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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Os três pilares de sucesso de uma secretária



O dia da secretária se aproxima. Junto dele, os já aguardados bombons, flores e mensagens de agradecimento. Mas você já parou para pensar o quanto essa função mudou e, mais do que felicitar, é preciso promover a reflexão?

Foi-se o tempo em que as secretárias cuidavam apenas de agendas, repassavam recados ou deveriam datilografar de forma ágil, sem “catar milho” para parecerem rápidas e eficientes. Esse tempo, felizmente, passou.

Hoje este ofício não apenas secretaria, mas sim gerencia uma atividade, a carreira de outro profissional ou departamento de empresa. E para isso, várias habilidades devem entrar em jogo, como a capacidade de liderar equipes, um bom toque de empreendedorismo, comunicar-se com assertividade, cuidar da imagem corporativa da empresa e administrar um dia-dia nada tranquilo podem ser um bom começo.

Mas o que faz essa profissional se destacar no mercado? Sem dúvida três pilares fazem toda a diferença: a imagem, a postura e a atitude. Você julga um livro pela capa? Todos nós julgamos, e uma imagem coerente, positiva, aberta a novos contatos, com equilíbrio entre autoridade e disponibilidade – que quer dizer formalidade e proximidade sem exageros – é sem dúvida um fator de sucesso. Um sorriso e o olho no olho têm um poder incrível. Experimente dar um bom dia positivo, otimista, com semblante leve: a chance de a pessoa corresponder na sua escala ultrapassa os 80%. 

E a postura e maneira de se comunicar? Quem nunca viu um profissional que excede, que transita em espaços sem ser convidado ou se coloca em uma redoma, alheio a convivência de sua equipe? Transformar atitudes inúteis em úteis é um desafio. Saber observar, exercitar a escuta ativa com poder analítico, liderar uma comunicação seja pessoalmente, via telefone ou e-mail com personalidade, estilo, com foco na negociação perspicaz e estratégica, faz a secretária uma profissional fundamental em todo tipo de segmento.

Mas o mais importante é a atitude. Não esperar as coisas acontecerem. Uma atitude, motiva. Um comportamento, expande. E o que é essa tal atitude? É ter entusiasmo, humildade e curiosidade. Na medida certa, esses três pilares criam uma presença irresistível, porque o entusiasmo é hipnótico, magnético, a curiosidade demonstra movimento e novas conexões e a humildade, sem excesso de autopromoção, sem querer para você o talento de outro, demonstra maturidade e grandeza. 

A profissional de hoje é aquela que transmite confiança, que faz sentido para a empresa, que toca as pessoas, que marca com sua personalidade sua maneira de se relacionar com as pessoas. 

E quem disse que tudo isso não está na agenda de uma boa secretária?




JULIANA ALBANEZ - Personal & Professional Coach, palestrante e jornalista. Especialista em Comportamento, Liderança Feminina, Gestão Pública e Comunicação, Juliana já levou suas palestras, treinamentos e sessões de coaching para milhares de pessoas no Brasil inteiro. Suas apresentações já lhe renderam os mais positivos feedbacks, principalmente de pessoas que deram a volta por cima em suas vidas e carreiras, graças aos seus conceitos e ensinamentos. www.julianaalbanez.com.br



 

Pontos no cartão de crédito podem ser alternativa para aumentar o orçamento




Participantes de programas de fidelidade ter vantagens que vão além da obtenção do desconto em passagens aéreas


Em tempos de crise, equilibrar as contas e fazer o dinheiro render até o final do mês tem sido um desafio constante do brasileiro – e isso não ocorre somente em consequência do aumento do desemprego, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) a renda do trabalhador caiu significativamente: no primeiro trimestre deste ano ficou, em média, 4,2% menor em comparação com o mesmo período de 2015. Em vista disso, mais pessoas têm cortado gastos e recorrido ao famoso cartão de crédito na hora de pagar suas compras e suavizar o orçamento.

