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terça-feira, 23 de agosto de 2016

O que levar em conta na hora de contratar um plano de saúde



Por falta de opção, parcela significativa de consumidores estão contratando planos empresariais por adesão ou PMEs; saiba mais sobre o assunto e conheça os prós e contras desses tipos de plano

O desemprego em alta tem levado um número maior de consumidores a contratar planos de saúde de forma independente, sejam os planos por adesão – como são chamados os contratos coletivos destinados às categorias profissionais, através de entidades de classe ou sindicatos – seja os planos para PMEs.

A questão é que há um amplo desconhecimento sobre os prós e contras da contratação desses tipos de plano, que, embora sejam atrativos por cobrarem mensalidades um pouco mais em conta, podem levar a surpresas caso o consumidor não fique atento. Claudia Nakano, Advogada especializada no Direito à Saúde do escritório Nakano Advogados Associados e Presidente da Comissão de Saúde Pública e Suplementar da OAB/SP seccional Santana, lista alguns aspectos que devem ser levados em conta na hora de contratar o plano, a fim de evitar gastar mais do que planejou:

Reajustes no Plano Individual x Plano Empresarial: Ao contratar um plano por adesão, o consumidor às vezes acredita contratar um plano individual, quando na verdade é empresarial. É preciso ficar atento, pois há diferenças, como a regulamentação sobre os planos individuais, que é bem mais rígida que a dos planos empresariais. “Os planos individuais são mais antigos e pouco comercializados hoje em dia. Hoje os planos por adesão não estão regulamentados pela Lei 9656, por isso as limitações de reajuste impostas aos planos individuais, por exemplo, não se estendem aos planos por adesão”, explica a Dra. Claudia. Ou seja, os reajustes sofridos pelos planos empresariais podem ser bem maiores. O mesmo vale para os planos de saúde para as PMEs. Sendo assim, se o consumidor não prestar atenção, pode pagar bem mais do que havia imaginado a cada reajuste.

Valor da mensalidade x utilização do plano: A mensalidade dos planos empresariais costuma ser mais em conta que os demais, mas o reajuste dos planos coletivos por adesão ocorre de acordo com a utilização (sinistralidade). Ou seja, havendo sinistralidade alta, o reajuste será alto. “Esse é outro aspecto que o consumidor geralmente não percebe, e que pode levá-lo a arcar com uma mensalidade bem mais alta que a prevista inicialmente”, diz a Dra. Claudia Nakano. Esse é outro ponto de atenção para evitar surpresas.

Encerramento do contrato: Outra questão importante, que muitas vezes também não é notada na hora de fechar contrato, é que os planos por adesão ou empresariais podem ser encerrados pelo convênio contratado com aviso-prévio de 30 dias. Caso isso aconteça, o consumidor corre o risco de ficar sem um plano de saúde a qualquer momento, contra a sua vontade. No entanto, nesse caso, segundo a advogada, é possível acionar a Justiça para garantir esse direito. “Se o consumidor for informado da descontinuidade do contrato, ele pode denunciar à ANS ou entrar com ação judicial para exigir a continuidade. Quem não tem recursos financeiros para pagar um advogado pode procurar a defensoria pública”, comenta.

Regulamentação escassa: A especialista explica ainda que o setor carece de regulamentação, principalmente em relação aos reajustes, um fator que pode complicar a vida do consumidor. “A ANS surgiu em 2001 para regular esse mercado, mas falta muito, principalmente em relação aos reajustes. Com a falta de regulamentação específica, o consumidor pode ficar refém dos planos”, alerta a advogada. Segundo ela, embora se fale muito em judicialização da saúde, às vezes recorrer à Justiça é a única solução. “Espera-se que a ANS regulamente o reajuste”, ela afirma.


Dra. Claudia Nakano Advogada especializada no Direito à Saúde, Claudia Nakano é Presidente da Comissão de Saúde Pública e Suplementar da OAB seccional Santana e membro das Comissões de Direito do Consumidor, Saúde, Planos de Saúde e Odontológico da OAB, Seccional Santana/SP. Sócia e fundadora do escritório Nakano Advogados Associados, é pós-graduada em Direito Civil e Processual Civil e pós-graduanda em Direito Médico, Hospitalar e Odontológico pela EPD – Escola Paulista de Direito.   


Nutricionista dá dicas de como deve ser a primeira alimentação do seu bebê




As necessidades nutricionais do bebê mudam a partir dos seis meses. E nessa fase os pais ficam em dúvidas do que pode ser oferecido. “É bom lembrar que apenas o aleitamento materno não é suficiente para manter a criança em desenvolvimento e será necessário introduzir as papinhas para complementarem a alimentação”, explica a nutricionista Alessandra Coelho.

