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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Mais da metade dos brasileiros não protege os olhos do sol



Falta de proteção pode causar várias doenças. Saiba como escolher seus óculos.


No verão a maioria dos brasileiros protege a pele do sol, mas só 45% protegem os olhos. É o que mostra um levantamento feito pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier com 814 participantes na faixa etária de 25 a 65 anos. E o que é pior – muitos dos que protegem os olhos podem estar usando óculos vencidos. Testes em laboratórios ópticos comprovam que o filtro UV nas lentes se desgasta com o tempo conforme ficou demostrado em um estudo internacional. A estimativa é de que em média a validade do filtro expira em dois anos, mas pode acontecer antes, conforme  o tempo de exposição à radiação. Significa que quem trabalha ao ar livre o dia todo deve trocar os óculos a cada ano. O médico alerta que a visão começa a sofrer a ação da radiação ultravioleta ainda na infância. Isso porque  crianças passam três vezes mais tempo ao ar livre do que os adultos. Além disso, até os 10 anos, o cristalino é completamente transparente e permite que 75% da radiação penetre na retina.


Índice perigoso

Durante o ano todo nossos olhos devem ser protegidos do sol, mas no verão a necessidade é ainda maior porque a radiação atinge índices estremos. Apesar disso o especialista ressalta que uma criança não deve usar óculos de sol o tempo todo. A OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza que os olhos devem ser protegidos com lentes que contenham filtro sempre que a radiação ultrapasse  o índice de seis. Por isso p médico diz que a recomendação das avós de se expor ao sol durante trinta minutos antes da 10 horas é uma importante dica para a visão de uma criança. Na dúvida sobre o índice de radiação neste período da manhã, os olhos das crianças com até 10 anos de idade devem ser protegidos apenas com viseira, bons ou chapéu que filtra até 50% da radiação UV. Isso porque a visão é moldada até esta idade e o estímulo visual de cores, formas e brilho contribuem para a perfeita moldagem que está associada à capacidade de aprendizado.


Doenças causadas pelo sol

O oftalmologista afirma que  as principais doenças causadas pela radiação UV (ultravioleta) não aparecem de imediato. O sol tem efeito cumulativo sobre os olhos. A falta de proteção ou o uso de uma lente escura sem filtro permitem que uma quantidade maior de radiação UV penetre no globo ocular, aumentando em até 60% o risco de contrair catarata, A doença torna o cristalino do olho opaco. A diminuição da luz no globo ocular faz a pessoa enxergar tudo embaçado até a completa perda da visão caso não seja tratada. O único tratamento para catarata é a cirurgia que substitui o cristalino opaco por uma lente intraocular.

Outras doenças oculares causadas pela exposição ao sol sem proteção são  o pterígio e a  degeneração na  macula, parte central da retina responsável pela visão de detalhes. 

Queiroz Neto afirma que muitas pessoas confundem  pterígio com catarata. O pterígio, explica,  é um espessamento leitoso  da conjuntiva, membrana incolor que cobre a parte branca do globo ocular e a superfície interna das pálpebras. A doença, explica,  é uma reação de defesa contra o ressecamento provocado pela radiação UV.   Surge no canto do olho e cresce em direção à córnea .É portanto, umas alteração externa ao contrário da catarata que é interna. Segundo o especialista  no início o pterígio pode ser tratada com pomadas antiinflamatórias. Mas quando começa atrapalhar a visão deve ser retirado através de uma  intervenção cirúrgica ambulatorial.

Segundo o médico, a  degeneração macular é a perda irreversível  da visão central. “Nossos olhos podem ser comparados a uma máquina fotográfica. A Oftalmologia ainda não troca o filme dessa máquina que corresponde à retina”, afirma.


Cuidado com óculos de camelô

Queiroz Neto ressalta que em um painel do qual participou no INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial a análise de seis diferentes marcas de óculos apontou  conformidade de proteção das lentes, enquanto a análise de lentes sem procedência não indicou a proteção de 100% do UV. O problema é que um levantamento da Abióptica (Associação Brasileira da Indústria Óptica) aponta que 4 em cada 10 optam por óculos de sol  falsificados.