Números da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) apontam que no último ano houve um crescimento de 6,2% nas transações realizadas com cartões de crédito, chegando a impressionante cifra de R$ 648 bilhões. O método de pagamento atrai não somente pela possibilidade de parcelamento, boa parte dessas compras é revertida, de certa forma, em vantagens ao consumidor. Essa equação também resulta num maior acúmulo de pontos dos programas de recompensa das operadoras de crédito.

Popularizados pelas companhias aéreas com a concessão de descontos em passagens aéreas, atualmente a fidelização representa muito mais do que a oportunidade de reduzir os custos de viagem. De olho nesse mercado, novas parcerias e métodos de resgate ampliam os benefícios ao consumidor e configuram, até mesmo, chances de conseguir um dinheiro extra com a pontuação dos programas. Porém, é preciso ficar atento: nem todas as operações são vantajosas e seguras.

Diversificação dos serviços aumenta pontuação

O mercado de fidelização segue forte graças a diversificação dos serviços: se antes, participar de um programa de recompensas atingia apenas os interessados em economizar na hora de viajar, agora a realidade é outra: já é possível acumular pontos e obter vantagens em postos de gasolina, seguradora, farmácias, e muitos outros estabelecimentos que estão presentes no dia-a-dia dos consumidores. Se a oferta está diversificada, cresce também o acúmulo de pontos - indicadores da Abecs apontam que somente no primeiro semestre deste ano, a quantia transferida para os participantes deste tipo de programa ultrapassa R$ 1,5 bilhões – um aumento de mais de 23% em relação com o último semestre de 2015.

Porém, o setor que mais contribuiu para a popularização desses programas tem amargado os efeitos da crise: como os brasileiros estão viajando menos e a conversão desses pontos em milhas áreas já não é tão expressiva quanto em anos anteriores, as companhias se veem obrigadas a reduzir a oferta de assentos: somente em janeiro deste ano, período de alta temporada, a queda na procura foi de 4% de acordo com dados do setor. Ainda que seja uma estratégia para reduzir o orçamento, o consumidor deve ficar atento, pois este cenário configura um maior acúmulo de pontos sem o resgate efetivo.

Alternativas para o uso dos pontos

Tendência na internet, o mercado de negociação de milhas envolve desde as próprias companhias aéreas que, através de parcerias, dão ao cliente a possibilidade de trocar seus pontos por produtos ou serviços de empresas conveniadas, a aquisição de novas milhas para complementar a pontuação existente; até a compra e venda de milhas por terceiros ou empresas especializadas. Cada vez mais em evidência, essa modalidade cresce em decorrência do mercado bilionário em ascensão no país – um relatório do Banco Central de 2010 demonstrou que, somente naquele ano, os brasileiros deixaram de resgatar 101,3 bilhões em pontos – o equivalente à pouco mais de 17% da pontuação total gerada naquele ano. Controverso, o serviço seria mais uma alternativa para que o fidelizado possa lucrar em situações nas quais os resgates oferecidos pelo programa não sejam tão atrativos ou quando a pontuação prestes a expirar.

A proposta do negócio é, em tese, bastante simples: em geral, o fidelizado com pontos acumulados nos principais programas de recompensa entra em contato com a empresa negociadora que analisa e valida as informações, estimando o valor do saldo. Com este orçamento, o cliente decide se deseja efetuar a venda e, após sua autorização, recebe o pagamento equivalente em dinheiro.

Para o diretor da Cash Milhas, empresa de negociação de milhas aéreas, Francisco Lobo; ainda que o método desperte certa desconfiança por parte do mercado, é uma alternativa válida e segura para que o consumidor obtenha lucro “Muitas pessoas não sabem, mas quando o cliente deixa de fazer o resgate e o seus pontos expiram, ele gera lucro à companhia na qual é fidelizado, logo não é apenas um benefício oferecido gratuitamente ao cliente – este mercado envolve contratos de repasses milionários entre as empresas conveniadas. Para o consumidor, é um meio de evitar perdas, especialmente quando ele tem um saldo significativo a expirar, mas não tem o desejo ou a oportunidade de viajar naquele momento. Nesses casos, é extremamente interessante negociar essa pontuação, sendo até mesmo, em muitos casos, mais vantajoso do que o tradicional resgate oferecido pelo programa. ”

Lobo explica que nesse mercado cada empresa possui sua política quanto ao saldo mínimo para negociação. O valor estipulado varia conforme fatores do mercado, porém, no geral, os valores pagos pelas especializadas são mais atrativos do que o estimado pelos programas de recompensa das companhias.

