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quinta-feira, 2 de setembro de 2021

O desafio das empresas na prevenção do suicídio e promoção da vida


 

Healthtech HSPW aponta percentuais e traz orientações sobre como reconhecer os sinais de alerta e diminuir os riscos de suicídio


A cada 100 pessoas que morreram em 2019, uma cometeu suicídio, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Foram mais de 700 mil casos publicados no relatório “Suicide worldwide in 2019”, indicando que todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama - ou guerras e homicídios. Esse estudo comprova que o suicídio continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo e serve de alerta sobre o quanto é preciso dar atenção ao assunto.

 

No mês dedicado à prevenção contra o suicídio, a campanha do Setembro Amarelo realizada em todo o País trabalha no sentido de desmistificar a cultura e o tabu em torno do tema e orientar a sociedade a identificar os sinais de alerta de pessoas com risco de cometer o ato suicida. Só no Brasil, são mais de 12 mil suicídios por ano, conforme dados do Ministério da Saúde, número que pode ser ainda maior, devido à subnotificação nos registros. 

 

E são diversas as questões que elevam os riscos de um comportamento suicida, como fatores socioculturais, genéticos, filosófico existenciais e ambientais. Mas um trabalho realizado por Bertolote e Fleischmann (World Psychiatry Journal, 2002), e que revisou 31 artigos científicos publicados entre 1959 e 2001, englobando 15.629 suicídios na população em geral, demonstrou que em mais de 96,8% dos casos caberia um diagnóstico de transtorno mental na época da morte.

 

De todo modo, essa é uma questão de saúde pública que tem preocupado as organizações, principalmente neste tempo de pandemia pelo aumento dos fatores de risco para o suicídio, como estresse financeiro, falta de habilidade para resolução de problemas e isolamento social - ainda muito presentes e que afetam diretamente na rotina profissional e no andamento dos negócios. “São verdadeiras as questões que as pessoas apontam para não desempenhar bem o seu papel, ao mesmo tempo em que os problemas relacionados com a saúde mental dos colaboradores têm se tornado cada vez mais evidentes no ambiente de trabalho, implicando na falta de motivação para a realização das atividades, faltas consecutivas, queda nos resultados, entre outros sinais”, afirma o neuropsicólogo Ernani Carioni Filho, Diretor Clínico da healthtech HSPW (Healthy & Safe Place to Work).

 

Segundo ele, os transtornos mentais mais associados ao suicídio são: depressão, transtorno bipolar, dependência de álcool e abuso de substâncias psicoativas. Isso não significa dizer que todo suicídio está relacionado à uma doença mental preexistente, e nem que toda pessoa com transtorno mental esteja pensando em tirar a própria vida. O mesmo acontece com as condições sociais, que por si só também não explicam o ato suicida.

 

Um levantamento feito com amostra de 1.000 colaboradores de empresas inscritas na plataforma HSPW, que acompanha continuamente e em tempo real a saúde integral dos colaboradores, avaliou questões de saúde física, mental, financeira e organizacional e apontou que 53% dos colaboradores apresentam problemas financeiros; 33% têm obesidade; 7% têm depressão; 7% abusam do álcool e 1,4% têm ideação suicida.

 

Por isso, é muito importante que as empresas estejam atentas aos fatores de risco que envolvem o suicídio para apoiar o processo de reabilitação que pode salvar vidas. Entre eles podem constar abuso sexual na infância, alta recente de internação psiquiátrica, doenças incapacitantes, impulsividade/agressividade, isolamento social, suicídio na família, tentativa prévia e/ou doenças mentais.


 

Estratégias de prevenção contra o suicídio

 

Existem muitas doenças mentais e para cada uma existe um tratamento adequado, que ajuda a aumentar os fatores de proteção e diminuir os riscos de suicídio. “Auxiliar a identificar as hipóteses de diagnósticos e oferecer opções de encaminhamento é fundamental tanto para o processo de autoconhecimento e cura do indivíduo, como para o futuro das organizações”, comenta Ernani.

 

A HSPW é um agente engajador para a transformação e mudanças de hábitos que impactam a saúde dos colaboradores das empresas, a custos acessíveis. O mapeamento completo da saúde integral abrange desde depressão, estresse, burnout, qualidade do sono, nível de atividade física e síndrome metabólica até bem-estar e comportamentos financeiros, índice de aderência aos valores da empresa e atitudes relacionadas à diversidade e tolerância.

 

A plataforma oferece ainda um ecossistema de suporte composto por empresas de telemedicina, psiquiatras e psicólogos, clínicas de diagnóstico clínico, programas de auxílio psicológico, academias de ginástica, nutricionistas, odontólogos, ginástica laboral, consultorias de finanças pessoais, liderança e fit cultural, entre outros. 

“Seja por depressão, transtornos ansiosos, alimentares, dependência química, dentre outros fatores de risco para o suicídio, é essencial identificar o problema e buscar os diversos modos saudáveis e construtivos de enfrentá-lo”, complementa Ernani. Com a ajuda da HSPW é possível reconhecer os sinais de alerta preventivamente e salvar vidas.

