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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Volta às aulas: as vacinas do seu filho estão atualizadas?



Em alguns estados do país, como Paraná e Espírito Santo, a caderneta de vacinação passou a ser obrigatória para a realização de matrículas em escolas públicas e particulares, como forma de atestar que os estudantes estão em dia com as vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde.1,2,3 A medida tem como objetivo a tentativa de reverter os baixos índices de imunização infantil, mas ainda não há uma regra federal sobre o tema. Em 2017, o país registrou os mais baixos índices de vacinação em mais de 16 anos.3

Sendo ou não obrigatório apresentar a caderneta de vacinação para realização das matrículas, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que as vacinas dos alunos estejam em dia, para prevenir casos de doenças de transmissão interpessoal, considerando o convívio em ambientes coletivos, como as salas de aula.4

“É importante que os pais e responsáveis não deixem as vacinas das crianças em atraso. A imunização é uma das melhores formas de proteção contra doenças sérias como meningite meningocócica, poliomielite, catapora e pneumonia, que podem até levar a óbito, especialmente crianças pequenas. Além disso, alguns bebês e crianças não podem receber determinadas vacinas devido a alergias graves, sistemas imunológicos debilitados ou outras razões. Para ajudar a mantê-los protegidos, é importante que outros membros da família estejam vacinados. Isso não apenas protege sua família, mas também ajuda a prevenir e evitar a disseminação de doenças para essas pessoas”, afirma Dr. Jessé Alves, infectologista e gerente médico de vacinas da GSK.

O Ministério da Saúde orienta a vacinação das crianças de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e todas as vacinas recomendadas no PNI estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS).5,6

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) possuem calendários de vacinação com recomendações que complementam o PNI, abrangendo também vacinas que atualmente só estão disponíveis na rede privada para a imunização das crianças e jovens. 7,8,9


Meningite Meningocócica

Uma das doenças graves que pode ser prevenida por vacinação é a meningite meningocócica. Trata-se de uma infecção bacteriana das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo causar sequelas e até mesmo levar a óbito. Ela é causada pela bactéria Neisseria meningitidis que possui 12 sorogrupos identificados, sendo que cinco deles são os mais comuns (A, B, C, W e Y).10,11

A vacinação é uma das melhores formas de prevenção contra a doença.11,12 Outras formas que podem ajudar na prevenção incluem evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos.12

Atualmente, existem vacinas para a prevenção dos 5 sorogrupos mais comuns no Brasil, a vacina contra a meningite meningocócica causada pelo tipo B e a vacina contra os tipos A, C, W e Y.7,8,11 A vacina para a prevenção do meningococo B está indicada a partir dos 2 meses de idade até os 50 anos, somente disponível na rede privada.7,13

A vacina para prevenção da doença meningocócica causada pelos tipos A, C, W e Y é recomendada na rede privada a partir dos 3 meses de idade.7,8 Nos postos de saúde, a vacina contra a doença causada pelo meningococo C é gratuita para crianças menores de 5 anos de idade e adolescentes de 11 a 14 anos.6,7

Importante ressaltar que a meningite meningocócica não é uma doença só de criança e cerca de 10% dos adolescentes e adultos são portadores da bactéria, podendo transmití-la para outras pessoas através da saliva e partículas respiratórias, sem necessariamente desenvolver a doença.10,14 

Por isso, a vacinação é um recurso importante para a prevenção das doenças infecciosas em crianças, adolescentes e adultos.6,12

Material dirigido ao público geral. Por favor, consulte o seu médico.


