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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Homenagear os Pais vai além de ganhar presentes






A figura paterna mudou de hábitos, ganhou tarefas antes só realizadas por mulher e, hoje, o Dia dos Pais é visto como oportunidade para o comércio

No Brasil, costumamos homenagear os pais no segundo domingo de agosto. No entanto, quais referências existem sobre a criação dessa data? Onde surgiu pela primeira vez e por qual motivo? A professora de história e sociologia da Universidade presbiteriana Mackenzie, Rosana Schwartz, fala sobre o assunto.

Segundo a especialista, o primeiro registro de homenagem aos pais que se tem conhecimento, é uma pedra esculpida por um filho desejoso em agradecer a dedicação de seu pai, na antiga Babilônia (aproximadamente mais de quatro mil anos atrás). Não obstante, nos tempos modernos o documento que se tem conhecimento nos leva a um episódio particular em meio à Guerra Civil Norte-Americana quando um ex-combatente de nome William Jackson Smart, perdeu sua esposa.  

“Pai de seis filhos em idade tenra não teve outra opção a não ser criá-los sozinho. Sonora Smart, uma de suas filhas, ciente e grata pelos esforços do pai em assumir o que era considerado a época como tarefa feminina, resolveu homenageá-lo, no ano de 1909. Para um homem naqueles tempos cuidar das tarefas formadoras dos futuros corpos da Nação causava estranhamento por parte da sociedade e até demérito. Sofreu discriminações, mas não se deixou abater. Criou seus filhos com força, determinação e carinho. Em razão do reconhecimento dos seus filhos, em especial de Sonora, seus filhos resolveram homenageá-lo na data de nascimento de seu neto Willian, dezenove de junho”, conta.

No decorrer dos anos, a data passou por inúmeras alterações e foi difundida em outras famílias no Estado de Washington. Sem se darem conta a família Smart criou a ideia de homenagear os esforços e dedicações de todos os pais. Em poucos anos, já acontecia em todo o país, o que levou o presidente Richard Nixon a torná-la oficial no período de seu mandato.

A historiadora afirma que como as datas mudaram, seu estabelecimento é flexível, sendo aplicado no terceiro domingo de junho, primeiro domingo de setembro; vinte e três de fevereiro; cinco de dezembro; 19 de março, entre outras datas. No Brasil, passou a ser comemorada, a partir do ano de 1953, todo segundo domingo do mês de agosto.

“A paternidade e o sustento da família foram durante anos a função principal dos homens. Não era permitido ao masculino fracassar. A responsabilidade com seus filhos e o dever de sustentá-los de forma digna, era fator de inclusão social.  Dar-lhes atenção, amor, carinho e proteção era a meta.  

A especialista ressalta ainda que nos dias atuais, as transformações e conquistas femininas, desde a década de sessenta, também trouxeram flexibilização da sociedade com relação ao universo masculino. A Constituição Federal Brasileira, de 1988, assegura ao pai alguns direitos importantíssimos, como cinco dias de licença após o nascimento de seus filhos, com o objetivo de promover participação junto a mãe do recém-nascido, fazer o registro em cartório, entre outras atividades. Necessita ampliação e debate por parte da sociedade civil. Não se deve deixar de fora nesta pequena explanação que esses motivos não são mais os determinantes do sucesso da comemoração.

“O que acontece nessa data é o consumo de produtos e serviços. Vivemos o mundo do consumismo. O comércio incentiva com todas as estratégias de Marketing os filhos a oferecem presentes aos seus progenitores. O valor e a história da criação da homenagem dos tempos passados não são conhecidos no tempo presente. Alguns pais só recebem atenção e carinho nesse dia. Vamos fazer com que se torne diferente, um dia de lembranças, de memórias de famílias, de amor e confraternização de fato...... de respeito, ou seja, um dia muito especial para todos”, conclui Rosana.



A figura paterna mudou de hábitos, ganhou tarefas antes só realizadas por mulher e, hoje, o Dia dos Pais é visto como oportunidade para o comércio

No Brasil, costumamos homenagear os pais no segundo domingo de agosto. No entanto, quais referências existem sobre a criação dessa data? Onde surgiu pela primeira vez e por qual motivo? A professora de história e sociologia da Universidade presbiteriana Mackenzie, Rosana Schwartz, fala sobre o assunto.

