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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Nova lei antifumo proíbe a existência de fumódromos. Multas por descumprimento podem chegar a R$ 1,5 milhão




A partir desta quarta-feira está proibida a existência de fumódromos no Brasil. Também é proibido fumar em qualquer lugar de uso coletivo. A lei foi aprovada em 2011, mas só recebeu regulamentação este ano.
As novas regras valem para cigarros, cigarrilhas, charutos cachimbos e narguilés. Segundo a lei, é proibido o cigarro em locais públicos e privados, de uso coletivo, mesmo que não sejam totalmente fechados. A multa para estabelecimentos que descumprirem as regras vai de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, além do risco de serem interditados e terem a autorização de funcionamento cancelada.
O advogado especialista em direito criminal Cid Vieira de Souza Filho a nova lei vai exigir algumas mudanças de hábitos. “As empresas que têm fumantes deverão rever suas políticas, uma vez que os fumódromos estão proibidos. Isso também vale para locais improvisados, como pátios, varandas ou salas de café. Com a proibição de fumar em lugares fechados e o fim dos fumódromos, quem quiser fumar agora só poderá fazê-lo ao ar livre ou em casa. Mas é preciso ressaltar que a lei permite exceções como tabacarias, cultos religiosos que usam o fumo e áreas abertas de estádios de futebol..” O criminalista deixa claro que os estabelecimentos comerciais são responsáveis por seus clientes. “Se alguém estiver fumando em um restaurante, é o estabelecimento comercial que é multado”, esclarece.
Os locais que vendem cigarro e similares, em todo o país, também precisam se adaptar. Ele explica que “os estabelecimentos a partir de agora, não podem fazer propaganda destes produtos e passam a ser obrigados a alertar para os riscos à saúde e sobre a proibição da venda para menores de 18 anos” e acrescenta “a partir de 2016, toda a parte traseira e 30% da parte dianteira das embalagens de cigarro serão obrigadas a conter mensagens que alertam para os danos causados à saúde”.
  
Cid Vieira de Souza Filho - advogado é especialista em direito criminal, atuando em especial no campo de direito penal econômico, incluindo crimes do colarinho branco, sistema financeiro e tributário, fraudes em geral, proteção ambiental, propriedade industrial e crimes digitais.             Formado pela PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), tem especialização em Direito Criminal pela Université Paris - Sorbone e Direito Processual pela PUC de São Paulo. É Presidente da Comissão de Estudos sobre Educação e Prevenção de Drogas e Afins da OAB SP, Vice-Presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB SP, Conselheiro Secional da OAB SP, Membro do Instituto dos Advogados de SP e autor do Livro OAB X Ditadura Militar

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

S.A.V.A



Fazemos um trabalho voluntário para a ONG Sava, que cuida de animais abandonados e deficientes e está sempre na luta para achar um lar amável aos animaizinhos que precisam de cuidados.

Como a associação não possui um abrigo próprio os animais encontrados ficam nas casas das donas da ONG, até que encontrem uma família receptiva, que queira adotá-los.

Já os custos são mantidos por dinheiro de doações e, nesse momento, precisamos de divulgação de uma rifa online, feita pelas próprias donas, pois uma nova cachorrinha foi encontrada e esta luta contra um TVT (tumor venéreo transmissível). Ela já fez quimio, passou por uma cirurgia e terá que fazer quimo novamente.

Para arcar com os custos do tratamento fizemos uma rifa que está no link abaixo.
http://www.rifadigital.com.br/belinha-precisa-de-sua-ajuda

