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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Câncer de Intestino



 Saiba quais são os fatores de risco, prevenção e tratamento
 

Ele é considerado o terceiro tipo de tumor mais frequente no país. Também conhecido como câncer de cólon ou colorretal, o câncer de intestino tem seus sintomas muitas vezes negligenciados pela maioria das pessoas que fogem dos consultórios médicos .

O câncer colorretal é um câncer que acomete um segmento do intestino grosso – o cólon e o reto. A cirurgiã do aparelho digestivo do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dra. Carolina Gomes Gonçalves, explica que a maioria dos cânceres colorretais começa como um crescimento na camada mais interna da parede do intestino grosso, chamado pólipo. “Alguns tipos de pólipos podem transformar-se em câncer com o passar dos anos”, diz. Se diagnosticado precocemente tem cura, por essa razão, os médicos recomendam a realização de exames para pessoas em grupos de risco ou com mais de 50 anos de idade.

A doença pode não causar sintomas no início, mas se isso ocorrer os principais são – mudança do hábito intestinal, sangramento retal, sangue nas fezes, dor abdominal, fraqueza e fadiga, sensação de necessidade de evacuar e perda de peso. “Algumas vezes, o primeiro sinal do câncer colorretal é a presença de anemia no hemograma”, destaca Dra. Carolina. 

Segundo a médica diversos fatores podem estar relacionados com o surgimento da doença. Obesidade, sedentarismo, tabagismo, idade acima de 50 anos, dieta rica em carnes vermelhas ou processadas, uso excessivo de álcool, idade e histórico familiar são alguns deles. “Mas possuir um fator de risco ou mesmo muitos não significa que você irá desenvolver a doença, e algumas pessoas que possuem a doença não apresentam nenhum fator de risco conhecido”, diz a médica. De qualquer forma o importante é buscar sempre a prevenção. “A iniciativa de modificação de todos os riscos evitáveis, podem diminuir o desenvolvimento deste câncer”, afirma a especialista. 

O exame mais importante e eficiente continua sendo a colonoscopia, que consegue visibilizar todo o cólon e reto, e se encontrar algum pólipo pode retirá-lo, evitando que se transforme em um tumor maligno. 


Histórico Familiar

A médica alerta para casos em que há histórico familiar. “Se existe história familiar de câncer colorretal em mais de dois parentes de primeiro grau, e se um deles teve o câncer antes dos 50 anos, é possível que exista alguma herança genética para esta neoplasia”, comenta. Ela destaca que é importante verificar a idade que o parente de primeiro grau apresentou a doença e realizar a colonoscopia 10 anos antes que a idade. “Por exemplo, um parente de primeiro grau teve câncer aos 40 anos, então você deverá fazer a colonoscopia aos 30 anos de idade”, explica.


Diagnóstico e Tratamento

A investigação médica é feita por meio de testes genéticos ou colonoscopia. A idade para início do rastreamento do câncer colorretal em toda a população é aos 50 anos exceto em casos em há histórico familiar. “As vezes é necessário iniciar aos 20 anos ou até mesmo aos 12 anos nas doenças hereditárias”. Outros exames também podem ser utilizados em algumas situações, tais como o enema de duplo contraste ou a tomografia e a colonoscopia virtual. 

O câncer de cólon e reto pode ser curável se for tratado precocemente, quando o câncer ainda está nos estágios iniciais. “Por isso a importância da detecção precoce destes tumores ou até mesmo da ressecção de pólipos antes mesmo destes se transformarem em cânceres”, diz a médica. 

O tratamento é cirúrgico. A cirurgia de câncer de cólon pode ser minimamente invasiva, ou seja, por laparoscopia. Em algumas situações, no câncer de reto, é necessário a realização de radioterapia e quimioterapia antes de realizar a cirurgia.




Sedentarismo aumenta 73% as chances de síndrome metabólica



Problema de saúde pública em todo o mundo aumenta de forma endêmica, mas pode ser revertido com atividade física


Não existe idade, gênero ou etnia: o sedentarismo é capaz de afetar a nossa saúde de forma negativa muito mais do que imaginamos. Diversos estudos já apontaram que passar horas sentado na frente da TV ou do computador é suficiente para aumentar em 73% as chances de desenvolver a Síndrome Metabólica (SM), que leva à obesidade, diabetes, hipertensão e aumento da taxa de mortalidade em decorrência destes males.

“O nosso estilo de vida é determinante na saúde e na doença. O ser humano foi feito para se mexer. O sedentarismo e uma dieta desequilibrada prejudicam a saúde global, levando a risco de morte”, alerta a profissional de educação física Audrea Lara, da capital paulista.

