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quarta-feira, 2 de maio de 2018

Um novo marco para o transporte de carga no Brasil


O Brasil passou por significativas transformações em várias esferas nas últimas décadas, sobretudo após o plano de estabilização econômica implantado em meados dos anos 1990. Um dos setores de mercado que mais se reinventou nesse período foi o de veículos, incluindo aqueles voltados ao transporte rodoviário de carga, responsáveis pela movimentação de aproximadamente 60% da matriz produtiva nacional.

A economia interna e o poder de compra dos brasileiros recuperaram a dinâmica de crescimento do setor a partir da combinação de diversos fatores, como estabilidade da moeda, oferta de crédito e investimentos em infraestrutura, assim como privatizações e exportações de commodities, que aceleraram a implantação de inovações tecnológicas nas áreas de implementos rodoviários e suspensões dos veículos comerciais nos últimos 20 anos.

Por um lado, o crescimento exponencial do agronegócio e da mineração – sobretudo com produtos de grande vocação exportadora, como o complexo soja – demandou veículos de carga com maior produtividade, uma vez que a já saturada infraestrutura rodoviária nacional não acompanhou essa evolução. Por outro lado, os investidores da malha ferroviária brasileira recém-privatizada apresentaram uma nova possibilidade tecnológica de atender a crescente demanda por transporte de carga, por meio da maior integração entre os modais.

As inovações tecnológicas avançaram a partir de 1998, com a publicação da Resolução 68/98, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que regulamentou uma nova combinação de veículo de carga (CVC) com a elevação do Peso Bruto Total Combinado (PBTC), de 45 para 74 toneladas, sendo responsável por transformar intensamente o tipo padrão de implementos rodoviários em circulação no País, bem como suspensões utilizadas em veículos de carga.

Tal resolução provocou intensa renovação da frota brasileira por equipamentos anteriormente proibidos e/ou inexistentes, como o bitrem e o rodotrem. A partir de então, mudanças na legislação promoveram a criação de novas CVCs, bem como a alteração de tais tecnologias, o que demandou flexibilidade e agilidade para a implantação e a absorção das inovações tecnológicas.

Hoje outras tendências podem gerar impactos tão significativos como o visualizado a partir do final dos anos 1990. Uma delas é a recente ampliação do PBTC para 91 toneladas no Brasil, já regulamentada pela Resolução Contran 663/17, que deve representar um novo marco de alteração no padrão de CVCs utilizadas por grande parte do mercado, sobretudo os direcionados ao transporte de commodities minerais e agrícolas.

Com o incremento dos limites legais de carga ao longo das décadas, acompanhado pela elevação da massa transportada, a indústria deve estar atenta a trazer produtos e componentes amplamente testados, certificados e dotados de rigoroso controle de uso. Assim, usuários poderão ampliar a produtividade e obter reduções significativas de seus custos fixos, gerando maior competitividade ao produto e ao transporte do País. 

Esses e outros assuntos serão discutidos no 10º Colloquium Internacional SAE BRASIL de Suspensões e Implementos Rodoviários & Mostra de Engenharia, dias 23 e 24 de maio, no Hotel Intercity Premium, em Caxias do Sul, RS. Especialistas e formadores de opinião no setor participarão de painéis e apresentarão trabalhos técnicos, centrados em mostrar tendências que contribuam para a inovação tecnológica do transporte rodoviário no País.





Claude Domingues Padilha - gerente de Marketing e Gestão de Rede da Randon S.A. Implementos e Participações e chairperson do 10º Colloquium Internacional SAE BRASIL de Suspensões e Implementos Rodoviários & Mostra de Engenharia.


Desgaste do sistema tributário


Perdas bilionárias de arrecadação ocorrem resultantes de sistemas convencionais de impostos e contribuições


Cada vez mais a tecnologia digital e a globalização impactam negativamente os tradicionais modelos tributários ao redor do mundo. Perdas bilionárias de arrecadação ocorrem resultantes de sistemas convencionais de impostos e contribuições que não conseguem alcançar transações em um ambiente onde as economias estão cada vez mais integradas e comandadas por um intenso fluxo de bits and bytes.

  Tentando encontrar uma saída para a evasão crescente de recursos, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) demonstrou por meio de um plano de ação denominado “Addressing Base Erosion and Profit Shifting” preocupação com a erosão das bases tributárias dos países membros da entidade e propôs medidas visando enfrentar o problema. O foco principal diz respeito à necessidade de combater esquemas de planejamento tributário praticado por grupos econômicos que se aproveitam de lacunas normativas e assimetrias dos sistemas tributários nacionais para transferir lucros para países com tributação reduzida ou inexistente.

  No trabalho apresentado pela OCDE ainda prevalece a ideia de tapar buracos aqui e acolá para minimizar as perdas de arrecadação. Não se questiona a eficiência e a eficácia de uma estrutura tributária que podia funcionar em uma época onde predominava o nacionalismo e a tecnologia digital era algo meramente futurista.

  As bases tributárias convencionais envolvem uma tecnologia complexa, artesanal e contraditória frente à realidade da globalização e da economia digital. Exigem de cada pagador de impostos a autoapuração e o oferecimento de seus rendimentos à tributação e sua posterior submissão a auditorias para aferir a veracidade das informações. Nesse sistema a fiscalização exige o acompanhamento físico das transações econômicas, uma tarefa cada dia mais difícil e onerosa de ser realizada com sucesso. As transações eletrônicas, o comércio pela internet, a volatilidade e mobilidade de fatores, capitais, mercadorias e serviços tornam a tarefa quase impossível de ser concretizada por haver necessidade de fiscalizar e auditar um número incalculável de transações que se realizam a cada momento.

