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terça-feira, 19 de julho de 2022

Odontofobia: medo de ir ao cirurgião-dentista

Profissionais explicam sintomas e tratamentos para quem tem este tipo de fobia


Imagine sentir medo intenso, ansiedade, sudorese (suor excessivo), desconforto, pânico, taquicardia ou taquiarritmia (alteração com aumento dos batimentos cardíacos) só de pensar em ir a uma consulta com o cirurgião-dentista? E é isso o que sente quem tem a Odontofobia, o medo excessivo de dentista. Para algumas pessoas, a ida a uma consulta odontológica pode se tornar um grande problema.

Nesses casos, os cirurgiões-dentistas têm de usar técnicas especiais como a hipnose e, em caso mais graves, a sedação e analgesia, para realizar o atendimento odontológico aos pacientes.

E qual a diferença entre medo e fobia? O psicólogo Clínico e Educacional, palestrante e escritor, Dr. Damião Silva, esclarece que o medo serve para preservar a vida do ser humano e é uma característica normal que acompanha o indivíduo em seu desenvolvimento evolutivo. Já a fobia é um medo intenso e irracional, em que as pessoas podem ter muito temor de um objeto ou de coisa específica. Na fobia existe um sofrimento excessivo, em que a pessoa faz qualquer coisa para evitar esse sofrimento. “Isso é uma resposta inadequada do cérebro”, explica.

A cirurgiã-dentista Dra. Marly da Silva Rodrigues, habilitada em Hipnose, reforça que o maior desafio do profissional ao atender um paciente odontofóbico é diagnosticar e reconhecer se a ansiedade desse paciente é "ansiedade estado" ou "ansiedade traço". A "ansiedade estado" é transitória e, a partir do momento em que a situação é esclarecida, o medo tende a desaparecer. A "ansiedade traço" é propriamente uma doença e está inserida nos quadros de transtorno de ansiedade estabelecidos pelo Manual Estatístico de Diagnósticos de Transtornos Mentais (DSM-5).


Acolhimento

Para a cirurgiã-dentista Dra. Adriana Zink, professora com MBA em Administração Hospitalar e mestre em Ciências da Saúde, o primeiro passo para o atendimento ao paciente fóbico é identificar e acreditar no medo e na fobia dele, pois quando ele percebe que o profissional não o acolhe ou não acredita no que ele está sentindo, essa barreira diminui a possibilidade do atendimento. “Por isso é importante o acolhimento do profissional no atendimento odontológico”.

Essa fobia impacta a saúde bucal e mental e, na maioria das vezes, está ligada a outras fobias. A odontofobia, por exemplo, comumente está ligada às pessoas que têm medo de agulha, à hemofobia, ou à latrofobia, medo de pessoas de jaleco branco ou médico.

De acordo com Damião Silva, essa condição acomete cerca de 15% da população mundial. Ele observa que, quando o simples pensamento de ir a uma consulta com o dentista se torna aterrorizante, o indivíduo percebe o aumento dos batimentos cardíacos ou procura motivos e formas para desmarca-la: “É hora de buscar ajuda profissional”.

O psicólogo esclarece que, geralmente, as pessoas com odontofobia não ficam somente ansiosas, mas sim apavoradas com todo o contexto que envolve a consulta com o cirurgião-dentista. “E isso, provavelmente, foi causado por uma experiência ruim no passado”, observa Damião. “As pessoas ficam aterrorizadas, com pânico, pois o cérebro fica com a ideia de que sempre vai acontecer aquele comportamento indevido. E aí, a pessoa está num processo de ansiedade que não foi bem cuidado e pode virar fobia. Então, ir ao dentista se torna um custo emocional muito grande para quem tem a odontofobia”.


Atendimentos odontológicos para pacientes fóbicos

Na hipnose, as técnicas usadas começam na conversação com o paciente, antes mesmo dele entrar no consultório odontológico, especifica Dra. Marly. “Este primeiro contato pode ser até mesmo via site deste profissional na internet, no primeiro alô, no primeiro contato telefônico que o paciente realizar. É todo um contexto. Quando o paciente diz que tem medo, eu não utilizo a palavra consulta como o primeiro contato, eu digo que vou fazer uma entrevista. Inicialmente, usamos uma técnica conversacional, o rapport - acolhimento e cumplicidade em nosso atendimento. Nós usamos a hipnose conversacional e a clássica, nas quais entrariam o transe e o relaxamento. A hipnose é consensual e o paciente tem de permitir que alguém o hipnotize. Se não, isso não é possível.”

Por ser especialista em Odontologia para Pessoas com Necessidades Especiais, Dra. Adriana Zink também faz esse questionamento antes de atender os pacientes. Muitas vezes, ela tem de ter cuidado redobrado em suas consultas como, por exemplo, em pacientes com deficiência visual, que podem desenvolver com mais facilidade o medo excessivo ou fobia do dentista.

“São vários pontos que têm de ser identificados o quanto antes para que o profissional possa fazer as adequações ao acolhimento ideal, pois o consultório é um ambiente extremamente sensorial, tem cheiro, tem toque. Há pacientes que têm sensibilidade à luz. Uma das coisas que temos mudado bastante em relação à classe, no geral, é a mudança da cor do jaleco em função da fobia ou medo do branco. A gente já tem usado mais o colorido”, completa a cirurgiã-dentista.

Adriana explica, ainda, que, em outros casos, o questionário inicial é feito pelo cuidador ou familiar desse paciente, que já pede para que seja feita uma sedação na hora do atendimento odontológico. “A gente tem que observar se é medo ou fobia dos pais, caso a criança nunca tenha passado por aquela sessão. Independentemente do contexto, a sedação é indicada para casos mais complexos, em que todo o condicionamento e toda a parte lúdica não tiveram o efeito que o profissional gostaria. Em alguns contextos, a sedação já é uma indicação inicial do acolhimento”.

Porém, ela reforça que é importante identificar de quem é o medo ou fobia, mas a escolha sempre é do paciente ou da família que responde por ele. E, se a sedação for a opção do atendimento odontológico, a cirurgiã-dentista diz que é aconselhável fazê-la em um ambiente hospitalar.

Já na hipnose, os cirurgiões-dentistas não usam a sedação e nem a medicação. Dra. Marly relata que a hipnose trabalha com a ressignificação daquela situação. “Seria como uma reprogramação do cérebro, como um computador. Temos a prerrogativa de mudar nossos pensamentos diariamente. Então, a gente pode comparar isso a um computador que podemos reprogramar. Através dessas mudanças, dos pensamentos e dos comportamentos, podemos observar mudanças psicológicas, neurológicas, imunológicas e endócrinas no nosso organismo”.

