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segunda-feira, 5 de abril de 2021

Sebrae disponibiliza um tira-dúvidas para quem quer saber mais sobre a Empresa Simples de Crédito

Saiba mais sobre a ESC. Qual sua área de atuação, como abrir uma, quais os seus limites, entre outras informações

 

Em abril de 2019, por meio da Lei Complementar 167, foram criadas as Empresas Simples de Crédito - ESC. Essa nova modalidade empresarial tem por finalidade oferecer crédito aos pequenos negócios utilizando os recursos do próprio empreendedor.

Para tirar dúvidas sobre as ESC e ajudar a entender como funciona esse novo mercado, o Sebrae preparou uma lista de perguntas e respostas que podem apoiar os empreendedores que desejem constituir uma ESC.


Qualquer pessoa natural pode abrir uma ESC?

Sim, mas cada pessoa natural pode participar de apenas uma ESC e não são permitidas filiais. Um ponto importante é que uma pessoa jurídica não poderá ser sócia de uma ESC.


Quais os tipos de personalidade jurídica que poderão ser adotadas para a ESC?

A ESC pode ser registrada como Empresário individual (não confundir com MEI); Empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) ou Sociedade limitada.


Qual a opção mais adequada para quem quer abrir uma ESC?

A Empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) ou a sociedade limitada (por cotas), pois limitam a responsabilidade do sócio ao capital integralizado e não ao seu patrimônio pessoal. A recente aprovada Lei da Liberdade Econômica facultou a sociedade limitada unipessoal.


Onde a ESC pode atuar?

A atuação da ESC está limitada ao munícipio sede e aos municípios limítrofes. Para verificar os limites de cada município visite o site: https:// cidades.ibge.gov.br


Qual o objeto social da ESC?

A ESC terá como objeto social, a realização de operações de empréstimo, de financiamento e de desconto de títulos de crédito, exclusivamente com recursos próprios, tendo como contrapartes microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (Lei do Simples Nacional).


Quanto a ESC poderá emprestar/ financiar?

O volume de operações da ESC está limitado ao seu capital social; ou seja, ela só pode emprestar com recursos próprios.


Eu posso tomar dinheiro emprestado de familiares, amigos ou outras fontes para compor o capital da ESC?

Sim. A lei estabelece que a ESC não pode captar recursos de terceiros. No entanto, a pessoa física pode fazer um empréstimo em seu nome para montar uma ESC. De qualquer forma, essa atitude deve ser muito bem avaliada pois pode inviabilizar a ESC.


Para quem a ESC poderá emprestar?

A Empresa Simples de Crédito somente poderá emprestar para pessoas jurídicas enquadradas como MEI, microempresa e empresas de pequeno porte. A ESC não poderá emprestar para pessoas físicas ou empresas de médio e grande porte.


A ESC pode vender outros serviços?

Sua fonte de receita operacional é, exclusivamente, oriunda dos juros remuneratórios recebidos das operações realizadas. Porém poderão cobrar também juros de mora pactuado entre credor e devedor e de acordo com a legislação vigente. Possui ainda receitas financeiras advindas da remuneração das aplicações do seu capital e disponibilidades de caixa.


A Lei estipulou algum limite de juros para a ESC?

Não. A ESC poderá cobrar o percentual de juros que entender necessário e suficiente para sua remuneração. No entanto, ela deve estar atenta ao mercado e se adaptar para ser competitiva. Como a ESC não pode cobrar nada além dos juros da operação dos juros de mora para operações em atraso, todos os custos envolvidos na operação de crédito deverão ser embutidos nessa taxa, tais como, despesas administrativas; imposto em geral e lucro da empresa.


Como ocorre a movimentação entre a conta da ESC e do cliente?

A movimentação ocorre exclusivamente mediante débito na conta da ESC e crédito na conta do tomador do crédito. Não existe impeditivos quanto à utilização de conta digital. Já em relação ao pagamento das parcelas poderá ser feito da mesma forma ou por meio de outras modalidades, tais como boleto bancário.


Existem limites de operação para a ESC?

Sim. A receita bruta anual não poderá exceder o limite de receita bruta para Empresa de Pequeno Porte (EPP) definido na Lei do Simples Nacional, atualmente em R$ 4,8 milhões. Considera-se receita bruta, a remuneração auferida pela ESC com a cobrança de juros remuneratórios, inclusive quando cobertos pela venda do valor do bem objeto de alienação fiduciária, deduzidas as perdas por inadimplementos e acrescidas as recuperações de créditos. Esse resultado é auferido ao final do exercício fiscal.


Quais garantias a ESC poderá exigir?

A Lei Complementar nº 167 prevê que a ESC poderá usar a alienação fiduciária. No entanto, outras modalidades também serão permitidas, como avalista e fiador, ou seja, garantias fidejussórias.

 Confira mais detalhes no documento aqui

 

70% dos consumidores tem como maior preocupação não conseguir prover o básico

Segundo levantamento da fintech Acordo Certo, o cartão de crédito lidera a dívida do consumidor, enquanto contas de luz e compras de mercado crescem no orçamento familiar


A maioria dos brasileiros atribuem palavras negativas à situação financeira, sendo ruim a mais citada por eles. Além disso, o sentimento em relação aos gastos fixos se divide entre preocupação (70%) e ansiedade (65%), realidade que tem afligido a população desde o início da pandemia. Segundo pesquisa da Acordo Certo - empresa de renegociação de dívidas 100% online com foco no bem-estar financeiro do consumidor - 69% possuem alguma dívida - desses, 60% devido à pandemia .

Ainda de acordo com o levantamento, as preocupações se dividem entre o medo de não conseguir prover o básico (35%), não conseguir pagar as dívidas (34%) e ficar com o nome negativado(34%). As dívidas também têm impactado diretamente na saúde mental e emocional dos brasileiros, 7 em cada 10 pessoas relatam que tiveram ou ainda tem alterações de humor (72%) ou sono (71%), além de ansiedade (67%) e baixa produtividade nas tarefas do dia a dia(62%).