 


HSPW – Ao se deparar com um universo de pessoas que atendem aos critérios de alteração da saúde física e mental, um time experiente de profissionais, entre eles Jairo Bouer, Marcelo Nóbrega, Glenda Kozlowski, Nestor Sequeiros, Daniel Leipnitz, Cleisson Barboza, Ernani Carioni Filho e Mari Abreu, se uniu em 2021 para lançar a healthtech. Com sede administrativa e comercial em São Paulo e de desenvolvimento técnico em Santa Catarina, a primeira plataforma de acompanhamento da saúde integral dos colaboradores atende clientes em todo o Brasil. Os serviços são cobrados por meio de uma assinatura mensal, com base no número de colaboradores e associados envolvidos no processo de avaliação. A plataforma é acessível por smartphones, notebooks e desktops e atende à LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados. Mais informações podem ser encontradas em https://www.hspw.com/ e www.instagram.com/hspwpeople


Neurocientista revela como desenvolver uma personalidade curiosa na criança

Não é segredo para ninguém que a infância é parte essencial para a formação intelectual de uma pessoa. É nesta fase da vida em que o seu cérebro está trabalhando ativamente para formar conexões que serão essenciais para o futuro da pessoa. Só que esta não é uma tarefa simples, e requer uma participação primordial dos pais neste processo.

 

Durante a infância, uma das fases mais comuns e lembrada por pais, familiares e educadores é aquela dos “por quês”. A criança indaga a tudo e a todos, e por isso precisa de respostas para essa série de perguntas. Com isso, seu cérebro formará conexões neurais, e ela terá uma quantidade de neurônios que lhe será vital.

 

Foi pensando nesta formação que o PhD, neurocientista, psicanalista e biólogo luso-brasileiro Fabiano de Abreu escreveu um artigo científico que será publicado na revista multidisciplinar de Portugal é tema de sua coluna no site Impala, também daquele país. Ele explica que, "Nesta etapa da vida, a criança está a fazer a plasticidade cerebral de forma intensa, formatando novos engramas de memória e consolidando as informações como projeto de personalidade." 

 

Para que esta construção seja feita com qualidade, Fabiano recomenda aos pais que dediquem parte do tempo para ensinar os filhos. “A vida está cada vez mais atribulada e é mais fácil entregar à criança um smartphone ou ligar a TV para distraí-la. Porém, essa não é a conduta correta para esta situação”. Ao entreter os filhos desta maneira equivocada, o neurocientista conta que isso “vai aumentar a ansiedade, e, consequentemente, a secreção de dopamina, que é o neurotransmissor da recompensa. O problema é que isso acontecerá de uma maneira diferente do natural, e tal situação pode prejudicar o desenvolvimento do lobo frontal, que é aquela região racional e da lógica no cérebro”.

 

Para evitar transtornos como esses, Fabiano acredita que a interação dos pais com os filhos pode ser feita de uma maneira muito simples: “Use desenhos no papel com lápis ou caneta, leitura de historinhas, diversão com jogos não virtuais, quebra-cabeças, ou uma prática esportiva. Além disso, boa alimentação e uma educação de conhecimento são igualmente essenciais”.

 

Os benefícios são tremendos: “Se atendermos a esta curiosidade, podemos formatar uma personalidade curiosa, essencial para a vontade em adquirir conhecimento. Ter paciência é a alma da boa educação. Explique, ensine, aguce o lado criativo da criança. Faça com que seja atendida sobre as curiosidades. A fase do porquê é tão boa e sentimos sempre falta dela depois que passar. Ajude à criança nessa importância de saber sobre as questões da vida e, assim, ela vai sempre querer buscar conhecimento e este, por sua vez, é a solução para uma vida melhor. Quanto mais opções de escolhas temos, com base no conhecimento, mais soluções encontramos”, finaliza Fabiano.


 

Créditos - Foto: Divulgação

https://www.impala.pt/editorial/desenvolvimento-infantil-personalidade-curiosa-fabiano-de-abreu-rodrigues/

Sociedades que envelhecem oferecem mais vantagens aos homens do que às mulheres, segundo estudo internacional


As diferenças de gênero no envelhecimento social favorecem os homens em relação às mulheres, o que sugere que os homens têm melhores recursos para ajudá-los a enfrentar os desafios do envelhecimento. A análise internacional, publicada na revista The Lancet Healthy Longevity, é a primeira do tipo a investigar diferenças de gênero na experiência de envelhecimento de pessoas idosas em 18 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O estudo revela que diferentes papéis de gênero na sociedade não apenas moldam as oportunidades de vida de mulheres e homens, mas também sua experiência de envelhecimento. Os homens são especialmente favorecidos em termos de renda e riqueza, são muito mais propensos a ter segurança financeira, ter trabalho remunerado e passar menos anos com problemas de saúde do que as mulheres na velhice.

Em todo o mundo, o número de pessoas com 65 anos ou mais deve mais do que dobrar nos próximos 30 anos, passando de 703 milhões em 2019 para 1,5 bilhão em 2050. Enquanto as mulheres nos países da OCDE têm uma expectativa de vida média de mais de três anos mais do que os homens, eles passam mais anos com problemas de saúde. Embora a maioria dos países da OCDE tenha alcançado a cobertura universal de saúde, o risco desproporcionalmente maior de deficiência e problemas de saúde nas mulheres aumenta a probabilidade de necessitarem de cuidados de longo prazo. As mulheres também ganham menos e têm maior probabilidade de viver sozinhas no final da vida.