GSK




Referências:
  1. GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Governador sanciona lei que exige cartão de vacinação do aluno para efetivação de matrícula em escolas no Espírito Santo. Disponível em: <https://www.es.gov.br/Noticia/governador-sanciona-lei-que-exige-cartao-de-vacinacao-do-aluno-para-efetivacao-de-matricula-em-escolas-no-espirito-santo>. Acesso em: 23 de jan. 2019
  2. SECRETARIA DA SAÚDE DO PARANÁ. Carteira de vacinação é obrigatória em escolas paranaenses. Disponível em: <http://www.saude.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=6276>. Acesso em: 23 de jan. 2019
  3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Governo estuda exigência de carteirinha como forma de estimular a adesão à vacinação de crianças e adolescentes. Disponível em: <http://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/governo-estuda-exigencia-de-carteirinha-como-forma-de-estimular-a-adesao-a-vacinacao-de-criancas-e-adolescentes/>. Acesso em: 18 de jan. 2019.
  4. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Volta às aulas: Sociedade Brasileira de Pediatria divulga conjunto de recomendações para garantir a boa saúde dos escolares. Disponível em: <http://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/volta-as-aulas-sociedade-brasileira-de-pediatria-divulga-conjunto-de-recomendacoes-para-garantir-a-boa-saude-dos-escolares/>. Acesso em: 18 de jan. 2019.
  5. BRASIL. Ministério da Saúde. A vacinação ainda é a melhor forma de prevenir doenças. Disponível em: <http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/52650-a-vacinacao-ainda-e-a-melhor-forma-de-prevenir-contra-doencas>. Acesso em: 18 de jan. 2019.
  6. BRASIL. Ministério da Saúde. Vacinação: calendário nacional de vacinação. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/calendario-vacinacao>. Acesso em: 18 de jan. 2019.
  7. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação da criança: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2018/2019 [atualizado até 26/08/2018]. Disponível em: <https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-crianca.pdf>. Acesso em: 18 de jan. 2019.
  8. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Calendário de vacinação da SBP 2018. Disponível em: <http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/21273g-DocCient-Calendario_Vacinacao_2018-set.pdf>. Acesso em: 18 de jan. 2019.
  9. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação do adolescente: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) - 2018/2019 (atualizado até 29/08/2018). Disponível em: <https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-adolescente.pdf>. Acesso em:  18 de jan. 2019.
  10. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Meningococcal meningitis. Disponível em: <www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/meningococcal-meningitis>. Acesso em: 18 de jan. 2019.
  11. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Doença meningocócica (DM). Disponível em: <https://familia.sbim.org.br/doencas/88-doenca-meningococica-dm>. Acesso em: 18 de jan. 2019.
  12. BRASIL. Ministério da Saúde. Meningite: causa, sintomas, prevenção e tratamento, 2018. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/meningites>. Acesso em: 18 de jan. 2019.
  13. BEXSERO [vacina adsorvida meningocócica B (recombinante)]. Bula do produto.
  14. ERVATI, M.M. et al. Fatores de risco para a doença meningocócica. Revista Científica da FMC, 3(2): 19-23, 2008.


Voltas às aulas: uma lição para pais e filhos


Logo começará mais um ano letivo e milhares de crianças tem a possibilidade de rever amigos e professores. Também é a época em que outras tantas crianças ingressam pela primeira vez na escolinha. Todas precisarão de muita atenção dos pais para os diversos itens que permeiam o universo escolar, especialmente nos aspectos comportamentais.

Segundo o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, da MBA Pediatria e Nefrologia, os novatos necessitam de uma preparação, orientações: “É o primeiro momento de “grande” separação entre a criança e os pais, isto frequentemente gera sensação de insegurança em ambos. Por isso, o primeiro passo para os pais ajudarem os seus filhos a aceitarem bem esta nova e importante etapa de sua vida é terem a certeza da decisão que estão tomando e do lugar e pessoas com quem estão deixando os seus filhos. É pela confiança dos pais que se inicia a confiança dos filhos”, aconselha.

Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria, Sylvio Renan reforça que não há muito que explicar aos pequenos, mas há como mostrar o quanto será bom e divertido a oportunidade de eles estarem com outras crianças, e também com outros adultos que lhes cuidarão com tanto carinho quanto os pais. Quanto ao incentivo, nada melhor que mostrar as coisas novas e legais que terão na escola, como aprender e brincar.

Para os maiores, e que regressam para o ambiente escolar, o grande trabalho já foi feito e, em geral, muitos adoram o retorno à escola em que poderão dividir com os outros colegas os acontecimentos que passaram durante as férias.

Do jardim de infância ao ensino médio, nem tudo são flores. Entre os percalços estão questões ligadas ao bullying, por exemplo. Mesmo sendo um tema muito discutido ultimamente, o pediatra Sylvio Renan alerta que é preciso ficar atento a possíveis comportamentos arredios do adolescente e da criança, especialmente se não se mostrar feliz em querer retornar à escola.

