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segunda-feira, 26 de julho de 2021

Como fazer uma graduação no Reino Unido?


Atualmente, há mais de 30 mil cursos de graduação e pós-graduação apenas em Londres
Crédito: divulgação

Estudantes interessados em cursar a universidade na terra da rainha precisam seguir uma série de exigências das instituições de ensino superior britânicas


Cambridge e Oxford são as mais famosas, mas o Reino Unido tem mais de 130 instituições de ensino superior com interesse em receber estudantes estrangeiros, inclusive os brasileiros. Espalhadas por quatro países - Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte -, essas universidades estão de portas abertas, mas têm alguns critérios de admissão que precisam ser seguidos.

Quatro universidades britânicas estão entre as dez melhores do mundo. São mais de meio milhão de estudantes de fora do Reino Unido frequentando os mais diversos cursos. Brasileiros interessados em ser um deles podem ficar animados, segundo o diretor da GradeUP Intercâmbio Acadêmico e Serviços Educacionais, Leonardo Trench. “O aluno brasileiro está em ótima posição porque as universidades gostam desse perfil. Elas buscam um mix de nacionalidades e, para as instituições, é muito importante ter alunos latino-americanos”, explicou durante o evento “Estudar no Reino Unido is Great", promovido pela Central Press, em parceria com a Embaixada do Reino Unido no Brasil.

Atualmente, há mais de 30 mil cursos de graduação e pós-graduação apenas em Londres. Durante a graduação, e dependendo do curso e universidade, os estudantes têm a oportunidade de fazer um estágio remunerado durante 6 meses ou 1 ano. Muitos campi têm acomodações destinadas a eles e é obrigatório morar nelas durante o primeiro ano. Assim, cada um pode experimentar uma vivência de integração à comunidade acadêmica, frequentando os espaços esportivos e sociais, e estando mais próximo dos laboratórios e ambientes de estudo.


Passo a passo para fazer graduação no Reino Unido

Estudar no Reino Unido pode não ser caro, ainda mais com uma série de bolsas parciais e integrais sendo oferecidas pelas instituições de ensino. O visto de estudante permite o trabalho até 20 horas por semana ao longo do ano letivo e, para quem estuda em período integral, aproximadamente 40 horas semanais no período de férias. E agora, novos alunos podem estender o post-study visa, que é uma oportunidade para permanecer no país e obter mais experiência de trabalho. No entanto, é preciso cumprir uma série de requisitos. “Cada universidade tem seu processo, mas, em geral, pede-se que os brasileiros cursem o foundation year, que funciona como uma ponte entre o nosso ensino médio e o primeiro ano de graduação deles”, detalha Trench. Algumas, oferecem esse ano de estudos dentro de suas dependências.

Para escapar do foundation year, o estudante pode cursar um ano de faculdade no Brasil ou ainda ter notas suficientes em currículos internacionais, como A-level ou IB Diploma Programme. O IB (Programa Internacional de Bacharelado Internacional) é um currículo de dois anos de duração, normalmente feito nos dois últimos anos do ensino médio e destinado a alunos entre 16 e 19 anos. Com uma abordagem holística, o programa é dividido em seis grupos de disciplinas - o primeiro é o grupo de Estudos de Linguagem e Literatura, onde os alunos cursam a sua língua materna, no caso de muitas escolas do Brasil, o Português; o segundo grupo é o da Língua de Aquisição, onde o aluno pode escolher, entre outras, Inglês, Espanhol ou Francês entre outras; o terceiro é o grupo designado de Indivíduos e Sociedades, com disciplinas como História, Gestão de Negócios, Psicologia ou Geografia; o quarto é o das Ciências Experimentais, com escolhas entre Biologia, Física, Ciências da Computação ou Química; o quinto é o grupo das Matemáticas, com duas modalidades: Matemática Análises e Abordagens e Matemática Aplicações e Interpretações; e o sexto grupo é o das Artes, com ofertas de Artes Visuais, Música ou Teatro.