Com foco no bem-estar financeiro do consumidor por meio de facilitação na renegociação de dívidas com mais de 30 empresas parceiras, a fintech encerrou 2020 com mais de 4 milhões de novos acordos, um crescimento de 240% em relação a 2019. O diferencial gira em torno de dois pontos centrais: empatia e acolhimento no tratamento das pessoas e até 99% de desconto no valor da dívida. Para Thales Becker, CMO (Chief Marketing Officer) da Acordo Certo, é importante entender a situação de forma racional, sem ignorar como a pandemia afetou a vida dos brasileiros.

“Na nossa posição, enquanto empresa dedicada também a promover educação financeira, queremos não só auxiliar no processo de quitação das dívidas, mas também proporcionar os caminhos necessários para uma vida financeira positiva. Sabemos que diante do momento é ainda mais difícil falar sobre o assunto, mas acreditamos que com empatia e conhecimento, as vidas de muitas pessoas serão transformadas”, afirma Thales.

Ainda de acordo com o levantamento, contas de luz (71%), compras de mercado (65%), gás (62%), água (56%) e despesas médicas (42%), foram os gastos que mais tiveram aumento para os consumidores durante quase um ano de pandemia. Somado ao aumento das despesas está o endividamento das contas, liderado pelo cartão de crédito (43%), negociação de dívidas (29%) e parcelamento de loja (26%). Além disso, empréstimo (23%), luz (19%), telefone (15%) e água (14%) aparecem no ranking. 

“Constantemente lemos notícias apontando o aumento dos preços na cesta básica, bandeira vermelha nas contas de luz, aumento no reajuste de aluguel e demais itens de gastos fixos dos brasileiros. Soma-se a isso os juros de dívidas em atraso e o desafio fica ainda maior. Entendemos que o primeiro passo para sair do vermelho é organizar as finanças domésticas e se planejar para zerar as dívidas, nem que seja aos poucos. O ideal é manter a calma, anotar todos os débitos e negociar os melhores descontos e condições de pagamento. Com isso é possível brecar o endividamento, realizar acordos com um bom desconto, de uma forma que caiba dentro do orçamento mensal”, explica Thales.

 


Acordo Certo


Relacionamento abusivo: advogada fala sobre aumento dos casos na pandemia

A advogada Lívia Sampaio aponta principais sinais que indicam que uma mulher pode estar vivendo um relacionamento abusivo e ensina como denunciar casos de violência

 

Além de lidar com todo o medo e as incertezas que o novo coronavírus trouxe para o cotidiano, milhares de mulheres ainda precisam lidar com outro grande problema durante a pandemia, que é a violência. Por isso, a quarentena tem sido um momento difícil para muitas delas que vivem um namoro ou casamento conturbado.  

Não que os relacionamentos abusivos tenham surgido durante a maior crise sanitária mundial. Contudo, por conta de todo esse período em casa – cenário no qual muitos casais estão confinados, por vezes isolados de amigos e familiares –, eles se tornaram mais frequentes.  

A advogada e influenciadora Lívia Sampaio ressalta que o aumento da convivência diária acabou evidenciado um aumento nos casos de relacionamento abusivo e diversos tipos de violência contra a mulher. 

“A rotina diária de milhões de pessoas sofreu grandes mudanças com a chegada da pandemia. Alguns casais passavam pouco tempo juntos; por isso, as brigas que aconteciam eram consideradas normais. Para aquelas que já viviam um relacionamento abusivo, houve um agravamento e a violência praticada passou a ser muito mais frequente”, explicou Sampaio. 

"As mulheres que estão em casa com seus abusadores na pandemia se sentem encurraladas, pois não têm mais o momento de levar o filho para a escola ou a distância de quando o companheiro sai para trabalhar, já que o home office continua super comum", aponta.

 

O que é um relacionamento abusivo?

Em um relacionamento abusivo, existe pelo menos um tipo de violência, entre elas a verbal, moral, psicológica, física, sexual e patrimonial. Para analisar se o relacionamento é abusivo ou não, deve-se levar em consideração fatores como o sofrimento causado na vítima, a frequência dos abusos, os ciclos de agressão e até mesmo a proporção que a violência toma com o passar do tempo. 

“Uma parcela das vítimas não consegue enxergar que está vivendo esse tipo de relação com seu companheiro justamente porque alguns casos não envolvem violência física, que é mais facilmente identificada por ela e pelas pessoas à sua volta. Mas isso não faz do relacionamento abusivo menos grave ou perigoso”, afirma a especialista. 

“Mesmo de forma sutil e mexendo apenas com o psicológico da vítima, o abusador é capaz de deixar marcas permanentes na saúde mental da mulher. Ao controlar a vítima, o agressor manipula a percepção que ela tem sobre si, distorcendo seu senso de realidade, além de criar esperança nela de que o parceiro mude e os abusos acabem”, afirma a especialista.

Nem sempre as vítimas são mulheres, mas Lívia destaca que, na maioria dos casos, o abusador é um homem e a vítima é uma mulher. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), uma em cada três mulheres já sofreu violência sexual ou física, praticada na maior parte das vezes por seus parceiros.

 

Quais são os sinais de um relacionamento abusivo?

Uma das principais marcas de um relacionamento abusivo, segundo a advogada, é a posição de desigualdade entre as duas pessoas envolvidas. 

"O abusador, aos poucos, vai retirando o poder de escolha da mulher e afastando de pessoas que teriam condições de alertá-la, seja comprando uma casa afastada da cidade de forma proposital ou falando que as amigas não prestam. As situações vão se escalando e na última etapa, em alguns casos, é o feminicídio, ou seja, quando essa mulher é morta." 

Outro sinal que pode indicar um relacionamento abusivo é a imposição, evidente ou não, de mudanças no comportamento da mulher.  

“Não é o caso de meras críticas construtivas, porque isso é válido e saudável dentro da relação. O problema é quando essas ‘sugestões’ ganham contornos moralistas, impedindo a vítima de frequentar tais lugares, de mudar o corte de cabelo e de vestir a roupa que bem entende. São mudanças que anulam e diminuem a identidade da mulher”, comenta. 

“À primeira vista, pode parecer até mesmo um gesto de proteção ou manifestação de afeto. Para quem está no olho do furacão, é difícil distinguir uma coisa da outra. Com o tempo, a situação vai piorando ao ponto da mulher esquecer quem realmente é, por aceitar todas as vontades do parceiro.” 

