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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Atividade na terceira idade reduz riscos de doenças cardiovasculares



Depois da aposentadoria, muitos idosos ficam com tempo livre, ficando por vez osciosos. Na maioria dos casos, eles acabam ficando em casa, deixando de lado uma vida ativa, proporcionada pelas atividades cotidianas e físicas. Segundo o educador físico e diretor científico do Departamento de Educação Física da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), Natan Silva Júnior, a chave para cultivar um coração longevo é continuar ativo, praticando semanalmente atividades físicas.

“A atividade física de modo geral é capaz de prevenir e auxiliar no tratamento de doenças do coração. Para as pessoas que estão na terceira idade, é também uma excelente ferramenta para o combate de doenças cardíacas, porém, antes desses indivíduos iniciarem qualquer tipo de exercício é necessário que eles procurem um médico de confiança para avaliar as possíveis limitações de ordem ortopédica e cardíaca, para que o exercício seja feito de forma segura” – afirma.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), três em cada quatro idosos têm alguma doença crônica. Diante desse contexto, os exercícios além de prevenir doenças cardíacas, podem evitar outros problemas que afetam o coração. O educador físico cita como exemplo a hipertensão, que pode promover uma hipertrofia cardíaca. “Neste caso, a atividade física aeróbica, como a caminhada, é capaz de promover uma hipotensão pós-exercício (valores de pressão mais baixo), que perdura por algumas horas, ou seja, se a caminhada for realizada diariamente, o indivíduo terá uma pressão arterial menor diariamente, diminuindo assim a sobrecarga pressórica no coração”, explica Natan.

Com o aumento da expectativa de vida no Brasil, a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima que em 2050, o País terá 70 milhões de idosos, representando 30% da população. Diante do contexto, uma das preocupações é que o índice de doenças crônicas também aumente. Conforme ressalta o especialista, a prática de atividades físicas pode melhorar a qualidade de vida da população idosa, reduzindo os impactos da velhice e das doenças ocasionadas pela fase.


Por onde começar

Os exercícios aeróbicos são os mais indicados para combater as doenças do coração, ou seja, atividades que envolvem grandes grupos musculares, realizada de forma rítmica, contínua e por um longo período de tempo. Para iniciar, é recomendado a caminhada diária, que deve ser realizada de forma moderada, com uma duração entre 30 a 40 minutos. Entretanto, antes de iniciar qualquer tipo de esporte, durante a terceira idade, o especialista ressalta que indivíduo deve procurar um médico para realizar um check-up cardiológico, possibilitando que a prática da atividade física seja eficaz e segura.




Ácaro é o vilão da rinite alérgica



Cuidados com a higienização ambiental são fundamentais para evitar reações alérgicas, alerta especialista do Seconci-SP

Os ácaros são organismos extremamente pequenos, visíveis apenas por microscópio, mas que podem causar grandes transtornos para a saúde. Para que provoquem uma reação alérgica, porém, é necessário que a pessoa já tenha algum problema. “Geralmente, acometem aquelas que têm asma ou rinite, alergias respiratórias mais comuns”, explica a otorrinolaringologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), Adriana Albarello.

As rinites alérgicas são enfermidades crônicas provocadas pelo contato com alérgenos (substâncias que o organismo considera estranhas), como ácaros, poeira, pelos de animais, mofo, perfume, produtos de limpeza, tinta, fumaça de cigarro, entre outras.

Segundo a médica, a rinite alérgica tem características hereditárias, entretanto, pode se manifestar em uma pessoa que não nasceu alérgica, mas possui um sistema imunológico que desenvolve uma resposta exagerada quando entra em contato com algum alérgeno.

Cuidados com a higiene ambiental
“É muito importante evitar o contato com o ácaro, que prolifera na poeira doméstica, especialmente nos lençóis e travesseiros, tapetes, colchões, cobertores, carpetes, cortinas e bichos de pelúcia. Por isso, o ambiente deve ser bem ventilado, cuidadosamente limpo e, de preferência, ensolarado”, recomenda a dra. Adriana.

Sintomas
Quanto maior a exposição aos alérgenos, maior será a quantidade de anticorpos produzidos e mais intensos os seguintes sintomas: edema da mucosa que leva à obstrução nasal, coriza, espirros, coceira no nariz, na garganta e no céu da boca.

Tratamento
“Existem vários medicamentos que podem aliviar os sintomas ou prevenir as crises da rinite alérgica. Ao primeiro grupo pertencem os descongestionantes e os anti-histamínicos, ambos para uso tópico ou sistêmico; ao segundo, os estabilizadores de membranas e os corticosteróides. Nenhuma dessas drogas é isenta de efeitos colaterais adversos e eventualmente podem ter graves consequências. Por isso, devem ser utilizadas somente quando prescritas por um médico e na dosagem recomendada”, afirma a médica.

