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terça-feira, 18 de junho de 2019

Plástica na mama em homens: conheça a cirurgia que reduz o excesso de glândulas mamárias


Cirurgião Plástico explica o que é a ginecomastia e como resolver o problema

Embora a ginecomastia não tenha nenhuma ligação com virilidade, o formato mamário feminino causa uma grande vergonha e inibição por parte dos homens. Ginecomastia não tem relação com câncer de mama. Causada por um desenvolvimento excessivo no tecido da região mamária masculina, o mal pode ocorrer na infância, adolescência ou mesmo na velhice, que são as fases de mudanças hormonais do homem sem nenhuma patologia de base, na maior parte dos casos.
Há também alguns motivos que podem determinar o aparecimento da ginecomastia, como: variedade de mudanças hormonais (aumento dos estrógenos, diminuição dos andrógenos), desnutrição, doenças da tireoide, testículo, hipófise, cirrose hepática, anabolizantes, além de alguns remédios (como por exemplo, para hipertensão, evitar queda de cabelo entre outros) e drogas (maconha, álcool, anfetaminas).
Ou seja, a ginecomastia é, na maioria dos casos, na faixa etária de 15 anos, uma condição benigna, e muitas vezes regride espontaneamente dentro de dois anos de evolução. Se a condição persistir em um adolescente, é realizada a correção cirúrgica que proporciona um resultado bastante satisfatório.
O cirurgião plástico Bernardo Ramalho explica como deve funcionar a técnica cirúrgica. “Depende do tipo de ginecomastia e de sua classificação. Normalmente é realizado um corte, uma incisão em semicirculo na parte inferior da aréola, associada ou não à lipoaspiração”. Bernardo alerta ainda que os principais problemas relacionados ao tratamento cirúrgico da ginecomastia são irregularidades na superfície da mama, como hematoma ou esquimose (áreas roxas no corpo), seroma, queloide ou cicatriz hipertrófica, mas tranquiliza: “serão tomadas todas as precauções para se evitar quaisquer desses problemas. Em alguns casos, por segurança do paciente, é necessário o uso de dreno por alguns dias. O pós-operatório dura cerca de 7 a 10 dias e o déficit de sensibilidade local em geral é transitório, durando no máximo um ano na maioria dos casos”.
No homem adulto normal, não há tecido mamário palpável. A ginecomastia apresenta-se como uma massa na região mamária, palpável, variando de 1,0 a 10 cm de diâmetro. Geralmente apresenta uma forma uni ou bilateral, podendo se expandir em direção à axila.
Os sintomas limitam-se à massa palpável e pouca dor à palpação, principalmente nos adolescentes, porém, na maioria dos casos, a doença é assintomática. A maioria dos casos de ginecomastia ocorre na puberdade com uma incidência de 65% jovens entre 14 e 15 anos. Essa condição desaparece durante os últimos anos da adolescência, apresentando-se apenas em 7% aos 17 anos de idade.
A ginecomastia é classificada com base em três graus, de acordo com a classificação de Simon:
Grau I: pequeno aumento mamário sem flacidez de pele;
Grau II: subtipo A – moderado aumento mamário sem flacidez de pele; Subtipo B – moderado aumento mamário com flacidez de pele;
Grau III: grande aumento mamário com flacidez de pele.
Ramalho completa: “A cicatriz fica localizada na borda inferior da aréola, por isso fica escondida e menos aparente. O cirurgião retira a glândula de consistência dura e aumentada que deverá ser examinada por um patologista. Após a cirurgia, o paciente deve usar uma faixa compressiva por aproximadamente 45 dias”.
A cirurgia leva cerca de 1h30, e o tempo de internação de 12h a 24h. “Normalmente, é utilizada a anestesia local associada ou não com a sedação, dependendo do grau de ginecomastia. O paciente pode retomar as atividades escolares ou profissionais em uma semana. Deve-se evitar exposição solar por dez dias. A atividade física leve está liberada em 15 dias. Os exercícios físicos mais pesados podem ser retomados em três semanas”, orienta Bernardo.
O resultado pode ser visto em dois meses. Como técnica auxiliar, pode ser realizado a lipoaspiração que, em alguns pacientes, pode ser usada como procedimento exclusivo.