"As sociedades envelhecidas reforçam as normas de gênero prevalecentes nas quais os homens continuam a receber a maioria das oportunidades, recursos e apoio social", diz a autora principal, Dra. Cynthia Chen, da Universidade Nacional de Cingapura. "Com o envelhecimento da população mundial a uma taxa sem precedentes e a expectativa de aumento da proporção de mulheres idosas em relação aos homens, há uma necessidade urgente de desafiar os preconceitos estruturais e políticos que favorecem os homens".

O autor sênior, Professor John Rowe, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, acrescenta: "As desigualdades com base na renda sugerem um amplo espaço para melhorar a posição das mulheres no trabalho remunerado, nas oportunidades de emprego e na renda de aposentadoria. Abordar essas disparidades de gênero não beneficiará apenas a sociedade, aumentando a longevidade das mulheres, poupança de prazo e segurança na velhice, mas também pode permitir que as mulheres vivam mais independentemente e com melhor saúde. E pode ter efeitos positivos para a próxima geração, reduzindo a carga de cuidados informais não pagos por mulheres mais jovens".

Os países variam amplamente em suas políticas e serviços para apoiar o bem-estar dos idosos, mas pouco se sabe sobre as diferenças na experiência do envelhecimento para homens e mulheres, apesar das diferenças substanciais de gênero na expectativa de vida e papéis sociais.


Medindo o impacto da sociedade na qualidade do envelhecimento

Para resolver isso, os pesquisadores usaram os dados mais recentes disponíveis da OCDE e do Banco Mundial entre 2015 e 2019 para 18 dos 35 países da OCDE com dados suficientes, para desenvolver um índice de envelhecimento específico de gênero e estimar o grau em que uma sociedade permite um envelhecimento bem-sucedido para homens e mulheres.

O novo índice é responsável por cinco domínios que captam fatores sociais e econômicos que afetam a qualidade do envelhecimento: bem-estar (viver mais tempo com boa saúde e satisfação com a vida); produtividade e engajamento (engajamento produtivo na sociedade por meio de trabalho remunerado ou voluntariado); equidade (como os recursos são distribuídos igualmente pela população idosa, particularmente dinheiro e educação); coesão (quão bem os idosos são integrados nas sociedades, incluindo a provisão de apoio social e não vivendo sozinhos); e segurança (tanto a segurança financeira quanto o grau de segurança física percebido pelos idosos).

Os pesquisadores calcularam o índice geral e as pontuações de domínio individual (de 0 a 100) para homens e mulheres, e compararam essas pontuações entre gêneros e países, com uma pontuação mais alta indicando um envelhecimento bem-sucedido da sociedade.

Os resultados sugerem que as diferenças de gênero no envelhecimento da sociedade favorecem os homens em uma média de 9 pontos em relação às mulheres.

No geral, os países do norte da Europa (ou seja, Dinamarca, Suécia, Finlândia e Noruega), Holanda e Japão se saem bem para ambos os sexos (pontuação do índice geral de 66 ou mais para homens contra 55 ou mais para mulheres), enquanto países do leste e do sul da Europa estão na parte inferior da classificação (por exemplo, Hungria, Polônia e Eslovênia, pontuação geral 38 ou menos contra 31 ou menos). O desempenho geral dos EUA é médio (pontuação 55 para homens vs 47 para mulheres), junto com outras nações industrializadas da Europa Ocidental, como o Reino Unido (57 vs 47) e Alemanha (62 vs 51).

Os países com as maiores diferenças nas pontuações entre homens e mulheres foram a Holanda (pontuação do índice geral 70 para homens contra 55 para mulheres), Áustria (64 x 51), Itália (51 x 39) e Dinamarca (70 x 59). Polônia (pontuação do índice geral 32 para homens contra 29 para mulheres), Espanha (55 x 51) e Irlanda (62 x 56) têm a menor diferença entre homens e mulheres.

Os autores reconhecem que suas descobertas mostram diferenças observacionais ao invés de evidências de causa e efeito. Eles apontam algumas limitações inerentes à metodologia, incluindo que o estudo foi transversal e, portanto, não pôde identificar tendências ao longo do tempo, e que os dados gerais da população foram usados ​​sempre que havia dados insuficientes comparáveis ​​desagregados por gênero ou quando os dados eram apenas disponíveis a nível de país e não a nível individual.

Eles também apontam que diferentes sociedades irão valorizar diferentes aspectos do envelhecimento, o que significa que haverá diferenças inerentes em suas pontuações. Finalmente, eles observam que os resultados do estudo refletem diferenças entre as economias desenvolvidas, portanto, a generalização dos resultados para indivíduos mais velhos em países de baixa renda é incerta.

 


Rubens de Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Chen, C., Maung, K., Rowe, J. W., Antonucci, T., Berkman, L., Börsch-Supan, A., ... & Zissimopoulos, J. (2021). Gender differences in countries' adaptation to societal ageing: an international cross-sectional comparison. The Lancet Healthy Longevity, 2(8), e460-e469.