O pediatra aponta que tristeza, raiva, choro e sintomas de doença sem causa aparente, especialmente na hora de ir à escola, são alguns dos sinais de que a criança pode estar com algum problema de relacionamento. “O trabalho dos pais aqui também se baseia na confiança e na amizade que precisam demonstrar a seus filhos, assegurando-os que podem se abrir e confiar plenamente neles para a solução de qualquer problema”.

Para os pais, é importante lembrar que em todos os aspectos e fases a criança deve se sentir compreendida e reconfortada. Com diálogo próprio para cada idade, os pais podem (e devem) conscientizar seus filhos de que a escola não é apenas uma obrigação, mas um espaço saudável para o corpo, a mente e alma, que trará benefícios e realizações no futuro.





Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros - O Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros é formado pela Faculdade de Medicina do ABC, tem especializações e títulos pela Unifesp/EPM, Sociedade Brasileira de Pediatria e General Pediatric Service da University of California - Los Angeles (Ucla). Sylvio Renan atuou por quase 30 anos no Pronto Socorro Infantil Sabará e foi diretor técnico do Hospital São Leopoldo. Atualmente divide seu tempo em sua clinica, a MBA Pediatria, e à literatura médica para leigos. Livros publicados: Seu Bebê em perguntas e respostas - Do nascimento aos 12 meses; e Pediatria Hoje - Orientações fundamentais para mães, pais e cuidadores.

Nutricionista do HCor dá dicas de lanches saudáveis para a criançada



O importante é adotar uma alimentação variada, balanceada e colorida, que garanta o fornecimento de energia com todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento saudável das crianças


As crianças já voltaram às aulas. Mas o dever de casa para elaborar o lanche escolar, de forma saudável, é para os pais. A alimentação correta, durante o período escolar, é sempre um motivo de dúvidas e preocupações, já que as crianças nem sempre sabem o que comer. E, na maioria das vezes, optam pelas deliciosas guloseimas. Além de ser um desafio para a mãe unir praticidade com qualidade tem, ainda, a dificuldade da criança aceitar o que foi colocado na lancheira. Muitas vezes o que as crianças preferem não é o mais saudável.

E o que fazer diante deste cenário? O importante é adotar uma alimentação variada, balanceada e colorida, que garanta o fornecimento de energia com todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento saudável das crianças, tornando o lanche escolar mais atraente e saboroso. Para a gerente de Nutrição Assistencial do HCor (Hospital do Coração), Rosana Perim, o lanche escolar é uma refeição intermediária, que serve para dar energia à criança entre as refeições principais. O ideal é que ele contenha uma porção de carboidratos, para fornecer energia, uma porção de lácteos, que tem proteínas, uma porção de frutas ou legumes, responsáveis pelas vitaminas, fibras e minerais e uma bebida para hidratação.


Refrigerantes, salgadinho fritos e de pacote desequilibram a balança e fornecem as chamadas calorias vazias, ou seja, não contêm os nutrientes essenciais necessários para a criança. É importante evitar o consumo de sanduíche com frios e embutidos, pois não são aliados da saúde. Isso porque esses alimentos são processados e apresentam conservantes, corantes e uma quantidade maior de sódio”, esclarece Rosana Perim.


Guloseimas na lancheira

Mas como resistir à tentação da criançada com relação às guloseimas que eles tanto gostam? Ou comparar com a lancheira do amigo? “Procure saber como é a lancheira do amigo, se for saudável, sem problemas. Caso contrário, explique para seu filho a importância dos alimentos saudáveis para sua saúde, crescimento e rendimento na escola. A dica é negociar, sem proibições e com moderação e, eventualmente, incluir algumas guloseimas. Outra dica é incluir as crianças no processo de compra e preparo da lancheira. Vale levá-las ao supermercado ou à feira, explicar porque você escolhe aqueles alimentos, bem como a importância ao bem estar delas”, explica a nutricionista do HCor.


Cuidado com as opções industrializadas

Nem todas as mães têm o tempo necessário para assar um bolinho integral ou preparar um suco natural para o lanche do seu filho. Por isso, não se desespere se tiver de recorrer aos industrializados. Atualmente os supermercados oferecem opções razoavelmente saudáveis. Basta saber escolhê-las.