BERNARDO RAMALHO - Formado pela Universidade Gama Filho, é cirurgião plástico membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Especializou-se pelo programa de residência médica do Hospital Naval Marcílio Dia (Marinha do Brasil), onde realizou mais de 200 cirurgias plásticas, entre reparadoras e estéticas, e atuou como médico de cirurgia geral no Hospital Municipal Miguel Couto e no Hospital Federal da Lagoa.

Os benefícios da caminhada para a saúde


Quando realizada com frequência, pode melhorar o condicionamento cardíaco


Existem muitas maneiras de se exercitar, fazendo caminhadas ao ar livre ou na esteira de uma academia, depende do estilo e condições financeiras de cada adepto. A prática de atividade física faz parte da rotina das pessoas que querem qualidade de vida. Isso inclui perda peso, melhora no condicionamento físico, qualidade do sono e bem-estar no geral. 

De acordo com Edison Tresca, professor do curso de Educação Física da Universidade UNIVERITAS/UNG, o corpo humano é um complexo biológico concebido para se movimentar. "A ausência ou pouca movimentação pode causar malefícios ao organismo. Por outro lado, o excesso de realização de atividades físicas também pode ser prejudicial. Pensando nestas atividades com o objetivo de promoção de qualidade de vida e saúde, deve-se considerar que, para cada indivíduo haverá um nível de exigência ideal. Tanto exercitar-se muito pouco ou nada, ou exercitar-se demais, pode ser prejudicial, ressaltando que a pessoa indicada para melhor orientar o praticante de qualquer exercício físico é o profissional de Educação Física", explica. 


Quais os benefícios da caminhada para o corpo e a mente? 

A caminhada, quando realizada na intensidade ideal para o indivíduo, proporciona a melhora da circulação sanguínea podendo prevenir problemas vasculares, a melhora da resistência do corpo, evitando o cansaço por qualquer pequena exigência como subir um pequeno lance de escadas, a melhora da força muscular, principalmente de membros inferiores. Quando realizada com frequência e regularidade, pode melhorar o condicionamento cardíaco, contribuindo assim para uma melhor saúde de seu coração, além de ajudar no controle do peso corporal evitando a obesidade. Quando se pratica atividades físicas moderadas, apesar do desgaste natural do esforço, o indivíduo tem maior disposição para as atividades da vida diária, sentindo-se mais motivados e dispostos.  


Quantas vezes por semana e quanto tempo é recomendo caminhar? 

Cada indivíduo deve realizar pelo menos 30 minutos de atividades físicas moderadas ao longo da semana. Isso já seria suficiente, para proporcionar alguns benefícios. Entretanto, tendo oportunidade, deve-se praticar a caminhada moderada de 20 a 30 minutos, em dias alternados durante a semana, por várias semanas, os benefícios seriam bem maiores. Neste ponto, volto a afirmar, é muito importante a orientação de um profissional de Educação Física, credenciado pelo Conselho Regional da Profissão, que saberá identificar a frequência, tempo de execução e nível de exigência ideal para cada pessoa, além das técnicas corretas de realização de cada movimento. 


Existe algum cuidado que deve ser tomado?

É possível presenciar várias pessoas caminhando em locais públicos, mas muitas vezes de forma inadequada, seja pelo uso de calçados e vestimentas, seja pela postura da movimentação ou intensidade do exercício. Procure utilizar calçados esportivos apropriados para a caminhada, que proporcionam conforto e amortecimento dos impactos durante as passadas, assim como roupas confortáveis que permitam a livre movimentação. Realizar exercícios de alongamento como forma de preparação para o início da caminhada evitando possíveis lesões. Realizar os movimentos de forma natural, sem forçar demais a amplitude das passadas, procurando manter a coluna ereta, evitando a projeção dos ombros para frente, mantenha-os elevados, mas descontraídos, oscilando alternadamente os braços para frente e para trás de forma naturalmente coordenada com os movimentos das pernas.  


Caminhar é contraindicado para algum grupo de pessoas? 