Em um relacionamento abusivo, o agressor ainda pode fazer pouco caso das conquistas da vítima, gritar ou descontar a raiva em objetos, controlar sua vida financeira, dizer que a mulher está louca quando o contraria, forçar relações sexuais e deixar a vítima com medo e constantemente infeliz, entre outras atitudes.

 

Como sair de um relacionamento abusivo?

Não é fácil se desprender de um relacionamento abusivo, garante Lívia. Por isso, em alguns casos, há a intervenção de uma pessoa de fora da relação, como uma amiga ou vizinha que nota os sinais típicos de agressão.  

Mas ela destaca que o apoio especializado é fundamental. A busca por um psicólogo auxilia, inclusive, que a vítima identifique o problema, supere possíveis traumas e possa reconstruir sua vida.  

“Também é essencial que os parentes e amigos não julguem a vítima de maneira alguma, seja pelas agressões, seja por uma eventual procura tardia por ajuda. Para apoiar uma mulher que passa por isso, em primeiro lugar deve-se acolhê-la, criar um espaço seguro para ela. Em segundo lugar mostrar que ela está sofrendo constante agressão e é vítima, não culpada”, pontua.

 

Quais leis e ações protegem as mulheres nesse momento sensível?

Segundo a advogada, também é importante buscar apoio no governo e na esfera jurídica. Ela indica as principais maneiras de denunciar esses casos formalmente. 

“Temos o serviço do Disque Denúncia (180), que é gratuito, funciona em todo o Brasil e preserva o anonimato. Temos também as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher. Nestes locais, a vítima poderá fazer um boletim de ocorrência contra o agressor e receber orientações”, ressalta. “Para situações de emergência, a orientação é ligar para a polícia (190).”  

Para levar o caso à Justiça, existem leis que foram criadas para proteger as mulheres vítimas de violência. “A Lei Maria da Penha, criada em 2006, é uma conquista para as mulheres brasileiras e narra cinco espécies de violência doméstica: a física, patrimonial, sexual, moral e psicológica, que também podem estar presentes em um relacionamento abusivo”, acrescenta.  

“Com as redes sociais, a pauta tem ganhado mais notoriedade, fazendo com que as mulheres compreendam que estão em um relacionamento abusivo, mesmo que nunca tenham desconfiado anteriormente. Que cada vez mais mulheres tomem coragem de expor o que acontece com elas e inspirem outras a terem força e buscarem ajuda”, completa.

  

Golpe da vacina e o atentado contra a vida, uma responsabilidade civil, criminal e administrativa dos hospitais

O Brasil e o mundo vivem uma das maiores e mais profundas crises de saúde e, que jamais passou pela imaginação da população, tampouco dos melhores filmes de ficção.

De toda forma, passados aproximadamente um ano do início da pandemia, o mundo já começou a ser imunizado, graças a ciência e ao esforço de empresas privadas para estudar e conseguir criar uma cura para o novo coronavírus.

Com efeito, a maioria dos Países caminhou e organizou-se para adquirir e distribuir as vacinas para a sociedade, enquanto o Brasil dividiu-se, politicamente, para distrair os eleitores para as próximas eleições.

A “corrida” pelas vacinas, mundo a fora, a indevida divisão política brasileira e a demora para a vacinação da população, geraram nos cidadãos brasileiros um sentimento de desespero e, assim, tão logo as vacinas aterrissaram no Brasil, foi possível perceber algumas condutas ilícitas daqueles que deveriam cuidar dos nossos idosos.

As condutas “ilícitas” puderam ser vistas por meio da imprensa que divulgou imagens de alguns agentes de saúde que, ao invés de vacinar os idosos estavam, literalmente, fingindo a aplicação.

De acordo com as imagens veiculadas pela imprensa, é possível visualizar os responsáveis pela vacinação, injetando a agulha, sem, contudo, pressionar a ampola, de modo a apenas furar o paciente e permanecer com o remédio para si. Também foi possível verificar em outros casos que os idosos estavam sendo “vacinados” sem o imunizante dentro das vacinas. 

Esses atos apresentam diversas consequências. Contudo, quem será responsabilizado, somente o agente que praticou a conduta ou, também, o hospital, empregador do agente?

A esse respeito, é preciso dividir a resposta em três etapas. Sob o aspecto criminal, cível e até mesmo administrativo.

Sob o aspecto criminal, especificamente em relação a conduta daqueles agentes que fingem aplicar a vacina ou aplicam sem o imunizante, a conduta é extremamente grave, pois, efetivamente, o paciente, após ser imunizado, imagina que pode praticar atividades que antes não poderia, relaxando as suas medidas de proteção.

Ou seja, o agente confia que foi imunizado, relaxa as suas medidas de proteção e, por fim, pode acabar contraindo a doença.

De efeito, a conduta do agente que pratica esse atentado à vida do cidadão idoso amolda-se ao crime de homicídio previsto no artigo 121 do Código Penal, na exata medida em que o agente de saúde é “garante” daquela pessoa que imagina estar sendo imunizada, sendo, portanto, diretamente responsável por causar eventual resultado (art. 13, §único do Código Penal).

Assim, o agente não só expõe a vida e a saúde de outrem a um perigo iminente, mas, por ser “garante” e ter a assumido a obrigação de proteger o cidadão com a aplicação da vacina, acaba por assumir o risco de matar.

É evidente, pois, que para condutas tão graves e deste jaez, o artigo 121 do Código Penal, que prevê pena de seis até 20 anos, adequa-se, em tese, aos casos de falsa aplicação da vacina.

Há quem diga que o golpe da vacina poderia ensejar a aplicação do artigo 132, do Código Penal (“expor a vida ou saúde de outrem a perigo direto e iminente”), contudo, tal delito é subsidiário, ou seja, somente se aplica se a conduta não constitui crime mais grave.

Assim, levando-se em conta a conduta praticada, a pena prevista no artigo 121 do Código Penal (6 a 20 anos) e aquela do artigo 132 (03 meses a 01 ano), é evidente que o crime mais grave é mesmo o de homicídio, daí porque este deve ser aplicado aos casos do “golpe da vacina”.    

No que se refere a responsabilidade do hospital, cumpre mencionar que no âmbito do Direito Penal não há como atribuir a responsabilidade criminal ao hospital, pois, dentre outras lições apreendidas desde o início da academia, não há responsabilidade penal da pessoa jurídica no Direito Penal, sem prejuízo de sua possibilidade no Direito Ambiental.