A odontofobia é uma condição séria, que precisa ser tratada. Se a pessoa identificou que tem os sintomas, ela precisa buscar ajuda e tratamento o mais breve possível, para voltar a realizar as consultas odontológicas e, assim, manter a saúde da boca, que impacta em todo o corpo, reforçam os especialistas.

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


Som alto nas academias: corpo em forma, audição em risco

Quanto mais uma pessoa frequenta locais barulhentos, maior é o risco à sua audição 


Pessoas que frequentam academias em busca de saúde e beleza não se dão conta mas, na busca por um corpo perfeito, correm o risco de ter a audição comprometida. O costume de muitas academias de colocar música alta como estímulo para a malhação é aceito pela maioria dos frequentadores. A prática é comum nas aulas de spinning, zumba, localizada e jump porque, segundo os instrutores, assim as atividades ficam mais animadas e excitantes. Mas é preciso cuidado com o volume do som.

De acordo com um estudo realizado na George Mason University (EUA), a intensidade sonora durante essas aulas na academia pode atingir 110 decibéis, nível extremamente perigoso para a saúde auditiva de alunos e professores, que podem, já no curto prazo, sentir zumbido nos ouvidos e, ao longo dos anos, ter perda auditiva cada vez maior, se continuarem a frequentar ambientes ruidosos.

“Quanto mais uma pessoa frequentar locais barulhentos, maiores são os riscos à sua audição. Além disso, na medida em que o volume passa dos 100 decibéis, aumenta o risco de lesões na cóclea (órgão dentro da orelha responsável pela audição). Dependendo da frequência e do tempo de exposição ao som elevado, o aluno e o professor podem sofrer danos auditivos de forma contínua e elevada ao longo da vida”, explica a fonoaudióloga Rafaella Cardoso, da Telex Soluções Auditivas, que é especialista em Audiologia. 

A academia de ginástica, um local destinado ao lazer e à saúde gera, paradoxalmente, ruídos sonoros próprios de ambientes industriais, danosos à audição. Na indústria, o uso de protetores de ouvido é obrigatório entre os trabalhadores. No entanto, nas academias, muito frequentadas por jovens, em geral não há essa consciência. O barulho em excesso é não apenas tolerável, mas também bem aceito. 

Especialistas afirmam que o nosso ouvido tolera sons de até 85 decibéis. No caso das aulas barulhentas, o mais seguro é permanecer no ambiente por apenas 30 minutos, no máximo. Além da música altíssima para que os alunos entrem no ritmo da malhação, os professores ainda têm que gritar a cada mudança de exercício, o que torna o barulho ainda maior. 

Estudo realizado em Curitiba (PR) investigou o perfil audiológico de 32 professores de academias de ginástica. Os resultados mostraram que 15% deles apresentavam perda auditiva neurossensorial para frequências agudas. Zumbido (24%), sensação de ouvido tampado (15%) e baixa concentração (15%) foram as queixas mais relatadas. 

Para evitar ou pelo menos atenuar os riscos de danos à audição, o melhor é usar protetores auriculares na academia, assim como fazem os trabalhadores de indústrias. Os protetores da Telex, por exemplo, são moldados de acordo com a anatomia do orelha de cada pessoa. “Os protetores reduzem o volume excessivo, mas quem usa não deixa de ouvir as conversas e a música”, explica Rafaella Cardoso.
 

Fones de ouvido nas academias também podem ser vilões 

Quando não estão em aulas específicas, é muito comum que os atletas de academia estejam caminhando ou correndo na esteira, pedalando na bicicleta ergométrica ou usando outros equipamentos. Nesses momentos, um companheiro inseparável é o fone de ouvido. Ouvir música é bom, mas ele passa a ser um vilão para a saúde auditiva quando é usado em volume alto. O problema está ligado não ao uso do fone simplesmente, mas sim ao volume e ao tempo diário em contato com a música alta diretamente no canal auditivo. Alguns modelos, com tecnologia mais avançada, permitem maior clareza da música sem que necessariamente o indivíduo tenha que aumentar demais o volume. 

“Recomendo às pessoas que frequentam aulas com música alta na academia ou usam fones de ouvido regularmente que procurem um médico otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo para checar a audição, por meio de um exame chamado audiometria. É ele que revela se o paciente já tem perda auditiva e como deve proceder, a partir daí, para evitar o agravamento do problema. Em muitos casos, quando já existe perda de audição, a indicação é de uso de aparelho auditivo”, esclarece a fonoaudióloga da Telex. 

Outra dica é usar fones mais confortáveis, que se ajustam melhor ao ouvido, permitindo assim um máximo isolamento do barulho ambiente. Deste modo, o usuário pode manter o volume em um nível confortável, já que naturalmente vai ouvir melhor o som das músicas.

 

Entenda por que o Parkinson pode afetar os mais jovens

Conhecida por se manifestar na terceira idade, especialistas explicam que a doença também atinge mais de 10% da população com menos de 50 anos

 

Recentemente, a jornalista e apresentadora Renata Capucci, anunciou que foi diagnosticada com a Doença de Parkinson. Atualmente com 49 anos, ela contou que recebeu o diagnóstico há quatro anos, quando tinha 45. A doença, que na maioria dos casos surge após os 60 anos, surpreendeu os telespectadores e internautas.

Mas você sabia que casos precoces da doença não são tão incomuns? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 10% a 15% dos pacientes com Parkinson têm menos de 50 anos. Entre todos os pacientes, estima-se que 2% tenham menos de 40 anos de idade.

O neurologista e coordenador do Núcleo da Memória no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Diogo Haddad, explica que, independentemente da idade do paciente quando é diagnosticado, os sintomas podem ser bem semelhantes. “Diferente do que costumamos pensar, o tremor não é o principal sintoma de Parkinson de Início Precoce, por isso é preciso estar atento a outros sinais ainda mais importantes”, explica o especialista.

Dentre os sintomas mais comuns estão movimentos involuntários de mãos, braços e pernas; contrações involuntárias de qualquer parte do corpo; lentidão para fazer movimentos simples e rotineiros como andar, pegar objetos, sentar ou se levantar; e alterações de humor, além de ansiedade e depressão.

De causa neurológica, a Doença de Parkinson ocorre devido à degeneração das células que produzem a dopamina neurotransmissor cerebral, que conduz as correntes nervosas para todo o organismo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos, provocando sintomas como rigidez muscular, desequilíbrio motores e tremores.

A recomendação do neurologista é que independentemente da idade, deve-se procurar por uma avaliação médica o quanto antes, caso apresente algum desses sintomas. A forma precoce da Doença de Parkinson pode ter uma origem genética e isso também precisa ser investigado. “Sua progressão é mais lenta e é possível ter qualidade de vida com o tratamento individualizado e medicação adequada”, finaliza o médico.