Como escolher

Poucos brasileiros sabem mas óculos de boa procedência têm código de certificação de qualidade  que pode ser encontrada na embalagem, garantia ou astes. O código do Brasil é NBR ISO 15111, da Europa EN 1836:2005, Inglaterra BS EN 1836:2005, EUA ANSI Z87.1-2003, Austrália e Nova Zelândia  AS/NZS 1067:2003

Embora a cor da lente não influa na proteção UV o oftalmologista destaca que Bons óculos escuros ajustam a quantidade de luz que chega aos olhos sem alterar a visibilidade.  Para o dia a dia a dica do médico é usar lentes âmbar ou marrom que permitem boa visão de contraste e profundidade, além de reduzirem reflexos.  Para dirigir em dias nublados recomenda  lentes cinza que melhoram a visão de contraste.  Para surfistas e outros esportes aquáticos  ele diz que as cores de lente mais recomendadas são a rosa e púrpura porque melhoram a visão de contraste em fundos  verdes ou azuis. No lusco-fusco do entardecer a dica são lentes amarelas que reduzem o ofuscamento de motoristas provocados pela luz dos faróis.

Além da cor, o oftalmologista recomenda dar preferência para os óculos maiores que protegem a pele ao redor dos olhos evitando manchas e câncer de pele nas pálpebras, além de modelos fechados nas laterais por onde também passa radiação.





Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil



Instituído em 2008, o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil é celebrado em 23 de novembro, quando são realizadas campanhas de conscientização sobre a doença que mais causa morte entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. A leucemia é o tipo mais comum nessa faixa etária, correspondendo a 30% de todos os tipos de câncer infantil.

Entre as leucemias – câncer da medula óssea e do sangue –, a linfoide aguda está em primeiro lugar de ocorrência. Esse tipo de câncer progride rapidamente e precisa ser tratado assim que for diagnosticado. Não existem sinais específicos para sua identificação, o que chama a atenção é a persistência de sinais e sintomas comuns a outras doenças, tais como febre, dor abdominal, aumento de gânglios, que não melhoram com o tratamento habitual e que devem ser levados em consideração.

Em adultos, condições externas têm papel no desenvolvimento do câncer, tais como fatores ambientais ou hábitos como o tabagismo, que pode provocar tumor no pulmão, e a exposição excessiva ao sol, que aumenta as chances de câncer de pele. Na criança, menos sujeita a estas fontes de risco, as causas externas não têm relevância.

“Cerca de 10% das causas do câncer infantil estão relacionadas a síndromes constitucionais. Crianças que têm alguma síndrome, como Down ou neurofibromatose, possuem um fator de risco maior para o desenvolvimento do câncer. As alterações somáticas adquiridas são responsáveis pelos demais 90%, sem relação com fatores de risco pré-determinados”, aponta Ethel Fernandes Gorender, presidente do Departamento Científico de Oncologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

Apesar da pouca idade e da capacidade de discernimento e julgamento crítico ainda em formação, a condição de saúde da criança não deve ser escondida dela. É preciso que saiba de sua doença para que não descubra a real condição por meio do convívio com outras pessoas no tratamento e pelas dificuldades que podem vir a ser enfrentadas. O tratamento necessário – quimioterapia, radioterapia ou procedimento cirúrgico –, deve ser explicado ao jovem paciente como formas de lidar e curar o câncer.

Frente à suspeita do diagnóstico, a criança deve ser encaminhada ao oncologista, que direcionará o caso ao melhor tratamento em função do tipo de câncer. Os cuidados nessa fase dependerão dos procedimentos a serem adotados. Quando há quimioterapia, devem ser tomados cuidados específicos como a atenção a picos de febre e evitar que o paciente tenha alguma doença infecciosa transmissível como, por exemplo, catapora. Apesar dessas precauções, não há nada que impeça que se tenha uma vida normal, frequentando a escola e mantendo seus hábitos.

Cerca de 70% das crianças e adolescentes que desenvolvem o câncer ficam curados. “Atualmente, as leucemias, em geral, têm chance de cura em torno de 70% a 80%, dependendo do risco. Alguns tumores como, por exemplo, o renal e o linfoma de Hodgkin têm chances acima de 90%. No entanto, alguns tumores, como o câncer do sistema nervoso central , têm ainda índices de cura menores.” informa a especialista.