A SM é caracterizada pelo aumento da circunferência abdominal, da glicemia em jejum, dos níveis de triglicerídeos e colesterol, além da hipertensão. “É um problema de saúde pública que afeta pessoas de todas as classes sociais, etnias, sexo e idade. Considerado um mal moderno, a SM afeta cerca de ¼ da população adulta da Europa, Estados Unidos e Canadá. Infelizmente, notamos que não vai demorar para esta epidemia chegar ao Brasil”, afirma Audrea.

Audrea conta que a preocupação com a SM tem feito com que muitos países mudem também a rotina laboral para fazer com que os profissionais passem algumas horas em pé ou em movimento durante o expediente. “A pessoa pode trabalhar ou mesmo assistir televisão enquanto se movimenta. Assim, a circulação melhora, o metabolismo acelera e a saúde ganha muito”, diz a profissional.

Na tentativa de combater e reverter o problema, é preciso mudar hábitos, o que inclui adotar uma dieta equilibrada, dormir melhor e praticar atividade física. “Meia hora por dia de um exercício prazeroso já é suficiente. Ainda mais se for uma atividade global, que trabalhe todo o corpo ao mesmo tempo”, enumera.
E engana-se quem acha que a atividade física precisa ser monótona: “Podemos combinar atividades com música e se mexer em qualquer lugar que torne a atividade praseirosa, até mesmo na frente da TV ou do computador. Basta querer mudar para conseguir”, conclui.





FONTE: Audrea Lara - Formada pela USP, Audrea Lara foi certificada em pilates nos Estados Unidos pela professora Romana Krizanowska, herdeira direta de Joseph Pilates. Audrea participou de diversas pesquisas sobre nutrição, aprendizagem motora, ginástica postural e avaliação e condicionamento para adultos e pessoas da terceira idade. Ministra cursos sobre reestruturação corporal e participou, como co-autora, do livro “Enxaqueca, Alívio Para o Sofrimento”, no qual ensina a aliviar a dor por meio de exercícios que melhoram a postura.






5/12 – Dia do Médico de Família e Comunidade: especialidade resolve 90% dos problemas apresentados pelos pacientes nos consultórios



Em 5 de dezembro é comemorado o Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade, data de fundação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), entidade que representa os médicos que atuam na Atenção Primária à Saúde. Essa especialidade médica atua tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto em serviços privados, oferecendo cuidados centrados na pessoa e não na doença, com capacidade de solucionar quase todos os problemas apresentados pelos pacientes nas consultas sem ser necessária a avaliação por outras especialidades médicas.  

“Os médicos de família e comunidade (MFCs) estão espalhados em todo o país e atuam cuidando dos problemas mais comuns na comunidade, focados não apenas nas doenças, mas também oferecendo serviços de prevenção, cura e reabilitação para maximizar a saúde e o bem-estar. Integram os cuidados quando há mais de um problema de saúde e lidam com o contexto no qual a doença existe, sabendo que este contexto é determinante no surgimento dos problemas e nas respostas que as pessoas oferecem para eles.

Além disso, organiza e racionaliza o uso dos recursos para promoção, manutenção e melhora da saúde”, explica Thiago Trindade, presidente da SBMFC.  

O nome Medicina de Família e Comunidade não é universal: outros países utilizam denominações como "clínico geral", "médico de cabeceira", "médico de família", "médico geral e familiar". No Brasil estes especialistas adotaram a sua denominação com base na sua história de atuação junto às comunidades e famílias, de forma abrangente e considerando os problemas mais prevalentes em cada local.

No Sistema Único de Saúde, o atendimento normalmente é nas Equipes de Saúde da Família, estratégia adotada pelo Ministério da Saúde há mais de 20 anos para reorientar o modelo de atenção à saúde da população a partir da atenção primária. As equipes são multidisciplinares, formadas por médicos, enfermeiros, dentistas, técnicos ou auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde que, junto as comunidades, desenvolvem ações de promoção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento e reabilitação de doenças. Atualmente existem cerca de 40 mil Equipes de Saúde da Família implantadas no país. A execução da ESF é compartilhada pelo governo federal, estados, Distrito Federal e municípios. Ao governo federal cabe estabelecer as diretrizes nacionais da política e garantir as fontes de recursos financeiros para o componente federal do seu financiamento. Cidades-modelo da estratégia hoje são Florianópolis e Curitiba.

Nos últimos anos, diversas operadoras de saúde implementaram a Atenção Primária em sua cartela de serviços oferecidos aos usuários, a partir da contratação de médicos de família e comunidade com o objetivo de proporcionar um atendimento ao mesmo tempo efetivo e mais humanizado, que também reduz custos operacionais ao ter profissionais bastante resolutivos que evitam encaminhamentos e exames ou procedimentos desnecessários por considerar sempre o  histórico de vida da pessoa e o ambiente que a cerca, evitando sobrediagnósticos e efeitos adversos de ações médicas sem indicação correta. 




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