 

Hospital Alemão Oswaldo Cruz

https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

 

Trombose do viajante


As longas horas viajando de carro, ônibus ou avião pode colaborar com o surgimento de trombose venosa profunda, uma vez que a pressão venosa aumenta quando estamos parados pela diminuição da drenagem venosa da panturrilha. As meias elásticas podem ser a solução para evitar as varizes e melhorar a circulação no período. 

Durante o período de férias a circulação pode ficar comprometida por conta do tempo em que os viajantes passam na mesma posição. Dr. Caio Focássio, cirurgião vascular de SP, explica que passar longas horas viajando de carro, ônibus ou avião pode colaborar com o surgimento de trombose venosa profunda, uma vez que a pressão venosa aumenta quando estamos parados pela diminuição da drenagem venosa da panturrilha.

“Quando estamos nessa posição, as pernas ficam paradas para baixo, favorecendo o edema por redução do fluxo venoso, podendo levar a um quadro de oclusão venosa (trombose venosa) que levará a insuficiência venosa crônica e surgimento de varizes a médio prazo”, diz o médico. 

Mais comum em mulheres (acometem elas na proporção de 4 para cada homem), os problemas vasculares costumam ser predispostos pela hereditariedade, idade, raça, obesidade, gestação, uso de anticoncepcionais e, claro, pela postura. A doença, todavia tem tratamento e pode ser prevenido. No caso das viagens, além de fazer uso de medicamentos -- se necessário - também é possível usar meias elásticas para ajudar no retorno venoso dos membros inferiores e, preferencialmente, fazer algumas pausas durante o percurso para se movimentar (no caso do transporte aéreo, vale dar uma voltinha pela aeronave) e, assim, ajudar a manter a saúde e a beleza das pernas.
 

FONTE: Dr. Caio Focássio - Cirurgião vascular pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Pós graduado em Cirurgia Endovascular pelo Hospiten -- Tenrife (Espanha). Médico assistente da Cirurgia Vascular da Santa Casa de São Paulo.

drcaiofocassiovascular

TPO é essencial para o diagnóstico correto da alergia alimentar

A prevalência da alergia alimentar vem aumentando ao longo dos anos e, a despeito de todo o avanço científico, a principal medida terapêutica ainda é a exclusão dietética do agente causal, o que gera importantes impactos nutricionais, psicológicos e financeiros, não só para as famílias, como para a rede pública de saúde. Diagnosticar corretamente a alergia alimentar é um desafio, que nos impomos diariamente, na nossa prática clínica.


O Teste de provocação oral é considerado o exame “padrão ouro” para diagnosticar da alergia alimentar. Consiste na oferta do alimento suspeito de estar causando a alergia, em intervalos regulares, sob supervisão médica, para monitoramento de possíveis reações. Dra. Jackeline Motta Franco, Coordenadora do Departamento Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), explica quais são as principais indicações do TPO:


Confirmar ou excluir uma alergia alimentar;

Avaliar aquisição de tolerância em alergias alimentares potencialmente transitórias como a do leite, do ovo, do trigo ou da soja;

Avaliar reatividade clínica em pacientes sensibilizados e nos com dieta restritiva a múltiplos alimentos;

Determinar se alérgenos alimentares associados com doenças crônicas podem causar reações imediatas;

Avaliar tolerância a alimentos envolvidos em possíveis reações cruzadas, e
Avaliar o efeito do processamento do alimento em sua tolerabilidade.

“Quando positivo, o teste traz benefícios relacionados à confirmação do diagnóstico de alergia alimentar, à redução do risco de exposição acidental e da ansiedade sobre o desconhecido, além de validar o esforço do paciente e de seus familiares em evitar o alimento. Se negativo, permite a ingesta do alimento suspeito, reduzindo o risco nutricional e melhorando a qualidade de vida do paciente”, explica Dra. Jackeline.


Como é feito o TPO – Pode ser realizado em pacientes de qualquer idade e com alergia de diferentes mecanismos imunológicos.

O TPO em pacientes com alergia alimentar mediada por IgE, que surge quando os sintomas ocorrem dentro de duas horas, deve ser realizado com doses tituladas, para evitar reações graves, e sempre em ambiente controlado e com equipe capacitada para prestar assistência a um paciente com possibilidade de desenvolver anafilaxia.

Nas alergias não mediadas por IgE, os sintomas, em sua maioria, são predominantemente gastrointestinais, com sintomas tardios, entretanto, um quadro de enterocolite aguda grave pode ocorrer, sendo necessário acesso venoso para hidratação e observação por um período mais prolongado.

A Coordenadora de Alergia Alimentar da ASBAI ressalta que o médico deve permanecer ao lado do paciente durante a realização dos testes de provocação oral. “Na presença de reações clínicas, com o auxílio da equipe de enfermagem, medicações deverão ser administradas e a monitorização periódica dos sinais vitais deverá ser realizada até controle das manifestações clínicas”, explica Dra. Jackeline.

Os sintomas da alergia alimentar são bastante variados e podem se manifestar desde vermelhidão em regiões isoladas do corpo a um colapso cardiovascular. Entre as manifestações possíveis, destacam-se:


- Cutâneas: placas vermelhas localizadas ou difusas por todo corpo (urticária), inchaço de olhos, bocas e orelhas (angioedema), coceira. A dermatite atópica, lesão de pele extremamente pruriginosa (muita coceira), está associada a alimentos apenas nas formas mais graves (dermatite ou eczema disseminados pelo corpo e não apenas em dobras de cotovelos e joelhos).


- Gastrointestinais: diarreia e vômitos imediatos; diarreia com ou sem sangue, refluxo, vômitos persistentes e perda de peso.


- Respiratório: coriza, espirros e chiado no peito (broncoespasmo) podem ocorrer de forma imediata após a ingestão do alimento. Pacientes com asma não controlada são mais predispostos a este sintoma. Mas, é importante ressaltar que sintomas crônicos do sistema respiratório, como rinite e asma, dificilmente são manifestações de alergia alimentar quando não houver alterações cutâneas e/ou gastrintestinais.


- Cardiovasculares: a queda da pressão arterial, levando ao desmaio, à tontura, arroxeamento dos lábios (hipóxia) caracterizando o choque anafilático, podem representar a forma mais grave da doença, com evolução muitas vezes imprevisível.

 

ASBAI -  Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

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Depressão e Saúde Bucal: Você Sabe a Relação?

Depressão e ansiedade são os principais casos desenvolvedores de bruxismo.


A saúde mental faz parte da saúde do ser humano como um todo, não tem como separar. E sorrir pode ser um verdadeiro desafio quando se está enfrentando uma depressão. 

A depressão é uma doença psiquiátrica, em que os distúrbios frequentes de humor e a falta de ânimo podem acabar afetando fisicamente e inclusive a saúde bucal. 