Vender milhas é ilegal?

Recentemente, a popularização deste mercado gerou discussão quanto à sua legalidade e até mesmo projetos de lei foram levantados afim de questionar a legalidade do mercado de moedas virtuais no país, incluindo a negociação de milhas. Em audiência pública promovida pela Comissão de Direitos do Consumidor, realizada em setembro de 2015, o projeto de Lei 2.303/15, de autoria do deputado Aureo (SD-RJ) levantou questões a respeito da legalidade do serviço no país e formas de regulamentar efetivamente essa operação, evidenciando a necessidade de normativas. Sua última movimentação, em julho deste ano previa a instituição de uma Comissão Especial para dar continuidade à proposta, porém, sem novidades desde então.

Sendo assim, até o momento, a legislação brasileira não prevê nenhuma lei específica que proíba a negociação de milhas ou que normatize a atividade, logo, vender ou comprar milhas não é uma prática ilegal. Contudo, os contratos firmados entre as companhias aéreas possuem regras específicas que visam coibir a ação deliberada de seus associados, penalizando e responsabilizando-os por determinadas práticas. Ainda assim, no geral, o próprio programa de recompensa possibilita que o fidelizado efetue resgates em favor de familiares e terceiros, prática que ampara o método de negociação de milhas: uma vez que o cliente autoriza a venda e o pagamento é efetuado, a empresa especializada acessa a área deste cliente e detém os pontos, podendo fazer resgates com a pontuação negociada.

Portanto, enquanto regras claras não são definidas afim fiscalizar a atividade, é extremamente importante que o consumidor interessado neste tipo de negociação tenha cautela na hora da venda “Para ter certeza que a empresa é idônea, é primordial que o consumir faça uma pesquisa a respeito do seu histórico e reputação, afinal, ele terá que passar dados pessoais e estará, de certa forma, exposto” – explica.  Contudo, Lobo tranquiliza o consumidor e explica que que este tipo de negócio oferece mais risco à empresa que ao cliente “Em empresas sérias, existem políticas de segurança que visam garantir a confidencialidade e privacidade dos dados do cliente. Além disso o resgate só é feito após o pagamento ser efetivado, logo trabalhamos com base na confiança, pois, da mesma forma, corremos risco de descumprimento por parte do cliente. ”

Fique atento

Como fazer então para escapar das fraudes? Como a maioria dessas empresas atua na internet, é essencial pesquisar páginas de defesa do consumidor e entrar em contato com clientes que já tenham realizado o negócio para verificar se a experiência foi positiva ou negativa. Os fidelizados devem sempre agir com cautela quanto à entrega de dados a terceiros e ler, minuciosamente, o contrato de venda – a falta de atenção permite a ação de estelionatários que se aproveitam das brechas no sistema para efetuar golpes.  Se o consumidor identificar qualquer ação ilegal e sentir-se lesado, é possível recorrer aos mecanismos de defesa do consumidor e aos órgãos competentes.



Fonte: Cash Milhas



Vamos baixar o copo!




A Lei Seca está completando sete anos e apresenta um resultado animador: motoristas alcoolizados flagrados na fiscalização caíram de 7,9% para 5,1%. Porém, a frequência com que continuamos a assistir a acidentes fatais derivados do uso de álcool ao volante, faz pensar que o País está necessitando de um profundo debate para banir de vez essa enfermidade social. A providência poderia, no mínimo, levantar ruídos ainda não identificados que expliquem a sobrevida da renitência. Tome-se o exemplo da marca de 0,3 mg de álcool por litro de ar detectada pelo bafômetro para identificar motorista alcoolizado. Condutores nessa condição estão se safando de penalidades apenas porque não atingiram o limite estabelecido, como se a quantidade acusada fosse inócua.