Além dessas, todos os alunos IB cursam as disciplinas de Teoria do Conhecimento, com intenção de desenvolver o pensamento crítico e CAS (criatividade atividade e serviço), que tem por objetivo desenvolver no aluno valores pessoais e interpessoais por meio de projetos extracurriculares. Também é obrigatória uma monografia para ajudar a desenvolver a pesquisa e escrita científica.

O diretor do Colégio Positivo - Internacional, que aplica o IB Diploma Programme, Pedro Daniel Oliveira, detalha que se trata de um programa educacional reconhecido em mais de 130 países. “O IB Diploma Programme, programa de alta performance e avaliado externamente por educadores internacionais, promove um ambiente que desenvolve a mentalidade internacional, estimula o pensamento crítico e atua no desenvolvimento da compreensão conceitual e das habilidades cognitivas. Além disso, os dados apontam que a taxa de aprovação de alunos IB em universidades do mundo inteiro é substancialmente superior à de alunos regulares”, pontua.

Não é só no Reino Unido que o IB é aceito como vantagem. Quem cursa o programa pode pleitear vagas em universidades em mais de 130 países, incluindo o Brasil. Instituições como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Faculdade Albert Einstein e a PUC Rio têm uma via de acesso que considera a pontuação IB e dispensa o vestibular. Também no exterior, como na Alemanha, Holanda, França e no próprio Reino Unido, alunos IB não precisam participar de outros processos de admissão. “O IB é uma excelente opção não só para quem quer estudar fora, mas também pretende manter a janela aberta para as universidades brasileiras”, afirma Oliveira. 

Antes de sentar-se nos bancos universitários britânicos, porém, o estudante estrangeiro passa por uma avaliação holística. Trench conta que esses estabelecimentos de ensino avaliam vários fatores para escolher seus alunos. Entre eles, as notas do ensino médio, cartas de referência, entrevistas e uma carta de intenção, que explica por que o estudante deseja estudar no Reino Unido e de que forma poderá agregar à sociedade.

Veridiana Ribeiro mora em Londres desde 2010 e trabalha como International Officer para a América Latina na Birkbeck University of London, universidade pública tradicional com quase 200 anos. Com aulas apenas no período da noite, a Birkbeck possibilita que os estudantes sigam suas carreiras durante o dia. Além disso, disponibiliza um departamento inteiro voltado ao desenvolvimento de carreiras. Ela lembra que, além da carta de apresentação e do currículo, é importante também apresentar um teste de proficiência em inglês, como o TOEFL e o IELTS. O ano letivo começa entre setembro e outubro e é preciso ficar de olho nos prazos e nas exigências de cada instituição de ensino.


Contratação errada impacta nos negócios da empresa

Especialista explica que o processo seletivo incorreto interfere no dia a dia da empresa; contratação errada pode gerar problemas não só para a contratante, como também na relação para com os clientes

 

Quando não é bem realizada, a seleção de novos colaboradores pode se tornar um problema para empresas causando, inclusive, prejuízos devido a alta rotatividade de funcionários, processos seletivos ou baixa produtividade. Isso pode acontecer pela falta de critérios sólidos para a escolha do perfil, ou falta de fit cultural entre candidato e empresa, etc.

"A realização de um processo seletivo incorreto pode acarretar várias consequências negativas no futuro para um negócio, inclusive judiciais. Há candidatos muito preparados e experientes em cativar recrutadores”, destaca Thaís Alves, psicóloga da Core Psicologia.

Por ser um dos procedimentos mais importantes para o negócio, a contratação de novos funcionários requer um profissional especializado e capacitado, otimizando tempo e recursos. “A contratação de colaboradores é sempre um risco, por isso é necessário que o recrutador esteja atento a todos os detalhes, principalmente, as habilidades interpessoais – as chamadas softskills, e não apenas ao currículo do candidato.  Afinal, até que o colaborador comece a atuar na empresa, não há garantia de que ele é o talento ideal para a vaga em questão”, reforça a especialista.