É bom não ser filho único? Conheça cinco mitos e verdades sobre ter um irmão


Ter um irmão pode não ser a tarefa mais fácil do mundo, mas também é algo que pode moldar sua personalidade e forma de se relacionar com os outros; a psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em Psicologia Clínica pela PUC de SP, explica sobre a relação entre irmãos e lista alguns mitos e verdades sobre o tema

 

Quem tem um irmão sabe que estará ligado a ele por toda a vida. Mas, às vezes, é normal que a relação de irmãos não seja a das mais fáceis e apresente alguns conflitos. Além disso, para um grupo de três irmãos, a situação pode ser ainda mais delicada. Existem alguns conflitos que podem permear a relação, como “a síndrome do irmão do meio”, ou a crença que muitos têm de que os irmãos mais velhos são líderes naturais. Um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences não conseguiu descobrir um padrão claro de personalidade que corresponda à ordem do nascimento, entretanto há evidências de que irmãos moldam a personalidade um do outro.

 

Muitas pessoas acreditam que, em uma relação de três irmãos, o irmão do meio pode ser o que vai dar mais problemas. De acordo com a psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em Psicologia Clínica pela PUC de SP, o filho do meio pode acabar se sentindo substituído com o nascimento do irmão mais novo. “Muitas vezes, os irmãos do meio se sentem menos importantes e não recebem a atenção suficiente dos pais. Existem alguns casos em que eles podem ser os que menos causam problemas entre os irmãos ou podem ser rebeldes por não receberem a devida atenção dos pais. É normal que os irmãos do meio costumem se destacar por diversas características e, às vezes, procuram ser mais brilhantes que o mais velho e mais espirituoso que o caçula”, explica.

 

Quando se tem um ou mais irmãos, também é costumeiro que a personalidade seja moldada baseada nessas relações. ”É muito importante a relação afetiva entre irmãos desde criança até a fase adulta. Ela permite que treinem desde cedo o comportamento social e emocional, além das questões de vínculos e sobre como se relacionar com os outros. Isso é positivo, pois a criança aprende a lidar com conflitos e frustrações. As pessoas que têm irmãos acabam aprendendo maneiras de controlar as emoções na vida e também melhoram sua habilidade de relacionamento”, complementa Vanessa.

 

É importante ressaltar que brigas entre irmãos também são algo comum e podem acontecer por uma série de motivos diferentes. “Os conflitos acontecem por conta das personalidades, ciúmes, habilidades socioemocionais e, às vezes, por conta do ambiente familiar. É necessário que, desde o início, os pais tratem todos os filhos de forma igual e sempre evitando comparações. Aqueles que não souberem gerir suas emoções e estabelecer boas relações com todos os filhos podem ter problemas no futuro. Além disso, não se deve rotular papéis de culpado e vítima em brigas. É preciso promover um diálogo entre esses irmãos, contribuindo para uma relação afetiva entre eles”, entende.

 

Além de tudo, existem alguns mitos que percorrem a relação entre irmãos. Pensando nisso, a psicóloga lista e esclarece alguns. Confira:

 

1.  Os pais devem tratar cada filho de uma forma diferente

MITO. “Quando os pais tratam os filhos de forma diferente acabam dirigindo a essas crianças quantidades diferentes de afeto positivo. Isso faz com que elas acabem se comparando, o que acaba tornando as relações entre os irmãos mais conflituosas e menos amistosas. Mas, isso também só ocorre quando as crianças percebem a sua diferenciação”, explica a psicóloga.

 

2. Existem vantagens em ter irmãos

VERDADE. “Há muitas vantagens em ter irmãos, como compartilhar e dividir coisas, ter uma companhia para poder jogar, fazer piadas e brincadeiras. Tudo isso ajuda, de forma lúdica, as crianças se sentirem incluídas. Além disso, um irmão pode servir de referência quando é admirado, ajudando o outro também a se inspirar em vários aspectos da vida”, diz.

 

3.  Faz bem o filho mais velho ter mais responsabilidade

MITO. “As responsabilidades exageradas desde cedo, podem criar uma angústia, uma sensação de que a criança precisa dar conta das situações e tarefas em casa. O mais velho sente isso, então caso não realize tudo perfeitamente, pode acabar causando um sentimento de culpa e inúmeros conflitos internos”, entende Vanessa.

 

4. Pode existir diferença entre o irmão mais velho e o caçula?

VERDADE. “As diferenças acabam acontecendo por conta do comportamento de cada um. Além de ser conhecido como o mais responsável, o primogênito tende a ser o mais conservador. Geralmente, eles costumam enfrentar os pais em alguma situação injusta. Já o caçula pode se converter em uma criança independente e de personalidade forte e também pode ser o que sai primeiro da casa dos pais. Em outros casos, os caçulas podem se tornar um pouco dependentes por conta do excesso de mimos e atenção, o que faz com que eles não saibam lidar tão bem com as frustrações”, complementa.

 

5. Todo filho único é problemático

MITO. “Não existe nada que comprove que o filho único causará problemas somente por conta disso. Tudo é questão do relacionamento por parte dos pais. Quando bem criados, os filhos únicos podem desenvolver um ótimo desempenho escolar e também um melhor vocabulário comparado com outras crianças, justamente por conviverem com adultos. Além disso, ter a atenção dos pais pode ajudar na autoestima da criança. O importante é que os pais não sobrecarreguem o filho com expectativas e exigências demais, para não acabar afetando o comportamento e bem-estar deles”, conclui a psicóloga.

 

7 erros de postura cometidos nos serviços domésticos

Primeiramente, é bom dizer que homens e mulheres podem cometer esses erros posturais ao cuidarem da casa e dos serviços domésticos.