  O ambiente digital é uma realidade que faz com que inovações ocorram de modo cada vez mais rápido. Os fluxos de bits and bytes transportando dados, que antes impactavam fundamentalmente elementos intangíveis, hoje também afetam elementos tangíveis de modo extraordinário. Aspectos concretos, palpáveis, da atividade de produção são cada vez mais determinados pela era digital. Em seminário realizado ano passado, o especialista em finanças públicas da Fundação Getulio Vargas, Fernando Rezende, afirmou que o mundo atual é marcado pela virtualização das transações, caracterizado pela substituição das máquinas e outros ativos físicos pela capacidade intelectual; por amplas redes unindo fornecedores, clientes e até competidores; e que torna irrelevante a localização das plantas empresariais.

  No mundo comandado por impulsos elétricos a cobrança de tributos deve ser automatizada, incidindo diretamente sobre a moeda eletrônica que circula no sistema bancário. É um fato que irá se impor. É a forma de tributação que se ajusta ao ambiente digital e que é capaz de corrigir distorções como a predominância de informações assimétricas no sistema econômico e a sonegação.




Marcos Cintra - doutor em Economia e professor-titular da Escola de Administração de Empresas de São Paulo -EAESP/FGV e presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). 


8 passos para assumir o controle financeiro do seu negócio


O controle financeiro é essencial para o crescimento dos novos negócios. Para alcançá-lo, é necessário ter muita disciplina e organização, mas que valem a pena no final. Com gerenciamento econômico de qualidade, os bons resultados da empresa tornam-se mais fáceis de serem obtidos.

A Intuit, empresa norte-americana que oferece soluções financeiras para pequenas empresas e profissionais autônomos, preparou um passo a passo detalhado para o empreendedor dominar sozinho o fluxo de caixa.


Passo 1 - Olho no seu saldo

Comece do princípio. Tenha clareza do seu saldo inicial, ou seja, o montante que você recebeu ou investiu para começar o seu negócio. A partir daí, registre todas as despesas e receitas diariamente em sistemas de gerenciamento financeiro baseados na nuvem, como o QuickBooks, que também possui a versão app. Isso permite que você tenha um entendimento melhor do seu fluxo de caixa.


Passo 2 - Observe as entradas

Ao vender seus produtos ou serviços, inclua em suas anotações os valores e datas de recebimento, de onde vieram essas receitas e sob qual forma de pagamento. Desta forma você entende melhor os seus ganhos e quais são seus clientes mais lucrativos.


Passo 3 - Calcule suas despesas

Assim como foi feito para as entradas, detalhe o destino e a forma de pagamento das saídas. Lembre-se que as despesas podem ser classificadas como fixas ou variáveis e que é importante categorizar cada uma delas. Além das categorias, o QuickBooks permite que você faça um detalhamento das suas despesas e as distribua entre diferentes centros de custo.


Passo 4 - Entenda seus custos

Registre e analise os gastos que teve para fazer um produto ou prestar um serviço. Inclua desde o preço para a compra da matéria-prima até gastos com a mão de obra. Assim você consegue saber o real custo de produção e calcular a margem de lucro com mais precisão.


Passo 5 - Conheça o saldo operacional

O seu saldo operacional é o total de entrada menos o valor total de saída. É importante fazer um acompanhamento com regularidade deste montante, pois isso que vai indicar o equilíbrio financeiro do seu negócio.


Passo 6 - Tenha em mãos o saldo final do seu caixa

Somando o saldo inicial do Passo 1 com o saldo operacional do Passo 5, você chega ao saldo final. É com esse valor que se quantifica a receita do negócio ou se houve um fechamento negativo. Este número será utilizado para fazer comparativos com os próximos períodos e também períodos anteriores.


Passo 7 - Saiba qual é o seu capital de giro

Para manter as contas pagas em dia, é preciso calcular o capital de giro, ou seja, o capital necessário para financiar a continuidade das suas operações. O capital de giro é o principal indicador de liquidez para os negócios. Para calculá-lo, basta seguir a formula abaixo:

ativo circulante – passivo circulante = capital de giro líquido

·         Exemplos de ativos circulantes: aplicações financeirascontas a receber e caixa.
·         Exemplos de passivos circulantes: contas a pagar, fornecedores e empréstimos.


Passo 8 - Tenha disciplina

Revisar os processos e analisar custos que podem ser reduzidos é essencial para os negócios. Com isso, as chances de crescimento se tornam cada vez maiores e a saúde financeira é assegurada.

“O pequeno empreendedor ou trabalhador autônomo, mais do que ninguém, precisa ter controle das finanças para ter sucesso com seu negócio. O QuickBooks, sistema de gestão financeira da Intuit, otimiza as necessidades básicas desses profissionais, fornecendo digitalmente controle dos gastos e lucros. Com a parte financeira em dia, eles podem focar no aprimoramento dos seus produtos e serviços, no relacionamento com clientes e na negociação com os fornecedores. Isso garante a sustentabilidade do negócio e aumenta as chances de geração de lucro.”, afirma Juliana Barbiero, Head de Marketing da Intuit Brasil.




 Intuit


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