Segundo a dra. Adriana há também vacinas para o tratamento das rinites alérgicas, disponíveis em clínicas privadas. Elas são preparadas com base nos resultados de testes cutâneos, de acordo com as características de cada paciente. “O tratamento é longo, porém quando feito corretamente, diminui a sensibilidade do doente aos alérgenos”, disse.

A médica alerta para o uso dos descongestionantes nasais, que são vasoconstritores. “Eles garantem alívio imediato, mas precisam ser usados com cuidado. O uso contínuo do remédio vicia, fazendo com que o organismo precise cada vez de quantidade maior para ter o mesmo resultado. A longo prazo, os descongestionantes podem danificar a mucosa nasal (necrose), provocar problemas cardíacos, aumento de pressão e, até mesmo, causar parto pré-maturo”, afirma.

Recomendações

- Lembre-se de que prevenir é o melhor remédio. Por isso, todo o cuidado na limpeza da casa para diminuir a proliferação dos ácaros é pouco;

-  Mantenha os ambientes arejados e expostos ao sol durante a maior parte do tempo;

-  Não use vassouras e espanadores. Dê preferência aos aspiradores com filtro e use um pano úmido para remover o pó dos móveis e do chão;

-  Evite bichos de pelúcia nos quartos das crianças. Opte por brinquedos de plástico;

-  Procure acostumar seus animais de estimação a viver fora de casa. Não os deixe subir nos estofados nem nas camas onde as pessoas dormem;
-  Use soro fisiológico para limpar e hidratar o nariz;

-  Adote um estilo de vida saudável. Evite alimentos industrializados e com condimentos. Se, por acaso, algum alimento for responsável por desencadear as crises, elimine-o da sua dieta;

-  Não use remédio sem receita. Procure sempre um especialista.

Para os funcionários da construção civil, principalmente os pintores que têm contato diário com tinta, cimento e solvente, a médica recomenda muita proteção, uso de máscaras e lavagem nasal frequente.



Visão dupla pode ser sintoma de problema de saúde mais grave, alerta especialista



A diplopia, popularmente chamada de visão dupla, nada mais é que enxergar duas imagens em vez de uma quando se olha para um objeto, uma paisagem, uma pessoa, etc. A diplopia não é uma doença, mas sim um sintoma associado à outra condição de saúde. Por isso, ao apresentar esse sintoma, é preciso procurar um neuroftalmologista imediatamente.

Segundo Dra. Marcela Barreira, neuroftalmologista e especialista em estrabismo, quem apresenta a diplopia pode se sentir muito desconfortável e ficar incapacitado para realizar as tarefas diárias, como ler, escrever, andar e trabalhar, diz a médica.

“Muitos casos de diplopia são consequências de alterações neurológicas, como a paresia dos nervos cranianos, alterações musculares, como a miastenia ocular e oftalmopatia de Graves, além de traumatismo craniano, AVC ou tumores cerebrais. Outros casos estão ligados a estrabismos descompensados”, explica Dra. Marcela.

“Precisamos alertar as pessoas que a visão dupla pode ser uma das primeiras manifestações de doenças sistêmicas, como as doenças musculares e neurológicas, como também pode indicar a presença de tumores cerebrais ou aneurismas”, afirma a médica. Sendo assim, é fundamental procurar o médico especialista assim que possível.

Causas da visão dupla 
Cada olho cria sua própria imagem do ambiente. O cérebro é responsável por juntar essas imagens e fundi-las em uma única. Se há algum dano nos músculos oculares ou nos nervos que controlam os movimentos, pode ocorrer a visão dupla.

De acordo a neuroftalmologista, descompensação de desvios oculares prévios (estrabismo), problemas na tireoide, doenças vasculares (derrame, aneurisma cerebral) e tumores cerebrais que levam ao enfraquecimento dos músculos, como a miastenia gravis, esclerose múltipla e traumatismos cranianos, estão entre as principais condições de saúde que levam à visão dupla.

“Como podemos ver, as causas são graves e requerem tratamento médico imediato, assim como o acompanhamento periódico. Outro ponto de atenção é que a diplopia pode vir acompanhada de outros sintomas, como visão embaçada, dor nos olhos, sensibilidade à luz (fotofobia), ardência, olhos saltados, fraqueza muscular, entre outros”, explica Dra. Marcela.
Como há um número enorme de doenças que causam a diplopia, o tratamento varia e deve ser totalmente individualizado. Algumas causas são mais simples, e outras mais complexas. Por isso, ao apresentar a visão dupla, é fundamental consultar um médico especialista nessa condição, o neuroftalmologista. “A diplopia é um sintoma que deve ser valorizado mesmo na ausência de outros sinais e sintomas adicionais, por isso o paciente precisa procurar o médico precocemente”, conclui Dra. Marcela.


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