No Direito Civil, a responsabilidade dos envolvidos estará vinculada aos danos eventualmente suportados pelo paciente, que poderá ser de ordem material, quando atingir de alguma forma o patrimônio da vítima e, moral, na hipótese em que o prejuízo tenha repercussão na saúde do paciente, na exata medida em que a vida, a saúde, dentre outros direitos fundamentais, compõe os direitos de personalidade do cidadão.

Ainda no âmbito do Direito Civil, para que um profissional liberal seja condenado a indenizar qualquer vítima, é fundamental que se demonstre ação culposa (imprudência, imperícia, negligência) no exercício de sua profissão. Da mesma forma, é necessário que exista uma correlação de causa e efeito entre a conduta e o dano sofrido.

Em relação a responsabilidade civil dos hospitais e serviços de saúde congêneres, o sistema de responsabilidade é um pouco distinto e deve ser avaliado de forma particular, visto que a apuração do elemento culpa torna-se desnecessária, nos termos da Lei. Por exemplo, se for verificado algum defeito em determinado equipamento do hospital que venha ocasionar um acidente que afete o paciente, haverá responsabilização e dever de indenizar, ainda que não seja culpa dos agentes envolvidos. O hospital assume total responsabilidade pelo dano baseado no risco que seu próprio negócio pode trazer à saúde de seus pacientes. Na atividade relativa à vacinação, se aplicaria a mesma lógica.

Contudo, quando se avalia a responsabilidade do hospital em conjunto com a atuação do médico, como em uma cirurgia realizada em ambiente hospitalar, a lógica é diferente: o hospital será responsável, juntamente com o médico, em casos de “má-prática”, apenas se houver identificação da culpa do profissional e se este tiver alguma relação jurídica com o hospital, como no caso de o médico ser prestador de serviços ou funcionário.

Por fim, do ponto de vista administrativo, os profissionais envolvidos nas situações antes descritas deverão responder eticamente pela conduta perante seus respectivos órgãos de classe, tendo em vista a clara violação de preceitos e valores de sua profissão, especialmente aqueles relacionados à saúde, dignidade e vida do paciente. Haverá também, potencialmente, espaço para a instauração de um procedimento administrativo de natureza disciplinar, a depender da relação existente entre o autor do ato ilícito e a Administração Pública.

Tais processos de natureza ética tramitam nos conselhos de classes profissionais, autarquias criadas por Lei que têm como objetivos principais representar a classe, regulamentar a atividade profissional e fiscalizar o exercício da profissão. Os médicos, por exemplo, responderão a processos éticos no Conselho Regional de Medicina em que exerce seu ofício, e as decisões proferidas poderão ser revistas pelo Conselho federal de Medicina. As penalidades estão previstas nos códigos de ética de cada profissão, que geralmente estabelecem desde penas mais brandas (advertência) até as mais severas (cassação do exercício profissional). Os profissionais denunciados terão direito à ampla defesa e ao contraditório e poderão sempre contar com a assistência de um advogado.

Resumidamente, tratando-se especificamente do caso da vacinação e projetando um cenário em que entidades privadas e médicos venham a participar da campanha, a responsabilização dos profissionais seguirá a ordem de ideias antes apresentada: condutas culposas – e no limite, intencionais (na absurda hipótese do “golpe da vacina”) – poderão ensejar ações de natureza cível, ética e criminal, valendo registar que essas instâncias são independentes, o que significa que uma mesma conduta poderá ensejar processos em todas as referidas esferas, com diferentes punições.

 



Alan Skorkowski - advogado graduado pela Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Especialista em Direito Civil e Direito do Consumidor pela EPD - Escola Paulista de Direito. Sócio do escritório Marques e Bergstein Advogados Associados.

 

Gabriel Huberman Tyles - advogado criminalista, professor universitário e graduado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. É especialista pela PUC-SP em Direito Penal e Processo Penal, mestre pela PUC-SP em Direito Processual Penal. Atualmente, é sócio do escritório Euro Filho e Tyles Advogados Associados.  

 http://www.eurofilho.adv.br/

 

Conheça o procedimento para a solicitação da cidadania Portuguesa

Você sabe quem são as pessoas que têm direito à cidadania internacional? Muitos podem fazer essa solicitação e sempre que possível eu recomendo que, independentemente do país, esse procedimento seja realizado, afinal não sabemos o dia de amanhã e é uma oportunidade de oferecer mais qualidade de vida para a nossa família.

Nos últimos meses tivemos inúmeros exemplos da necessidade de locomoção e mudança. Então seja para agora ou para o futuro, a possibilidade de educação, de trabalho e de mudança é muito importante. No Brasil, muitos cidadãos são descendentes de imigrantes europeus e Portugal é um dos lugares mais procurados para iniciar o processo de cidadania, até mesmo por conta da simplicidade nos meios para adquirir o passaporte.

 Nesse caso, os descendentes diretos são os que tem maior facilidade para conquistar a cidadania de acordo com a lei, eles são os filhos e netos de cidadãos portugueses. Já para os cônjuges, é necessário provar que existe um relacionamento conjugal estável por pelo menos seis anos e, caso tenham filhos juntos, o tempo mínimo de relacionamento passa a ser três anos.  

Caso o filho de um descendente que já possui a cidadania queira realizar o procedimento, é ainda mais simples. O processo é regido pela Lei Orgânica 2/2020, sendo necessária somente a comprovação de cidadania do ascendente (pai ou mãe) para a solicitação da própria por ascendência direta.  Quanto aos netos, normalmente o método é o mesmo, mas nesse caso é necessário comprovar a árvore genealógica dos ascendentes até os nascidos em Portugal de fato.

Para bisnetos de portugueses, é importante ressaltar que o processo é um pouco mais longo e necessita de uma quantidade mais volumosa de documentação.

Existe também a possibilidade de obtenção de cidadania daqueles descendentes de Judeus chamados Sefarditas. 

Os documentos necessários para a realização da cidadania normalmente são as certidões de nascimentos de avós e pais dos solicitantes, além da dele próprio (também podem ser solicitadas através das certidões de bisavós), documentos pessoais como RG, CPF e passaportes. Normalmente todo o processo se desenvolve rapidamente, pois é algo simples.

