Segundo um levantamento feito pelo Sebrae, somente em 2024, foram criadas no Brasil cerca de 3,3 milhões de novas empresas. Desse universo, aproximadamente 3,2 milhões eram MEI, micro e pequenas empresas (96% do total de abertura de empresas). Em relação às startups, estima-se que o Brasil acumule mais de 12 mil empresas nesse perfil e a expectativa é que esse número continue crescendo nos próximos anos.
Pensando em estratégias para apoiar aqueles que estão iniciando
sua jornada empreendedora e de olho em 2025, os sócios da Mandu, a primeira friendtech brasileira, compartilharam seus
aprendizados e dicas para empresas e startups em estágio inicial.
Fundada em 2024 por Rogério Cunha, Thiago Vigliar e
Carlos Manga, a Mandu utiliza tecnologia baseada em inteligência artificial
generativa e visa proporcionar companhia e apoio emocional, atuando como um
amigo que está disponível para melhorar o bem-estar diário de seus usuários.
Confira abaixo:
1-) Perseverança ajuda a tirar a idea do papel
Rogério Cunha, um dos sócios da Mandu, destaca a importância de
perseverança, paciência e envolvimento ativo no negócio. Ele também vê o medo
como um recurso valioso: “Acredito que o medo pode ser um grande aliado, pois
quanto maior o medo, maior é a sua causa, e mais força você terá para fazer com
que ela seja bem-sucedida. Use seu medo como combustível para sua dedicação e
resiliência”, aconselha Cunha.
2-) Objetivo claro e Resiliência
Já para Carlos Manga, executivo que acumula uma vasta experiência
no gerenciamento de equipes, sócio e co-fundador da Mandu, três conselhos são
essenciais para empreendedores que estão começando ou que buscam iniciar um
negócio: “Primeiro, é fundamental ter um objetivo claro no qual você realmente
acredite. Isso é a chave para manter uma boa relação com o seu dia a dia.
Segundo, é preciso resiliência e garra, pois você será testado muitas vezes e
pode sentir vontade de desistir. Por fim, embora a jornada de empreender nunca
seja fácil, ela pode ser transformada em algo muito prazeroso”.
3-) Apaixone-se pelo problema
Thiago Vigliar, outro sócio, enfatiza dois métodos cruciais para o início do processo: “Seja genuinamente curioso e apaixone-se pelo problema, não pela solução. Isso permite que você teste e valide se sua solução realmente resolve um problema do mercado ou das pessoas. Caso contrário, esteja pronto para pivotar e explorar outras abordagens”.
Os cofundadores da Mandu também identificam os principais desafios
dessa fase inicial, e enfatizam a falta de recursos e referências acessíveis, a
dificuldade de criar um produto que atenda às necessidades do mercado no
momento certo e operar em um mercado ainda novo. Superar esses desafios é
crucial para o sucesso e o crescimento de novos negócios.
Para enfrentar essas dificuldades, os empreendedores sugerem
algumas estratégias práticas, como adotar uma postura 100% "hands-on".
Rogério Cunha explica: “A jornada inicial de um novo negócio exige muita
colaboração. Ideias são bem-vindas, mas o essencial é ajudar na execução.
Quanto mais você se envolve na prática, maior e mais rápida é a sua percepção
do que pode ou não funcionar”. Além disso, Carlos Manga ressalta a importância
da simplicidade: “Comece com um produto simples, de fácil manutenção, com
objetivos claros e, principalmente, que seja fácil de usar e integre-se
naturalmente ao dia a dia das pessoas”.
O sócio Thiago Vigliar destaca a importância de escolher os canais de comunicação certos e parceiros estratégicos: “Optamos pelo WhatsApp, pois é um canal que nosso público conhece bem e usa frequentemente, o que facilita o início e a manutenção de conversas. Além disso, escolher parceiros estratégicos foi uma decisão que tem funcionado muito bem e que pretendemos manter por muitos anos”.
Por mais que ainda estejam no início de uma longa jornada dentro do mundo do empreendedorismo, os fundadores da Mandu destacam conselhos que gostariam de ter recebido quando estavam dando os primeiros passos: “Todos os conselhos são bem-vindos e válidos! Não existe um ou mais conselhos específicos, até porque o mesmo conselho não se enquadra para diferentes pessoas, situações e empresas. Acredito que quando estamos cercados de pessoas que genuinamente possuem interesse em contribuir com sua jornada empreendedora, todos os conselhos são válidos e, com certeza, em algum momento da sua trajetória, eles serão utilizados ou pelo menos recordados.”, explica Cunha.
Relembrando o começo da friendtech, Carlos Manga aconselha: “O
início de uma operação/concepção de um novo produto, inclui alguns desafios
enormes como: quais ferramentas utilizar, como precificar isso, onde teremos o
retorno necessário para manter a operação, como divulgar, onde gastar mais
energia e etc. Creio que esses são os pontos mais complexos de qualquer início,
mas que são fundamentais para o aprendizado e fazem parte do processo de
empreender”.
Por fim, Thiago reflete sobre estratégias de aprendizado:
“Empreender é um aprendizado contínuo e com infinitos desafios. Entendo que
mesmo grandes nomes do mercado ainda dedicam boa parte do tempo aprendendo,
seja mentorando alguma nova empresa ou alguém e até mesmo realizando algum
determinado curso/especialização. Sendo assim o conselho que fica é: Seja um
eterno aprendiz. Ter pessoas ao seu lado que queiram genuinamente te ajudar
sempre será um grande presente. Busque por essas pessoas, peça conselhos de
outros empreendedores, converse com empresas, com clientes, com colaboradores e
esteja sempre aberto ao novo e a opiniões contrárias às suas. Quanto mais
aberto você estiver, mais facilmente irá lidar com todos os desafios que irá
enfrentar ao longo da sua jornada”.
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