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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Voto útil é mais comum entre eleitores de baixa escolaridade, mostra pesquisa Ipsos



Um quinto dos eleitores com até nove anos de estudo escolhem o candidato que irá ganhar


Quanto menos anos de estudo e menor a classe social do eleitor, maior a disposição de votar no candidato com mais chances de vencer, mostra pesquisa Ipsos. De acordo com dados do EGM Multimídia (Estudo Geral de Meios), a ideia de voto útil, em que o eleitor faz sua escolha para não desperdiçar seu voto, é adotada por de 19% daqueles com até nove anos de estudo, ante 9% de adesão entre aqueles com superior completo.

De acordo com dados do EGM Multimídia (Estudo Geral de Meios), a ideia de voto útil, em que o eleitor faz sua escolha para não desperdiçar seu voto, é adotada por de 19% daqueles com até nove anos de estudo, ante 9% de adesão entre aqueles com superior completo. A mesma dinâmica é vista na análise por classe social. Entre os pesquisados das classes C e D, a taxa de concordância com a frase “Eu voto no candidato que vai ganhar para aproveitar meu voto” é de 18%, contra 12% entre as classes A e B.

Os dados fazem parte de levantamento do Estudo Geral de Meios (EGM), realizado pela Ipsos com 31.096 entrevistas presenciais com homens e mulheres acima de 18 anos em nove regiões metropolitanas entre julho de 2015 e junho deste ano. As regiões monitoradas foram São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza. A margem de erro é 0,56% para mais ou para menos.


Na análise por faixa etária, os mais velhos são mais inclinados a fazer uso do voto tático, com 16% de concordância daqueles com mais de 45 anos, ante somente 14% entre aqueles de 18 a 24 anos. Na média das nove regiões metropolitanas, 15% dos entrevistados afirmam votar no candidato com mais chances de ganhar.

“O voto de uma pessoa deveria representar identificação ou pelo menos concordância ideológica com o candidato. O voto tático se dá em situações onde a opinião funcional é mais importante que a convicção”, explica Diego Pagura, diretor de negócios da Ipsos Connect, responsável pelo EGM. “O estudo do EGM Multimídia reflete bem este comportamento e segmenta os diferentes perfis. Os candidatos precisam estudar em profundidade o perfil dos seus eleitores para saber lidar com o voto tático, seja a favor ou contra si”, complementa o executivo.

Salvador: maior adesão ao voto tático
Salvador é a região metropolitana que mais concentra eleitores dispostos a utilizar seu voto de maneira tática, seguida por Fortaleza e Recife. De acordo com dados do EGM, 23% dos eleitores da capital baiana adotam o voto útil; os índices em Fortaleza e Recife são 18% e 17% respectivamente. Já Porto Alegre é onde a ideia de voto útil tem menor concordância, com 11% de adesão entre os pesquisados. Atrás de Porto Alegre, estão Belo Horizonte (12%) e Curitiba (13%). 



Ipsos


Poupar 10% do salário ajuda nas despesas em caso de desemprego





Atualmente, para comprar a sua casa própria, o carro que você deseja, ou até mesmo realizar um sonho é preciso poupar dinheiro em tempos de crédito caro e o melhor caminho é muito simples: comece agora a guardar ao menos dez por cento do seu salário todo mês. Essa espécie de "contribuição a si mesmo" é fundamental para chegar à realização dos sonhos e melhorar a vida financeira.

“Vivemos um bombardeio de informações de consumo e em um clique é possível comprar algo pela Internet. Com isso as pessoas não se planejam, não se perguntam se precisam realmente comprar aquilo naquele momento, se é prioridade.” A reflexão é de Rogério Muracca, superintendente executivo de controladoria e finanças da Central Nacional Unimed e pós-graduado em administração financeira e contábil. Foi dele a ideia de ministrar palestras de educação financeira aos colaboradores da CNU, para ajudá-los a controlar seus gastos e aprender a investir.

Muracca diz que a cultura de controlar gastos e de poupar “tem de se tornar hábito”. Acrescentou, porém, que os mais jovens “nem sempre se preocupam com isso, pois são imediatistas”. Só que no futuro eles vão querer ter uma poupança, então é melhor começar já. Se a pessoa conseguir poupar 10% do salário, mensalmente, explica Muracca, já será o bastante até para segurar as despesas em uma situação de desemprego. Outra recomendação útil e na verdade um lembrete: os 10% de poupança ajudam a realizar um sonho mas poupar cerca de 20% dos rendimentos ajudará a planejar a independência financeira, especialmente para os profissionais liberais que devem sempre ter no mínimo seis meses de poupança em caso de desemprego ou crise, além de uma aplicação ou previdência privada. 