Dependentes químicos devem ter cuidados redobrados no final de ano



Final de ano, festas, confraternizações, comilança e muitas bebidas. Essa época do ano é agitada e repleta de comemorações, mas também pode ser bastante difícil para algumas pessoas, principalmente para os dependentes químicos em recuperação. Afinal, muitos estão na fase de tratamento ainda e precisam resistir para continuarem 'limpos'.
A psicóloga e coordenadora terapêutica da Clínica Maia, Ana Cristina Fraia explica que 'os dependentes químicos ficam inseguros com a alta neste período e muitos chegam a pedir para permanecerem internados para que o tratamento não seja afetado, pois nessa época do ano as festas se tornam rotineiras e as bebidas alcoólicas estão, na maioria das vezes, presentes, além de, dependendo do tipo de festa e companhia, as drogas acabarem surgindo."
A especialista reforça que quando o paciente recebe alta no final de ano, sai preparado para retornar ao convívio em sociedade. "A orientação é para que ele siga a programação recebida na internação e sempre peça ajuda se precisar". Ana Cristina afirma que assim que o paciente sai, ele é orientado a ainda não administrar seu próprio dinheiro, a manter-se próximo da família e de pessoas de confiança e seguir o tratamento, geralmente em regime aberto em um hospital dia. "O tratamento não acaba com a internação. Ele apenas começou, o mais difícil é permanecer limpo no seu cotidiano."
Embora as altas possam acontecer, a psicóloga comenta que não são recomendadas, pois há riscos de recaída. "Não é comum acontecer, pois o risco de não aguentar dizer não, de manter comportamentos que levam o paciente a pensar na droga é grande. Quando existe a possibilidade de alta, o paciente que sai, deve sair muito bem preparado e ter o apoio da família que é essencial nesse processo, inclusive, os familiares também recebem orientações para saberem lidar com a situação."