A última pesquisa mais abrangente, da Vital Strategies e da Universidade Federal de Pelotas, mostrou que diagnósticos de depressão subiram de 9,6% antes da pandemia para 13,5% em 2022. A Associação Brasileira de Psiquiatria cita que um quarto da população tem, teve ou terá depressão ao longo da vida. 

O estudo “The association between poor dental health and depression: findings from a large-scale, population-based study”, realizado por Adrienne O’Neil e Michael Berk, respetivamente das universidades de Deakin e Monash, na Austrália. De acordo com os pesquisadores, que analisaram os dados de mais de 10 mil doentes, a depressão está relacionada com fatores objetivos e subjetivos de uma má saúde bucal. 

Segundo a cirurgiã dentista e especialista em saúde bucal Dra. Bruna Conde diante de picos de estresse e ansiedade, o corpo de muitas pessoas pode responder com o aparecimento de aftas e o hábito de apertar ou ranger os dentes durante o dia e/ou noite (bruxismo). Como há uma alta no cortisol, conhecido como "hormônio do estresse", há consequentemente um enfraquecimento do sistema imunológico, que facilita o acesso de bactérias, surgimento de problemas gengivais e hálito. 

De acordo com a Dra. Bruna, uma das principais causas do bruxismo vem de problemas psicológicos, especialmente ansiedade e depressão. O apertamento e ranger dos dentes podem ocasionar diversas consequências ao paciente, como lesões orofaciais, desgaste excessivo dos dentes, distúrbios das articulações da mandíbula, sensibilidade e dor muscular. 

“Pacientes com quadro de ansiedade e depressão são os que mais sofrem com a disfunção da articulação temporomandibular (DTM), que causa dores frequentes de cabeça, estalos na mandíbula e até mesmo dificuldade para abrir e fechar a boca.” salienta a especialista Bruna Conde.

Outro fator se dá ao tratamento com antidepressivos, que podem gerar efeitos colaterais como a diminuição da saliva, podendo ocasionar infecções, cáries, fissuras, doença periodontal, alteração do hálito, entre outros danos. 

Muitos buscam compensações ou desenvolvem compulsão por alimentos ricos em açúcares e carboidratos, que geram uma sensação de satisfação temporária. “Mas, quando consumido em excesso, e com a higienização negligenciada após o consumo, o comportamento aumenta os riscos de cáries, ou seja, uma deterioração da estrutura dentária por causa da presença de bactérias na boca. Esse descuido se explica na grande maioria das vezes, o fato do paciente estar deprimido e com sentimento de incapacidade, insuficiência, tristeza profunda e grande perda de energia que influencia diretamente na ida ao dentista e nos cuidados diários.” destaca a especialista. 

“Caberá a um profissional especializado avaliar cada caso com cautela, oferecendo um atendimento bastante humanizado e individual, de acordo com a condição psicológica de cada paciente.” fala a Dra. Bruna. 

Cuidar da sua saúde mental e da bucal pode ajudar a restaurar o equilíbrio e o bem-estar, por isso, é importante buscar manter corpo e mente sãos.

  

Dra Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.
CRO SP 102038

Balão intragástrico é alternativa saudável para inibir consumo excessivo de alimentos

O sobrepeso é um mal que afeta mais de 57% da população brasileira, conforme aponta a pesquisa Vigitel 2021, elaborada pelo Ministério da Saúde. Uma parcela desse número é composta por pessoas que estão dispostas a entrar no próximo verão com corpo em forma. Mas a matrícula na academia e as mudanças de hábitos alimentares ocorrem quase que às vésperas da chegada mais quente do ano.

Além disso, esse comportamento muitas vezes é sazonal: o indivíduo consegue praticar atividades físicas e se alimentar com qualidade durante a semana, mas não resiste ao churrasco e à cerveja do sábado e do domingo. Para esses, o melhor é pensar em alcançar o corpo ideal no verão de 2024 ou 2025.

Mas a ciência avançou, e hoje há métodos inovadores que contribuem para a melhora da alimentação. O balão intragástrico é uma ferramenta poderosa para ajudar nessa mudança de hábitos. “O balão intragástrico é, literalmente, uma bola de silicone, e no seu interior contém 400 a 700 ml de uma solução salina e azul de metileno”, explica o Dr. Leonardo Salles de Almeida, cirurgião bariátrico e do aparelho digestivo do Instituto Mineiro de Obesidade (IMO).

“O benefício que o balão oferece ocorre porque ele ocupa uma boa parte do volume do estômago, diminuindo a quantidade necessária de comida para preencher a região e gerar a sensação de saciedade no paciente. Por isso, o balão inibe o consumo excessivo de comida, levando a uma perda significativa de peso em pouco tempo”, explica o médico.

Segundo o especialista, a perda média do peso corporal chega a 20% em 6 meses, e no período de um ano alcança os 30%. “Esse desempenho é que garante a eficácia do balão nos pacientes. E com a vantagem de não precisar de cirurgia ou corte na introdução ou retirada, nem de internação hospitalar”, explica Leonardo Salles. O balão é instalado ainda vazio dentro do estômago, por meio de endoscopia, e a retirada ocorre pelo esvaziamento e retirada também através do procedimento.


Contraindicações

O uso do balão intragástrico é indicado em diversos casos: para quem sofre com sobrepeso e que esteja com índice de massa corporal (IMC) acima de 27, e também para pacientes que tiveram ganho de peso acima de 10% do peso normal ou que tenham dificuldades de emagrecer pelos métodos convencionais.

“Nós também recomendamos para mães em período pós-gestacional com dificuldade de perda de peso, pois é o momento mais frequente de início do descontrole do peso em mulheres, e para o controle da hipertensão arterial e de diabetes tipo II em pacientes obesos. Há ainda benefícios para pessoas que sofrem de apneia do sono e que têm sobrepeso na adolescência. O balão intragástrico também auxilia no pré-operatório de pacientes obesos em cirurgias, incluindo a bariátrica, Reduzindo os riscos da cirúrgia”, orienta o médico Leonardo Salles.

Por outro lado, ela não é recomendada para quem já passou por uma cirurgia gástrica ou esofágica. O balão também é contra-indicado aos pacientes que sofrem de hérnia de hiato grandes e para dependentes químicos que não estão em controle. Para estes casos, temos outros procedimentos, mas que tem sua indicação analisada caso a caso.


Rotina de consultas com o pediatra é determinante para o diagnóstico precoce, reforça sociedade oncológica

Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica destaca o trabalho dos pediatras em conjunto com oncologistas na luta contra o câncer


Apesar do câncer ser uma doença que exige um alto grau de suspeição, o acompanhamento com o pediatra é fator essencial para o diagnóstico precoce de crianças e adolescentes. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) reforça a importância da rotina de consultas e do olhar atento do especialista aos sintomas para a saúde e bem-estar do público infantojuvenil. 