 

 


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em direito Internacional, consultor de negócios internacionais e palestrante. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br ou entre em contato por e-mail daniel@toledoeassociados.com.br.  Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 90 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB santos

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br

Plataforma para medicamentos especiais de alto custo pretende crescer 200% em 2021

Conhecidos por terem um alto valor, os medicamentos podem ser comprados mais barato com a ajuda de comparativos


O mercado farmacêutico é um dos que mais cresce no Brasil. De acordo com um levantamento feito pelo Guia Interfarma 2020 entre 2015 e 2019 houve um crescimento de 53%, e seguindo essas estimativas até 2023, a previsão é de que seremos o 5° maior mercado do mundo.

Com a chegada da pandemia, o ano de 2020 teve um aumento nas vendas chegando a atingir R$190 bilhões, segundo dados da IQVIA, multinacional americana que realiza a auditoria do setor no país. E com toda a crise que o coronavírus trouxe, as pessoas começaram a pesquisar muito mais os seus medicamentos, para o fim de economizar em sua compra.

Uma das formas que encontraram para reduzirem seus custos com os remédios foi comparar os preços através de plataformas especializadas, como a Farmaindex, ferramenta que apresenta ao usuário uma forma simples e rápida para a busca do medicamento desejado, fazendo com que o mesmo economize tempo e dinheiro em sua compra.

"Os remédios são conhecidos por terem um custo alto, e não são dispensáveis como por exemplo uma compra de roupa. Então contar com uma boa ferramenta, que traga os melhores preços é essencial para o momento que estamos passando. E o importante é ter uma boa experiência na plataforma, conseguindo buscar o medicamento de forma rápida e fácil para o consumidor", comenta Wilton Torres, fundador da Farmaindex.

Essas facilidades não são as únicas que a Farmaindex oferece. Um dos seus principais diferenciais é contar com medicamentos especiais em sua base de dados. Estes remédios, conhecidos por serem de alto custo, são os que mais necessitam de atenção na hora da compra. Por menor que seja o desconto, já faz uma boa diferença no bolso. A plataforma conta também com um credenciamento de farmácias, que atendem todas as normas da ANVISA, inclusive para os medicamentos especiais refrigerados que necessitam das melhores práticas de "cadeia de frio" em seu sistema, para assim o consumidor na hora de efetuar sua compra, tenha segurança para adquirir seu produto com a drogaria.

"O consumidor espera encontrar uma boa experiência quando interage com a plataforma. Mesmo que você ofereça bons comparativos, se não tiver uma forma de busca facilitada e avançada, com bons filtros, o usuário irá recorrer a outra ferramenta de comparação. Mais que isso, é preciso transmitir a confiança também, e contar com boas farmacêuticas para o consumidor não ter nenhum problema com a compra", explica Wilton Torres.

Atualmente a Farmaindex contém um tráfego muito alto em sua plataforma, tendo um crescimento de mais de 400% no último ano, e com uma taxa de conversão acima de 36%. Os dados reafirmam como as pessoas estão mais atentas aos preços, e com o crescimento do mercado farmacêutico no Brasil, a startup pretende crescer 200%.

"Nosso crescimento reafirma nossa visão que o brasileiro necessita comparar os melhores preços. A contação de gastos chegou para todos, e é importante manter a plataforma atualizada e contar com os principais players do mercado", analisa o fundador da Farmaindex.


Pequenos negócios foram os responsáveis por quase 70% dos empregos gerados em fevereiro

Resultado positivo ocorreu pelo oitavo mês consecutivo e acumulado do ano é superior ao de 2020

 

Em fevereiro de 2021, as micro e pequenas empresas foram responsáveis pela geração de 68,5% dos empregos criados no Brasil, o que corresponde a um pouco mais de 275 mil vagas, mais do que o dobro dos postos de trabalho gerados pelas empresas de médio e grande porte, que foi de 101,8 mil. Os dados constam em levantamento feito pelo Sebrae com base nos dados do Caged do Ministério da Economia.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destaca que esse resultado positivo vem ocorrendo há oito meses seguidos e que é mais uma prova de que os pequenos negócios são essenciais para a retomada do crescimento da economia do país e para a geração de empregos. “Esse é o 8◦ mês consecutivo que as micro e pequenas empresas puxam a geração de empregos com carteira assinada. São os pequenos negócios que sustentam a geração de empregos nos país e, por isso, é tão importante que sejam realizadas políticas públicas que amparem esse segmento”, afirma o presidente do Sebrae.

No acumulado do ano, dos cerca de 611 mil empregos gerados no primeiro bimestre, 476,7 mil (72,26%) foram das micro e pequenas empresas, enquanto que as médias e grandes empresas criaram 134, 1 mil novas vagas. Apesar dos fortes impactos da pandemia nesse segmento, esse quantitativo é superior ao total de empregos gerados em 2020, quando foram criados 301,9 mil novos postos de trabalho, o que representa um aumento de mais de 102%. As MPE aumentaram a sua participação em 199.563 novas contratações contra 109.413 das MGE.

Setorialmente, os empregos nas micro e pequenas empresas seguem sendo puxados pelos segmentos de serviços (107.980 vagas), seguido pelo comércio (65.084 vagas) e indústria de transformação (63.963 vagas). Nas médias e grandes empresas, o Comércio continua fechando postos de trabalho, acumulando, nesse bimestre, um saldo negativo de -24.626.

Mato Grosso, Goiás e Santa Catarina permanecem como as três Unidades da Federação que mais contrataram proporcionalmente. Amazonas segue como a única UF com mais desligamentos do que admissões em 2021. Esse saldo negativo é consequência do elevado número de demissões nas MPE.


domingo, 4 de abril de 2021

Domingo marcante na astrologia com Mercúrio em Áries e Lua Minguante em Capricórnio

Lua Minguante em Capricórnio
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Astróloga Sara Koimbra explica como esses movimentos influenciam nas energias da semana


O mês de abril começa com dois acontecimentos importantes na astrologia: Mercúrio entra em Áries e a Lua Minguante do mês em Capricórnio. Os signos protagonistas são cheios de rótulos, por vezes até mal compreendidos, por isso a astróloga Sara Koimbra explica quais são as energias que influenciam nestes dois movimentos.


