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sábado, 16 de fevereiro de 2019

Volta às aulas: estimule o aprendizado do pequeno com TDAH



Pediatra seleciona dicas para que os pais contribuam de maneira positiva no desenvolvimento destas crianças 


Segundo a Associação Brasileira do Défict de Atenção (ABDA), o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) atinge de 3 a 5% das crianças em idade escolar¹. A síndrome, que acomete mais meninos que meninas, ocorre devido a uma baixa concentração de dopamina e/ou noradrenalina em regiões sinápticas do lobo frontal, e leva a criança à falta de atenção, inquietude e impulsividade e, consequentemente,  dificuldade no aprendizado. 

Para estimular o desenvolvimento destas crianças é necessário um tratamento  multidisciplinar com a combinação de medicamentos e orientação de diferentes profissionais, como neuropsicólogos, psicopedagogos, além do suporte familiar. Mas, como os pais podem colaborar para que esse processo seja enriquecedor e sem traumas para a criança? A pediatra Denise Katz (CRM 63548-SP) explica que o passo a passo é simples. Confira: 


Crie uma relação de confiança, mas imponha regras

É importante que a criança confie em seus pais e professores e que a relação não seja baseada no medo, para que ela tenha total liberdade para se desenvolver à sua maneira.  Estabeleça regras objetivas e as reforce constantemente. Crianças com TDAH têm mais dificuldade do que as outras de assimilação. Uma boa maneira de fixar conhecimentos específicos é escrevendo bilhetinhos que permaneçam sempre no campo visual da criança, além de repetir as instruções sempre que necessário. 


Reforce comportamentos positivos com elogios 

Pais, fiquem atentos ao seu filho para elogiá-lo sempre que ele tiver bons comportamentos. O reforço positivo proporciona um aprendizado mais rápido para a criança e dá segurança na realização de suas atividades, melhorando a autoestima da criança.  

Evite comparações com outras crianças 

A criança com TDAH pode realizar algumas tarefas de forma diferente de outras crianças e com algumas dificuldades causadas pela falta de atenção. Podem reincidir nos mesmo erros, não terminar a atividade que começou ou demorar mais tempo para concluí-las. Tenha paciência e evite compará-las com outras crianças que realizem suas tarefas de modo diferente. Respeite o tempo do seu filho!


Crie o hábito de fazer lições e atividades escolares com seu filho 

A interação dos pais com as crianças ao realizar as atividades escolares em casa é fundamental no aprendizado de qualquer criança. Àquelas que têm TDAH é ainda mais importante.  Ajude seu filho nas tarefas; divida os assuntos por blocos; selecione dúvidas para levar ao professor e o estimule sempre mostrando sua capacidade. Uma boa dica para que este momento flua com tranquilidade é optar por lugares calmos e longe de distrações.  Mas fique atento, não sobrecarregue demais seu filho. Isso pode tornar o processo de aprendizado e atenção mais difícil. 

“O TDAH é desafiador. A criança com o distúrbio tem dificuldade de lidar com os diversos estímulos e controlar impulsos. O tratamento deve ser multidisciplinar, ou seja, uma combinação medicamentos que aumentem os níveis de neurotransmissores, terapia, treinos cognitivos com neuropsicólogos, psicopedagogos, pediatra e auxílio familiar. Pais e professores, que têm contato diário com a criança, devem entender o potencial e limitações dos pequenos para traçarem juntos e com outros profissionais a melhor maneira de ajudá-los a se desenvolver”, explica a especialista infantil.


Consulte seu medico!

Sobre Ommax
Mantecorp Farmasa trouxe ao mercado o Ommax, uma opção de complemento alimentar composto de Ômega 3, com DHA e EPA – ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa –, que tem importante papel na formação cerebral e desenvolvimento das funções cognitivas das crianças. O Ômega 3 ajuda significativamente no domínio de atenção e comportamento, melhoria nas habilidades de aprendizagem e desempenho escolar e redução dos sintomas do TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), além de benefícios para o sistema imunológico e cardiovascular das crianças. 3-10.  Importado da Noruega, Ommax possui cápsulas mastigáveis no sabor de tutti frutti, sem açúcares, corantes, o que proporciona fácil adesão. A embalagem possui 90 cápsulas de 500 mg e é recomendada a ingestão de 2 cápsulas por dia.  NÃO CONTÉM GLÚTEN




Referências consultadas:
¹TDAH e o processo de aprendizagem. Associação Brasileira do Déficit de Atenção. Publicação 08 Junho 2016. Disponível em: <https://tdah.org.br/tdah-e-o-processo-de-aprendizagem/>. Acesso em: Agosto, 2018.