“O pediatra que já conhece o histórico de desenvolvimento da criança consegue distinguir sintomas que às vezes são muito sutis e tende a efetuar uma suspeita diagnóstica o mais precocemente possível, permitindo que ela chegue ao centro de tratamento com a doença menos avançada. Nessa situação, a chance de cura é muito maior", afirma Dr. Gustavo Ribeiro Neves, médico Oncologista e Hematologista, membro da SOBOPE.  

Para Neves, o acompanhamento regular permite que a criança tenha um apoio, que haja uma orientação aos pais para crescimento, atenção em relação às vacinas e tudo aquilo que envolve os cuidados com a criança, além de possibilitar que sintomas discretos sejam notados mais rapidamente: “Assim, o médico conseguirá realizar um diagnóstico melhor e com mais assertividade”.  

De acordo com o especialista, as visitas de rotina ao pediatra continuam sendo necessárias após o diagnóstico de câncer. Em conjunto com o oncologista, o médico irá observar o desenvolvimento da criança durante e após o tratamento oncológico, que pode vir a deixar sequelas.  

"O pediatra precisa ser, ao menos, orientado pelo oncologista sobre quais são as sequelas esperadas após aquele tratamento. Os oncologistas conseguem ter uma expectativa de complicações baseada no tipo e intensidade do tratamento feito pela criança. O profissional deve estar atento a essas complicações, pois podem acontecer apenas no futuro, quando o oncologista não estará mais tão presente no acompanhamento", conclui Dr. Gustavo Ribeiro Neves.


Mulheres no mercado de TI: a passos lentos, elas ganham cada vez mais espaço

Empresas vêm demandando cada vez mais a presença feminina nos processos seletivos de cargos de liderança e abrem espaço para uma nova realidade

 

O estigma de que o mercado de TI foi feito somente para homens vem caindo ladeira abaixo nos últimos anos. Em diferentes níveis hierárquicos – principalmente cargos C-Level e posições em conselhos – a presença feminina nesse universo vem ganhando cada vez mais relevância. Segundo o estudo Women in the boardroom - realizado pela Deloitte e divulgado em 2022 - até o ano passado, 19,7% dos cargos em conselhos de administração globalmente falando eram ocupados por mulheres. 

No Brasil, essa realidade ainda caminha a passos menos acelerados. No país, esse índice é de 10,4%, mas vem apresentando alta a cada ano. Segundo especialistas, a conscientização sobre a equidade de gênero levou a iniciativa privada a adotar ações mais concretas para promover um aumento da participação feminina nos cargos de liderança. 

Ainda de acordo com o levantamento, do total de 165 empresas pesquisadas no Brasil, há 115 mulheres ocupando cadeira nos conselhos das empresas, mas apenas 4,4% delas são presidentes desses colegiados. Em 2016, esse número era bem menor, apenas 1,6%. 

Na radiografia do estudo da Deloitte, entre os cinco setores econômicos que mais têm mulheres nos conselhos, o mercado de tecnologia, mídia e telecomunicações se destaca com 14,7%.


 

Mulheres CEOs

Ainda olhando o cenário brasileiro, a Grant Thornton fez uma pesquisa com cerca de 250 empresas e constatou que 35% dos cargos de CEOs são ocupados por mulheres, contra uma média global de 24%. 

De acordo com Marcus Giorgi, sócio da EXEC - empresa especializada em Executive Search - e responsável pelos segmentos de TMT (Tecnologia, Mídia e Telecom) e Consultorias, esse movimento vem sendo verificado na prática, a começar pelos processos seletivos. “Quase a totalidade das empresas que atendemos já estão pedindo que pelo menos uma mulher esteja na lista de finalistas para concorrer a uma vaga executiva”, conta.

Outra constatação feita por Giorgi é que uma em cada três vagas estão sendo preenchidas por mulheres. “O número de mulheres nas disputas pelas vagas e nas aprovações segue subindo e a tendência é que essa participação fique cada vez maior perante o público masculino”, enfatiza.


Desafios 

Considerados anteriormente ambientes inóspitos para mulheres, as áreas de TI das empresas hoje oferecem menos obstáculos para as profissionais de liderança, segundo Giorgi. Todavia, o esforço de provar sua competência ainda se faz necessário. “As mulheresenfrentaram situações bem mais complicadas para liderar essas áreas. De toda forma, ainda precisam fazer um esforço extra para provar sua competência e brigar por seu espaço”, explica.
  
O especialista da EXEC destaca que nesse sentido o esforço é dobrado para desmistificar qualquer tipo de preconceito que possa existir nesses segmentos. “Nas fintechs, operadoras de telecomunicações e empresas de software já é possível notar uma bloqueio bem menor em relação à presença das mulheres em cargos como CIOs, por exemplo”. 

Segundo Giorgi, a disputa entre os profissionais hoje ocorre de forma bem mais igualitária, inclusive sob o ponto de vista salarial. Cada vez mais é possível ver mulheres gerindo áreas como vendas, marketing, financeira e TI.


 

Mais do que conhecimento técnico 

Além de serem cobradas para terem um conhecimento técnico acima da média, as mulheres que lideram áreas ligadas à tecnologia precisam reforçar o que se chama de soft skills, habilidades que estão ligadas ao lado comportamental. “As pessoas tendem a julgar as mulheres como mais emocionais do que racionais, o que nem sempre é verdade”, enfatiza Giorgi.

Uma das características fundamentais que uma líder deve ter é a resiliência, aponta o especialista da EXEC. “A mulher vai ser colocada à prova o tempo todo e precisa mostrar que também consegue entregar resultados além de ser cobrada por líderes homens que muitas vezes ainda as julgam como frágeis”. 

Ligada diretamente à resiliência, Giorgi destaca a inteligência emocional como um diferencial na ascensão da liderança, quer seja ela feminina ou masculina. “Dentro dos escritórios hoje já vemos um número cada vez maior de mulheres  e a inteligência emocional está seguramente ligada a este fato. Mulheres geralmente possuem maior capacidade de avaliar, compreender e expressar emoções e sentimentos que facilitem seu trabalho e o da equipe e, além disso, sabem motivar e gerar empatia”, afirma. 

Para o especialista, a presença cada vez maior de mulheres em cargos de liderança em empresas de tecnologia é um caminho sem volta. “Hoje temos empresas que buscam mais colaboração e menos hierarquia, e as mulheres vão continuar a ganhar espaço nessa movimentação”, conclui.