 Ana Cristina Fraia - psicóloga e coordenadora terapêutica da Clínica Maia

A sociedade contemporânea, o Natal e a solidão




O Natal já está aí e a mídia – social ou tradicional – insiste em nos lembrar que é tempo de celebrar e oferecer um mimo para quem queremos bem. Ou seja: é hora de comprar presente e gastar dinheiro. E, convenhamos: há poucas coisas que nos dão tanta satisfação quanto voltar pra casa cheio de sacolas. Mas você sabe por quê?
Simplesmente porque o ato de comprar libera em nosso organismo uma substância produzida pelo cérebro – a dopamina –, também conhecida como “a droga do prazer”. Assim, consumir provoca uma onda de dopamina, nos invadindo de sensações prazerosas como o poder, a segurança e o sentimento de estar no “controle” (mesmo sem, na verdade, estarmos). Afinal, é sabido que não comandamos nada: o mundo é imprevisível e o futuro, incerto.
Apesar da sensação de “viver a vida intensamente” que esse consumo forçado nos dá, em especial no fim do ano, as incertezas sobre o amanhã geram angústia. Vamos ter água no ano que vem? A inflação vai aumentar e pesar no cotidiano? O custo da energia vai subir muito? Tudo isso hoje é quase imprevisível. Este “flutuar pela vida sem pouso certo e em alta velocidade” é característico dos novos tempos. Eu costumo brincar dizendo que estamos todos em uma montanha russa dentro de um trem fantasma. Acho que é uma frase que traduz bem a sociedade do hiperconsumo.
Dessa forma, estimulados por uma sociedade que diz, o tempo todo, “viva o dia, não deixe para curtir no futuro porque ele é incerto”, saímos feito loucos obedecendo cegamente ao “espírito de Natal”. Até o Papa aparece na TV dizendo para vivermos com intensidade o presente! Ora, se até ele autoriza o “presentismo”, o que há de errado nisso, então?
Aparentemente nada, porque, mesmo sabendo de tudo isso, entramos nessa roda viva e dizemos para nós mesmos (tentando nos livrar da culpa e do egoísmo): “ Não estou comprando para mim, então tudo bem”. Talvez porque esse ato de presentear com data marcada também seja uma forma de nos sentirmos mais perto das pessoas. Afinal, vivemos em uma sociedade sem tempo para os amigos. As agendas estão lotadas de compromissos e não deixam brechas para um encontro real e presencial, sem pressa, para rir um bocado e relaxar.
Comprar nos preenche também esse vazio da solidão cotidiana, acentuado por vermos sempre nossos amigos pelo Facebook comemorando com outras pessoas. “Como eu não estava nessa festa?”, pensamos, frustrados... Por outro lado, quem publica na rede social os momentos de celebração, para provar a si próprio que tem um círculo bom de amigos, acaba acentuando a solidão dos que não estiveram em cada encontro... Mundo de contradições esse nosso.
A angústia, a solidão, a dopamina, a necessidade de estar no controle, o prazer da compra, a autoconfiança proporcionada pelo consumo, tudo isso passa por todos nós durante o período que chamamos “de festas” (como se não pudesse haver festas em outras épocas!). E nem nos damos conta. Somos apenas levados pela onda...
Se compramos para os filhos, então, o prazer é dobrado. “Quero dar a eles o que não tive” e “faço tudo pelos meus filhos” são frases que escuto constantemente no meu cotidiano. Parece que cada vez mais os pais precisam ter certeza do afeto dos filhos em uma inversão de valores impressionante. Não são mais os filhos que mostram aos pais o seu apreço; agora é o momento dos pais da Geração Y provarem que amam sua prole. Fica a impressão de que tentamos diminuir distâncias emocionais com os presentes dados, embora, lá no fundo, saibamos que há outras formas de fazê-lo.
O grande problema é que o mês das festas passa. E aquela sensação de prazer ao comprar presentes acaba quando o presente é dado. E o nosso cartão de crédito chega em janeiro incomodando, e lembrando que talvez poderíamos ter poupado algo para aliviar o bolso em uma época tão cheia de contas extras para serem pagas.
Acho que não podemos restringir às festas nossa tarefa de manter os laços de afeto com quem amamos. E nem culpar a sociedade de hiperconsumo em que vivemos por não fazermos isso de outra forma e com mais regularidade. Sabemos que não será a partir de presentes que nossos filhos, pais, parceiros ou amigos vão gostar mais ou menos de nós. Esse afeto precisa ser mantido ao longo do ano e não só no final dele (ou nos dias de aniversário!).
Temos que repensar nossas ações se quisermos nos sentir um pouco menos isolados e solitários. Há outras formas de prazer e de produção de dopamina no nosso cérebro que não implicam em gastar dinheiro e retroalimentar a sociedade do consumo. Temos que sair do lugar comum e refletir de que forma somos mais felizes, planejando o uso do nosso tempo que é um bem tão escasso nos dias de hoje.
Se deixarmos para comemorar somente no Natal e por meio de presentes, corremos o sério risco de nos deprimirmos passado o calor do evento, porque concentramos nossos esforços em uma atividade que, por definição, acaba. O Natal resume-se a uma noite e um dia, não custa lembrar.
Já o projeto de felicidade é contínuo e não pode se restringir a “comprar”. Mesmo que seja para os outros. Devemos expressar nosso afeto de outras formas. E eu sugiro que seja pelo abraço, pelo beijo, pelo carinho. Que seja por dizer ao outro que ele é importante. E que seja um projeto de ano inteiro, sem começo e sem fim. Tenho certeza que a dose de dopamina será muito mais intensa. E constante.

Eline Kullock - presidente da Stanton Chase Internacional, multinacional baseada em Londres e especializada em seleção de executivos. No início dos anos 90, fundou o Grupo Foco. Tem formação Administração de Empresas pela FGV-RJ e MBA Executivo pela Coppead - UFRJ. Especialista em Geração Y, ela pesquisa há vários anos tendências do comportamento dos jovens e a influência dos videogames. Blog: www.focoemgeracoes.com.br

Vontade dos filhos pesa para 49% dos pais na decisão das compras de Natal, mostra SPC Brasil

Estudo revela ainda que, 51% dos pais se comprometem a dar um novo presente caso o brinquedo escolhido não agrade o filho

 

O mês do Natal chegou e muitos brasileiros aguardam ansiosamente pelas festas de fim de ano e pela troca de presentes durante a ceia, principalmente as crianças, que passam todo o ano prometendo um bom comportamento na expectativa de serem recompensadas com presentes. Um estudo encomendado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação financeira 'Meu Bolso Feliz' revelou que na maior parte dos casos a escolha do presente para as crianças é feita exclusivamente pelos pais (51%). Mas não se pode minimizar a influência dos filhos no processo decisório. Em 49% dos casos eles participam de alguma maneira na escolha do presente: 35% dos pais entrevistados disseram que a decisão é feita em conjunto entre os filhos e eles e outros 14% confessaram que é a criança quem decide sozinha o presente que irá ganhar na data.

O educador financeiro do 'Meu Bolso Feliz' José Vignoli defende que ao decidir presentear o filho, seja no Natal ou em outra data festiva, como aniversário e Dia das Crianças, é importante ouvir os seus desejos. No entanto, ele alerta que é dever do pai e da mãe avaliar o que é possível ser comprado dentro das limitações orçamentárias de cada família. "Os pais precisam ter a sensibilidade de saber o que os filhos desejam para tentar chegar o mais próximo possível daquilo que a criança quer ganhar, mas que ao mesmo tempo eles tenham condições de pagar", afirma Vignoli

Frustração com o presente

O estudo do SPC Brasil mostra que em caso de o presente recebido não agradar o gosto do filho, a frustração é compensada em mais da metade dos casos (51%) por meio de uma barganha - os pais se comprometem em dar o presente desejado em outra ocasião. Esta situação ocorre principalmente entre os entrevistados do sexo masculino (55%) e pessoas das classes C (62%). Em 30% dos casos os pais relataram que os filhos ficam tristes e frustrados, porém logo se esquecem do pedido ou não pedem outro presente. Já 3% dos pais ouvidos no levantamento admitem que em situações assim seus filhos geralmente  choram e fazem birra por não receber o presente desejado. 

Para os especialistas do 'Meu Bolso Feliz' a lista de pedidos feitos ao Papai Noel - ou aos próprios pais, no caso dos filhos maiores - deve conter mais de uma opção para que a criança não fique frustrada. Dessa maneira, ela percebe que essa não é uma decisão exclusiva dela, mas que precisa ser feita em acordo com os adultos, pois são eles quem trabalham e se esforçam para cuidar da casa e do bem-estar da família.

É natural as crianças pedirem diversos presentes, ainda mais quando estão no convívio com amigos na escola, primos e outros coleguinhas da mesma idade, além dos estímulos da propaganda. No entanto, o 'não' como resposta precisa ser assimilado pelos filhos, dizem os especialistas.

"Alguns pais excessivamente permissivos acabam satisfazendo a vontade de seus filhos com um presente caro para não frustrá-los, mas após algumas semanas quando olharem a fatura de cartão de crédito e notarem que o brinquedo já foi deixado de lado pela criança, eles podem ficar bastante arrependidos com esta atitude. Se o filho está acostumado a ganhar tudo sempre, quando não recebe um presente pode interpretar a situação como falta de amor", alerta o educador financeiro.

Os especialistas do Meu Bolso Feliz são unânimes em afirmar que experiências de frustração na infância são imprescindíveis para que a criança desde cedo aprenda a lidar com situações difíceis e de desconforto. "A frustração é uma necessidade do desenvolvimento infantil. É importante que a criança reconheça o valor do dinheiro desde cedo e entenda que os pais se esforçaram para que ela tenha acesso a coisas mais importantes", diz a psicóloga Maria Tereza Maldonado. Ela recomenda que os pais conversem abertamente com as crianças sobre a atual situação financeira da família. "O pai que satisfaz todas as vontades dos filhos camuflando a realidade financeira da família está desenvolvendo filhos sem limites e que vão acumular ao longo da vida muitas frustrações para lidar com negações. Já aqueles que falam de maneira transparente e dão bons exemplos, conseguem criar adultos preparados financeiramente e que conseguem superar as dificuldades impostas pela vida", diz Maria Teresa.

"Os pais precisam transmitir às crianças que o Natal não é uma data apenas para ganhar presentes e que ela representa algo muito maior, como a união e a confraternização com a família. Esses valores são importantes para a formação da criança", recorda a psicóloga.

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