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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Tristeza não é frescura, e depressão é uma doença séria!




Este mês é da campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade dos problemas mentais que levam a tantos casos de morte no Brasil e no mundo. Dr. Diego Tavares, psiquiatra e pesquisador do programa de transtornos afetivos (GRUDA) do Hospital das clínicas da USP, fala alerta sobre os 3 principais sinais de alerta para identificar quando uma tristeza passa a ser depressão.

1-   Alteração no humor por pelo menos 2 semanas

Quando o estado de humor se altera de forma persistente e diferente do temperamento normal da pessoa fazendo ela se sentir para baixo e sem esperança na maior parte do dia, quase todos os dias, por pelo menos 2 semanas, pode estar ocorrendo uma desregulação cerebral de áreas relacionadas ao humor, impulsos (vontade) e energia. Esse quadro pode ser engatilhado por algum evento negativo na vida da pessoa ou pode aparecer espontaneamente, não importa muito se o quadro apresentou algum "desencadeante" porque sabemos hoje que uma parte desses quadros se segue a um estressor psicológico ou de vida, mas muitos não. "Isso acontece porque cada vez mais sabemos que depressão pode ocorrer mesmo em pessoas que passaram por eventos aversivos ou negativos na vida, a diferença é que se a pessoa não tem predisposição a um transtorno do humor, o cérebro se adapta a situação estressora sem alterar seu funcionamento, ao passo que no depressivo, a vivência de estresse e tristeza normal se prolonga para um quadro persistente e distorcido que compõe junto com outros sintomas uma síndrome cerebral psiquiátrica que denominados de depressão", diz Dr. Diego.

2-   Cansaço excessivo

Os níveis de energia da pessoa caem e ela se torna fadigada e sem forças, mesmo estando descansada e sem ter feito muita coisa, essa sensação persiste. "Tudo isso porque tanto a energia quanto a disposição física, estão no cérebro, que é o órgão responsável por fornecer o vigor físico e na depressão isso fica reduzido", comenta o médico.

3-   Sem vontade nem para falar

Os impulsos e a vontade do individuo ficam reduzidas. A pessoa fica mais indecisa pra fazer as coisas, procrastina tudo, se isola, não faz quase nenhum plano, se retrai mais, tem menos ânimo pra tomar banho ou se alimentar e normalmente fica sem vontade para falar, para interagir, para se divertir, para fazer exercícios e até para viver. "Esses sintomas indicam que a pessoa precisa de ajuda médica, já que ela não se sente bem por estar sentindo isso, mas não consegue dar a voltar por cima. O principal a entender é que pessoas com depressão devem ser tratadas como doentes, assim como aquelas que sofrerem de qualquer outra doença física, a única diferença é que depressão não é visível, como por exemplo, um pé quebrado que impede tanto quanto, uma vida normal", completa o psiquiatra. 



Cabelo caindo? Conheça 10 doenças associadas à queda de cabelo




A queda de cabelo ser uma das principais queixas nos consultórios dermatológicos não é mais novidade, mas doenças sérias estarem relacionadas ao problema é o que realmente preocupa e causa dúvidas em várias pessoas. Segundo a dermatologista e tricologista Angélica Pimenta, doenças que ouvimos falar com frequência como lúpus, sífilis, hanseníase, anemia, menopausa, disfunção na tireoide, alopecia areata, depressão, ansiedade e estresse tem como aliada a queda dos fios.

De acordo com a médica, como essas doenças podem provocar queda dos fios, é importante prestar atenção nos sintomas para que o diagnóstico seja feito com antecedência. "Aumento na queda capilar, enfraquecimento dos cabelos, inflamações do couro cabeludo, diminuição no volume e afinamento dos fios são sintomas fundamentais para já buscar um especialista", alerta Angélica.

Veja a seguir    os principais sintomas da queda capilar e tratamentos em cada doença:

Lúpus
Lúpus é uma doença autoimune, ou seja, que ataca a própria imunidade da pessoa. Ela pode se iniciar acometendo a pele e afetar outros órgãos. Quando atinge o couro cabeludo de forma simples, chama-se lúpus cutâneo, sendo o mais comum, ocorrendo em um local pequeno e específico da cabeça. Já o lúpus sistêmico, é considerado mais grave, pois pode acometer a pele de forma muito mais agressiva e gerar lesões severas sistêmicas, como por exemplo, nos rins.  O principal objetivo do tratamento é controlar os sintomas e favorecer a qualidade de vida da pessoa. É recomendada, dependendo do caso, aplicação local de cortisona -- injetada ou em creme - e medicamentos via oral. Além disso, deve-se evitar exposição solar.