ENEL BRASIL LEVA CAMPANHA DE SEGURANÇA COM A REDE ELÉTRICA PARA O UNIVERSO DOS GAMES


     Jogo tem como objetivo educar e mostrar como evitar situações de riscos com a rede de energia elétrica

 

A Enel Brasil, um dos maiores grupos privados do setor de energia do País, acaba de lançar um game com o objetivo de conscientizar a população sobre os perigos e cuidados com a rede de energia elétrica. O lançamento complementa a campanha "Movimento Pela Vida", que está no ar desde maio, com ações em redes sociais e outras estratégias de comunicação. 

O jogo foi implementado e desenvolvido por meio de uma parceria entre Enel e Gameloft For Brands, com a assinatura da agência Ogilvy Brasil. É um branded game, nas categorias de aventura, educação e entretenimento, com classificação etária livre e está disponível aos clientes das distribuidoras nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Goiás. 

O game funciona da seguinte forma: ao iniciar a partida, o jogador encontra um rol de opções, com três fases de 10", onde o personagem Juca deve agir com segurança para ganhar pontos. A cada etapa, há uma explicação com dicas para evitar os perigos da rede elétrica. A primeira fase é relacionada ao tema de pipas e o jogador precisa desviar da rede elétrica para evitar o risco de choque. O segundo desafio aborda o tema da construção civil, e é preciso executar a tarefa sem encostar na fiação elétrica. Na terceira e última etapa, voltada ao tema do agronegócio, o jogador precisa desviar dos obstáculos que aparecem usando um trator.  Ao final do jogo, o usuário é direcionado ao site da companhia, para conhecer todas as dicas de segurança e prevenção da Enel, buscando reforçar cada vez mais a importância deste tema para a população. 

"Como parte da campanha de segurança, o lançamento do game alia diversão e educação para promover a conscientização sobre os perigos da rede elétrica. A iniciativa integra a campanha Movimento pela Vida, onde abordamos os riscos associados às atividades como construção civil, poda de árvores, pipas, fios partidos, entre outros", explica Fernando Sousa Rodrigues, responsável pela área de Marca da Enel Brasil. “Nosso principal objetivo é educar o público e mostrar que pequenos cuidados e hábitos no dia a dia podem evitar incidentes e salvar vidas, diminuindo assim, o número de acidentes com a rede elétrica”, conclui. 

O game está disponível até janeiro de 2023, e pode ser baixado, gratuitamente, nos dispositivos IOS e no Android. Todo o projeto foi desenvolvido por Vinicius Souza, project Lead da Gameloft for Brands, e o game developer foi Satrio Budi Dharmawan, produtor da Gameloft.

“Os riscos e perigos envolvendo a rede elétrica estão por todos os lados, assim como a quantidade de mensagens que recebemos. É um grande desafio abrir novos caminhos para transmitir uma mensagem tão importante de educação e segurança, e acredito que a gente encontrou um jeito bem divertido com essa iniciativa do anúncio interativo" destaca o Diretor de Criação da Ogilvy Brasil, Paulo Salles.

 

Ficha técnica:

AGÊNCIA: Ogilvy Brasil

CLIENTE: Enel

TÍTULO: “Movimento pela vida - Enel”

PRODUTO/ÁREA:  Institucional

CCO: Sergio Mugnaini

DIRETOR DE CRIAÇÃO: Ricardo Sciammarella/ Paulo Salles

CRIAÇÃO: Tiago Volpe, Letícia Rossi e Vitor Sayão

ATENDIMENTO: Luis Carlos Franco, Fernanda Gorgatti, Fernanda Monteiro, Rayssa Pizzato

PR: Raphaela Brito

MÍDIA: Pamela Araújo, Debora Barbosa, Veronica Ramos, Crys Oliveira

 

PRODUÇÃO: Gameloft For Brands

PROJECT LEAD: Vinicius Souza

GAME DEVELOPER: Satrio Budi Dharmawan

 

86% das pessoas em home office apresentaram, pelo menos, 1 dos 12 estágios que levam ao nível máximo de exaustão

Pesquisas recentes da Gallup mostram que o trabalho remoto tem desgastado mais os profissionais, comprometendo sua saúde mental

 

O esgotamento no trabalho se dá muito mais pela forma com que nos relacionamos do que com “o quê” nos relacionamos. De acordo com pesquisas recentes realizadas pela Gallup, cerca de 86% das pessoas que trabalham de forma remota apresentaram pelo menos 1 dos 12 estágios dentro das seis etapas até o nível máximo de exaustão.

Mais de 67% das pessoas ainda se sentem pressionadas a estarem disponíveis durante todo o tempo, inclusive fora da jornada "tradicional" conhecida como "horas úteis" ou mesmo fora dos horários combinados previamente, e 45% declara estar trabalhando mais horas do que deveria.

“Para o profissional home office tirar folga ou férias é algo praticamente impossível. Como posso me dar ao luxo de desaparecer, se já nem existo? Se não me vêem? Reconhecer, nomear e interromper as violências invisíveis deveria estar na prioridade de todo o time. Somos excelentes em saber quando sofremos algo, mas muito pouco eficientes em identificar quando somos os agentes agressores”, menciona a psicanalista e CEO do Ipefem, Ana Tomazelli. 

No modelo remoto, infelizmente, o trabalho ganha um peso muito maior, principalmente na abordagem verbal. “É preciso declarar os limites, fazer mais perguntas, aprender a manifestar os desagrados e buscar consensos. É preciso elogiar mais, celebrar mais, acolher mais!”, detalha a psicanalista. 

A cobrança por resultados, o WhatsApp tarde da noite, o email com letras maiúsculas, a retirada de tarefas, a exclusão dos eventos, a piada sobre o corpo, a insistência na intimidade, a falta de feedback, as ameaças indiretas, o deboche diante de um resultado que poderia ter sido melhor: posturas tóxicas são o ponto de partida e a nutrição de um ambiente doente. São violências invisíveis que ganham muito espaço em formatos híbridos ou 100% remotos.

“Não respeitar os próprios limites (ou nem reconhecê-los) também contribui para exaustão, mas é injusto atribuir responsabilidades individuais quando o problema é sistêmico e quando o medo de perder a fonte de renda é maior do que a coragem de se preservar. Por outro lado, esperar que o sistema mude, no curto prazo, é quase ingênuo da nossa parte, o que nos traz de volta às esferas mais particulares”,  complementa Ana Tomazelli. 

O Brasil acumula posições preocupantes quando o assunto é saúde mental e tudo vai passar pelo trabalho, ou seja, pelas relações estabelecidas nos ambientes físicos ou remotos em que há alguma atividade profissional. Atualmente, o País ocupa o primeiro lugar no ranking de ansiedade em nível global, segundo em burnout e quinto em depressão.