E, cuidar do serviço doméstico, não é fácil! Em tempos de pandemia, organizar, limpar e cozinhar tem sido atividades rotineiras para muitas pessoas, que antes trabalhavam fora ou que tinham alguém para ajudar nas tarefas do lar.


O que quase ninguém imagina é que ao realizar tarefas domésticas, a maioria das pessoas adota posturas que podem elevar a chance do aparecimento de dores na coluna, no pescoço, nas pernas e nos ombros.


Conforto na postura

Segundo a fisioterapeuta Walkiria Brunetti, especialista em RPG e Pilates, ao longo da vida, assumimos posturas que nos deem mais conforto ao realizarmos determinados movimentos.

“Todavia, a comodidade nem sempre é saudável para a saúde musculoesquelética. Quanto mais confortável a postura estiver, maior é o risco de um vício postural se instalar”, alerta a especialista.

“Normalmente, as pessoas atribuem os vícios de postura ao trabalho ou à escola, por exemplo. Porém, adotamos posturas erradas o tempo todo, inclusive quando realizamos serviços domésticos.”, comenta Walkíria.

Com a ajuda da especialista, vamos falar dos 7 principais vícios posturais de quem cuida das tarefas domésticas, homens e mulheres, e como corrigir essas posturas para prevenir dores e lesões.



1- Varrer, aspirar, passar pano no chão...

Aspirar, varrer e passar pano. Essas atividades, comuns no dia a dia doméstico, podem ser vilãs da saúde musculoesquelética. Em geral, a tendência é abaixar-se, jogando o tronco para frente. Porém, essa curvatura pode gerar dores lombares e na cervical, pois sobrecarrega as articulações da coluna.

Como corrigir essa postura?

Escolha vassouras ou rodos com cabos mais altos. Ao usá-los, mantenha a coluna ereta. No caso dos aspiradores, procure flexionar os joelhos ao curvar-se para utilizá-lo.

Quando for possível, procure deixar o tubo do aspirador mais alto, para evitar a flexão de tronco. Nesse grupo temos ainda as pás de lixo. Compre, preferencialmente, as que têm o cabo mais longo. Com isso, evita-se a inclinação do tronco até o chão na hora de recolher o lixo.


2- Lavar louça

Há quem deteste lavar louça, mas é inevitável! O problema é que no Brasil, não há muito padrão quando o assunto é a altura da pia da cozinha. Algumas podem ser altas, outras baixas demais. Uma medida que pode ser usada é a seguinte: em média, a altura do chão até a pia é de 88 a 90 cm. Essa medida é ideal para quem tem até 1,60 cm.

Como corrigir a postura?

Uma dica importante é sempre manter a coluna ereta. Evite abaixar muito o tronco e o pescoço. Quando a pia é muito alta, procure usar uma espécie de piso elevador, que pode ser um banquinho, uma madeira etc. Quando a pia tem uma boa altura, e mesmo assim há dor nas costas, pegue um pote de sorvete e descanse uma perna por vez.

Essas dicas valem para qualquer atividade que seja realizada na pia da cozinha ou para balcões que tenham essa mesma altura.


3- Levantar objetos do chão

Esse é um movimento clássico no dia a dia da maioria das pessoas. Abaixar-se para pegar uma criança no colo, uma caixa, um objeto que caiu, uma panela embaixo da pia. E quase todo mundo agacha sem dobrar os joelhos. Nunca faça isso!

Como corrigir essa postura?

É fácil! Quando for se abaixar, dobre os joelhos devagar, com os pés afastados e a coluna reta. Quando for se levantar, carregue o bebê ou o objeto próximo ao corpo.



4-Escolher feijão

Esse é um hábito bem brasileiro, já que o feijão é parte da alimentação da maioria da população. E saiba que também há um jeito certo para evitar dores no pescoço e nas costas. 

Como corrigir essa postura?

O ideal é tentar elevar um pouco o escorredor para não fazer tanta flexão no pescoço, como, por exemplo, fazemos com o celular. Caso faça isso na mesa da cozinha, coloque algum objeto embaixo do escorredor para não abaixar tanto a cabeça. A mesma dica vale se for escolher o feijão na pia da cozinha ou em um balcão.



5- Rotação do tronco

Imagine a cena: você precisa pegar um tempero na pia que está do seu lado. Você está de frente para a pia. Ao invés de girar todo o corpo para o lado em que o objeto se encontra, você vira apenas o tronco. Errado! Isso pode causar dores na região lombar, principalmente.

Como corrigir essa postura? Para movimentos de rotação, o melhor é fazer um movimento mais global, evitando a torção da coluna, principalmente lombar. Ou seja, gire o corpo todo e não apenas o tronco.



6- Passar roupa
Passar roupa é um hábito bem brasileiro, mas quase em desuso. Mas, para quem gosta das roupas bem engomadas, saiba que essa atividade também pode gerar dores no pescoço e nas costas.

Como corrigir essa postura?
Para passar roupas, o melhor é que a tábua não seja tão baixa. Opte pelas mais altas, se possível, aquelas com regulagem, pois isso vai ajudar a adaptar à altura. Cuidado para não flexionar tanto o pescoço. Para evitar dores na região lombar, utilize a ideia do pote de sorvete para descansar a perna. Lembre-se de alternar, ou seja, descanse as duas pernas por igual.



