um papel fundamental tanto na vida pessoal quanto profissional. Inicialmente, elas eram usadas apenas nas horas de folga, como forma de distração e entretenimento. Agora, estão cada vez mais sofisticadas. Com a proliferação dessas mídias, pudemos notar uma segmentação. Cada uma foi atraindo um determinado tipo de público e buscando se aprimorar para crescer. 

Essa nova forma de se comunicar certamente trouxe muitos benefícios. Manter contato com pessoas que se mudaram de cidade ou até mesmo de país ficou muito mais fácil. Ou então, com aqueles antigos colegas de bairro ou colégio, que muitas vezes a correria não nos permite mais estarmos tão próximos.

No entanto, é muito importante que cada pessoa defina um objetivo para estar em uma ou em várias mídias sociais. O meu objetivo é dar visibilidade ao meu trabalho? À minha família? A uma ação social que desenvolvo? Você pode até ter mais de um motivo, mas é preciso construir um perfil coerente com a sua meta central. É preciso ter um propósito para estar ali, interagindo com determinadas pessoas. 

Partindo desse pressuposto, é necessário analisar qual imagem se está transmitindo. Ela é coerente com a minha essência? Eu realmente sou o que estou postando? Outro ponto importante é analisar quem estou seguindo e quem me segue. Essas pessoas são, de fato, importantes para mim? Elas contribuem para o meu crescimento? 

Infelizmente, por falta de clareza nesse objetivo em atuar nas mídias sociais, muitas pessoas acabam se perdendo. Algumas pecam pela ostentação excessiva, tentando transparecer uma felicidade que não é real. Ninguém é feliz o tempo todo. Nesse sentido, é preciso alertar inclusive para o perigo que isso representa. Muitas pessoas acabam chamando a atenção de bandidos ao postar uma vida luxuosa na rede.

Além disso, há os que costumam se envolver em polêmicas, levando os debates ao extremo. Obviamente, as redes sociais oferecem um bom espaço para as pessoas se expressarem, mas é preciso fazer isso com cuidado, sem ofender ninguém.  

Existem ainda os que compartilham tudo, sem analisar o impacto que as mensagens podem gerar. Em tempos de proliferação de notícias falsas, as chamadas fake news, ter o seu perfil aliado a essas práticas pode ser bastante comprometedor. Governos e polícias do mundo todo estão em busca de formas de minimizar o efeito das fofocas e mentiras nas redes.

Outro ponto que merece atenção é o tempo que muitas pessoas acabam dedicando a essa atividade. Muitas passam horas sendo bombardeadas por informações, adicionando, trocando likes, compartilhando e bloqueando posts e pessoas. Acabam ficando próximas de quem está fisicamente distante e longe de quem está por perto.

O que se pode observar é que, como quase tudo, há sempre um lado positivo e um negativo. A grande questão está na dosagem. Se algo será bom ou ruim, vai depender da forma como nós vamos usar. Tudo na vida é um campo de frequência. O que eu quero atrair: torcida ou crítica? As redes sociais são um caminho sem volta na comunicação moderna, mas o bom uso só depende de nós.







Lucas Fonseca - palestrante motivacional formado em administração de empresas com especialização em coaching. Fundador do Instituto Lucas Fonseca o palestrante criou a metodologia MAP - Mindset de Alta Permormance.


O uso do Botox ultrapassa a área estética e contribui para o tratamento de doenças


Segundo tratamento não cirúrgico com maior procura no Brasil


Rosácea é o nome da doença que vem sendo muito discutida atualmente devido ao caso do goleiro da seleção brasileira, Alisson Becker. Atingindo cerca de 10% da população mundial, -- comum em adultos com idades entre 30 e 50 anos – a enfermidade possui entre seus principais tratamentos o uso do Botox. Assim como ela, outras doenças como a acne, cicatrizes e a hiperidrose também podem ser tratados por meio da aplicação da toxina botulínica.