Para Ethel Gorender, o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil é de grande relevância para mudar a perspectiva de visão da população em relação à doença. “É preciso chamar a atenção da sociedade para uma doença que é rara, mas que existe. Muitas pessoas veem o câncer como um diagnóstico de morte. Pelo contrário, ele é tratável e é curável”, afirma.




Vida sexual na meia-idade: conheça os principais problemas que atingem homens e mulheres



No cinema e nas novelas, homens e mulheres de meia-idade parecem estar sempre prontos para o sexo. De fato, ninguém imagina um galã falhando na hora H nem uma protagonista confessando que está com baixa energia sexual. Mas então entram os comerciais e surge alguém dizendo que um número altíssimo de homens tem problemas de ereção ou ejaculação precoce. O que é verdade nisso tudo? De acordo com o médico urologista Arnaldo Cividanes, diretor técnico do Hospital SAHA, em São Paulo, embora o termo ‘disfunção sexual’ seja bastante amplo, ele atinge homens e mulheres de várias idades. “O maior problema é que muitos casais sofrem em silêncio justamente por vergonha de consultar um médico. Mas cerca de sete em cada dez casais precisarão passar por ajustes no aspecto sexual ao longo do relacionamento. A boa notícia é que há vários recursos disponíveis, hoje em dia, para melhorar a saúde sexual”.

Entre os homens, Cividanes destaca a disfunção erétil – que é quando um homem enfrenta dificuldade em ter ou manter uma ereção. “O problema é mais comum a partir da meia-idade, embora possa ocorrer em várias fases da vida por motivos diferentes. Neste caso, homens com sobrepeso ou obesidade, sedentários, cardiopatas, aqueles com altas taxas de açúcar no sangue, pressão alta, ou que sofreram trauma na região pélvica são mais propensos a enfrentar dificuldades na vida sexual. Pacientes em tratamento de câncer de próstata ou que já foram submetidos à retirada total da próstata também podem sentir dificuldade nas relações sexuais. Na verdade, quando o homem começa a enfrentar episódios frequentes de disfunção erétil e deixa de buscar ajuda especializada, acaba perdendo o desejo e se acostumando com a situação, embora seja muito desconfortável”. 

Já entre as mulheres, o médico afirma que o mais comum são as dores durante a relação sexual e uma queda na libido a partir dos 40 anos. “Assim como acontece com os homens, alguns problemas emocionais e de saúde afetam o desejo e a satisfação sexual feminina. Mas no caso das mulheres variações hormonais desempenham um papel fundamental. A queda na produção de estrogênio pode levar a um ressecamento vaginal que muitas vezes é doloroso se o casal não utiliza lubrificantes. Que mulher, nessas condições, acharia prazeroso fazer sexo sabendo que vai doer? Novamente, vale dizer que há tratamento para tudo e que o termo disfunção sexual não se refere somente aos homens”.

Cividanes explica que, nos últimos 20 anos, muito se avançou em termos de tratamento da disfunção sexual masculina. Mais recentemente, também as mulheres passaram a ser foco da ciência e da indústria farmacêutica, que buscam socorrer homens e mulheres para que tenham uma vida sexual ativa longa e bem-sucedida. “Outro ponto importante é considerar questões emocionais, como ansiedade, depressão e trauma por acontecimentos do passado. Numa sociedade cada vez mais competitiva, em que homens e mulheres buscam se destacar o máximo possível no mercado de trabalho, o estresse é mais um fator a ser considerado ao se analisar o contexto do paciente com disfunção sexual. Às vezes a pessoa dedica tanta energia na carreira, que não sobra muita coisa para investir no relacionamento. Isso pesa. Por isso, é sempre bom que os homens recorram a um urologista para resolver eventuais problemas da sua vida sexual – assim como as mulheres podem recorrer ou a um ginecologista, ou a um urologista. O importante é não se conformar e saber que o sexo faz parte da vida”.






Fonte: Dr. Arnaldo Cividanes - médico urologista, diretor clínico do Hospital SAHA, em São Paulo – www.hospitalsaha.com.br



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