7- Pegar objetos no alto
Com apartamentos cada vez menores, o espaço precisa ser aproveitado por completo. Com isso, os móveis planejados podem ir até o teto ou serem altos demais. Portanto, pegar utensílios de cozinha ou roupas no alto faz parte do dia a dia de uma casa. Mas, até nesse movimento podemos nos machucar. A postura clássica é esticar ao máximo os braços e ficar na ponta dos pés! Não faça isso!

Como corrigir essa postura?
Quando precisar pegar objetos no alto, use uma pequena escada ou banquinho, pois o movimento de elevar os ombros acima da cabeça, feito com com muita frequência, pode gerar a síndrome do Impacto do Ombro ou tendinite dos músculos do Manguito Rotador.


Porém, tome cuidado para não cair da escada. Caso não tenha muito equilíbrio, ou sofra com labirintite e vertigem, procure deixar os utensílios que mais usa em locais mais baixos.

“Uma dica importante é aumentar a consciência corporal durante os movimentos do dia a dia. Atividades como o Pilates e a Reeducação Postural Global (RPG), podem contribuir para melhorar a postura, bem como reduzir dores, melhorar o equilíbrio e fortalecer a musculatura que sustenta a coluna”, finaliza Walkíria.

53% dos solteiros brasileiros acham que sexo é essencial para um relacionamento

Pesquisa do app de paquera happn com usuários brasileiros revela a relevância do sexo em um relacionamento e como a pandemia afetou a rotina sexual deles


Sexo é um assunto que desperta o interesse e a curiosidade de muita gente, especialmente dos solteiros. Não é à toa que dizem que ‘sexo é vida’. E com a chegada do dia 6 de setembro, o Dia do Sexo, o happn, um dos maiores apps de paquera do mundo, fez uma pesquisa com mais de dois mil usuários brasileiros da plataforma para entender o que eles pensam sobre assunto e como a pandemia afetou a rotina sexual deles.

Saiba mais:


Sexo é superestimado?

Há quem ache, mas não é o caso de 53% dos usuários brasileiros do happn, que afirmaram que o sexo é um pilar essencial em um relacionamento. Em adição, 44% afirmou que a prática representou 50% da saudabilidade de seus relacionamentos passados.

Além disso, 15% afirmou que a relação sexual ajuda a esclarecer se a relação com o Crush vai passar para um próximo nível (relacionamento sério) ou permanecer apenas na amizade.


O que mais agrada

Sexo é algo extremamente íntimo e, por isso, cada um tem a sua parte preferida da diversão. Mas, não se pode negar que as preliminares são, de modo geral, a parte mais gostosa da relação, pelo menos para 63% dos solteiros brasileiros que usam o happn para conhecer os Crushes. O ato em si vem em seguida, sendo a parte preferida de 22% deles. E o pós, cheio de carinhos e conversas, fecha o ranking para 15%.


Os melhores lugares

Dizem que tudo o que é espontâneo é mais gostoso, não é? E quando o assunto é o melhor lugar para se ter uma relação sexual, a espontaneidade também é bem vinda. De acordo com 55% dos solteiros brasileiros, qualquer lugar é lugar para transar: bateu o tesão, bora! Em segundo lugar (30%), a tradicional cama. Em terceiro, os lugares "inusitados", como praia, garagem, escada e ônibus/avião, são os melhores para 11% terem uma noite (ou dia) de prazer.


O impacto da pandemia na vida sexual dos solteiros

A pandemia de Covid-19 pegou o mundo de surpresa, obrigando as pessoas a mudar comportamentos, especialmente a forma de se relacionar com outras pessoas. E isso afetou diretamente os solteiros. A pesquisa do happn mostrou que as restrições trazidas pela pandemia impactaram a vida sexual de 71% dos solteiros brasileiros: 37% transaram menos nesse período, 22% não tiveram nenhuma relação sexual no primeiro ano de pandemia e 12% criaram novos hábitos para terem prazer na pandemia, apostando em sexo virtual. Outros 28% afirmaram que a pandemia nada afetou em suas rotinas sexuais: continuaram se encontrando com outros solteiros normalmente.


O sexo na retomada da normalidade

Apesar da vacinação contra a Covid ainda estar engatinhando em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil, aos poucos, a vida cotidiana vai voltando aos trilhos - assim como a vida sexual dos solteiros brasileiros. Para 54% deles, hoje, a rotina sexual ainda não está como gostariam, ainda não estão transando o quanto gostariam, enquanto 29% disseram já estar satisfeitos com a vida sexual, pois aprenderam a se divertir sozinhos.


Afinal, o que representa o Dia do Sexo?

Um dia para chamar de seu? Sim, o Sexo também tem! Não é por acaso que 6/9 é o Dia do Sexo, esse dia sugestivo foi criado em 2008 após uma ação comercial de uma marca de preservativo. Anos depois, essa data marca o calendário e é celebrada como uma homenagem ao prazer de se autoconhecer.

Estudos comprovam que a atividade sexual traz benefícios para a saúde e o organismo, então, nada melhor do que comemorar o Dia do Sexo, praticando. Seja sozinho ou acompanhado, Natali Gutierrez e Renan de Paula - da Dona Coelha - dão dicas para festejar em grande estilo.