Sendo o segundo tratamento não cirúrgico com maior procura no Brasil, -- de acordo com dados divulgados pelo censo 2016 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica -- o Botox é obtido a partir de uma bactéria intitulada como Clostridium botulinum. Ao atuar como um forte agente neuroparalisante, a substância interrompe a ação entre o nervo motor e o músculo, e acaba por neutralizar a força da musculatura. Dessa forma, o Botox contribui para a eliminação de rugas e marcas de expressões, pois as mesmas são consequências da contração muscular.

A dermatologista Monalisy Rodrigues explica que ao longo dos anos, a toxina botulínica foi alvo de várias pesquisas científicas que revelaram seu grande potencial terapêutico tanto na área estética, como no âmbito da saúde, ao possibilitar o tratamento de doenças. “Atualmente, o Botox é aplicado no tratamento de doenças oftalmológicas, neurológicas, odontológicas, fisiátricas, ortopédicas e urológicas, mas seus benefícios dermatológicos vêm crescendo muito nos últimos anos. Hoje, o uso da toxina ultrapassa o cuidado com a aparência e atinge a saúde da pele”, ressalta.

Monalisy explica que na rosácea, por ser uma doença inflamatória crônica, o Botox atua como um recurso anti-inflamatório e regulador do fluxo sanguíneo nos pequenos vasos localizados na área afetada. “A toxina ameniza o aspecto avermelhado da pele, a irritação e o incômodo causados pelas pápulas e pústulas que surgem na região das bochechas, queixo, testa e nariz”, ressalta a dermatologista.

No tratamento da acne, a substância contribui para a diminuição da inflamação e reduz a oleosidade da pele. “A ação do Botox nos nervos, impede a proliferação exacerbada de microrganismos na pele e altera o funcionamento das glândulas sebáceas, causando a redução das secreções no rosto”, esclarece.
  
Quanto à melhora de cicatrizes na pele, Monalisy Rodrigues aponta que a toxina botulínica pode ser usada tanto na prevenção quanto na redução deste tipo de lesão. Sendo assim, o Botox – em menor quantidade e de forma mais superficial – pode ser aplicado antes da realização de um procedimento cirúrgico, pois ajuda a reduzir a tensão local e auxilia na cicatrização da pele suturada, como também na recuperação de cicatrizes avermelhadas. “Sem a movimentação ocasionada pela contração muscular, a cicatriz não se alonga, e isso impede a formação de bordas grandes e duras ao redor da lesão. No caso de cicatrizes já formadas e de tom avermelhado, a toxina opera na redução da formação de vasos sanguíneos, pois os mesmos estimulam o aumento destas marcas. A aplicação do Botox em cicatrizes tem um índice de eficiência de 60% a 70%, durando cerca de seis a sete meses”, explica.

A Hiperidrose é caracterizada pela transpiração excessiva em áreas específicas do corpo, como as mãos, pés, axilas, face e couro cabeludo. Essa condição está presente em cerca de 3% da população mundial e pode impulsionar o surgimento de problemas psicológicos e sociais. O distúrbio pode ser tratado por meio do uso de desodorantes antitranspirantes, remoção das glândulas sudoríparas, lipoaspiração a laser na área das axilas, cirurgia do nervo simpático principal (simpatectomia) ou pela aplicação da toxina botulínica. “Por não ser invasivo e de fácil recuperação, a aplicação do Botox vem sendo a terapêutica mais utilizada no tratamento da hiperidrose. Ao ser aplicado no local afetado pelo problema, a substância bloqueia a liberação do suor pelas glândulas sudoríparas na área, sem aumentar a transpiração em outros lugares do corpo”, argumenta.

Por fim, a dermatologista afirma que mesmo com todos estes benefícios, a toxina botulínica deve ser aplicada somente após uma consulta e avaliação médica.  “O Botox continua sendo estudado em vários centros de pesquisa com o objetivo de ter um tempo de ação mais prolongado, assim como para se tornar alternativa de tratamento de outras doenças”, conclui.


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