O desafio dos millennials



A geração millennials é composta pelas pessoas mais inteligentes do planeta. São empolgados, impetuosos, dormem menos e consomem mais. Em contrapartida, sua capacidade para lidar com o estresse está menos eficiente do que em gerações anteriores. A questão é: como eles vão resolver esse dilema – transformar-se em pessoas digitais com autocontrole emocional, empatia, assertividade e capacidade para utilizar tanto a inteligência técnica como a emocional em um estalo de dedos?


Inteligência humana é a capacidade de transpor barreiras. Criar condições para a solução de problemas. Examiná-los de frente e buscar recursos mentais para resolvê-los da forma mais apropriada. Nada mais que isso.

Estudiosos empregam o termo capacidade cognitiva para a solução de problemas que exigem conhecimento adquirido durante o processo da educação. Vamos a um exemplo. Imagine a equação I V = I V + I I escrita com palitos de fósforo sobre a mesa. Ela está errada, mas pode ser corrigida com o movimento de um único palito. Se você resolvê-la em menos de 3 segundos, você está no grupo dos inteligentes acima da média.

Um dia pode acontecer
Recentemente, descobriu-se que a inteligência é mais do que isso. Visualizar uma saída sob uma condição estressante, por exemplo. Isso exige inteligência e autocontrole. Como no exemplo clássico da manopla que muda o curso do trem. Digamos que um trem esteja vindo em sua direção. No ponto em que você está, os trilhos bifurcam e só você pode acionar a manopla que define se o trem vai pelos trilhos da direita ou da esquerda. Sobre os trilhos da direita há três pessoas amarradas. Claro, você vai desviar o trem para a esquerda. Mas na última hora, você percebe que alguém foi colocado sobre o trilho da esquerda. O que você faz? 

Embora você não perceba o simples fato de processar mentalmente este problema já coloca o cérebro emocional em estado de alerta. A mente imagina que um dia esta situação pode ocorrer de fato, então é melhor começar a resolvê-la agora. Para isso será necessário elevar um pouco o nível de batimentos do coração e lançar um aditivo especial na corrente sanguínea chamado de cortisol. Na prática significa que agora você está miniestressado.

Mais inteligentes do planeta
Medições sistematizadas mostram que a inteligência média humana – medida pelos testes de QI – aumentam a cada geração. Chama-se esse fenômeno de efeito Flynn porque o pesquisador James Flynn estudou essa peculiaridade e observou que o QI médio aumenta 3-4 pontos a cada década.

Os recém-ingressados no mercado de trabalho, nascidos por volta de 1980-90, que formam a chamada geração millennials, são as pessoas mais inteligentes do planeta. Pode tratar-se do efeito Flynn, ainda não se sabe.

Millennials são peculiares. Nascidos online desconhecem o mundo em que não havia celulares em rede. São empolgados, impetuosos, dormem menos, consomem mais e googlam muito antes de decidir.

Mas estudos recentes revelam que millennials são jovens estressados. Perguntados se sentem raiva ou irritam-se por pouca coisa, 44% deles respondem que sim, contra 36% dos babyboomers ou 15% dos maduros. Mais estressados nos últimos meses e por causa disso dormem menos? As respostas são pontualmente mais afirmativas para os millennials do que para as gerações anteriores.

Um cérebro emocional
Mas millennials vivem um momento crítico. Se são mais inteligentes – pelo efeito Flynn ou não  – qual será a razão pela qual sua capacidade para lidar com o estresse está menos eficiente do que em gerações anteriores?

Uma causa possível é que millennials estão plugados direto na rede mundial, resolvendo problemas de forma veloz e, na grande maioria das vezes, sem interagir com o humano do outro lado. Problemas que requerem cognição pura. 

No entanto, o cérebro dos millennials é exatamente como os das gerações precedentes e inclui áreas que contêm neurônios especializados para reagir quando, ao sair de casa, algum boomer lhe pergunta se você já escovou os dentes hoje.

Desafio superinteligente
Millenials não gostam de ser lembrados. Resultam estressados. A questão é, como eles vão resolver esse dilema – transformar-se em pessoas digitais com autocontrole emocional, empatia, assertividade e capacidade para utilizar tanto a inteligência técnica como a emocional em um estalo de dedos? Millennials vão precisar ousar para crescer em um planeta cuja globalização infotecnológica os deixou megaespertos, mas ainda não superinteligentes.




Dr. Martin Portner - Médico Neurologista , Mestre em Neurociência pela Universidade de Oxford e especialista em Mindfulness. Há mais de 30 anos divide suas habilidades entre atendimentos clínicos e palestras, treinamentos e workshops sobre sabedoria, criatividade e mindfulness. www.martinportner.com.br




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