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quarta-feira, 6 de maio de 2020

Cidades inteligentes largam na frente no combate ao coronavírus


Num cenário tradicional, diz-se que uma cidade pode ser considerada inteligente quando a gestão do município está voltada para o aumento da qualidade de vida dos cidadãos, por meio da alta eficácia de serviços, como transporte, comunicação e entrega de recursos, sempre tendo como aliada a tecnologia. Mas, e quando tudo isso é colocado à prova de uma maneira inesperada e com reflexos imprevisíveis? Era possível nossas cidades estarem mais bem preparadas para esse momento de pandemia, quando tantas respostas, em tantos setores, são cobradas? Será que mesmo aquelas consideradas inteligentes se comportaram como o esperado?

A declaração dada pelo ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, no dia 20 de abril, à rádio Difusora Pantanal, fazendo referência à organização e informatização do SUS em Curitiba foi enfática: “É um sistema muito organizado, com um sistema de informática muito bem feito.” Na avaliação dele, esses pontos seriam fundamentais na estratégia de ações contra o novo coronavírus. 

A fala do ex-ministro traz à tona a discussão de como o desenvolvimento planejado das cidades inteligentes pode colocá-las em vantagem em momentos de graves crises ou pandemias. Com a Covid-19 e a corrida para a adaptação ao novo modelo de vida imposto à sociedade, aquelas que já pensavam em um futuro conectado largaram na frente. 

Curitiba foi a primeira capital do Brasil a usar a videoconsulta para atendimento de pessoas com suspeita de Covid-19. O objetivo foi reduzir o fluxo de pacientes nas unidades da rede municipal e tentar assim evitar a transmissão. Para isso, foi necessário um sistema robusto de suporte. Fica claro que, em um momento de pandemia, a luta dos profissionais de saúde deve receber o apoio dos profissionais de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

Outras cidades do País, bem posicionadas no ranking Connected Smart Cities, também têm conseguido controlar os índices de transmissão e mortes pelo novo coronavírus até o momento.

A preocupação em manter uma gestão integrada e com soluções rápidas e práticas para o cidadão é essencial, com ou sem pandemia. Aos gestores que pensaram em formas de integrar setores, facilitar o acesso à informação e aproximar a tecnologia do formato de gestão de uma cidade, o caminho para soluções se torna mais ágil e pode-se contar com uma equipe habituada a enfrentar novos desafios no campo da criatividade e inovação. Em contrapartida, aos que esperaram a chegada do problema para planejar soluções, a jornada será ainda mais longa e árdua. 

A pandemia nos permitirá traçar novos conceitos de cidades inteligentes. Será preciso repensar como encararemos a mobilidade, a educação, a saúde, o trabalho e as relações sociais. Passada essa grande crise e todos os desdobramentos que ela ainda trará, ficarão o aprendizado e as lições de casa não apenas para governantes, mas também lideranças de todos os setores. É preciso integrar tecnologias como big data, IoT, inteligência artificial e machine learning a áreas essenciais do funcionamento dos municípios, caminhando lado a lado e com esse novo cidadão no centro das atenções. Só então saberemos onde estarão as cidades inteligentes.






Fabrício Ormeneze Zanini - diretor-presidente do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI).


Mulheres criam campanha de apoio para entidades que atendem vítimas de violência doméstica


Durante o período de confinamento social por causa da pandemia, estatísticas mostram que a violência contra a mulher aumentou consideravelmente em todo o mundo, evidenciando a necessidade de ações que colaborem com as vítimas que literalmente dormem com o inimigo e que o lar não representa necessariamente um local de segurança. 

Com essa realidade, um grupo de mulheres de todas as regiões do país se uniram para contribuir com outras mulheres que no momento estão em vulnerabilidade social. Assim foi criado o Projeto Brazilinas.

Idealizado por Daniele Costa que batizou o coletivo de mulheres com o nome de sua sogra que foi assistente social no Rio de Janeiro e que atuava exatamente com mulheres.

O projeto Brazilinas reúne mulheres "comuns" que de alguma forma já atuavam com ações de cunho social e que sensibilizadas com a situação decidiram contribuir emergencialmente com entidades, programas e ações que já trabalham com mulheres em situação de vulnerabilidade social.

