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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Consumo dos brasileiros apresenta sinais de recuperação; itens básicos dominam a lista de compras



Dados foram apurados pelo Consumer Insights, elaborado pela Kantar Worldpanel


Apesar do cenário ainda de incertezas no país, houve lenta recuperação do consumo dos lares em 2016 e 2017. As conclusões são da mais recente edição do Consumer Insights, estudo elaborado pela Kantar Worldpanel. De acordo com o levantamento, no segundo trimestre de 2016, apesar do baixo crescimento em toneladas, os consumidores adquiriram 4% a mais de unidades do que no mesmo período em 2014. Em 2017, esse percentual se eleva para 7%. Então, o crescimento em unidades compradas ultrapassa o período pré-crise, porque os lares estão comprando embalagens menores.

A recuperação, no entanto, vem marcada por uma mudança de comportamento: as categorias básicas têm sido priorizadas. Seguem firmes e fortes nas despensas do país chá líquido, complemento alimentar, suco congelado, água mineral e torradas industrializadas por exemplo, enquanto petit suisse, leite pasteurizado, iogurte, alisantes, sopa, creme de leite e lâminas de barbear, entre outros itens, foram deixados de lado. Entre os que voltaram para o carrinho de compras estão inseticidas, limpador sanitário, água de coco e bronzeador.

A região Norte e Nordeste volta a crescer e a impulsionar o Brasil. Apesar de puxar a queda de frequência de compras (-3,5%), os lares da região passam a levar 7,9% mais volume por compra. Segundo os dados, a região registrou alta de 7,2% no volume em toneladas no período analisado. Números muito superiores a Grande Rio (queda de 3,3% em volume em toneladas e 10,1% em volume por ocasião) e Grande São Paulo (queda de 2,1% em volume em toneladas e 4,7% em volume por ocasião), por exemplo. O crescimento do hábito de fazer compra em atacarejo e a recuperação do varejo tradicional, impulsionada pela cesta de bebidas, são alguns dos fatores que explicam o bom desempenho do Norte e Nordeste.

O Consumer Insights revela também que apenas atacarejo e farmácia continuam atraindo novos lares compradores, com destaque para o primeiro, único canal que manteve um ritmo de crescimento contínuo. Entre as cestas, mercearia doce e higiene voltaram a crescer, enquanto a cesta de perecíveis apresenta retração – 10,2% em variação de unidades e 13,1% em variação volume toneladas. Mesmo com maior aumento de preço, as commodities seguiram crescendo em volume (2,4%)

O relatório divulgou também dados do Brand Footprint, revelando que mesmo com a globalização, as grandes marcas que se destacam no país são brasileiras – 66% das 50 maiores foram desenvolvidas internamente ou têm atuação exclusivamente local.



Kantar Worldpanel





AUSTRÁLIA VÊ NO BRASIL MERCADO POTENCIAL PARA NEGÓCIOS EM INOVAÇÕES E TECNOLOGIAS DA SAÚDE



Com reputação mundial na área e crescimento nos setores de dispositivos médicos e saúde digital, australianos enxergam oportunidades na maior economia da América Latina

 
Reconhecida mundialmente por seu avanço em tecnologia e inovação na área da saúde, a Austrália vê no Brasil um mercado em potencial para ampliar parcerias e possibilitar novos negócios nos setores de dispositivos médicos e saúde digital.
O setor de saúde no Brasil movimenta por ano cerca de US$ 161 bilhões (9% do PIB), segundo estudo do Instituto Coalizão Saúde, realizado pela McKinsey & Company. Além de ser a maior economia da América Latina, o país possui 48 milhões de pessoas (23% da população) com acesso a planos de saúde, segundo estimativa da associação brasileira deste setor. O Brasil conta ainda sete mil hospitais, sendo 70% deles particulares. Os números chamaram a atenção do governo australiano para oportunidades e geração de novas parcerias entre os dois países.

"Sem dúvidas o tamanho do setor de saúde no Brasil, a estimativa do contínuo crescimento nos casos de doenças crônicas e o aumento da população idosa, entre outros aspectos, contribuíram para o interesse das empresas australianas. Sabemos que a indústria nacional é muito forte nos setores de dispositivos médicos e saúde digital. Por isso, nosso foco é somar a este cenário trazendo para cá o que há de mais inovador e diferente do que já está em uso no país", destaca Ana Carolina Bonamin, gerente de desenvolvimento de negócios da Austrade (Australian Trade and Investment Comission), agência de promoção de exportação e investimentos do governo australiano no Brasil. 

Atualmente, os dois países já realizam colaborações em saúde por meio de parcerias entre pesquisadores e universidades. O Brasil é o 9º maior colaborador científico da Austrália e a principal área de pesquisas colaborativas entre os dois países é a da saúde, de acordo com Austrade. 


OPORTUNIDADES

Apesar do crescimento na produção tecnológica brasileira no segmento de produtos para a saúde, 60% dos equipamentos são importados, conforme a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (ABIMO). Ainda de acordo com o órgão, só em 2016, este mercado movimento R$ 25 bilhões. 


"Diante desse cenário, trabalhamos para identificar oportunidades específicas nesse setor e difundir a capacidade australiana como provedora de equipamentos e dispositivos médicos de alta tecnologia e soluções inovadoras em saúde digital junto aos grandes hospitais, laboratórios, centros de pesquisa e universidades do Brasil", conclui a gerente de desenvolvimento de negócios da Austrade.


 



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