04 de abril – Mercúrio em Áries

Mercúrio é o planeta do intelecto, da mente racional, se liga à maneira como absorvemos e transmitimos informações. 

Áries é o primeiro signo zodiacal, representa vontade, coragem, dinamismo e a luta pela conquista. Quando Mercúrio está em Áries, ficamos menos preocupados com pontos de vista e explicações subjetivas e mais focados em chegarmos a uma decisão. Nossos pensamentos e ideias passam a ser pioneiros e tendemos a falar de forma mais espontânea e direta.   


04 de abril – Lua Minguante em Capricórnio 

A Lua na Astrologia representa nossas necessidades pessoais mais profundas, nossas emoções. Quando falamos da Lua, nos referimos em como sentimos as coisas, nossos hábitos e reações básicas e nosso inconsciente. Enquanto o Sol é ativo, masculino, a Lua é passiva e feminina. 

Esta fase é propícia para cortar velhos hábitos, para se libertar do passado, seja a que nível for.

Capricórnio é um signo muito voltado para questões materiais, estruturais e a tudo que é tangível. É regido por Saturno (O Senhor Carma) e natural da casa 10 (a casa da carreira, do status e do ego) 

Quando a Lua fica minguante em Capricórnio é o momento perfeito para reavaliarmos aspectos concernentes ao signo de capricórnio que já não nos servem mais: profissão, carreira e o que estamos buscando no mundo das realizações materiais.

 


Sara Koimbra-  atua há mais de 10 anos como astróloga, numeróloga e taróloga. Alia seus conhecimentos a terapias e orientação vocacional para adolescentes em busca da primeira profissão e adultos que querem se reinventar profissionalmente. Atua também com avaliação da política usando suas técnicas.
www.sarakoimbra.com.br
instagram.com/sarakoimbra


Conselhos para renascer com a Páscoa

Um período muito aguardado para cristãos e judeus é a Páscoa. Apesar de significados teológicos diferentes, é uma época de profunda reflexão e respeito. Neuropsicóloga Leninha Wagner explica que o sentido da data vai muito além do que a tradição já impregnada na sociedade de valorizar o coelho e o chocolate.

Mais uma Páscoa está se aproximando. A palavra, originada do hebreu “pessach”, significa “passagem”. A festa é celebrada por judeus há milhares de anos para comemorar a libertação e êxodo do Egito, após 300 anos de sofrimento como escravos. Porém, tal data carrega também o lado cristão, que celebra a dor, sofrimento, mas comemora a passagem para um lugar melhor, ou seja, um recomeço.

Diante do atual cenário pandêmico e considerando as dores da humanidade, a neuropsicóloga Leninha Wagner é taxativa: “Sempre depois de um período de sofrimento, avaliamos, já com a devida distância do fato ocorrido; e constatamos que é preciso mudar, renascer”.

Além das doutrinas religiosas, Leninha reforça que “podemos nos inspirar na mitologia grega, na lenda de Quiron O Curador Ferido, que passou de Centauro Guerreiro a Curador. Certa vez, em batalha ao lado de seu melhor amigo Hércules, eles mataram o monstro Hidra de Lerna com cabeças envenenadas. Acidentalmente o amigo feriu Quiron na coxa com uma das flechas saturadas de sangue do monstro. Embora imortal, ele não conseguia curar a si mesmo, ficando condenado a viver em sofrimento. Ferido e com um ponto sensível que doía ao ser tocado, reconheceu que possuía uma vulnerabilidade”, detalha.

Os ferimentos de Quiron, completa a neuropsicóloga, o transformaram num curador ferido. “Aquele que, por meio de sua própria dor, é capaz de compreender a dor dos outros. Ele representa a parte ferida de cada um, simbolizada por alguma deficiência, limitação ou problema, que o torna benevolente em relação aos que o cercam, pois entende-lhes o sofrimento com compaixão”.

O relato desta história grega se aplica nos dias atuais, onde as famílias precisam se isolar e não podem passar o próximo fim de semana juntos: “Assim somos nós diante da Celebração da Páscoa ainda em plena Pandemia. Reconhecendo que estamos todos feridos, sensíveis, vulneráveis. Que podemos ressurgir da nossa própria dor com o firme propósito de ter relações mais saudáveis, mais recíprocas, mais gentis”, destaca.

Afinal, Leninha ressalta que, “só pode curar quem entende de dor, por carregar sua própria chaga interna. Estamos em busca de um novo e melhor momento. Nossa ambição incessante agora, deve ser em busca de aumentar nosso império interior, dilatar as fronteiras do eu, ampliando o horizonte existencial”.

Diante disso, “quando desfrutamos dos nossos recursos internos, que somente a nós pertence. Oferecemos o nosso melhor ao outro e recebemos o mesmo conteúdo de valor. Aliás, com o passar do tempo, novos caminhos devem ser considerados”, acrescenta a neuropsicóloga.

E como renascer em meio a este cenário tão difícil? Para Leninha Wagner, “Mudar é saudável! Troque as coisas de lugar, repense suas prioridades, valorize quem esteve com você, quem se importou. Faça novos planos, trilhe novos caminhos, e libere espaço para o perdão, e neste lugar plante sementes de bons e novos sentimentos. É tempo de renovação, de ressurreição!

Mova-se, comova-se, envolva-se no sentimento de transformação que essa data proporciona e que esse tempo exige: compaixão e solidariedade”, finaliza.

 


Crédito - MF Press Global

 

Dia Mundial do Rato; neurocientista nos convida a enxergar o lado vilão e herói do animal

Apesar de serem conhecidos pelos malefícios que podem causar a saúde humana, estes seres foram e ainda são importantes para a evolução da nossa espécie


 
No dia 4 de abril comemora-se mundialmente o Dia do Rato.  A data foi instituída no ano de 2002 com o objetivo de romper preconceitos contra o roedor e fazer com que estes pequenos sejam reconhecidos também como animais de estimação.

Membro da Federação Européia de Neurociência, o PhD neurocientista e neuropsicólogo
Fabiano Abreu,  aproveita a data para propor uma reflexão interessante acerca dos papéis sociais que essa figura representa na história humana. Para ele, o rato pode ser visto tanto como vilão, quanto como herói da raça humana.