O povo brasileiro costuma ser solidário e em situações de emergência a força do #juntossomosmaisfortes se evidencia ainda mais. Acreditando nisso, o projeto Brazilinas foca nesse momento em ajudas emergenciais para mulheres em situação de vulnerabilidade social e o objetivo é que o projeto continue posteriormente.  Com a proposta de incentivar o empoderamento feminino através do fortalecimento da autoestima de cada mulher através de uma rede de apoio que contribua com capacitação profissional, emocional, suprindo necessidades emergenciais como as atuais e acolhendo novas ideias e caminhos que se mostrem importantes para mulheres em situação de vulnerabilidade social.


Campanhas no ar

As primeiras campanhas do projeto Brazilinas estão sendo realizadas na plataforma Solidário Brasil - que só disponibiliza espaço na plataforma para ações de cunho social e que tem um processo de transparência no qual o doador pode acompanhar todo o procedimento da campanha que escolheu contribuir.   As ações que estão no andamento são em apoio ao programa Apolônias do Bem e a Casa Noeli. Em breve novas campanhas beneficiarão outras organizações que apoiam mulheres.


Apolônias do Bem

O programa Apolônias do Bem oferece tratamento odontológico integral e gratuito às mulheres que vivenciaram situações de violência e tiveram a dentição afetada durante as agressões.

Desde 2012, quando começou a ser desenvolvido, ele já garantiu
atendimento a mais de 1100 mulheres cisgênero e transgênero de todo o Brasil. As beneficiárias são selecionadas por meio de triagens, quando passam por
um rápido exame oral, não invasivo, e respondem ao OHIP (sigla em
inglês, que significa Perfil de Impacto de Saúde Oral), uma ferramenta
científica que mede o impacto da saúde bucal na qualidade de vida de uma pessoa.

São priorizadas as mulheres com problemas odontológicos mais graves e OHIP mais alto, que sustentam a família e retomaram os estudos ou estão fazendo cursos de capacitação profissional.

Os tratamentos são oferecidos por meio de uma rede de dentistas
voluntários, que realizam todos os procedimentos que as mulheres
necessitam, independentemente da complexidade apresentada. Uma vez no programa, as beneficiárias e os profissionais que as atendem são
acompanhados pelos funcionários da Turma do Bem até que os tratamentos
se encerrem.

Por que Apolônias? Personagem histórica, Apolônia viveu em Alexandria e morreu em 249, após
ser presa, espancada e ter seus dentes quebrados e arrancados. Com o projeto, a TdB leva assistência odontológica para as apolônias de hoje, que também estampam a marca da violência em seus rostos. 

Infelizmente durante o período de confinamento social os casos de violência doméstica estão aumentando muito e os dentistas precisam utilizar EPIs específicos e com valores altos, então o programa precisa de ajuda também para comprar esses EPIs. 

O link da campanha em prol do programa Apolônias do Bem é o 


 Casa Noeli

A Casa de Apoio a Mulheres em Situação de Violência Noeli dos Santos, localizada em Ariquemes, Rondônia, acolhe mulheres em situação de violência, juntamente com seus filhos e filhas por um período de um a 90 dias. Após o acolhimento, segue acompanhando a vida das mulheres atendidas.

 Normalmente acolhe cerca de 25 mulheres por mês e é uma entidade de referência em atendimento em toda a região do Vale do Jamari, que reúne oito municípios.
No momento as principais necessidades da Casa são cestas básicas, kits de higiene pessoal incluindo absorventes, fraldas geriátricas e infantis além de sabonetes, creme dental e máscaras e kits de produtos de limpeza.

A campanha para contribuição para a Casa Noeli está no link:


Apoios e parcerias

O Projeto Brazilinas conta com apoio da plataforma Solidário Brasil que está sediando as campanhas de crowfunding para as ações que o Projeto Brazilinas está contribuindo agora. 

Outra parceria é com a empresa Natureza & Limpeza que trabalha com serviços de limpeza personalizados. A empresa tem unidades em diversas cidades brasileiras e a empreendedora Ana Paula Barcena, filha de uma faxineira e que conseguiu realizar o sonho de montar sua própria empresa de limpeza ecológica, se sensibilizou com o projeto e doará R$ 20,00 a cada limpeza realizada por algumas unidades da rede Natureza & Limpeza. O site da empresa é www.naturezaelimpeza.com.br

E o projeto está aberto para novas parcerias com empresas e pessoas físicas que desejem contribuir. O contato pode ser feito pelo Instagram @projeto_brazilinas ou pelo e-mail projetobrazilinas@gmail.com


Desafios da liderança em tempos de home office


De modo geral, todo líder sempre enfrenta desafios nas suas atribuições de trabalho. A verdade é que liderar exige uma série de competências técnicas e comportamentais que não são nada fáceis de se desenvolver, manter e equilibrar.  