“O sexo faz parte da nossa vida e para aproveitar cada momento é essencial estar preparado para que as experiências e os resultados sejam positivos. Minha principal dica é não ter medo, é se entregar de verdade e deixar a energia da sexualidade fluir”, afirma Natali.

Para ajudar, Natali listou algumas dicas especiais para o dia 6/9 ser inesquecível:

1 - Experimentar novas posições afim de sentir orgasmos e sensações diferentes;

2 - Praticar o goinage (técnica para obter prazer sem penetração) para vivenciar a potência orgástica do nosso corpo e entender que sexo não se resume a penetração;

3 - Curtir a data em estilo, praticando um maravilhoso 69 com novas possibilidades, seja com um óleo beijável ou um vibrador para deixar tudo mais quente e intenso;

Segundo Renan, “o mais importante é estar bem consigo mesmo para que, na hora do sexo, medos e as angustias fiquem em segundo plano e deem espaço para o prazer”. Para dar mais espaço, o especialista compartilha caminhos que podem ser traçados para chegar a realização sexual.

“Minha sugestão é sempre que possível fazer uma análise de como se sente dentro do relacionamento que está vivendo. Se está feliz, se tem algo que não gosta e o que poderia melhorar. Esses questionamentos são fundamentais e, quando respondidos, abrem novos caminhos na sua vida sexual”, completa.

Além disso, liberte-se dos estigmas. “Se permita realizar fetiches, que muitas vezes ficam guardados na gaveta, e aproveite o Dia do Sexo com intensidade e prazer”, finaliza.

 


https://www.donacoelha.com/


No Dia do Sexo, taróloga Maria do Sol ensina simpatias para deixar a relação mais apimentada ou atrair aquela pessoa

Vão resgatar o desejo dos casais, intensificar a vida sexual de quem precisa e ampliar o poder da sedução’


No dia do 06 de setembro é comemorado o Dia do Sexo e nada melhor do que aproveitar uma data especial e dar um up na relação. Com a correria do dia a dia, é normal que o relacionamento dê uma certa esfriada, o cansaço bata e constância do sexo diminua. Mas este tipo de problema não significa o fracasso da relação. A taróloga e cartomante Maria do Sol, também conhecida na internet como Magia do Sole, conta que algumas simpatias podem ser grandes aliadas da vida sexual. 

 

“A força da ajuda espiritual é capaz de grandes feitos desde que feita com fé e acreditando no seu poder pessoal. As simpatias vão resgatar o desejo dos casais, intensificar a vida sexual de quem precisa e ampliar o poder da sedução”. 

 

Maria do Sol esclarece ainda que as simpatias servem tanto para quem é comprometido quanto para os solteiros, que estão precisando de uma “ajudinha” para conquistar aquela pessoa. Confira: 

 

1) Se você for ter um encontro, coloque um pouco de canela em pó nas mãos e passe nas partes íntimas, ou então, acenda incensos de canela no ambiente. A pessoa vai se sentir atraída por você. A canela é dotada de um aroma adocicado, muito usada para compor fragrâncias femininas. Por isso, aumenta o poder de sedução, estimula os desejos sexuais e restabelece a autoconfiança.

 

2) Pegue o seu perfume e passe do pescoço até o umbigo, em seguida, passe de um lado ao outro dos seios, pensando na pessoa e use sempre este perfume com essa pessoa. 

 

3) Acenda um incenso de canela e escreva o nome do seu parceiro ou de quem você deseja atrair, com lápis. Depois, queime o papel e quando acabar, reúna os restos do papel com as cinzas do incenso, pedindo que a sensualidade fique mais forte entre vocês. Quando ver a pessoa, assopre ao vento, pedindo sempre amor e paixão para vocês. 

 

4) Em uma panela, coloque água, uma maçã cortada em quatro pedaços, o nome da pessoa que você deseja que se sinta atraída por você, ou nome do seu parceiro (a), escrito em um papel, acrescente um pouco de canela em pó e um pouco de açúcar. Deixe ferver e desligue o fogo. Em seguida, coloque as pétalas de duas rosas e o perfume que você mais usa. 

 

Aposte em pedras 

As pedras te protegem do que você não deseja e atraem coisas boas. Todas as pedras vermelhas são associadas ao desejo e a paixão, aos impulsos e a atração. 

Já a cornalina é uma pedra do chakra umbilical e ativa a criatividade, a sensualidade, a confiança e a paixão dentro de nós. Acende os fogos da paixão e do desejo, e essa pedra também é usada para liberar apegos emocionais do passado.

 

 

Maria do Sole

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Quais os benefícios de morar em uma cidade do litoral?

Qualidade de vida, diminuição do estresse e até mesmo aumento de serotonina são alguns dos principais privilégios em viver próximo à praia


Uma pesquisa realizada pela Lello Condomínios mostra que houve um aumento no número de moradores que foram passar o isolamento no litoral ou no interior de São Paulo. Segundo o estudo, 49% dos profissionais que trabalham em condomínios notaram um crescimento no número de moradores que deixaram a capital. Para 52%, também cresceu a quantidade de pessoas que foram para suas segundas casas no litoral. Mas o que está acarretando esse fenômeno? Trabalhar de home office no litoral ajuda na saúde mental?

