Quando realizada com frequência,
pode melhorar o condicionamento cardíaco
Existem
muitas maneiras de se exercitar, fazendo caminhadas ao ar livre ou na esteira
de uma academia, depende do estilo e condições financeiras de cada adepto. A
prática de atividade física faz parte da rotina das pessoas que querem
qualidade de vida. Isso inclui perda peso, melhora no condicionamento físico,
qualidade do sono e bem-estar no geral.
De
acordo com Edison Tresca, professor do curso de Educação Física da Universidade
UNIVERITAS/UNG, o corpo humano é um complexo biológico concebido para se
movimentar. "A ausência ou pouca movimentação pode causar malefícios ao
organismo. Por outro lado, o excesso de realização de atividades físicas também
pode ser prejudicial. Pensando nestas atividades com o objetivo de promoção de
qualidade de vida e saúde, deve-se considerar que, para cada indivíduo haverá
um nível de exigência ideal. Tanto exercitar-se muito pouco ou nada, ou
exercitar-se demais, pode ser prejudicial, ressaltando que a pessoa indicada
para melhor orientar o praticante de qualquer exercício físico é o profissional
de Educação Física", explica.
Quais os benefícios da
caminhada para o corpo e a mente?
A
caminhada, quando realizada na intensidade ideal para o indivíduo, proporciona
a melhora da circulação sanguínea podendo prevenir problemas vasculares, a
melhora da resistência do corpo, evitando o cansaço por qualquer pequena
exigência como subir um pequeno lance de escadas, a melhora da força muscular,
principalmente de membros inferiores. Quando realizada com frequência e
regularidade, pode melhorar o condicionamento cardíaco, contribuindo assim para
uma melhor saúde de seu coração, além de ajudar no controle do peso corporal
evitando a obesidade. Quando se pratica atividades físicas moderadas, apesar do
desgaste natural do esforço, o indivíduo tem maior disposição para as
atividades da vida diária, sentindo-se mais motivados e dispostos.
Quantas vezes por semana e
quanto tempo é recomendo caminhar?
Cada
indivíduo deve realizar pelo menos 30 minutos de atividades físicas moderadas
ao longo da semana. Isso já seria suficiente, para proporcionar alguns
benefícios. Entretanto, tendo oportunidade, deve-se praticar a caminhada
moderada de 20 a 30 minutos, em dias alternados durante a semana, por várias semanas,
os benefícios seriam bem maiores. Neste ponto, volto a afirmar, é muito
importante a orientação de um profissional de Educação Física, credenciado pelo
Conselho Regional da Profissão, que saberá identificar a frequência, tempo de
execução e nível de exigência ideal para cada pessoa, além das técnicas
corretas de realização de cada movimento.
Existe algum cuidado que
deve ser tomado?
É
possível presenciar várias pessoas caminhando em locais públicos, mas muitas vezes
de forma inadequada, seja pelo uso de calçados e vestimentas, seja pela postura
da movimentação ou intensidade do exercício. Procure utilizar calçados
esportivos apropriados para a caminhada, que proporcionam conforto e
amortecimento dos impactos durante as passadas, assim como roupas confortáveis
que permitam a livre movimentação. Realizar exercícios de alongamento como
forma de preparação para o início da caminhada evitando possíveis lesões.
Realizar os movimentos de forma natural, sem forçar demais a amplitude das
passadas, procurando manter a coluna ereta, evitando a projeção dos ombros para
frente, mantenha-os elevados, mas descontraídos, oscilando alternadamente os
braços para frente e para trás de forma naturalmente coordenada com os
movimentos das pernas.
Caminhar é contraindicado
para algum grupo de pessoas?
A contraindicação absoluta é determinada clinicamente,
por exemplo, pelo médico cardiologista ou ortopedista, na presença de alguma
enfermidade cardíaca ou articular preexistente, justificando assim sempre
consultar-se para obter o atestado de apto para a prática de atividades
físicas. Contraindicações relativas sempre dependerão das exigências da
atividade física, que podem ser totalmente diferentes de um indivíduo para o
outro, justificando assim a necessidade da orientação de um profissional de
Educação Física que possui conhecimento e meios para saber com segurança como
deve ser a prática mais adequada para cada caso. Mas mesmo assim, durante a
caminhada, se a pessoa perceber que está respirando cada vez mais rápido e com maior
dificuldade, que está ficando "sem fôlego", ou se perceber dores
articulares persistentes, deve reduzir bem o ritmo da caminhada, ou até mesmo
parar para recuperar-se e voltar a caminhar em um ritmo mais leve.
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