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terça-feira, 19 de julho de 2022

Entenda por que o Parkinson pode afetar os mais jovens

Conhecida por se manifestar na terceira idade, especialistas explicam que a doença também atinge mais de 10% da população com menos de 50 anos

 

Recentemente, a jornalista e apresentadora Renata Capucci, anunciou que foi diagnosticada com a Doença de Parkinson. Atualmente com 49 anos, ela contou que recebeu o diagnóstico há quatro anos, quando tinha 45. A doença, que na maioria dos casos surge após os 60 anos, surpreendeu os telespectadores e internautas.

Mas você sabia que casos precoces da doença não são tão incomuns? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 10% a 15% dos pacientes com Parkinson têm menos de 50 anos. Entre todos os pacientes, estima-se que 2% tenham menos de 40 anos de idade.

O neurologista e coordenador do Núcleo da Memória no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Diogo Haddad, explica que, independentemente da idade do paciente quando é diagnosticado, os sintomas podem ser bem semelhantes. “Diferente do que costumamos pensar, o tremor não é o principal sintoma de Parkinson de Início Precoce, por isso é preciso estar atento a outros sinais ainda mais importantes”, explica o especialista.

Dentre os sintomas mais comuns estão movimentos involuntários de mãos, braços e pernas; contrações involuntárias de qualquer parte do corpo; lentidão para fazer movimentos simples e rotineiros como andar, pegar objetos, sentar ou se levantar; e alterações de humor, além de ansiedade e depressão.

De causa neurológica, a Doença de Parkinson ocorre devido à degeneração das células que produzem a dopamina neurotransmissor cerebral, que conduz as correntes nervosas para todo o organismo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos, provocando sintomas como rigidez muscular, desequilíbrio motores e tremores.

A recomendação do neurologista é que independentemente da idade, deve-se procurar por uma avaliação médica o quanto antes, caso apresente algum desses sintomas. A forma precoce da Doença de Parkinson pode ter uma origem genética e isso também precisa ser investigado. “Sua progressão é mais lenta e é possível ter qualidade de vida com o tratamento individualizado e medicação adequada”, finaliza o médico.

 

Hospital Alemão Oswaldo Cruz

https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

 

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