Fabiano nos convida a analisar, por exemplo, o papel do rato no contexto da peste bubônica. “Neste cenário histórico, que é amplamente conhecido por se tratar de uma epidemia que matou aproximadamente 25 milhões de pessoas na Europa, entre 1347 e 1351, o rato assume um lugar de vilão. Além disso, os ratos são portadores de mais de 35 doenças transmissíveis aos homens e aos animais domésticos, condição que sustenta ainda mais a má fama desses pequenos mamíferos entre os humanos ”, afirmou.

Mas ele explica que seria errado definir os roedores com esse rótulo sem antes reconhecermos que existe outro protagonismo importante exercido por estes animais na humanidade: o de cobaia das ciências.

“Grandes avanços na saúde pública foram propiciados à humanidade, graças à utilização destes animais na pesquisa científica. Um dos exemplos está na descoberta e no controle de qualidade de vacinas. Os testes em ratos também foram essenciais para a descoberta de anestésicos, de antibióticos, anti-inflamatórios, antidepressivos, quimioterápicos, e dos hormônios anticoncepcionais. Perceba que, neste contexto, os ratos passam a ser definidos como heróis”, comenta ele.

O neurocientista esclareceu ainda que um dos motivos do rato ser escolhido para as diversas experiências é pela sua fisiologia ser semelhante à fisiologia dos humanos. “É um grande equívoco e desconhecimento da realidade afirmar que os animais não são mais necessários para a descoberta de novas vacinas, medicamentos e terapias”, pontuou.


 
O dualismo dos roedores

Para Fabiano, o único consenso possível é aceitarmos que, além das semelhanças fisiológicas, os ratos se assemelham aos humanos no que diz respeito a sua existência dualística. “É engraçado pensar que, assim como nós, os ratos não podem ser definidos como vilões ou heróis, porque os papéis que estes roedores exercem no mundo, a partir da dinâmica humana, faz com que eles sejam ambos. A filosofia do dualismo abraça ratos e humanos”, conclui ele com tom de comicidade.

 

 


Fabiano de Abreu Rodrigues - jornalista com Mestrado e Doutorado em Ciências da Saúde nas áreas de Neurociências e Psicologia pela universidade EBWU nos Estados Unidos e na Université Libre des Sciences de l'Homme de Paris. Ainda na área da neurociência, pós-graduação na Universidade Faveni do Brasil em neurociência da aprendizagem, cognitiva e neurolinguística e Especialização em propriedade elétricas dos neurônios e regiões cerebrais na Universidade de Harvard nos Estados Unidos. Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal, Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio, membro da Unesco e Neuropsicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise Clínica. Especialização em Nutrição Clínica e Riscos Psicossociais pela TrainingHouse de Portugal e Filosofia na Universidade de Madrid e Carlos III na Espanha. 

Integrante da SPN - Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC - Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS - Federation of European Neuroscience Societies - PT30079 e membro da Mensa, sociedade de pessoas de alto QI com sede na Inglaterra.

 

Begônia Maculata: conheça a planta que é tendência em decoração de interiore

Popular nas redes sociais e estimada pelos “pais de planta”, a espécie exótica exige cuidados específicos 

 

Com uma estética exótica e inconfundível, a Begônica Maculata tem conquistado os adeptos do conceito “urban jungle”. As folhas longas de formato estreito nas pontas  e coloração verde e verso avermelhado que contrasta com as pequenas manchas brancas arredondas, conferem uma “estampa” única á folhagem e garantem um visual exuberante e charmoso a qualquer ambiente.

 Uma das espécies mais desejadas do momento, a Begônia Maculata é frequentemente vista em perfis de redes sociais dedicados a decoração e dicas de botânica. Tipicamente brasileira, ela tem origem nas matas tropicais do sudeste e centro-oeste do país, onde o ambiente é caracteristicamente úmido, repleto de árvores e portanto sem incidência direta de luz solar, o que torna os ambientes internos ideais para essa categoria de Begônia. 

Com cultivo descomplicado, a Begônia Maculata demanda os cuidados básicos comuns entre as espécies indicadas para espaços residenciais. “O mais importante é se aproximar das condições de iluminação e umidade das matas de onde ela é originária. Ou seja, terra úmida e meia sombra”, afirma Emerson de Souza Silva, especialista da Esalflores, maior rede de floriculturas do país. “As regas não precisam ser diárias. De três a quatro vezes por semana são suficientes desde que a terra não fique encharcada e, muito menos, ressecada”, acrescenta o profissional. 

Com aspecto singular e harmônico, a Begônia “avisa” quando os procedimentos de manutenção estão equivocados. “As folhas murcham e reclinam significativamente se ela estiver precisando de água ou recebendo muito sol. É interessante também evitar locais que recebam muito vento para que a umidade permaneça por mais tempo”, diz o especialista. Para simular o solo rico em nutrientes da Mata Atlântica, outra dica é adubar a terra. “A adubação pode ser feita com substrato de húmus por exemplo. Lembrando que também não é recomendado borrifar água diretamente nas folhas. O ideal é borrifar a uma distância acima delas para que cheguem reduzidas na folha, como seria a água da chuva em seu ambiente natural”, complementa.   

Com status luxuoso de planta rara, o preço para ter uma Begônica Maculata agregando personalidade ao interior de casas e apartamentos gira em torno dos R$ 200. “É uma espécie de produção bastante limitada e a procura cada vez maior nas floriculturas deixa sua aquisição ainda mais exclusiva”, explica Emerson. “Mas sem dúvida vale o investimento. Para aqueles que apreciam a presença das plantas em casa essa é uma espécie singular, que evidencia tanto a decoração quanto traz harmonia para a casa com sua beleza única. É como ter uma obra de arte da natureza em exposição”, completa o profissional da Esalflores.

 

Segredos para as plantas de casa florescerem novamente!

O florescimento das nossas plantas é o momento mais esperado. Os maravilhosos tons de cores desenvolvidos pelo florescimento das plantas de casa é um espetáculo a ser saboreado. Agora, para conseguir isso e vê-las florescer novamente, existem alguns segredinhos!

 

Todas as plantas de casa, em teoria, florescem. Mas nem todos são de real interesse porque suas flores são pequenas e imperceptíveis. No entanto, a gama de flores bonitas é muito ampla. Desde a mais rústica até a mais delicada não seguem a mesma lógica: existe um conjunto de condições muito específicas que as estimulam a florescer ... ou não, se essas condições não forem satisfeitas.