Segundo a psicóloga clínica e hospitalar do HCSG Marli Cunha, os benefícios de se morar em uma cidade litorânea são muitos. Estudos como de Lora Fleming, da Universidade de Exeter, na Inglaterra, comprovam que a praia ajuda no auxílio de nossa saúde como um todo. Isso ocorre porque o córtex pré-frontal é ativado em contato ao som do oceano, pois essa área do cérebro está associada às emoções e autorreflexão.

"As ondas do oceano e os íons negativos que elas produzem aceleram a nossa capacidade de absorver oxigênio e ainda equilibram nosso nível de serotonina, substância química responsável por equilibrar nosso humor e sensação de prazer. Além disso, temos o estímulo auditivo, visual e sensitivo quando pisamos na areia e observamos o mar, a fauna e flora o que nos conecta ao meio ambiente" explica a especialista.

Segundo a psicóloga as vantagens são:

• Menos estresse e mais qualidade de vida;

• Ambiente propício para atenuar problemas respiratórios e aumentar as defesas imunológicas;

• Maior possibilidade de exposição ao sol;

• O som do mar é terapêutico;

• Mais probabilidade para a prática de atividade física e lazer.

Para Cunha, o estresse da cidade grande prejudica a saúde mental devido ao cotidiano e ao meio em que se vive, mesmo levando em consideração de que há uma quantidade maior de parques e áreas verdes e mais lazer em relação às cidades do litoral.

Já a prática de exercícios na praia, como o caminhar, no qual o contato com a areia diminui o impacto ao andar, auxilia nas articulações, e favorece a troca energética. "A prática de esportes estimula a produção de endorfina, o hormônio do prazer, o que traz vários benefícios ao corpo, como a sensação de relaxamento do organismo e o alívio de dores. Temos outras opções também como os passeios de bicicleta na orla ou até mesmo nas encostas, além das trilhas e praias pouco visitadas", complementa.

Por isso, tirar um tempo para ir a uma cidade litorânea e observar o mar pode ser um restaurador da paz e equilíbrio mental, pois os ruídos das grandes cidades (carros, moto, aviões entre outros) podem acionar hormônios como cortisol, chamado também de hormônio do estresse.

"O mar nos estabiliza segundo a neurociência. Já nas cidades litorâneas, há a melhor qualidade do ar e, consequentemente, uma melhoria na respiração, na recuperação de doenças respiratórias, na melhor absorção de vitamina D. Vale ressaltar também que a água do mar com altos níveis de minerais agem de forma terapêutica, desintoxicam, reduzem os níveis de cortisol e aumentam os níveis de serotonina. E o melhor de tudo, é que ocorre de forma natural", finaliza a especialista.

 

Hospital Casa de Saúde Guarujá


Atividade física também retarda avanço da degeneração do cérebro de quem já tem a doença

Meia hora, cinco vezes por semana. Esta é a quantidade de tempo que se deve investir em exercícios físicos para prevenir a perda de memória causada pela doença de Alzheimer (DA), que afeta hoje cerca de 40 milhões de pessoas no mundo, 1,2 milhão somente no Brasil. A recomendação é do professor Mychael Lourenço, do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Estudos mostraram que incorporar estes exercícios, controlar a alimentação, consumir álcool de forma moderada e não fumar reduzem as chances de desenvolver Alzheimer em até 50%, em média", diz.

Lourenço vai falar sobre os benefícios dos exercícios para frear o avanço do Alzheimer durante o evento UFRJ+100, que, durante os dias 8,9 e 10 de outubro, irá reunir pesquisadores da universidade para debater, de forma on-line e aberta a todos, temas de interesse da atualidade (conheça a programação em ufrjmais100.forum.ufrj.br). Ele foi um dos pesquisadores que, em 2019, revolucionou o que se sabia sobre a perda da memória decorrente da DA. Junto de Fernanda De Felice e Sergio T. Ferreira, descobriu que um hormônio chamado irisina, normalmente produzido pelos músculos após exercícios, também surgia no cérebro após a prática física. E que a substância era capaz de proteger as sinapses (falhas de comunicação entre neurônios), favorecendo a manutenção das memórias.

A descoberta, realizada a partir de experimentos com camundongos, abriu caminho para pesquisas com humanos e para a possibilidade de desenvolvimento de medicamentos à base de irisina para idosos que não consigam usufruir dos benefícios da prática de exercícios. Como a DA é silenciosa antes do início dos sintomas e de difícil prevenção, o trabalho e ganhou a atenção de pesquisadores de outros países.

- Existem componentes genéticos que aumentam o risco para Alzheimer, mas, mesmo nestes casos, o exercício físico é benéfico - diz Lourenço, lembrando que a doença costuma chegar a partir dos 65 anos e acomete mais mulheres do que homens, na proporção de 2/3 para 1/3.

Para quem se animou, o pesquisador dá um lembrete importante. Segundo ele, exercício não é cura. Depois que os sintomas aparecem, o Alzheimer é praticamente irreversível.

- O cérebro já está em degeneração, mas o que se pode conseguir é um progressão mais lenta da doença - diz, ensinando a diferenciar a perda de memória ocasional da causada pela doença. - Outras razões, doenças e circunstâncias da vida podem levar a u, comprometimento cognitivo leve, causado por estresse, depressão, dentre outras. O problema, que pode indicar Alzheimer, é a perda da memória progressiva, aquela que atrapalha continuamente as atividades cotidianas.


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