Sífilis
A Sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema Pallidum, sexualmente transmissível. Assim como Lúpus, é uma doença sistêmica, que faz o cabelo cair difusamente. A sífilis se manifesta em três estágios, sendo que no segundo - "sífilis secundária" - manchas começam a se manifestar em várias partes do corpo, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés, além de ter início à queda de cabelo. O tratamento mais comum é à base de antibiótico. Combater a doença no começo é fundamental para interferir a queda capilar.

Hanseníase
A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo principal agente é o Mycobacterium Leprae. A doença, também conhecida como Lepra, causa manchas na pele e evolui para um problema grave nas articulações, ocasionando queda de cabelo e sobrancelhas (madarose). O tratamento é via oral, constituído pela associação de medicamentos específicos, sendo denominado de poliquimioterapia.

Anemia
Quando a hemoglobina - proteína responsável por absorver e transportar o oxigênio no sangue e liberá-lo no tecido - está abaixo do normal, a Anemia pode ser uma das principais responsáveis. As anemias podem ser causadas por deficiência de vários nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas no organismo. Devido a essa falta de nutrientes, os fios ficam enfraquecidos e é muito comum que os cabelos caiam e modifiquem o aspecto quando se torna crônica, gerando em alguns casos grandes falhas no couro cabeludo. O ideal é buscar tratamento com vitaminas e suplementos com um nutricionista e, assim, a queda de cabelo vai ser interrompida.

Menopausa
Quando a Menopausa chega, há uma diminuição de hormônios no organismo feminino, que causa um desiquilíbrio em todo o corpo, propagando uma queda capilar significativa. Isso porque, a raiz do cabelo necessita de hormônios femininos para fortificar os fios. Em mulheres com tendência à calvície feminina, essa situação pode ser muito mais complicada e intensa. Além da queda, muitas mulheres reclamam do afinamento e ressecamento dos fios nesse período. Por isso, apostar em vitaminas e tratamentos capilares para fortificar o couro cabeludo é essencial para controle da queda.

Tireoide
A glândula tireoide é reguladora da função de importantes órgãos como o coração, cérebro, fígado e rins, sendo responsável por produzir os hormônios T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina). Quando a tireoide não funciona de maneira correta, pode liberar hormônios em excesso (hipertireoidismo) ou quantidade insuficiente (hipotireoidismo).  Como no hipertireoidismo a tireoide trabalha mais do que o esperado, há uma queda de cabelo significativa. No hipotireoidismo, não é exatamente a queda que ocorre, mas sim, enfraquecimento dos fios. Para tratar o problema é necessária à orientação de um endocrinologista, que irá controlar a alteração na glândula com remédios específicos, e assim, cessar a queda.

Alopecia Areata
A Alopecia Areata é caracterizada pela perda de cabelo ou de pelos, em geral, de forma arredondada ou oval no couro cabeludo (ou até mesmo em outras partes do corpo). Em alguns casos, pode haver perda total de todos os pelos do corpo, inclusive cílios, e por isso a doença é popularmente conhecida como "pelada" e/ou "peladeira". Esse problema é comum em cerca de 1 a 2% da população. A causa não é totalmente conhecida, mas é uma condição autoimune. Nesse caso, o alvo do ataque são estruturas que formam o pelo. Se a doença se manifestar de forma mais inofensiva, recomenda-se injeção local de cortisona para tratamento. Já em casos mais graves, existem tratamentos sistêmicos à base de altas doses de cortisona e de outros imunossupressores.

Depressão 
A depressão provoca tristeza, pessimismo e baixa autoestima. A doença caracteriza-se quando ocorrem desequilíbrios químicos dos chamados neurotransmissores. Essas substâncias são responsáveis por transportar as informações pela rede de neurônios de nosso cérebro - incluindo as sensações de prazer, serenidade, disposição e bem estar. No caso específico dos cabelos, após alguns meses de uso contínuo de medicamentos antidepressivos, é possível observar uma diferença no volume dos fios. Entretanto, com o progresso do estado mental e emocional do paciente, o cabelo volta a crescer normalmente. Estudos científicos comprovam que, devido à sua composição química, os remédios utilizados para tratamento da doença também podem fazer os fios caírem durante a sua utilização.