Mas é preciso cuidado. A dica da nutricionista é que os pais comecem a oferecer alimentos aos poucos para ver como o organismo do bebê reagirá. “Assim é possível identificar se haverá reações alérgicas”, diz ela. Outra coisa importante é cozinhar o alimento para fazer a papinha e deixá-la com consistência pastosa. “O bebê nesta fase tem de aprender a mastigação e a deglutição, portanto dar o alimento amassado com garfo é o ideal”, explica Alessandra.

Na papa a mamãe pode colocar variedades de legumes e vegetais, além de alimentos como a carne e o feijão. A ideia é apresentar ingredientes frescos, com pouco sal e não usar temperos prontos. Conforme a criança vai experimentando será hora de introduzir mais opções. Pouca gordura e ervas frescas também podem ser adotadas. “A criança pode resistir um pouco, mas não deixe de oferecer a comida que aos poucos ela se adaptará e passará a gostar”, garante a nutricionista.

Tem sobremesa?

A sobremesa deve ser feita com um purê de frutas. Mas a ideia, explica a Alessandra, não é substituir a papa salgada. “O paladar da criança tenderá para o sabor adocicado, mas ela precisa aprender a comer a papinha salgada antes de tudo”, diz ela. Apesar de não ser obrigatório oferecer a sobremesa de frutas, a nutricionista lembra que esta opção é boa para que novos nutrientes cheguem ao organismo do bebê.

O fim da era da “Gourmetização”



 
Coxinha gourmet, pastel gourmet e brigadeiro gourmet. Gourmet, gourmet, gourmet. A palavra ganhou tanta força no Brasil que tudo o que você possa imaginar ganhou uma variação “gourmetizada”. É claro que com tanta “gourmetização”, as pessoas acabariam enjoando. Hoje, o que os clientes buscam nos estabelecimentos, nada mais é que comida de qualidade, seja ela qual for, com preço justo e sem muita frescura.

Sempre achei o termo mal utilizado, vejo algo com “Gourmet” na descrição e torço o nariz. Na grande maioria das vezes, um prato tradicional acaba sendo preparado com técnicas um pouco mais sofisticadas, ou com ingredientes mais caros e de melhor qualidade, o que nem sempre é verdade, e por conta disso acaba ganhando a denominação “Gourmet”. Quando na verdade continua sendo o bom e velho prato tradicional de sempre.

Mas porque isso acontece? Simples, porque muitas vezes, as pessoas mal informadas, acabam achando que um Pão com Bolinho “Gourmet” é muito melhor do que um Pão com Bolinho simples, tradicional, e acabam aceitando pagar muito mais caro por isso. O fato é que o Pão com Bolinho “Gourmet”, ou qualquer outro prato com essa denominação, nada mais é que o prato feito de forma diferente, ou uma releitura do mesmo. Não existe uma lei universal com os ingredientes exatos e quantias perfeitas para poder se chamar "pão com bolinho”.

O fim da “era da gourmetização”, para mim, era uma questão de tempo. Tempo para que as pessoas pudessem ir atrás de mais e novas informações e entender o que é algo “Gourmet”, e não simplesmente pagar mais caro por um prato enfeitado, em um restaurante “A", quando os ingredientes e técnicas usadas são as mesmas de um restaurante “B".

O que o público deve buscar e tem feito, são pratos feitos com amor, com ingredientes de qualidade (nem sempre os mais caros), técnicas que façam com que os sabores sejam realçados, e uma apresentação que faça você salivar sem sequer usar o garfo ainda, sem precisar usar enfeites caros que não fazem o menor sentido no sabor do prato. Mas isso não precisa ser o prato mais caro ou nem o mais barato, mas sim, o justo.

Esqueçamos a atual situação financeira do Brasil, onde o feijão está sendo vendido a peso de ouro. Para que isso cresça ainda mais, o público deve ir atrás de mais e mais informações corretas, e assim tem base de comparação e poder analisar e decidir o que é “justo” no mundo gastronômico.

Essa é minha visão, num mundo onde as informações são encontradas cada vez mais facilmente e a gastronomia tão globalizada, o público está ficando cada vez mais exigente, sabendo o que é bom de verdade e o que é apenas “gourmet”. Ficar de fora desse mundo depende inteiramente dos consumidores e donos de bares e restaurantes.




Chef Guilherme De Rosso - formado pelo curso de Chef de Cuisine - Restaurateur do Centro Europeu e se especializou no Italian Culinary Institute for Foreigners (ICIF), da Itália. Após alguns anos na Europa e experiências em restaurantes com estrelas do Guia Michelin, Guilherme retornou para o Brasil para comandar o boteco Simples Assim, em Curitiba.

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