A Organização Mundial da Saúde dá nota oito para nossa legislação. Ora, a lei é boa e bem divulgada. Apesar disso, a curtos intervalos, o noticiário informa que um sujeito embriagado matou ciclistas e/ou pedestres em acostamentos de rodovias ou pontos de ônibus. É um verdadeiro enigma que dimensiona a perplexidade.

Se abrirmos uma janela para o mundo, talvez encontremos alguma resposta. Em Tóquio, que possui uma frota com cerca de cinco milhões de veículos, os acidentes com bicicletas superam os de automóveis. Na Holanda, motoristas que já foram surpreendidos sob embriaguês, são obrigados a dotar seu carro com um bafômetro ligado ao funcionamento, que devem assoprar antes de dar a partida e depois repetir a operação a intervalos. Caso tenham bebido, o motor não será destravado. Os holandeses formam uma população com cerca de 17 milhões de pessoas. Bem menos do que o Brasil, é verdade, mas a média anual de mortes por acidentes automobilísticos é de 200, contra as nossas 45 mil. E costuma-se se dizer, é uma lenda, claro, que aqueles povos ao norte da Europa gostam de entornar...

Aqui no Brasil esse recurso batavo não seria possível de empregar, pois um preceito da nossa Constituição veda que alguém produza prova contra si próprio. Como sabemos, o motorista brasileiro, mesmo trocando as pernas, tem direito de recusar a soprar no bafômetro. Dificilmente um agente da lei californiano iria entender tal procedimento. Lá na Califórnia,  caso o sujeito diga não, a atitude irá aumentar sua pena e/ou prolongar o período de suspensão da sua habilitação. Além disso, atestada a carraspana, ele será detido. Sim, irá ver o sol nascer quadrado, algo que não acontece entre nós. Em todo caso, provavelmente o argumento mais convincente diga respeito ao bolso. Já na sua primeira infração, DIU (Driving under influence) como chamam, a multa pode chegar a 10 mil dólares - algo em torno de 33 mil reais, segundo a média de câmbio do mês de agosto.  Um detalhe: a legislação norte-americana não permite recipientes alcoólicos abertos dentro do automóvel. As bebidas devem ser transportadas devidamente fechadas, no porta-malas.

Por outro lado, entendo que o efeito do álcool deveria ser melhor esclarecido para fins de conscientização. É rapidamente absorvido pelo organismo e altera a comunicação entre os neurônios, reduzindo significativamente a resposta do cérebro ao organismo. Os principais pontos afetados são o córtex frontal e o cerebelo. O primeiro é responsável pela nossa coordenação motora; o segundo responde pela leitura espacial do corpo e do equilíbrio. Na primeira situação, a movimentação e os reflexos são comprometidos; no segundo, por exemplo, um obstáculo próximo parecerá estar mais distante aos olhos do borracho. Ou afetará drasticamente sua capacidade de manobrar.  Infelizmente, conforme especialistas em trânsito nos esclareceram, essas particularidades fisiológicas são menos ressaltadas do que mereceriam no ensinamento e nos exames de direção. Certamente uma ênfase mais consistente e repetitiva traria maior consciência sobre o risco de beber e dirigir.  Embora bem vindo, o simulador, introduzido recentemente no aprendizado, se limita a mostrar como o motorista, sob ação da bebida, enxerga torvamente a paisagem que tem à sua frente ou ao redor, sem um mergulho mais aprofundado.  

Uma pesquisa feita no sul do Brasil (2013), que analisou 183 acidentes automobilísticos fatais, indicou presença de álcool em 31% deles. Perdeu apenas para o excesso de velocidade, cujo percentual foi de 35%.

Contrariando a velha marchinha, está na hora de sobrar garrafa cheia.





Luiz Gonzaga Bertelli - presidente do Conselho de Administração do CIEE/SP e presidente do Conselho Diretor do CIEE Nacional.


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