Segundo a especialista, o primeiro registro de homenagem aos pais que se tem conhecimento, é uma pedra esculpida por um filho desejoso em agradecer a dedicação de seu pai, na antiga Babilônia (aproximadamente mais de quatro mil anos atrás). Não obstante, nos tempos modernos o documento que se tem conhecimento nos leva a um episódio particular em meio à Guerra Civil Norte-Americana quando um ex-combatente de nome William Jackson Smart, perdeu sua esposa.  

“Pai de seis filhos em idade tenra não teve outra opção a não ser criá-los sozinho. Sonora Smart, uma de suas filhas, ciente e grata pelos esforços do pai em assumir o que era considerado a época como tarefa feminina, resolveu homenageá-lo, no ano de 1909. Para um homem naqueles tempos cuidar das tarefas formadoras dos futuros corpos da Nação causava estranhamento por parte da sociedade e até demérito. Sofreu discriminações, mas não se deixou abater. Criou seus filhos com força, determinação e carinho. Em razão do reconhecimento dos seus filhos, em especial de Sonora, seus filhos resolveram homenageá-lo na data de nascimento de seu neto Willian, dezenove de junho”, conta.

No decorrer dos anos, a data passou por inúmeras alterações e foi difundida em outras famílias no Estado de Washington. Sem se darem conta a família Smart criou a ideia de homenagear os esforços e dedicações de todos os pais. Em poucos anos, já acontecia em todo o país, o que levou o presidente Richard Nixon a torná-la oficial no período de seu mandato.

A historiadora afirma que como as datas mudaram, seu estabelecimento é flexível, sendo aplicado no terceiro domingo de junho, primeiro domingo de setembro; vinte e três de fevereiro; cinco de dezembro; 19 de março, entre outras datas. No Brasil, passou a ser comemorada, a partir do ano de 1953, todo segundo domingo do mês de agosto.

“A paternidade e o sustento da família foram durante anos a função principal dos homens. Não era permitido ao masculino fracassar. A responsabilidade com seus filhos e o dever de sustentá-los de forma digna, era fator de inclusão social.  Dar-lhes atenção, amor, carinho e proteção era a meta.  

A especialista ressalta ainda que nos dias atuais, as transformações e conquistas femininas, desde a década de sessenta, também trouxeram flexibilização da sociedade com relação ao universo masculino. A Constituição Federal Brasileira, de 1988, assegura ao pai alguns direitos importantíssimos, como cinco dias de licença após o nascimento de seus filhos, com o objetivo de promover participação junto a mãe do recém-nascido, fazer o registro em cartório, entre outras atividades. Necessita ampliação e debate por parte da sociedade civil. Não se deve deixar de fora nesta pequena explanação que esses motivos não são mais os determinantes do sucesso da comemoração.

“O que acontece nessa data é o consumo de produtos e serviços. Vivemos o mundo do consumismo. O comércio incentiva com todas as estratégias de Marketing os filhos a oferecem presentes aos seus progenitores. O valor e a história da criação da homenagem dos tempos passados não são conhecidos no tempo presente. Alguns pais só recebem atenção e carinho nesse dia. Vamos fazer com que se torne diferente, um dia de lembranças, de memórias de famílias, de amor e confraternização de fato...... de respeito, ou seja, um dia muito especial para todos”, conclui Rosana.

Como a fertilidade entra na discussão do câncer infanto-juvenil?