“No caso dos biscoitos, procure aqueles com menor quantidade de gordura e de açúcar. Bolinhos com recheio e cobertura devem ser evitados, pois geralmente contêm gordura trans. Vale observar, também, na tabela nutricional do alimento, o índice de gordura vegetal hidrogenada. Escolha os sucos de caixinha sem adição de açúcar e lembre-se que algumas bebidas achocolatadas não são leite: é uma composição feita com soro de leite. Vale levar aqueles com menos sódio e menos açúcar e garantir que a criança beba leite de vaca em algum outro momento do dia”, aconselha Perim.

Para compor uma alimentação equilibrada é preciso seguir três princípios básicos:
Alimentos de todos os grupos: procurar oferecer na alimentação aqueles que forneçam proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas e sais minerais;

Proporção adequada de alimentos: os alimentos que compõem a refeição da criança devem atender às necessidades nutricionais diárias;

Variar sempre que possível os alimentos: variar o consumo de alimentos é uma estratégia importante para obter todos os nutrientes necessários e para tornar as refeições mais divertidas e gostosas.

5 dicas para quem vai sair de casa para estudar



                                                                                                                                                                                                     Crédito: divulgação

A transição da escola para a vida universitária é uma fase importante para os jovens, principalmente para aqueles que sairão de casa para estudar. Essa cultura, muito difundida em países da Europa e Estados Unidos, é crescente no Brasil, já que empresas estão “profissionalizando” as tradicionais repúblicas, oferecendo estrutura e suporte para os estudantes que estão deixando de viver com os pais.

Ao optar por uma faculdade fora de sua cidade, é importante tomar alguns cuidados para que seja uma experiência acadêmica e pessoal positiva. Juliano Antunes, CEO da Uliving – empresa pioneira de residências estudantis no Brasil – dá algumas dicas para driblar os obstáculos e explica as vantagens para quem está fazendo as malas.


  1. Encontre o lugar ideal
É muito importante escolher um local que tenha conforto, estrutura e uma boa localização para que a rotina universitária seja prática. “É importante verificar se há fácil acesso para a faculdade, segurança e, principalmente, se haverá suporte rápido caso haja algum imprevisto na residência, como uma lâmpada queimada, por exemplo. Assim, o jovem pode focar o seu tempo e emocional nos estudos, pois é o que realmente importa nessa fase”, recomenda Juliano.


  1. Bem-vindo a sua nova rotina!
As primeiras semanas podem parecer muito atribuladas para quem começa uma nova rotina em uma nova moradia. Fazer a própria comida, ir ao supermercado e lavar a roupa são algumas das atividades a serem incorporadas. Faça uma lista de todas as tarefas da semana, dias e horários das novas obrigações. É uma forma de se organizar e não deixar nada para trás.


  1. Interaja!
É natural sentir falta dos pais e amigos. Moradias compartilhadas podem ser uma boa alternativa para melhor adaptação. Segundo as pesquisas mais recentes da Unite Students, empresa de alojamento estudantil do Reino Unido, 74% dos universitários acreditam que a vida social é o maior benefício de viver com outros estudantes. No Brasil, segundo Juliano, a opinião dos jovens brasileiros é similar. “Além da estrutura e do suporte, os estudantes buscam se sentir acolhidos, em um local que proporciona interação, onde ele encontrará pessoas de diferentes lugares, que estão vivendo o mesmo momento de vida”.


  1. Saudades de casa
Mesmo que à distância, o contato com familiares é muito importante para o rendimento na faculdade. Dados da Unite Students também mostram que 38% dos entrevistados já cogitaram em desistir da faculdade e alguns dos motivos citados foram stress e solidão. “Uma das peculiaridades do mercado de residência estudantil no Brasil é que os pais veem esse perfil de moradia como uma opção de acompanhar os filhos de alguma forma, por ser um local com conceito de compartilhamento, porém com infraestrutura”, explica Juliano.  


  1. Celebre as vantagens
Morar sozinho e se tornar independente da rotina dos pais pode parecer difícil, mas é uma oportunidade única de amadurecimento e aprendizagem. A liberdade para definir uma nova rotina, a convivência com outras pessoas -  se bem aproveitada -  pode resultar em uma experiência única.