A destaca que, com o distanciamento social causado pela pandemia do COVID-19, algumas empresas optaram ao processo seletivo online, abrindo oportunidades para que profissionais das mais diversas regiões possam se candidatar.  “Uma contratação bem realizada envolve muitos aspectos e detalhes”, diz.

Para a especialista, a dica é selecionar com cuidado, critérios bem estabelecidos e cautela. “Para realizar a melhor contratação possível, é necessário definir bem as funções, o prazo da seleção, entender com os possíveis candidatos sobre suas experiências, além de contar com ajuda especializada para otimizar a contratação, pois tem ferramentas para identificar perfis comportamentais, a fim de minimizar possíveis transtornos”, finaliza.

 

Confira alguns impactos de uma contratação ineficaz:


• Impacto na relação com os clientes;

• Queda na produtividade individual e da equipe;

• Custos com a contratação e treinamento do novo colaborador;

• Tempo perdido na contratação e treinamento do novo colaborador;

• Riscos de reclamações trabalhistas;

• Insatisfação e desmotivação na equipe;

• Custos com a demissão.

 

Programa de estudos mostra como se tornar residente permanente no Canadá

A partir do dia 7 de setembro, os brasileiros totalmente vacinados poderão entrar no país


O Programa “Fórmula de Imigração”, da Cebrusa Northgate, empresa que oferece soluções de imigração canadense, está com as inscrições abertas. “O Fórmula de Imigração é um programa com bônus de mentoria que te levará a morar legalmente no Canadá. Esse é o momento certo para quem deseja morar legalmente no país. A partir de setembro, as fronteiras serão reabertas para os brasileiros totalmente vacinados, então chegou a hora de se preparar para isso”, afirma Daniel Braun, fundador da Cebrusa Northgate.

O país precisa receber 1 milhão e 233 mil novos imigrantes nos próximos meses. “Somente com o planejamento certo, entendendo os programas e sabendo os caminhos a serem percorridos, que você pode conquistar o sonho de morar no país com a melhor qualidade de vida do mundo. Migrar com certeza não é fácil, mas com o ‘Fórmula de Imigração’ pode ser simples, você não só entenderá os principais programas e estratégias de imigração, mas receberá o acompanhamento personalizado sabendo qual o próximo passo a ser dado em cada etapa do seu planejamento”.

O programa é acompanhado por uma equipe de especialistas e com supervisão do consultor regulamentado de imigração, Armando Stocco, mostrando várias instruções de como se tornar um residente permanente no Canadá.

 

O que você encontra no Fórmula de Imigração?

- Entendimento dos programas;
- Acompanhamento pessoal;
- Potencialização das chances de imigração;
- Autonomia e precisão no seu plano.

 

O que você ganha de bônus com o Fórmula de Imigração?

- Suporte de toda a equipe nos próximos 36 meses;
- Desde o início da mentoria, o aluno receberá o contato de um condutor de imigração;
- Sessões de mentoria coletivas e individuais.

As vagas para o “Fórmula de Imigração” são limitadas. Para se inscrever, acesse https://seufuturocanada.com.br/oportunidade_blue_tg

 

Vamos falar da violência contra a mulher no ambiente corporativo?

Recentemente, voltaram a surgir nas mídias socias vários casos de agressões domesticas contra as mulheres. Notícias de todos os tipos, como o aumento do feminicídio ou, então, vídeos de agressões envolvendo pessoas famosas.

A violência contra a mulher não é um tema novo. Sempre existiu e, infelizmente, irá continuar a existir. Muitos seres humanos (homens e mulheres) ainda não alcançaram o nível de maturidade onde a agressão deve ser veementemente repudiada, principalmente, dentro dos lares e tendo como testemunhas crianças.

Agora, vamos falar sobre a violência contra a mulher no ambiente corporativo. O início de tudo está no “bias” que as mulheres sofrem no período de contratação. Quantas mulheres, extremamente capazes, não foram contratadas, pois as empresas consideraram que elas estavam em um período “perigoso”, ou seja, idade de engravidarem. Outras vezes, o critério de seleção é realmente machista, além do fato dos headhunters receberem como pré-requisito somente contratarem homens, pois os executivos se sentem melhor atuando com os mesmos.