De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2012 foram registrados mais de 11,5 mil novos casos de câncer infanto-juvenil no Brasil. A proliferação descontrolada de células anormais pode ocorrer em qualquer parte do organismo, mas, nesse caso, os tumores mais frequentes costumam ser a leucemia (que afeta os glóbulos brancos), os linfomas (que comprometem o sistema linfático) e os tumores do sistema nervoso central. Menos comuns, também os neuroblastomas (sistema nervoso periférico), o retinoblastoma (olhos), os sarcomas e osterossarcomas (partes moles e ósseas, respectivamente), o tumor de Wilms (renal) e o tumor germinativo (de células que dão origem a ovários e testículos) também costumam comprometer a saúde de crianças e adolescentes entre zero e dezenove anos. Esse tipo de informação assusta, mas é importante dizer que em média 70% dos pacientes são curados quando diagnosticados e tratados logo no início. Por isso, a fertilidade está entrando cada vez mais na discussão do tratamento. Afinal, saber que teve sua fertilidade preservada aumenta a qualidade de vida depois que o paciente for curado.
Na opinião de Edson Borges Junior, especialista em Medicina Reprodutiva e diretor científico do Fertility Medical Group, a infertilidade é um dos efeitos colaterais de longo prazo mais angustiantes quando adolescentes ou adultos jovens estão em tratamento de câncer. Por isso é tão importante que os oncologistas estejam aptos a discutir com os pacientes a possibilidade de recorrer a técnicas de preservação da fertilidade antes de dar início de fato ao tratamento. “Tratamentos quimioterápicos e radioterápicos têm permitido taxas de sobrevivência em torno de 80% entre crianças e adolescentes. Depois de superar o câncer, os jovens se dão conta de que têm uma vida toda pela frente e se preocupam com a possibilidade de ter filhos.  É natural, a essa altura, que o desejo principal seja levar uma vida mais próxima do que era antes da doença”, diz.
Segundo o especialista, a fertilidade masculina pode ser prejudicada em diferentes níveis, incluindo a remoção cirúrgica dos testículos ou ainda tendo a qualidade e a quantidade de espermatozoides afetada pela químio e radioterapia, por exemplo. Com relação às meninas, o tratamento pode comprometer a produção de óvulos e os níveis de hormônios, bem como o funcionamento de ovários e útero. Por isso, além de conversar detalhadamente com o oncologista, é fundamental que o paciente possa tirar todas as suas dúvidas e confiar a preservação de sua fertilidade – quando indicada – a um especialista em Medicina Reprodutiva. “O que é necessário ponderar é que não existem evidências que as técnicas de preservação da fertilidade possam comprometer o sucesso do tratamento do câncer, exceto quando a vida do paciente depende de uma cirurgia de emergência ou quando há riscos de se postergar a quimioterapia. Nesses casos, infelizmente, há pouco a fazer. Mas há outros muitos casos em que a fertilidade poderia ter sido preservada e não foi simplesmente porque isso não fazia parte da conversa de base entre o oncologista e o paciente – se transformando num problema de grandes proporções no futuro daquela pessoa que sobreviveu a um câncer mas teve a chance de ser pai ou mãe desperdiçada”.
Borges destaca algumas das técnicas mais utilizadas na preservação da fertilidade masculina. “A criopreservação de sêmen é a mais comum, embora seja possível apenas quando o paciente já entrou na puberdade. As amostras são coletadas e podem ser congeladas por muitos anos. Quando o paciente decidir ser pai, pode usar as amostras tanto num procedimento de inseminação intrauterina, como num tratamento de fertilização in vitro.  Outro método utilizado em determinados casos é a proteção dos testículos contra radiação (blindagem gonadal). Já com relação às mulheres, a proteção do tecido germinativo através de hormônios pode ser uma alternativa para a preservação da fertilidade, por ser um tratamento simples e relativamente seguro, ideal para pacientes jovens ou quando não há tempo para o estímulo ovariano antes do tratamento do câncer. O nascimento de bebês saudáveis após o transplante de tecido germinativo descongelado tem aumentado a esperança de jovens pacientes com câncer, mas ainda há muita pesquisa a ser feita. Entretanto, o método mais seguro para evitar a infertilidade como efeito colateral nesses casos é a criopreservação de gametas ou embriões. Esse é o método com maior chance de sucesso para as mulheres que serão submetidas a um tratamento de câncer. Estudos avançados incluem o congelamento de tecido ovariano – que seria removido cirurgicamente antes do tratamento da doença de base, congelado e mais adiante reimplantado. Mas ainda precisamos de mais evidências para recorrer a essa técnica com segurança”.


Dr. Edson Borges Junior - especialista em Medicina Reprodutiva e diretor científico do Fertility Medical Group www.fertility.com.br

Dia Nacional de Controle do Colesterol é lembrado em 8 de agosto para alertar a população sobre o risco de doenças cardiovasculares





Cardiologista do Hospital Santa Paula tira dúvidas e dá dicas de como prevenir e tratar o colesterol alto, o principal responsável por problemas como infarto e derrame 

No próximo sábado (8 de agosto), é comemorado o Dia Nacional de Controle do Colesterol. A data foi instituída em 2003 pelo Governo Federal como uma forma de conscientizar a população sobre a necessidade de ações preventivas para minimizar o risco de doenças cardiovasculares.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde, 57,4 milhões de brasileiros têm pelo menos uma doença crônica não transmissível, entre elas alta taxa de colesterol, que está associada a fatores de risco como tabagismo, consumo abusivo de álcool, excesso de peso, má alimentação e sedentarismo. A pesquisa foi realizada entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014 e tem como objetivo servir de base para as políticas públicas do Ministério da Saúde nos próximos anos.
O estudo identificou que 18,4 milhões de brasileiros com mais de 18 anos apresentam colesterol alto, o que representa 12,5% da população adulta. Esse fator de risco também está mais associado à população mais velha. Ou seja, 25,9% das pessoas com mais de 60 anos apresentam altas taxas de colesterol, enquanto apenas 2,8% dos jovens com idade entre 18 e 29 anos dizem ter esse problema de saúde.