Saiba como escolher a escola do seu filho com necessidades educacionais especiais


Alguns detalhes importantes podem passar despercebidos, como o excesso de estímulos visuais em sala de aula, que pode prejudicar a aprendizagem

Selecionar a escola onde o filho irá estudar não é uma tarefa fácil, e requer atenção aos detalhes para escolher o melhor ambiente. Quando se trata de crianças com necessidades educacionais especiais, esse cuidado deve ser ainda mais apurado.
Para iniciar a procura do local, os pais precisam saber que a Constituição Federal, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), a Lei Federal n0 7853/99 e a Resolução do CNE/CEB nº 2/2001 preveem a inclusão educacional desses alunos em classe regular, ou seja: é um direito constitucional. Contudo, muitas escolas não estão preparadas para fazer o atendimento especializado e acabam por indicar outra instituição para receber a criança.
É fundamental que a família entenda que a escola é um local fértil para o desenvolvimento infantil, onde habilidades de autonomia, socialização e comunicação são vivenciadas intensamente.
E agora: como escolher a melhor escola para uma criança com necessidade educacional especial? A pedagoga especialista em Educação Especial e Inclusiva Grazielle Tavares, do Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE), dá dicas muito úteis:

1-                Os valores da família devem estar claros para que não entrem em conflito com as concepções propostas pela escola. Busque informações no site ou recomendação de pais que já frequentam a instituição.

2-                Seja prático, pesquise escolas próximas para não complicar a sua rotina. Caso não seja possível, opte por alternativas nas redondezas.

3-                Marque uma reunião com a pedagoga para esclarecer as suas dúvidas.

4-                Fique atento ao tratamento dispensado. É fundamental que haja acolhimento e que seja humanizado.

5-                Observe a estrutura física, ela revela o modo como o ensino é realizado. Verifique se há rampas de acesso e se os banheiros são adaptados. Caso o ano letivo já tenha iniciado, veja se as produções criativas são realizadas pelas crianças.

6-                Fique atento ao espaço interno e externo. Muitos estímulos são prejudiciais para o conforto de algumas crianças com necessidades educacionais especiais.

7-                Repare nos brinquedos: a criança deve ter contato com diversidade de materiais.

8-                Analise se há uma biblioteca e se nela há títulos variados; questione se os alunos podem emprestar livros e como são realizadas as práticas de leitura.

9-                Observe se há um olhar individualizado e respeitoso; pergunte se outras crianças com necessidades educacionais especiais estão matriculadas e como é feita a inclusão. Caso o seu filho (a) seja o primeiro (a), veja se há interesse em atendê-lo. Fique muito atenta à fala dos profissionais para nortear sua decisão. Se perceber que falta interesse, o melhor é buscar outra escola (ainda que dê trabalho!)

10-             Verifique se há interesse em fazer parceria com a equipe multidisciplinar da clínica terapêutica em que seu filho é atendido.

11-            Veja como é o método de ensino da instituição, se ele se enquadra nas possibilidades de seu filho e abarca seus valores pessoais.

12-            Questione sobre o perfil profissional dos professores que atuam na escola. Verifique suas formações acadêmicas e se a escola propicia formação continuada, e como os docentes são orientados em caso de alunos com inclusão.

13-            Indague sobre como é realizada a adaptação do aluno e se há um período pré-determinado para ela.

14-            Veja qual é o melhor meio de comunicação com a escola. Há instituições que usam WhatsApp, enquanto outras utilizam a agenda.

15-            Caso esteja em dúvida entre algumas escolas, leve seu filho ao local, e  ele demonstrará qual agrada mais.

16-            É imprescindível entender que a escola inclusiva dá possibilidades para a criança se desenvolver. 

Nutricionista do HCor alerta sobre os riscos da desidratação infantil



Altas temperaturas deste verão inspiram cuidados ainda maiores com as crianças; manter o corpo hidratado ajuda a amenizar os efeitos do calor


O verão está no ápice. E os dias de sol a pino e altas temperaturas representam um grande risco à saúde. Quando a temperatura do corpo se eleva, aumenta também a transpiração, que tem como objetivo resfriar o corpo, mantendo-o na temperatura adequada para o seu funcionamento.

A transpiração promove a perda de água e sais minerais, o que pode ocasionar um quadro de desidratação. Por isso, é muito importante tomar alguns cuidados com a alimentação das crianças nesta época do ano a fim de prevenirmos esse quadro.