Primeiros dias de aula: como desbravar as fronteiras da escola
A inserção na escola pode ser considerada a primeira experiência de vida social e cultural das crianças, longe da presença constante de seus pais ou responsáveis. O espaço escolar é um ambiente novo, com muitas coisas para conhecer e relações interpessoais a serem desenvolvidas. Para crianças tão pequenas, trata-se de conhecer um lugar muito diferente do que foi vivenciado até então.
Diante de tão grande desafio, a forma como cada criança irá reagir é uma caixinha de surpresas. Os primeiros dias de aula fazem com que elas comecem a utilizar o pouco conhecimento que já adquiriram sobre as relações sociais. Algumas choram, outras podem demonstrar atitudes agressivas, de isolamento. Outras gritam, mostram desespero. Porém, algumas tiram de letra, demonstrando tranquilidade e confiança. Com tamanha mudança, é compreensível que os pais também sofram. Cabe à escola, em parceria com os pais, buscar recursos para amenizar o sofrimento durante a fase de adaptação, tornando este período mais ameno, alegre e prazeroso. Isso é possível!

É importante lembrar que cada criança é única e a demanda deve ser atendida dentro de suas necessidades. O diálogo com os professores e demais educadores da escola é fundamental, pois garante a inserção no ambiente escolar dentro daquilo que ela é capaz de enfrentar. Uma conversa prévia, de preferência antes do primeiro dia de aula pode ser muito proveitosa. Neste momento, pais ou responsáveis podem contar um pouco sobre a história de seus filhos, ajudando os professores a se planejar para que saibam como agir com cada um de seus alunos. Ao mesmo tempo, essa atitude garante a tranquilidade que os pais precisam para agir conforme as orientações da escola.

Essa tranquilidade, por parte dos responsáveis pelos pequenos, facilitará a chegada no ambiente escolar. Visitar a escola antes do início das aulas, mostrando os espaços e principalmente, deixando claro que a escolha também é motivo de muita alegria para os pais, é um movimento interessante. A criança percebe facilmente quando seus pais estão mais tranquilos e quando a escola está pronta para recebê-la.

Levar a criança para que participe da compra dos materiais, experimente o uniforme, escolha a lancheira e a mochila são movimentos facilitadores para o inicio da formação de vínculos, tão fundamental para uma vida escolar de sucesso. Poucos dias antes do início das aulas, é importante conversar de uma forma simples e direta, contando que escolheram a escola com muito carinho e que ela vai se divertir, fazer novos amigos, conhecer novas brincadeiras e que os professores estarão sempre a ajudando. Mesmo as crianças muito pequenas precisam participar deste diálogo, para que se sintam acolhidas e seguras. 

Falem apenas o que o filho precisa saber, evitando causar-lhe ansiedade. 

Ressaltem que ao final do período voltarão para buscá-lo.

Mesmo diante de toda a preparação, quando o primeiro dia de aula chegar, as crianças que até o momento mostraram-se alegres, podem reagir com insegurança. Nesse momento, a determinação dos pais é de fundamental importância. Combinem com os professores qual será o tempo de permanência das crianças em sala de aula, sendo que não precisam ficar o período inteiro desde o primeiro dia.

É importante deixar um espaço de tempo, conforme a necessidade de cada criança, para que os professores se aproximem e comecem a criar vínculos. Quando os pais permanecem todo o tempo junto, com a criança no colo, os adultos da escola têm mais dificuldade para iniciar estas relações. E quando eles voltam para a sala de aula cada vez que os filhos choram, eles percebem que conseguem a atenção que desejam para ter os pais ao seu lado, o que torna este momento mais estendido. A frequência diária também é muito importante, evitando faltas ou atrasos, para que a criança comece a perceber a rotina da qual fará parte e, consequentemente, sinta-se segura como alguém que faz parte deste espaço.

Não existe um tempo padrão para o período de inserção/adaptação da criança na escola. Algumas ficam bem desde o primeiro dia, outras começam bem e passadas as novidades dos primeiros dias começam a chorar, algumas choram por uma ou duas semanas e outras levam um tempo maior para se tranquilizarem. Mais uma vez, o diálogo com os professores se faz importante para que combinem diariamente qual vai ser o próximo passo, levando em consideração a disposição e a necessidade de cada um. Por último, lembre-se que chorar não significa que a criança não goste da escola, mas sim que está se adaptando a um mundinho novo que lhe trará muitas aprendizagens e alegrias futuramente.