Estresse e Ansiedade
Os desequilíbrios emocionais causados pelo estresse e ansiedade causam a queda de cabelo. Quando a mente está em estado de ansiedade, as proteínas do timo e glândulas linfáticas são convertidas em açúcar para uma energia instantânea. O processo libera radicais livres, que se traduz em uma redução de nutrientes essenciais e necessários para o crescimento saudável do cabelo. O aumento de tensões musculares e diminuição de vitamina C reduz a distribuição de sangue para o couro cabeludo, o que auxilia nesse enfraquecimento dos fios. Além disso, o sebo capilar é gerado mais intensamente, obstruindo os folículos pilosos. O sebo contém um hormônio chamado "DHT", que em indivíduos com calvície, acelera a queda e afinamento dos fios. No entanto, o problema pode ser revertido normalmente, e com a ajuda de um tricologista é possível reverter ainda mais rápido com medicamentos e tratamentos capilares.




Angélica Pimenta (CRM 120847) - membro e dermatologista especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), além de membro da Sociedade Brasileira de Laser e do Grupo Brasileiro de Melanoma. Sócia da Associação Brasileira de Medicina, a Dra. Angélica também é participante efetiva das Reuniões da SBD do Grupo Seleto de Doenças de Cabelos e Unhas. Possui aperfeiçoamento acadêmico em Dermatologia na Universidade de São Paulo (USP), habilitação em Dermatologia pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e aperfeiçoamento em Transplante Capilar, realizado no 19th Annual Scientific Meeting in Anchorage, no Alasca (EUA). Atualmente, também é assistente voluntária do ambulatório de tricoses na residência médica de dermatologia, no Hospital Padre Bento, localizado em Guarulhos - www.angelicapimenta.com.br


Saiba a verdade sobre os 6 mitos clássicos da menstruação




Apesar de a menstruação ser algo comum na vida das mulheres, muitas delas ainda carregam dúvidas simples sobre o assunto. Normalmente, são informações passadas de geração para geração, mas que nem sempre possuem uma explicação médica. Às vezes, por timidez, a paciente não pergunta para um profissional e a interrogação persiste por muito tempo.

O Dr. Gilberto Nagahama, ginecologista do Hospital San Paolo (SP), esclarece alguns mitos que ainda sobrevivem entre as mulheres. Confira.


1-Durante a menstruação não há gravidez

Na teoria, não é possível, já que menstruação é a "descamação" do endométrio, camada que é preparada para receber a gestação. Porém, o corpo não é uma máquina exata, por isso é sempre bom tomar medidas preventivas para evitar o risco. 

2- Mulheres com muita convivência menstruam simultaneamente

Não é verdade. Cada pessoa tem o seu corpo, com manifestações totalmente individuais, portanto o período menstrual não tem relação alguma com o de outras mulheres.

3- As relações sexuais são mais prazerosas durante a menstruação

Mito. O período de maior desejo sexual é justamente o de ovulação que corresponde aproximadamente ao 14° dia do ciclo menstrual. Acreditamos que muitas pacientes têm a sensação de mais prazer justamente por ficarem despreocupadas com o risco de engravidar.
   
4- É errado fazer exercícios físicos durante a menstruação

Não. Exercícios físicos são essenciais para manter a qualidade de vida, e no período menstrual eles ajudam a controlar a dor das cólicas devido à liberação de hormônios de prazer como endorfinas.

5- Mulheres virgens não podem usar absorventes internos

Mais um mito. O hímen tem até 2,5 cm de abertura na puberdade e o absorvente interno até 1,9 cm.

6- Ter relações sexuais menstruada aumenta risco de contrair DSTs

Não é verdade. A realidade é que, menstruada ou não, fazer sexo sem proteção adequada aumenta o risco de contrair qualquer doença sexualmente transmissível.


Hospital San Paolo
Rua Voluntários da Pátria, 2786 – Santana
Telefone: (11) 3405-8200


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