 

Alguns requisitos devem ser respeitados: calor, intensidade de rega, boa fertilização, luz ... Tal como uma planta no solo, uma flor de interior tem os seus requisitos, mais ou menos precisos conforme a espécie. Respeite o seu ciclo: raras são as que podem florir 12 meses por ano, principalmente em interiores. Portanto, deixe a planta reabastecer suas reservas, sem tentar fertilizá-la excessivamente ou forçá-la a permanecer vegetando quando deveria passar por uma fase de repouso.

 

Importante: preste um pouco de atenção em sua planta, ela te devolverá em flor!

 

4 etapas para o florescimento de plantas de interior:

 

1. Rega: 1 a 2 vezes por semana

 

Não tente seguir uma rega específica, mas sim seguir o estado do substrato, que não deve ficar constantemente encharcado ou completamente seco. Dependendo das condições do ambiente a frequência de rega deve ser modulada. A terra deve estar úmida ao toque.


 

2. Fertilizante: 1 a 2 vezes por mês

 

As plantas que produzem vegetação densa precisam de fertilizantes com maior frequência do que aquelas que crescem lentamente. Tanto um fertilizante orgânico como um fertilizante mineral deve ser fornecido na dose certa: cuidado para não aplicar em excesso!


 

3. Transplante para novo vaso: a cada 1 ou 2 anos

 

As plantas compradas em vaso muito estreito precisam ser replantadas logo após a floração. As plantas de crescimento lento, contentam-se com o replantio a cada 2 anos ou mais.


 

4. A exposição à luz solar: girando o vaso toda semana

 

Se a luz vem de uma janela, vire a planta regularmente para fornecer luz de todos os lados, caso contrário, ela pode deformar em função da "busca" por luminosidade.


 

Plantas com florescimento fácil

 

Elas florescem novamente a cada ano sem muito capricho. Melhor, elas se tornam cada vez mais bonitas a cada ano. Mas isso não vem sem cuidados, ou sem os sinais que indicam que é hora de florescer. Entenda sua planta e tente conhecer, para cada uma, a duração aproximada da floração.


 

Begônia

 

Os cachos de flores se formam na ponta dos galhos. A floração acontece com a formação de novos lançamentos.


O novo florescimento da begônia acontece com o crescimento suave por intermédio da irrigação e da fertilização. Uma temperatura mínima de 15 ° C e um pouco de luz, mas sem luz solar direta, é suficiente. A poda é o caminho para encorajar a begônia a formar novos lançamentos de floração.


Begônia têm flores masculinas e femininas, mas em cachos separados. As flores femininas são um pouco maiores.


 

Orquídea Borboleta

 

Orquídea borboleta (phalaenopsis) possui folhas carnudas que emerge do talo floral mais ou menos ramificado que pode voltar a florescer, quando as condições o permitirem. Algumas phalaenopsis florescem o ano todo!


Para um novo florescimento ofereça iluminação, instalando-a perto de uma janela ensolarada, mas sem sol forte, e regue embebendo as raízes por meia hora, duas vezes por semana, com fertilizante líquido a cada três semanas.


 

Lírio da Paz  

 

As folhas em forma de lança verde-escuras muito decorativas contrastam com as suas espatas de um branco puro e com leve perfume. É fácil de manter.

Para fazer o Lírio da Paz florescer novamente é necessário dar as condições para que forme novas folhas constantemente, o que a encorajará a formar novas flores também. Uma temperatura de pelo menos 18 ° C e fertilizante a cada 3 semanas é suficiente, bem como um pouco de sol não abrasador pela manhã, a meia sombra é o ideal.


 

Antúrio

 

O Antúrio chega a dar quase mais flores do que folhas! O antúrio é uma verdadeira planta tropical, com raízes parcialmente aéreas. Ele pode viver dez anos no mesmo vaso. A folha de um vermelho intenso e em formato de coração se chama bráctea.


Para um novo florescimento o Antúrio precisa de pelo menos 20°C no inverno, além de sobra, luminosidade indireta e alta umidade ambiente. Dê-lhe um fertilizante líquido a cada duas semanas. Não é necessário o transplante para um novo vaso.


 

Plantas que exigem paciência

 

São mais desejáveis ​​porque seu ciclo é muito marcado entre uma fase de repouso e uma fase de vegetação. A fase de repouso é a chave para fazê-las florescer novamente.


 

Bico-de-Papagaio ou Flor do Natal

 

Planta de origem tropical (México) cujas folhas adquirem um vermelho vivo.

Cultive-a como uma planta de casa clássica quando começar a esverdear novamente, agosto-setembro, em um lugar quente e dando-lhe um pouco de fertilizante a cada quinze dias. Mantenha o Bico-de-Papagaio em local fresco em abril-maio.


 

 Kalanchoe ou Folha-da-Fortuna

 

Planta carnuda adaptável a muitas condições. Resistente ao calor e as condições de baixa disponibilidade de água. Pode ser encontrado com flores vermelhas, laranjas, brancas, rosas e amarelas.


Para novo florescimento, podar em setembro. Em seguida, retome a rega e coloque-o em plena luz, com um fertilizante líquido por mês. Deixe o substrato secar bem antes de regar novamente. Em resumo, o kalanchoe crese como um cacto.


 

Amarílis

 

A Amarílis é um bulbo que primeiro forma flores antes de formar folhas. Deixar as folhas se desenvolverem é essencial para voltar a florescer.


O caminho para fazer a Amarílis florescer novamente é regar a planta quando as folhas se formarem, adicionando fertilizante a cada mês. Expor a planta a pleno sol. Quando as folhas secarem pare de regar. Regue quando os botões das flores começarem a se formar novamente.

 

A iniciativa Nutrientes Para Vida (NPV), tem como missão destacar e informar a população a respeito da relevância de fertilizantes para o aumento da qualidade e segurança da produção alimentar, colaborando com melhores quantidades de nutrientes nos alimentos e consequentemente, com uma melhor nutrição e saúde humana.

 

 



Valter Casarin - engenheiro agrônomo da iniciativa Nutrientes Para Vida (NPV)


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