Ana Paula Detzel - coordenadora de segmento da Educação Infantil e do Primeiro Ano do Ensino Fundamental do Colégio Marista Santa Maria.


Bilinguismo nas escolas brasileiras: quais as principais dúvidas entre os pais?


Proporcionar uma educação de qualidade, e consequentemente, escolher uma boa escola, é uma das prioridades dos pais quando pensam sobre o futuro de seus filhos. Neste contexto, a educação bilíngue assume importância no processo de decisão já que o inglês, inquestionavelmente, tornou-se essencial pelas perspectivas culturais que proporciona e requisito para o sucesso no mercado de trabalho. Este cenário contribuiu para a ascensão do bilinguismo e as escolas bilíngues têm ganhado cada vez mais espaço no mercado educacional, já que muitos pais optam por matricular seus filhos para começar o processo de aquisição da segunda língua desde cedo.
De acordo com dados de 2018 da Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (Abebi), nos últimos cinco anos, este mercado expandiu-se a índices entre 6% e 10%. Embora a educação bilíngue cresça, ainda existem diversas dúvidas relacionadas às diferenças entre educação bilíngue e ensino da língua, quem são os professores e as disciplinas aplicadas neste sistema. 

Programa Bilíngue X Escola de Inglês
Quando os pais tomam a decisão de matricular seu filho em uma escola bilíngue, umas das primeiras perguntas que surgem é com relação à escola de inglês. Muitos optam em pagar cursos de idiomas em paralelo à escola tradicional. Deste modo, ao matricular a criança em uma instituição bilíngue surge a questão “devo tirar meu filho da escola de inglês?”
Primeiramente, é importante enfatizar que a decisão de manter o filho na instituição bilíngue e na escola de inglês cabe somente aos pais. Mas, para tomar a decisão é necessário entender as diferentes abordagens.
O conteúdo ensinado nos cursos de inglês também será trabalhado na escola bilíngue, onde o aluno não apenas aprenderá a língua, mas desenvolverá outras habilidades e competências. Ou seja, o objetivo do curso de idiomas é desenvolver a competência linguística do aluno dentro de uma hierarquia linguística e gramatical, que enxerga a língua inglesa como uma disciplina a ser estudada e praticada com os alunos. Já em um programa de educação bilíngue, a língua é vista como um meio de instrução dentro de uma educação global para o aluno, que passa por um processo subconsciente de aquisição linguística. É por meio da língua inglesa que o aluno terá contato com conteúdos multidisciplinares, nas áreas de matemática, história, geografia, ciências, artes, entre outros.

Professores bilíngues
Outra questão frequente dos pais está relacionada aos professores que serão responsáveis pela educação bilíngue nas escolas. Esses profissionais não são necessariamente os mesmos do curso regular de inglês, mas devem passar por um processo seletivo realizado pela escola juntamente com o programa bilíngue, que avaliarão o conhecimento linguístico e pedagógico desses profissionais. Sendo assim, os docentes da instituição podem participar do processo, mas não têm nenhuma vantagem sobre os demais profissionais.
Preferencialmente, os professores devem ser graduados em pedagogia ou com licenciatura em letras, além da obrigatória proficiência na língua inglesa. Os docentes graduados em outras áreas serão considerados desde que sejam fluentes no idioma, no entanto, essa questão depende muito da legislação de cada estado.
Após o processo de seleção, os professores devem passar por uma formação teórica e prática, em que estudam os conceitos nos quais o programa está embasado. Após a formação inicial, esses profissionais precisam ser acompanhados semanalmente pela equipe pedagógica do programa bilíngue escolhido pela instituição, para que a metodologia do programa permaneça alinhada a da escola. 

Disciplinas regulares
A adoção de um programa de educação bilíngue não altera o trabalho realizado pela escola na língua materna, ou seja, as aulas de todas as disciplinas continuam sendo lecionadas em português pelo professor regente ou especialista e são adicionadas aulas em inglês para prática de conceitos, reforçando o conteúdo aprendido em português. Os alunos de escolas que utilizam um programa bilíngue desenvolvem naturalmente a segunda língua, independente da aptidão linguística, pois as aulas são ministradas por meio de conteúdo interdisciplinar. Além disso, as crianças podem desenvolver outras habilidades como o trabalho em equipe, respeito e colaboração. 



Rone Costa - Gerente de Desenvolvimento e Relacionamento do Systemic Bilingual, programa pioneiro de educação bilíngue no Brasil


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