“A melhor receita é dar atenção ao consumo adequado de água. Até os 6 meses de idade os bebês estão em fase de amamentação e o leite materno supre todas as necessidades de água, conforme a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, explica a nutricionista da cardiopediatria do HCor, Natane Souza.

A necessidade média diária de água para bebês saudáveis é de 700 ml, quantidade totalmente obtida pelo leite materno quando exclusivo. Porém, para os bebês que se alimentam apenas por fórmulas infantis é necessário cerca de 100 ml a 200 ml de água por dia, aproximadamente. “O ideal é seguir as orientações da embalagem em relação à diluição do produto para garantir a quantidade correta de nutrientes e também de água”, alerta Natane.

Dos 7 aos 12 meses de idade, a necessidade de água do bebê é de cerca de 800 ml de água. Já de 1 a 3 anos, chega a 1,3 litros por dia, contando com os outros líquidos, como a fórmula láctea. Dos 3 aos 8 anos, a recomendação cresce novamente para 1,7 ml, contemplando outros líquidos.

“Além de revigorar o corpo e ajudar no metabolismo, a hidratação com água colabora para que a pele fique com um aspecto mais saudável, com a cor e aparências normais, além de contribuir para o não aparecimento de manchas e descamações”, salienta a nutricionista.

Saiba dosar as opções

É possível hidratar o organismo com água de coco e suco de frutas, mas nunca esquecer a água, que tem que vir em maior quantidade ao longo do dia.


Água de cocoÓtima para manter a hidratação em dias quentes, mas não deve ser usada como substituta da água natural. Ela é rica em sais minerais como sódio e potássio e, em excesso, podem sobrecarregar os rins. Indicada somente após 1 ano de idade.


Suco natural – Fonte de vitaminas e minerais, mas possui frutose (açúcar natural das frutas) e quantidade menor de fibras quando comparado à fruta. Por essa razão, segundo a Academia Americana de Pediatria, não devemos oferecer suco de frutas para as crianças menores de 1 ano. De 1 a 6 anos, o ideal é limitar a quantidade entre 120 ml e 180 ml/dia. Já de 7 a 12 anos, deve ser entre 230 ml e 250 ml/dia.


Suco industrializadoEssa opção dever ser evitada antes dos 3 anos de idade devido à grande concentração de açúcar, conservantes, corantes e sódio. Após os 3 anos é aceita em situações pontuais como viagens e, se possível, escolha os sucos integrais ou orgânicos.



Dúvidas sobre o xixi na cama? Especialista responde 9 perguntas!



Quem tem em casa uma criança que faz xixi na cama vive procurando maneiras de evitar os lençóis molhados. Entre as medidas mais adotadas, está a exaustiva tarefa de acordar a criança durante a madrugada para usar o banheiro e voltar para cama. A justificativa, segundo as mães, é proteger o colchão e ajudar a criança a entender que ela precisa ir ao banheiro quando a bexiga fica cheia. Mas afinal, isso ajuda mesmo no controle da enurese?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a enurese, transtorno que causa a perda involuntária da urina durante o sono, atinge até 15% das crianças com mais de 5 anos de idade. “Pode acontecer devido a fatores genéticos relacionados à quantidade de urina produzida pela criança durante a noite ou à disfunção da bexiga durante o sono, ocorrendo, portanto, sem qualquer culpa por parte da criança”, diz Dr. Atila Rondon, Urologista, com atuação em Urologia Pediátrica.

Confira algumas perguntas mais ouvidas pelo especialista no consultório.


  1. Meu filho chegou em casa dormindo. Devo acordá-lo para fazer xixi no banheiro?




Sim. É muito comum que as crianças voltem dormindo de festinhas ou passeios mais longos. Contudo, antes de colocar seu filho na cama para dormir, o ideal é acordá-lo para fazer xixi no banheiro. Isso porque todo o líquido que ele consumiu permanecerá armazenado na bexiga por um longo tempo, facilitando episódios de perda involuntária. No caso da enurese isso é ainda mais importante, já que a criança produz, naturalmente, mais urina à noite e tem uma capacidade vesical menor.


  1. E durante a noite, é certo acordar a criança para ir ao banheiro?

Não. Muita gente usa essa alternativa no intuito de preservar o estofado do colchão, mas a técnica não é recomendada. Acordar a criança durante a noite faz com que ela tenha um sono superficial e, por consequência, possíveis lacunas em seu desenvolvimento. A própria qualidade de vida da mãe passa a ser afetada, já que ela também precisa acordar para levar a criança ao banheiro.


