Comuns no verão, doenças lotam unidades de
saúde e trazem riscos associados à desidratação
A
chegada do verão, período que combina com o ciclo de férias escolares, não traz
apenas a expectativa de momentos de alegria e descontração em cenários de praia
e piscina. A estação com maior incidência de chuvas apresenta condições
climáticas que favorecem a proliferação de viroses gastrointestinais e do Aedes
aegypti, mosquito responsável pela transmissão de dengue, zika e chikungunya.
Estas doenças podem levar à desidratação, um problema relativamente simples de
solucionar, mas que, em quadros mais graves, pode representar um risco à vida.
Sede,
dor de cabeça, fraqueza, tontura, fadiga e sonolência podem indicar quadros
leves de desidratação. Boca seca, redução do volume de urina, prostração,
taquicardia e falta de elasticidade da pele são os indícios de um quadro
moderado do problema. Pessoas com desidratação severa podem apresentar sede
intensa, ausência de urina (anúria), respiração rápida, confusão mental, pele
fria e úmida e alterações no funcionamento termorregulador e cardiovascular do
organismo.
De
acordo com Olavo Rodrigues, farmacêutico clínico, mestre em Biotecnologia e
superintendente de Desenvolvimento de Produtos e Assuntos Regulatórios da
Natulab, é preciso corrigir o mais brevemente possível os mecanismos anormais
de perdas de líquido, como febres, vômitos, diarreias. Nestes casos, a
prevenção passa diretamente pelo cuidado com a alimentação, por meio da
higienização correta de alimentos, a fim de evitar intoxicações alimentares,
viroses e outras infecções oportunistas. Nos casos em que a desidratação está
instalada, independentemente da causa, os princípios gerais de tratamento são
os mesmos: reidratar e promover o equilíbrio eletrolítico (de sais minerais).
"Para a desidratação leve e moderada, pode ser indicada uma terapia de
reidratação oral, com uso de soluções reidratantes – sejam elas caseiras ou não.
Nos casos mais graves, pode ser necessária a reidratação endovenosa (na
veia)".
Crianças,
idosos e gestantes demandam cuidados especiais. "O organismo destas
pessoas é mais sensível às alterações bruscas de ambiente, exigindo cuidados e
medidas preventivas redobrados", alerta Rodrigues.
A
desidratação profunda pode, em última instância, comprometer as funções
metabólicas do organismo de forma generalizada, e com risco de morte. Vale
lembrar que, aproximadamente, 75% da composição corporal é água. Manter essa
concentração é fundamental para preservar o bom funcionamento dos sistemas
orgânicos. "O corpo humano elimina água através da urina, fezes, suor, por
evaporação imperceptível pela pele e através da respiração. Essas duas últimas
formas, embora imperceptíveis ao indivíduo, representam uma perda significativa
no total diário", explica o superintendente da Natulab.
A
boa notícia é que algumas medidas preventivas simples podem ser adotadas, a fim
de garantir o bem-estar nesta época do ano. "O primeiro passo é compensar
a perda natural de água que é maior nessa época, com a ingestão de bastante
líquido (dois litros ou mais ao dia)", orienta. O farmacêutico ressalta
ainda outros fatores importantes: evitar a exposição excessiva ao sol,
principalmente entre 10h e 16h; buscar ambientes frescos e à sombra; manter uma
alimentação equilibrada, leve e nutritiva; e permanecer atento aos sintomas da
desidratação.
Natulab
Fonte:
IMS Health | PMB – Set'17 (unidades