Nos últimos meses, entretanto, diante da recente pandemia enfrentada pelo mundo, líderes de todos os países se depararam com o desafio inesperado de liderar suas equipes à distância, mesmo nos casos em que não existiam as condições e estruturas necessárias para isso. Embora saibamos que milhares de empresas já tinham por hábito o trabalho de funcionários em home office antes do Covid-19, por razões e vantagens inúmeras, a possibilidade de trabalhar remotamente tornou-se quase mandatória nesta nova condição global. Em parte, por conta da necessidade de se manter a saúde dos funcionários através do isolamento social e em parte, por necessidade de se manter a saúde das empresas, impedindo a “morte” de muitas delas por colapso econômico.

E com a chegada desta nova realidade imposta pelo vírus, é possível se perceber a importância da boa condução das lideranças perante suas equipes. Mais do que nunca a capacidade para engajar, motivar, gerenciar e treinar de forma criativa tem sido essencial. Mesmo que as circunstâncias que cada empresa e equipe enfrentam sejam únicas, algumas ações e cuidados são esperados em qualquer bom líder no momento.

Considerando que as condições físicas de trabalho remoto estejam garantidas, um dos primeiros aspectos a se considerar é o novo modelo de comunicação estabelecido. Pessoas que estão acostumadas a trabalhar podendo acessar a liderança e os co-workers presencialmente, podem estranhar as limitações que o trabalho à distância inflige. Por isso, estabelecer a forma como as pessoas poderão acessar umas às outras e ao próprio “capitão” do time, faz toda a diferença. De quanto em quanto tempo se reunirão, usando que tipo de dispositivo e aplicativo, por quantos minutos, tudo isso precisa ser combinado e comunicado. Dessa forma, todos se sentirão seguros e não desenvolverão a ansiedade que pode, por consequência, trazer bloqueios produtivos. Deve-se também oportunizar, conforme as necessidades particulares, o atendimento de alguns individualmente. Conhecer os elementos de sua equipe vai ajudar o líder a estabelecer tais prioridades. A comunicação com a equipe deve ser estruturada, objetiva e o mais transparente possível.

Além disso, as atuais circunstâncias exigem também feedbacks mais frequentes. Como tudo está muito diferente e o trabalho sofreu alterações não necessariamente desejadas, estar alinhado à estratégia nunca foi tão importante. Por isso, cada colaborador deve ter maior consciência desse planejamento e receber retornos frequentes de como ele está ou não se aproximando do alvo da equipe. Para tanto, o líder precisa estar totalmente ciente do planejamento estratégico, ser o mais transparente possível na comunicação dessa estratégia para a equipe, conduzir todos para alcançá-la e acompanhar a performance de cada um.  Indicadores de desempenho podem ajudar muito para que essa tarefa seja realizada com eficiência. Assim, qualquer desvio ou ajuste necessário para o bom andamento do plano serão rapidamente colocados em prática por todos.

Por último, mas não menos importante, nunca foi tão primordial que os condutores dos times aprendam o valor do elogio sincero. Num momento de grande tensão coletiva, reconhecer pequenos feitos, e mais ainda as grandes contribuições, pode ter um efeito motivador e acalentador muito positivo. Receber um feedback inesperado por um acerto ou mesmo por uma boa atitude inusitada, certamente resultará em um “distensionamento” do colaborador e facilitará o engajamento nos processos. Um reforço positivo que levará os funcionários a se motivar mais e a continuar contribuindo com o “espirito coletivo”.

Cada vez mais as pessoas trabalham por motivos que vão além dos recursos e ganhos financeiros. Pessoas precisam encontrar um propósito em seus ofícios, precisam entender que o trabalho é algo que faz sentido em suas vidas. Por isso, valorizar as pessoas, despertar o seu melhor lado, oportunizar crescimento e desenvolvimento de competências alinhados com a razão de ser de cada um e persistir fazendo isso em tempos de crise vai distinguir os lideres servos daqueles que apenas são chefes disfarçados com máscaras de liderança. Afinal, em tempos de crise é que conseguirmos separar o “joio do trigo”. E nos processos de liderança não é diferente.






Silvia Queiroz - Psicóloga Clínica, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas, Mestre em Teologia, Coach e Analista DISC pela SLAC, Escritora, Palestrante e Membro Toastmasters Internacional. www.silviaqueiroz.com.br


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