Outro ponto a ser comentado, é que a mulher ainda recebe salários menores que os homens, mesmo tendo a mesma posição ou nível de responsabilidade. Esta desigualdade ainda existente também e é um tipo de agressão as avessas existente nas corporações, que julgam que mulheres “valem menos” quando comparadas com seus pares masculinos. Fica a pergunta: até quando vamos continuar com este pensamento que a força de trabalho feminino vale menos que a masculina. Segundo o Atlas do Estado Brasileiro de 2017, as mulheres recebem salários menores que os homens em todos os poderes: no Executivo, recebem 24,7% menos que homens, no Legislativo, 12%, e no Judiciário, 6,2%. E mesmo com salários proporcionalmente inferiores nos três Poderes, as mulheres eram maioria nos quadros de servidores públicos no Poder Legislativo (61,1%) e Judiciário (53,15%) em 2019.

Quando a mulher é contratada, muitas vezes, surgem os comentários ou feedbacks maldosos, sejam dos colegas ou dos superiores. Mulheres falam de mais ou são mandonas, são consideradas agressivas por terem uma opinião formada ou são definidas como “difíceis”, pois tendem a falar a verdade sempre (ambientes corporativos são extremamente políticos, e verdades nem sempre são bem-vindas, por mais agregadora que as mesmas sejam). Então, por vezes, inicia-se o processo de assédio moral, seja oriundo do superior imediato (homem ou mulher) contra a subordinada ou o “bullying” dos colegas.

Mais, o pior cenário que uma profissional pode enfrentar é o assédio sexual. Comentários inapropriados, vulgares e até de cunho sexual fazem parte deste processo de degradação que muitas mulheres e profissionais vivem diariamente. Muitas vezes, ficam quietas para não perderem o emprego, já outras vezes buscam o canal de ética da empresa para denunciarem/relatarem o fato ocorrido.

Mesmo procurando o Departamento de Compliance, o dano psicológico já existe e irá persistir por muito tempo, principalmente se esta mulher e profissional não for acolhida. Normalmente, existe uma investigação interna e se o fato provar o ocorrido, existe grande probabilidade de o assediador ser demitido. Tristemente, sem justa causa, pelo simples fato de que a empresa não quer sofrer um escândalo reputacional. Poucas são as empresas que tem a coragem de assumir que uma situação destas ocorre de fato, principalmente, oriunda de um alto executivo e demitir o mesmo por justa causa.

Com a demissão do assediador, existe a sensação de alívio imediato para a vítima. Contudo, esta sensação não é suficiente para compor tudo o que ela passou. Problemas psicológicos existem e, por vezes, situações de Burnout. Fica a questão: Como a liderança reage a tudo isto? Poucas empresas oferecem tratamento psicológico pago para a vítima. Muitas empresas tratam como caso resolvido e vida que segue. A mulher profissional deve continuar a render e ser produtiva como se nada tivesse ocorrido, mesmo tendo sofrendo uma enorme carga de violência emocional e, muitas vezes, até física. Muitos assediadores não aceitam a palavra “não” e partem para atos de tentar agarrar, beijar e tocar a vítima.

Parece que o “não” seduz ainda mais o jogo doentio daquele/daquela que pensa que somente por ter poder, tem o direito de fazer tudo e pensa ser “intocável”. Afinal, tenho uma posição alta, amigos na matriz, minha chefia me apoia o tempo todo e ainda sou um “rising star”. Ninguém mexe comigo, pensam muitos assediadores.

Neste momento, acredito que os Departamentos de Recursos Humanos e Compliance deveriam ter um papel mais ativo para acolher a vítima, após ter sido cumprido um dos pilares essenciais de um Programa de Compliance: investigações internas. As empresas que possuem programas de Compliance possuem politicas sobre relatos e consequências, assim como protocolos de investigação, mas falta ainda um procedimento sobre o que deve ser feito depois. Perguntas ainda não foram respondidas de forma transparente pelas empresas, tais como: Será que a profissional poderá continuar a trabalhar normalmente? Não seria o caso de se conceder um período de descanso? O apoio psicológico será pago pela empresa? E as eventuais medicações a serem tomadas também serão arcadas pela empresa? Esta profissional deve sofrer o mesmo tipo de avaliação de desempenho que as outras colegas que não sofreram assédio sexual?