A contraindicação absoluta é determinada clinicamente, por exemplo, pelo médico cardiologista ou ortopedista, na presença de alguma enfermidade cardíaca ou articular preexistente, justificando assim sempre consultar-se para obter o atestado de apto para a prática de atividades físicas. Contraindicações relativas sempre dependerão das exigências da atividade física, que podem ser totalmente diferentes de um indivíduo para o outro, justificando assim a necessidade da orientação de um profissional de Educação Física que possui conhecimento e meios para saber com segurança como deve ser a prática mais adequada para cada caso. Mas mesmo assim, durante a caminhada, se a pessoa perceber que está respirando cada vez mais rápido e com maior dificuldade, que está ficando "sem fôlego", ou se perceber dores articulares persistentes, deve reduzir bem o ritmo da caminhada, ou até mesmo parar para recuperar-se e voltar a caminhar em um ritmo mais leve.



Quais os percalços do cinema nacional?


O cinema é apresentado ao mundo pelos Irmãos Lumière em 1895, num contexto em que os avanços da ciência e da tecnologia refletiram nas transformações dos meios de produção e implicaram na I Revolução Industrial na Europa e Estados Unidos. Graças a grandes estudiosos da história do cinema, como Paulo Emílio Sales Gomes, sabemos que os primeiros projetores chegaram ao Rio de Janeiro no final de 1896 e as primeiras filmagens foram realizadas em 1899 — momento em que o país havia acabado de abolir seu rudimentar sistema escravocrata de 1888, passando a viver numa república somente a partir de 1889. 

A primeira década do cinema no Brasil sofre com a estagnação, de modo que não havia muitas salas, pois nem as capitais tinham energia elétrica. As exibições e a produção somente se iniciam a partir de 1907, quando o Rio de Janeiro passa a ter energia elétrica industrializada. 

Os anos entre 1908 e 1911 são reconhecidos como a Era de Ouro do Cinema Nacional — período em que o cinema de ficção ganhava força em relação ao documental e foram produzidos vários títulos em gêneros como drama e comédia. Inicialmente, fizeram sucesso roteiros inspirados em crimes, como Os Estranguladores (1907), que conta a história de dois adolescentes que foram estrangulados no Rio de Janeiro em 1905.

Em 1930 rompem-se as fronteiras do Rio de Janeiro e São Paulo e cidades como Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte começam a engajar-se nos processos de produção de filmes. Nesse período nasceram os primeiros clássicos nacionais.
Tentativas de industrialização ocorreram na década de 1950, de modo que se chegou a ver uma indústria estável, com a produção de cerca de 30 filmes anuais. Nesse período fizeram sucesso os enredos pessimistas e depreciativos da realidade nacional.

O otimismo e a efervescência cultural, por outro lado, marcaram o início dos anos 1960. A música e a literatura iriam impactar o cinema. Jovens desconhecidos ganhariam o cenário nacional e se dedicariam ao desenvolvimento do Cinema Novo, que iria refletir a multiplicidade dos conflitos sociais que se estenderam pelas entranhas da nossa história.

Emergem daí títulos como O Pagador de Promessas (1962) de Anselmo Duarte e Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) de Glauber Rocha. O primeiro deles é inspirado na peça teatral de Dias Gomes e narra a trajetória de um camponês que faz uma promessa num terreiro de candomblé e deve pagá-la numa igreja católica — o que propicia uma reflexão sobre o sincretismo presente na cultura brasileira. O segundo nos apresenta o percurso de um boiadeiro que se rebela contra um coronel e nos apresenta contextos aparentemente opostos: a fé e o cangaço.

O otimismo e a frutífera produção da primeira metade da década de 1960 recuariam diante do Golpe Militar de 1964 e seriam soterrados com o AI-5 em 1968. Depois dessa conjuntura, talvez seja possível dizer que o nosso cinema não voltaria a ser tão fértil. No entanto, esse assunto fica para uma próxima oportunidade.

Hollywood não é o único lugar no mundo em que se pode produzir cinema, somos capazes de avançar nesse sentido. Não faltam elementos na cultura brasileira para contribuir com a sétima arte. Basta que façamos os esforços de reconhecermos a nós mesmos. O filme Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, é um exemplo disso e teve seu mérito reconhecido no Prêmio do Júri em Cannes na edição de 2019.




Douglas Henrique Antunes Lopes - professor do Centro Universitário Internacional Uninter. Atua nos cursos de Filosofia, Serviço Social e Pedagogia, além do Curso de Extensão Cineclube Luz, Filosofia e Ação.


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