Entenda o problema
O colesterol é um tipo de gordura produzida pelo corpo humano, mas que também está presente em alguns alimentos de origem animal. Ele desempenha funções essenciais no organismo como a produção de hormônios e vitamina D.
Existem dois tipos de colesterol: o LDL é considerado “colesterol ruim” porque facilita a entrada do colesterol nas células, fazendo com que o excesso seja acumulado nas artérias sob a forma de placas de gordura, causando o “entupimento”. Já o HDL é conhecido popularmente como “colesterol bom”, que retira o colesterol das células e facilita a sua eliminação do organismo.
“O excesso de colesterol LDL no organismo é o principal responsável pelo surgimento de doenças cardiovasculares. Em excesso, ele se deposita nas paredes dos vasos sanguíneos e facilita o acúmulo de outras substâncias, como o cálcio, por exemplo, levando a formação de placas de gordura. A aterosclerose é uma doença caracterizada pela presença de placas que endurecem o vaso e estreitam a passagem do sangue no corpo, aumentando o risco de infarto ou derrame”, explica o diretor médico e cardiologista do Hospital Santa Paula, Otavio Gebara.
A obesidade é um dos fatores de risco para o excesso de LDL, mas pessoas magras também podem ter o colesterol alto. “A mudança do estilo de vida é o primeiro passo para evitar o problema. Má alimentação, tabagismo, obesidade e sedentarismo são fatores de risco que, aliados a uma possível propensão genética, aumentam o risco”, afirma Gebara.

Alerta
Segundo o especialista, os problemas cardiovasculares causados pelo colesterol começam a ser construídos na primeira infância, até os cinco anos de idade. “O processo de depósito de gorduras nas artérias começa bem cedo. Existe uma interação entre os fatores genéticos e ambientais, mas também depende do estilo de vida, se a criança se alimenta de forma adequada ou não”, explica Gebara.

            Uma pesquisa realizada em 2012 pela Sociedade Brasileira de Cardiologia mostrou que 20% das crianças e adolescentes brasileiros têm colesterol alto. “Isso pode antecipar em até dez anos eventos cardiovasculares, como por exemplo, o infarto”, enfatiza o médico.

Prevenção

            Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, os níveis ideais de colesterol no sangue são de 70mg/dL, não ultrapassando 100mg/dL. De 160 a 189 já é considerado alto e acima de 190 muito alto.

            O primeiro passo para manter os níveis de colesterol sob controle é fazer uma mudança no estilo de vida.  De acordo com Gebara, uma alimentação equilibrada e saudável, junto à prática da atividade física pode, além de ajudar a controlar o peso, pode manter o colesterol dentro dos níveis recomendados. “Existem medicamentos para controlar o colesterol, mas só é eficaz com uma mudança no estilo de vida”, afirma.

            Como o excesso de colesterol LDL não apresenta sintomas, é recomendado fazer exames com frequência, principalmente se a pessoa ingere muita gordura saturada, está acima do peso, é sedentário ou se tem histórico familiar de problemas cardiovasculares.

Cardiologista Otavio Gebara lista dez maneiras de manter o colesterol sob controle:

1 – Pratique exercícios físicos

2 – Mantenha a mente equilibrada. Combata o estresse com técnicas de respiração, meditação ou com atividades que lhe dê prazer

3 - Coma mais frutas e vegetais

4 - Dê preferência a carnes brancas, grelhadas ou assadas

5 - Prefira derivados de leite com baixo teor de gordura como leite desnatado, iogurte desnatado e sorvetes light

6 - Fazer uma dieta com baixos níveis de gordura e colesterol: seja rigoroso no controle da alimentação
7 – Livre dos vícios como cigarro e bebida alcoólica
8 - Limite a ingestão de gorduras saturadas, como gordura de derivados de leite
9 - Evite frituras
10 - Faça exames regularmente
 

Dr. Otavio Gebara - graduado em medicina pela USP com especialização no Institute for Prevention of Cardiovascular Diseases na Harvard Medical School em Boston. Possui doutorado em cardiologia pela USP e é livre-docente em cardiologia na mesma universidade.

Hospital Santa Paula
Av. Santo Amaro, 2468 – Vila Olímpia - (11) 3040-8000
www.santapaula.com.br

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