Enfim, faltam muitas lacunas a serem preenchidas para a proteção da mulher contra a violência corporativa. Acredito que seja o momento de levantarmos este tema com muita atenção e empatia. Compliance e Recursos Humanos juntamente com a Alta Direção das empresas devem tomar a frente em relação a esta mudança de “mindset” ainda existente. Ressalto ser muito importante que existam mais ações como aconteceu em 2019, quando o conselho do McDonald’s demitiu publicamente seu presidente mundial por manter “casos extraconjugais” com funcionárias desta empresa, nem todas de forma “consensual”.
Vamos realmente torcer para que possamos ter mais bons exemplos como o retro mencionado, uma vez que tal decisão demonstra que a empresa realmente caminha o que fala em relação aos seus valores definidos em seus respectivos Códigos de Ética/Conduta. Falta apenas a resposta: como as funcionárias assediadas sexualmente foram acolhidas pelo McDonald’s após a referida demissão.

 


Patricia Punder - advogada é compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020. Com sólida experiência no Brasil e na América Latina, Patricia tem expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC (Securities and Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil).


Jogos Olímpicos Pautados em Inovação e Sustentabilidade

Quem não se lembra da impressionante abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 que contrastou  destaques do meio ambiente? Com certeza foi um verdadeiro show de exuberância. Observamos cenas deslumbrantes da biodiversidade brasileira (florestas, biomas, índios e outras culturas) e a materialidade de gestos marcantes, como os atletas de todas as delegações carregando uma muda de árvore nativa, as quais, futuramente, seriam plantadas em uma área degradada, surgindo uma nova floresta.

Essas referências marcaram os Jogos Olímpicos Rio 2016 e como parte das jovens lideranças ambientais do Brasil, fui um dos representantes para conduzir a chama olímpica do revezamento da tocha na região de Santos, local em que cresci e conquistei importante marcos na minha carreira profissional. Trata-se de uma região marcada por questões ambientais. Como é o caso de Cubatão, no estado de São Paulo, que ficou conhecida como a cidade mais poluída do mundo. Depois de um longo processo de recuperação, ganhou o título da Organização das Nações Unidas (ONU) de Cidade Símbolo Mundial de Recuperação.

No início, quando recebi uma ligação telefônica do Comitê Olímpico informando que havia sido selecionado por meio de meu histórico na área, não imaginava a grandiosidade da ação. Foi muito bem organizado e perfeito. Atualmente, a tocha que conduziu a chama Olímpica junto com o certificado de condutor oficial está exposta na sala de reuniões da empresa líder em gestão ambiental, Ambipar, da qual faço parte como diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).

Como Embaixador Ambiental da ONU, por meio de minhas iniciativas ambientais, tenho a certeza de que a participação de pessoas protagonistas de diversas áreas – meio ambiente, o social e o empreendedorismo – foram de suma importância para contar a história de nosso país durante as Olimpíadas de 2016, não só no esporte, mas em diversos segmentos.  Agora, em 2021, nas Olimpíadas de Tóquio, as ações pautadas pela sustentabilidade terão continuidade, levantando uma forte bandeira de inovação e preservação ambiental. Uma das iniciativas é a fabricação da Tocha Olímpica a partir de alumínio, metal utilizado na construção de casas após o Tsunami de 2011, que destruiu cidades do Japão. Outro exemplo é a coleta de celulares, tablets, monitores e computadores em desuso que serviram para extrair ouro, prata e cobre para a produção das medalhas.

Um dos destaques do exemplo de sustentabilidade nas Olimpíadas de Tóquio são os pódios, feitos a partir de plástico reciclado. