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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

NOVO MEDICAMENTO SEGURO QUE PREVINE O CÂNCER DE PRÓSTATA




 Pesquisa mostra como o 5ARIs influencia no tratamento da doença

Pode estar surgindo um medicamento seguro que previne o câncer de próstata. A finasterida e a dutasterida - 5α-reductase inhibitors (5ARIs) - são conhecidas de longa data, mas não eram prescritas pelo receio quanto a possibilidade de desenvolvimento de tumores agressivos.
O Dr. Cesar Camara, formado em medicina pela USP, com especialização em Cirurgia Geral e Urologia pela mesma instituição,  que atua no Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo, comenta: “Novos estudos têm revelado que essas drogas não só não desenvolvem esses tumores agressivos, como diminuem a formação dos tumores menos agressivos. Ou seja, há um efeito de proteção relacionado ao uso do medicamento”.
Homens que tomam inibidores da 5α-redutase (5ARIs) são menos propensos a desenvolver câncer de próstata, sem aumento na taxa de câncer de alto grau ou letal, de acordo com um relatório no JAMA Internal Medicine.
Os pesquisadores analisaram dados prospectivos sobre o diagnóstico de câncer de próstata e os resultados de 38.058 homens do Health Professionals Follow-up Study. Os dados incluem 3.681 casos de câncer de próstata, no qual 289 são cânceres letais, ou seja, metastáticos ou fatais; 456 cânceres de alto grau, soma Gleason (GS) 8-10; 1238 GS 7 tipos de câncer; e 1.600 cancros de baixo grau, GS 2 a 6.
Na análise, os homens que nunca tinham usado 5ARIs tiveram uma incidência global menor de câncer de próstata: taxa de risco (HR) 0,77. A redução foi significativa para GS 7 tipos de câncer, HR 0,67; e câncer de baixo grau, HR 0,74.
Inibidores 5α-Reductase são amplamente utilizados para o tratamento da hiperplasia prostática benigna. Eles também são estudados para o uso na prevenção do câncer de próstata, mas há preocupações sobre um possível aumento de câncer de próstata de alto grau.
Esta ampla análise de dados observacionais não mostra nenhum aumento de alto grau ou câncer de próstata letal entre os homens que tomam 5ARIs. No entanto, há uma redução significativa no risco de cancro da próstata em geral, bem como em baixo grau e GS 7 cancros. Os pesquisadores observam, que o número de pacientes com alto grau ou câncer de próstata letal em nossa corte foi limitada, mas não se pode descartar o risco potencial de dano com o uso 5ARI.

JAMA Intern Med. Publicado on line em 02 de Junho de 2014 doi: 10.1001 / jamainternmed.2014.1600.

‘Campanha Novembro Laranja’ alerta a população sobre zumbido no ouvido




Ação do Parque do Ibirapuera, engajamento de profissionais e campanha em redes sociais visam informar a população sobre as causas do zumbido no ouvido e possibilidades de tratamento
Um levantamento da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ com o apoio do Instituto Ganz Sanchez, indica que no Brasil há de 34 a 48 milhões de pessoas com zumbido no ouvido, tratando-se de um aumento expressivo em relação aos 28 milhões estimados há quase 20 anos.
O problema ocorre com pessoas de todas as idades, inclusive crianças e adolescentes, podendo comprometer o sono, a concentração na leitura, o equilíbrio emocional e até a vida social e familiar. Representa um sinal de alerta para possíveis agressões do ouvido, que podem vir de várias fontes: sons de alto volume (no trabalho ou em baladas, shows e fones de ouvido), exposição a ondas eletromagnéticas do celular, medicações tóxicas (antibióticos, anti-inflamatórios, etc), drogas (maconha, cocaína, LSD etc), doenças sistêmicas (hipertensão, diabetes, colesterol alto, hipotireoidismo) ou até de causas emocionais. Em resumo, o zumbido é um sintoma comum a várias doenças, semelhante à febre ou dor de cabeça.
O aumento de pessoas acometidas ao longo dos últimos anos (de 15% para 24%), em especial os jovens (31% de crianças e 50% de adolescentes), e a falta de informação adequada sobre diagnóstico e tratamento precoce têm preocupado vários profissionais, justificando a criação de campanhas informativas. Aliado a isso, outro entrave para o avanço nessa área, é um estigma que cerca o zumbido sobre a falta de cura.
Segundo a Dra. Tanit Ganz Sanchez, Otorrinolaringologista e presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ, “a ideia de não ter cura é transmitida de geração em geração de médicos, mesmo nas melhores faculdades do país, gerando uma resignação que desmotiva tratar os pacientes. É como um ‘tudo ou nada’: se não pode curar, nem vale a pena tratar”. Esse fato está em descompasso com várias doenças da Medicina que não têm cura - diabetes, pressão alta, rinite alérgica, artrose e outras -, mas recebem atenção profissional e direcionam tratamento aos pacientes, mesmo que a intenção seja o controle parcial”, explica a médica, que também é doutora e livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP.
Pesquisas com brasileiros e italianos avançam para compreender a cura do zumbido:
Uma parceria entre o Instituto Ganz Sanchez e a instituição italiana Fondazione Ascolta e Vivi (Milão) buscam e avaliam pessoas que já obtiveram cura do zumbido para investigar como e porque esse fenômeno ocorreu.  O objetivo da pesquisa é desmistificar as ideias atuais sobre a falta de cura para o zumbido, que desmotiva tratamentos parciais. “Apesar da cura ainda ser rara, queremos entender quais os fatos mais importantes: o tipo de zumbido, o tempo de duração, o perfil psicológico do paciente ou o conjunto de todos eles, além de qual tentativa de tratamento levou à cura. Por enquanto, já recrutamos 20 pacientes (11 de São Paulo e 9 de Milão)”, explica Tanit Ganz Sanchez, coordenadora da pesquisa.
Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido
Neste mês de novembro acontecerá a sexta edição da “Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido”, reconhecida nacionalmente como “Novembro Laranja”.  Trata-se de movimento promovido pela Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ, com o apoio do Instituto Ganz Sanchez.
O objetivo da Campanha, com uma ação no Parque do Ibirapuera e ações diárias nas Redes Sociais com profissionais e pacientes, é chamar a atenção da população para o zumbido no ouvido, um sintoma que já atinge crianças, adultos ou idosos, bem como instruir os profissionais de saúde (médicos, fonoaudiólogos, psicólogos, dentistas e fisioterapeutas), além dos interessados em saber mais sobre o assunto e abordar sobre as possibilidades de tratamentos, como dietas, uso de medicamentos e de aparelhos auditivos, dentre outros.
Acompanhe a programação do “Novembro Laranja”
Em 5 de novembro será realizada a palestra gratuita: “Será que a cura do zumbido existe? A ideia do plano A e B”. A participação poderá ser on-line ou presencial e informações podem ser obtidas pelo telefone: (11) 3021-5251 ou e-mail: contato@apidiz.org.br 
Em 8 de novembro será realizado “Curso Teórico-Prático Intensivo de Zumbido”, destinado a otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos. Informações podem ser obtidas pelo telefone: (11) 3021-5251 ou e-mail: contato@apidiz.org.br 
Em 9 de novembro acontecerá a ação no Parque do Ibirapuera com profissionais engajados na conscientização sobre o zumbido. É sugerido que os visitantes vistam alguma peça de roupa ou acessório na cor laranja para ajudar na disseminação da campanha e da ação. Será fornecido folder explicativo sobre as principais causas do zumbido e as possibilidades de tratamento. Não serão realizadas consultas nem exames individuais.
Local: Parque do Ibirapuera - Arena Ponte de Ferro - Avenida Pedro Álvares Cabral – entrada pelos portões 3 e 10 - Horário: das 9h às 15h
De 1 a 30 de novembro: As mídias sociais mostrarão diariamente algumas dicas à população, assinadas por uma equipe multiisciplinar de várias cidades do Brasil. Elas estarão disponíveis em facebook.com/InstitutoGanzSanchez, Instagram @zumbidonoouvido, twitter zumbidonoouvido e tanitganzsanchez.blogspot.com.br.  Além disso, incentivamos que internautas registrem seus depoimentos de melhora do sintoma, ajudando a motivar mais profissionais a se engajarem nas pesquisas sobre o zumbido.
Profa  Dra. Tanit Ganz Sanchez, Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela FMUSP, Diretora-Presidente do Instituto Ganz Sanchez e Presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ. Assumiu a “missão” de desvendar os mistérios do zumbido e é pioneira nas pesquisas no Brasil, sendo reconhecida por sua didática, objetividade e compartilhamento aberto de ideias.

Novembro Azul - Prevenção e detecção precoce são fundamentais




No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens - atrás apenas do câncer de pele. Mais do que qualquer outro tipo, o câncer de próstata é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
Em sua fase inicial, a doença tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite).
Para a detecção do câncer de próstata são utilizados três exames: a dosagem no sangue do antígeno prostático específico (PSA), o toque retal e a biópsia da próstata. Obtendo o diagnóstico precoce é possível tratá-lo de modo curativo. O importante é o acompanhamento anual a partir dos 45 anos, com dosagem do PSA e toque retal. 
Cirurgia, radioterapia, hormonioterapia e quimioterapia são os pilares do tratamento, porém a escolha destes elementos depende do estágio do câncer e das características individuais dos pacientes. 
Outro aspecto que vale destacar é a participação da mulher na manutenção da boa saúde do homem. Seja ela, mãe, esposa, filha, companheira ou cuidadora, é a mulher quem na maioria das vezes incentiva o homem a se prevenir de doenças, realizar exames periódicos e buscar serviços médicos e tratamentos.

Instituto Paulista de Cancerologia (IPC)

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

NOVEMBRO AZUL




PREVINA-SE CONTRA O CÂNCER DE PRÓSTATA

Depois de inúmeras ações para comemorar o Outubro Rosa, que chamou a atenção de mulheres para a prevenção do câncer de mama, o foco agora são os homens! No mês de novembro, todo o mundo se une em prol da Campanha Novembro Azul*, cujo objetivo é alertar a classe masculina sobre a importância do exame para detectar o câncer de próstata – glândula do sistema reprodutor que armazena os líquidos.
A Oncomed BH, clínica especializada na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer, referência no estado de Minas, adere à causa do Novembro Azul e participa de forma ativa com ações de valorização e conscientização dos homens. Durante todo o mês, a fachada da clínica será iluminada por refletores com a cor azul, chamando a atenção de todos para a campanha. Além disso, vão fazer adesivos e distribuir bottons, no formato de bigode e na cor azul (que remete à origem da campanha) para todos os pacientes, médicos e colaboradores. Folhetos informativos serão distribuídos lembrando a importância da prevenção. Também farão uma apresentação da Trupe da Alegria, grupo de colaboradores da Oncomed BH que se dedicam a animar as sessões de medicação dos pacientes da clínica, com números artísticos, como contadores de histórias, shows musicais e brincadeiras.


Dados do câncer de próstata
Pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que entrevistou cinco mil homens em 2013, revelou que 47% dos entrevistados nunca realizaram exames para detectar o câncer de próstata, 44% jamais se consultaram com o urologista e 51% nunca fizeram exames para aferir os níveis de testosterona (hormônio masculino) no sangue.
Diante desses números, não é de se assustar que o câncer de próstata, hoje, seja o segundo que mais acomete homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Para 2014, são esperados 68.800 novos casos dessa neoplasia, segundo o último levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.
            Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ ) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.
            Conversamos com o médico oncologista da Oncomed BH, Dr. Alexandre Fonseca, que detalhou um pouco da doença:

Dúvidas básicas:
O que é o câncer de próstata?
Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: Câncer, também conhecido como neoplasia, é uma doença na qual ocorre um crescimento exacerbado e desordenado de algumas células. No caso do câncer de próstata, essas células são originariamente da próstata, e podem invadir os tecidos e órgãos e espalhar-se para outras partes do corpo, o que denominamos metástases.

Como se desenvolve?
Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: Oncomed BH: Habitualmente o câncer de próstata é uma doença indolente, de crescimento lento, habitualmente acometendo homens com idade acima de 50 anos. Embora não seja conhecida sua causa, é sabido que fatores genéticos estão envolvidos, sendo que homens com parentesco de 1° grau de neoplasia de próstata apresentam risco mais elevado de desenvolver a doença.

O que o paciente sente?
Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: Na fase inicial, os pacientes não apresentam sintomas. Grande parte dos pacientes permanecerá assintomática ou terão sintomas urinários (dificuldade para urinar e aumento da freqüência urinária), posteriormente podendo evoluir para quadro de obstrução urinária, dor no reto ou óssea, fraqueza e desânimo.

Como se faz o diagnóstico?
Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: O diagnóstico de certeza é feito com a biópsia da próstata. Os pacientes que apresentarem no sangue aumento do antígeno prostático específico (PSA em inglês) e/ou alteração no toque retal são candidatos à realização de ultra-sonografia transretal com biópsia da próstata para verificar a presença da doença na próstata.

Como se trata?
Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: O tratamento do câncer da próstata é multidisciplinar, podendo envolver cirurgia, radioterapia, uso de hormônios ou quimioterapia. A escolha do tratamento ideal é feita dependendo do estágio da doença e das características de cada paciente.

Qual é o prognóstico?
Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: O prognóstico no câncer de próstata está relacionado com o estágio da doença ao diagnóstico, o tipo de câncer (existem alguns tipos mais agressivos que outros) e o estado geral do paciente.

Existe maneira de fazer o diagnóstico precoce do câncer de próstata?
Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: O diagnóstico precoce do câncer de próstata é feito através do uso da medida do PSA e do exame clínico periódico, como screening da doença. Entretanto, mesmo adotando essa prática para a detecção precoce da doença não foi observado que naqueles em que a doença foi diagnosticada mais precocemente a sobrevida elevou-se. É por esta razão que instituições como o Instituto Nacional do Câncer não recomenda a utilização do screening em câncer de próstata.

Existe cura para o câncer de próstata?
Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: Sim, em vários casos, quando a doença é diagnosticada em fase inicial e o tratamento é adequado.

Deve-se operar ou não?
Dr. Alexandre Fonseca – Oncomed BH: Se a neoplasia de próstata é diagnosticada em estágios iniciais, a cirurgia é uma das opções terapêuticas, assim como a radioterapia e a braquiterapia.

*A campanha teve início na Austrália, onde leva o nome de Movember – junção das palavras moustache (bigode, em inglês) e november (novembro).


A Oncomed, clínica especializada na prevenção e no tratamento das doenças neoplásicas, foi fundada em 1994, em Belo Horizonte. Desde então, realiza um trabalho que envolve cuidados diferenciados e tratamento humanizado a todos os pacientes. São especialistas em oncologia, hematologia, nutrição, clínica da dor, psicologia e cardiologia, além de uma equipe de suporte que realiza um acompanhamento efetivo na prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças.

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