“É necessário entender que estatísticas sociais são estatísticas corporativas. Temos a tendência de colocar a culpa nas empresas, esquecendo que as empresas - e qualquer outra corporação - são representadas por pessoas. Se um jogador de futebol faz algo errado, o que isso significa para o time?”, finaliza a profissional. 



Ana Tomazelli - psicanalista e idealizadora do IPEFEM (Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas). A profissional conta com 20 anos de experiência no mercado de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas, com passagem pelas empresas KPMG, Dasa, UnitedHealth Group, Solera Holdings, entre outras. Pós-graduada em Gestão de Pessoas pela FGV, Administração e Gestão de Empresas pelo IBMEC, Psicanálise e Saúde Mental (IBCP).



Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas - Ipefem
https://ipefem.org.br/


Cuidados com o carro no inverno

 

Carros são meios de transporte resistentes, porém, demandam muita atenção para manter o pleno funcionamento de todas as partes e a segurança dos usuários. Em temperaturas menores, como as experimentadas por grande parte do Brasil durante o inverno, é preciso ter cuidados especiais para proteger e garantir a manutenção do seu automóvel.

O primeiro componente que necessita de cautela é a bateria. Um dos itens mais importantes para o funcionamento de muitos equipamentos que trazem segurança e conforto dentro do automóvel, a bateria pode sofrer uma sobrecarga desencadeada pelo frio, o que compromete o desempenho do carro. A recomendação é evitar o uso de centrais multimídias, faróis e outros dispositivos enquanto o veículo permanecer estacionado.

Outro ponto de atenção são as palhetas utilizadas para limpar o para-brisas. Muito importantes para garantir a visibilidade do condutor, as palhetas podem ressecar em temperaturas baixas e perder a eficiência. “É interessante que a troca seja feita, para garantir a segurança da condução do veículo”, alerta Junior Ruciretta, CEO da Multifilmes, empresa especializada em aplicação de películas em automóveis e residenciais.

A pintura também sofre bastante com o frio. Os ventos, as chuvas e as geadas, caso tenha na sua região, são capazes de danificar a lataria, se exposta por muito tempo a essas condições. Nesses casos, o indicado que você lave seu carro a cada duas semanas e, se possível, instalar uma película protetora na lataria do carro. “No mercado, existem películas aplicadas em todo o veículo e que protegem a pintura do carro da ação do clima e de arranhões. Elas são totalmente incolores e, além da proteção, ainda dão brilho à pintura, sem modificar a cor original e dispensa a necessidade de mudança no documento”, explica Junior.

Apesar de não parecer, o ar-condicionado também precisa de atenção no inverno. As baixas temperaturas fazem com que usemos o ar no modo quente, que foi negligenciado durante todo o verão e este pode ser casa para diversas bactérias e fungos. Trocar o filtro vai fazer bem para o aparelho e para a sua saúde. “Também é importante deixar ligado no modo frio, para evitar que os componentes rachem”, completa o especialista.

E, para finalizar, os pneus são itens que precisam de uma atenção ainda maior. No frio, a pressão muda e é importante monitorar a calibragem para garantir a eficiência e evitar acidentes. Não é necessário aumentar ou diminuir a calibragem indicada pelo fabricante, apenas mantê-la.

 

5 dicas para alcançar melhores resultados no seu e-commerce


Vender por meio de um e-commerce costuma ser mais desafiador do que você imagina. Diferente de uma venda tradicional, onde você consegue negociar e argumentar com o cliente, no e-commerce o cliente vai decidir comprar onde sentir segurança e onde encontrar preços mais baixos e entrega rápida.  
 
Mas, como ter o menor preço, segurança, entrega rápida, um bom layout e ainda ter um bom resultado?
 
Não existe uma receita pronta, pois cada empresa tem suas características, ramo, produto, regime tributário. Esses pontos mudam o resultado da empresa.
 
Somente com um estudo aprofundado e personalizado é possível elaborar um plano para a empresa oferecer um preço bem competitivo e ainda gerar um bom resultado financeiro.
 
No entanto, existem sim algumas alternativas para melhorar a performance do seu e-commerce. Neste artigo, a Consultora Financeira Patricia Pazold apresenta 5 principais dicas. Confira!
 
1 – Analisar  todos os custos variáveis da empresa
 
Observe seu marketplace. Como são cobrados fretes e comissões? Analise seu regime tributário e pondere se realmente compensa ou se é mais vantajoso mudar para outro que poderá trazer créditos tributários. Examine também todas as taxas de vendas de meios de recebimentos, caso você tenha seu site próprio.
 
2 - Considere todos os custos fixos e busque formas de reduzi-los
 
Detalhe todos os seus custos fixos, veja o que você consegue reduzir com fornecedores e otimização de mão- de -obra. Observe o que pode ser barateado e o que é um custo desnecessário. Dessa forma, você poderá reduzir seu preço final, tornando seu negócio mais atrativo.
 
Verifique principalmente aplicativos utilizados em e-commerce, você pode ter 3 aplicativos com as mesmas funcionalidades sem saber e ter custos desnecessários.
 
3 - Observe os resultados por marketplace
 
Se você vende em marketplace, você precisa separar os resultados por cada canal. Assim, você conseguirá saber o que está trazendo mais margem, o que oferece os menores custos e conseguirá melhorar o preço final para o consumidor.
 
4 - Conciliação de recebíveis
 
Concilie todos os seus recebimentos. Verifique com cautela se realmente o que está no contrato com os marketplaces ou meios de pagamentos estão sendo cobrados corretamente e se estão no seu orçamento.
 
5 - Projeção do resultado com indicadores e metas
 
Elabore projeções do resultado com simuladores. Coloque o resultado que deseja como meta e trabalhe focado nessas projeções. Dessa maneira, você poderá trabalhar cada produto, aumentando ou diminuindo o preço para ser competitivo, acompanhando os resultados e tomando as decisões necessárias para não perder vendas.

 
 


Patricia Pazold - Consultora Financeira, Contadora e Coaching, graduada em Administração de empresas e Ciências Contábeis,
possui MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria e MBA em Gestão Tributária. No mercado de trabalho, Patrícia possui 21 anos de experiência na área financeira, atuando com setor financeiro, contábil, compras, crédito, cobrança e logística. Além disso, também conta com uma bagagem de 12 anos de experiência em gestão de equipes. É especialista em consultoria financeira, elaboração e execução de treinamentos, reestruturação do setor financeiro, reestruturação do setor de logística (frota), controle de custos e despesas e controladoria.


Uso do ponto eletrônico biométrico diante da LGPD

Dados biométricos são aqueles capazes de identificar uma pessoa através da análise de características físicas (face, íris, voz, digital etc.). A Lei Federal nº 13.709/2018 - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) - considera tais dados como sensíveis (art. 5º, II), o que demanda maiores cuidados e restrições para a sua utilização. 