  1. Quais são os prejuízos do sono interrompido?

A enurese pode acontecer em todas as fases do sono e é por isso que não adianta escolher um horário para acordar a criança e levá-la ao banheiro. Por não haver um esvaziamento completo da bexiga durante os episódios de perda, é comum que a criança faça xixi na cama várias vezes em uma mesma noite. A qualidade do sono está ligada às atividades que são realizadas ao longo do dia. Invista nos exercícios físicos apropriados à idade do seu filho e evite os equipamentos eletrônicos à noite.


  1. Devo colocar fraldas no meu filho para dormir?

Por mais que a ideia seja evitar qualquer incômodo, colocar fralda em crianças acima de 5 anos pode prejudicar o desenvolvimento emocional e não ajuda no tratamento da enurese. Converse com o especialista e tente outras abordagens. A própria retirada precoce da fralda – em média, antes de 1 ano e 8 meses – aumenta as chances de xixi na cama. Antes de desfraldar, identifique na criança os sinais de que ela está preparada e evite pressioná-la.


  1. Existe um horário para levar a criança ao banheiro à noite?

Sim. O ideal é que a criança vá ao banheiro logo antes de deitar e assim que acordar. A ingestão de líquidos durante a noite deve ser evitada, assim como o consumo de alimentos com cafeína e/ou estimulantes. Durante o dia, cuide para que a criança se hidrate bastante e vá ao banheiro com frequência. Criar rotinas é uma maneira simples de estimular o desenvolvimento da bexiga e evitar as perdas de xixi na cama. Mas atenção a sinais como jato fraco, ardência ou contenção. Eles podem indicar que o mecanismo urinário precisa da atenção de um especialista.


  1. O que fazer quando meu filho acordar com os pijamas molhados?

Mesmo com todos os cuidados, às vezes, o xixi escapa. Procure oferecer conforto à criança e mostrar que a enurese é apenas uma fase que vocês passarão juntos. Nada de castigos, punições ou deboches. Por mais estressante que a situação seja, a criança não tem culpa – e nem os pais. Procure um especialista e trace alternativas. O apoio dos pais é indispensável para que a criança supere o transtorno sem traumas, e, de preferência, com qualidade de vida e de sono.


  1. No inverno aumenta a frequência do xixi na cama?

Urinamos mais no inverno porque transpiramos muito menos do que nas outras estações. O nosso corpo produz a mesma quantidade de água independente da época (num processo chamado homeostase), quando a temperatura externa é muito mais fria do que a do corpo, a quantidade de água que eliminamos pelo suor e pela respiração é bem menor. Nos dias de frio, quem passa a lidar com o excesso de água do nosso organismo é o rim, que controla a bexiga. Portanto, fazemos mais xixi porque é a forma que o nosso corpo encontra de eliminar e equilibrar o nível de água, o que pode aumentar a ocorrência de episódios de enurese.


  1. A ansiedade piora o quadro? Percebo que na semana de provas da escola, a frequência do xixi na cama aumenta.

A criança com enurese não consegue controlar a micção durante o sono e os episódios ocorrem involuntariamente. Em momentos de estresse a ocorrência do xixi na cama pode aparecer sim com mais frequência. Os pais devem ficar atentos ao comportamento da criança para identificar se é uma situação esporádica, ou se está sendo recorrente.


  1. Meu vizinho deu um remédio para a filha dele e a menina melhorou, posso usar a mesma medicação com o meu filho? O tratamento é o mesmo para todas as crianças?

Cada criança deve ser avaliada para que o especialista detecte o tipo de tratamento mais indicado. Algumas das causas da enurese são excesso de produção de urina, menor capacidade vesical ou dificuldade de acordar. Nestes casos, o especialista pode indicar medicações ou dispositivos médicos. Inserir pequenas mudanças na rotina, como evitar que a criança ingira líquidos 2 horas antes de dormir e incentivar o xixi antes de deitar e logo ao acordar, também são recomendados e podem trazer bons resultados. Cada noite seca precisa ser encarada como uma vitória, valorizada com elogios e muito carinho.





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