Conhecida por se manifestar na terceira idade, especialistas explicam que a doença também atinge mais de 10% da população com menos de 50 anos
Recentemente, a jornalista e apresentadora Renata
Capucci, anunciou que foi diagnosticada com a Doença de Parkinson. Atualmente
com 49 anos, ela contou que recebeu o diagnóstico há quatro anos, quando tinha
45. A doença, que na maioria dos casos surge após os 60 anos, surpreendeu os
telespectadores e internautas.
Mas você sabia que casos precoces da doença não são
tão incomuns? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 10% a 15% dos
pacientes com Parkinson têm menos de 50 anos. Entre todos os pacientes,
estima-se que 2% tenham menos de 40 anos de idade.
O neurologista e coordenador do Núcleo da Memória
no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Diogo Haddad, explica que,
independentemente da idade do paciente quando é diagnosticado, os sintomas
podem ser bem semelhantes. “Diferente do que costumamos pensar, o tremor não é
o principal sintoma de Parkinson de Início Precoce, por isso é preciso estar
atento a outros sinais ainda mais importantes”, explica o especialista.
Dentre os sintomas mais comuns estão movimentos
involuntários de mãos, braços e pernas; contrações involuntárias de qualquer
parte do corpo; lentidão para fazer movimentos simples e rotineiros como andar,
pegar objetos, sentar ou se levantar; e alterações de humor, além de ansiedade
e depressão.
De causa neurológica, a Doença de Parkinson ocorre
devido à degeneração das células que produzem a dopamina neurotransmissor
cerebral, que conduz as correntes nervosas para todo o organismo. A falta ou
diminuição da dopamina afeta os movimentos, provocando sintomas como rigidez
muscular, desequilíbrio motores e tremores.
A recomendação do neurologista é que independentemente da idade, deve-se procurar por uma avaliação médica o quanto antes, caso apresente algum desses sintomas. A forma precoce da Doença de Parkinson pode ter uma origem genética e isso também precisa ser investigado. “Sua progressão é mais lenta e é possível ter qualidade de vida com o tratamento individualizado e medicação adequada”, finaliza o médico.
Hospital Alemão Oswaldo Cruz
https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/
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