O ponto eletrônico é muito utilizado para autenticar a identidade de alguém em instituições financeiras, instituições de ensino, academias, ambientes de acesso controlado e também para controle de jornada de trabalho. 

Com a vigência da LGPD, é importante adequar o tratamento de dados biométricos às regras e princípios dessa lei. 

O primeiro passo é identificar a respectiva base legal, ou seja, uma das situações que a LGPD autoriza o uso dos dados pessoais. Por tratar-se de dados sensíveis, a subsunção deve ser feita em uma das hipóteses do art. 11 da LGPD. 

No caso de controle de jornada é possível fundamentar o tratamento no art. 11, II, “a”, da LGPD (cumprimento de obrigação legal ou regulatória), haja vista que determina o art. 74, CLT e as Regulamentações do Ministérios do Trabalho (Portarias nºs 1.510/09 e 373/11). 

Já nos casos de autenticação de identidade, a base legal que parece mais adequada é a prevista na alínea “g”, inciso II do art. 11, da LGPD, ou seja, para prevenir fraude e garantir a segurança do titular. 

Nessa última hipótese o controlador deve, ainda mais, informar ao titular a finalidade específica do tratamento, a sua forma e duração, a existência de compartilhamento, os direitos dos titulares e a responsabilidade dos agentes que realizarão este tratamento. Também deve ser feito um sopesamento entre os efeitos do tratamento e os seus riscos aos direitos e liberdades dos titulares, já que existem outras técnicas que podem ser utilizadas para tanto.

Além do enquadramento correto na base legal, é de rigor que não haja desvio de finalidade, é dizer, o dado biométrico coletado para controle ou identificação deve ser utilizado apenas para a finalidade que justificou a sua coleta, não podendo ser dado outro uso diverso. 

É dizer, se o dado biométrico foi coletado para permitir o ingresso do indivíduo em local de acesso restrito, não é possível utilizar esse mesmo dado para a realização de um estudo, pesquisa ou análise ou qualquer outro propósito diverso, sem que seja dado um novo enquadramento legal para essa nova finalidade. 

Um exemplo de uso de dados biométricos de forma indevida no Brasil foi o realizado pela ViaQuatro, empresa que tem a concessão da linha 4 amarela do metrô em São Paulo/SP, que captava por câmeras de reconhecimento facial as emoções, a idade e o gênero do passageiro quando olhavam para os anúncios publicitários. 

Tal hipótese não se enquadra em nenhuma das bases legais acima mencionadas (cumprimento de obrigação legal ou prevenção de fraude) para legitimar o tratamento dos dados pessoais sensíveis. Assim, para ser regular, seria necessário o consentimento do titular nos termos definidos pela LGPD, o que não ocorreu no caso, gerando uma multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para a empresa. 

Portanto, a empresa que optar por tratar dados biométricos deve primeiro identificar a sua finalidade e respectiva base legal para não infringir a legislação, além de adotar técnicas de seguranças robustas, como a criptografia e anonimização, tendo em vista o elevado risco que tais tratamentos trazem para o titular.

 

 Juliana Callado Gonçales - sócia do Silveira Advogados e especialista em Direito Tributário e em Proteção de Dados (www.silveiralaw.com.br)

 

Emprego nos Estados Unidos - é importante ter visto e validação de carreira

Diante de números, não existem muitos argumentos, e no caso das vagas de emprego nos EUA a realidade está estampada em diversas matérias em diferentes veículos de comunicação, são 11,5 milhões de vagas de emprego em diferentes áreas de atuação, com destaque nas áreas da saúde, engenharia e tecnologia abertas apenas no primeiro trimestre deste ano. 

Mas o sonho de viver em outro país, recebendo em dólar e tendo uma melhor qualidade de vida, não é tão simples assim, os empregadores norte-americanos querem contar com bons profissionais, entretanto, antes de arrumar as malas, é preciso ver duas questões importantes: o visto de trabalho e a validação de profissão que pretende exercer nos EUA.

A primeira iniciativa é validar o diploma e buscar o visto adequado, que pode variar com o profissional e a situação, a validação de diploma é uma etapa importante para obter a licença para atuação, e é sempre importante lembrar que no caso de profissões certificadas (como por exemplo, medicina ou direito), além de obter a certificação do diploma é preciso também buscar a licença do estado onde a pessoa pretende atuar.

“Muita gente erra no pleito imigratório, na obtenção do visto, pois a pessoa que está saindo do Brasil não chegará nos Estados Unidos já um médico ou dentista, é preciso mostrar ao oficial de imigração que já existe um processo de evolução na validação de sua profissão e incluir isso no pleito”, alerta o advogado Leonardo Leão, fundador e CEO/consultor de imigração e negócios internacionais da Leão Group.

Na busca do chamado sonho americano, Leão lembra que é muito importante não pular etapas, ter o auxílio de empresas especializadas na obtenção do visto e na validação de profissões, com um cronograma para mostrar ao oficial de imigração em quanto tempo essa pessoa estará apta a seguir sua carreira nos EUA. 

“Em caso de médico, por exemplo, muitas pessoas perguntam, é possível fazer um processo imigratório EB-2 NIW mesmo não sendo médico licenciado nos EUA? Pode sim, é possível, desde que seja apresentado o seu plano de atuação profissional, um cronograma realista para mostrar ao oficial de imigração em quanto tempo este profissional estará pronto para atuar como médico”, explicou.

Leão ainda lembrou que mesmo as pessoas que estão estudando ou se aperfeiçoando, ou até em casos de cursos de mestrado ou doutorado, é importante iniciar a validação, pois lá na frente, o visto pode ser negado por não ter um plano ou não ter informado as autoridades em seu pleito imigratório, que pretendia depois dos estudos atuar como profissional. 

“Quem faz mestrado ou doutorado, é um passo a mais na validação, mas é preciso iniciar esse processo. Outra coisa muito importante, mesmo quem já tem o visto, é importante validar sua carreira, pois nesse caso o greencard vira mais um plástico em sua carteira, já vi gente que infelizmente acabou voltando ao Brasil, mesmo com o visto, pois não conseguia trabalhar em sua área”, finalizou Leonardo Leão.

 

Leonardo Leão - É especialista em Direito Internacional, advogado, fundador e CEO/consultor de imigração e negócios internacionais da Leão Group. Mestre em Direito pela University of Miami School of Law, com especialização na University of Miami Division of Continuing & International Education. É pós-graduado em Direito Empresarial e Trabalhista pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Possui MBA pela Massachussets Institute of Business. Tem um vasto conhecimento e histórico comprovado de mais de 15 anos fornecendo conselhos indispensáveis aos clientes que buscam orientações em relação a internacionalização de carreiras e negócios.

 

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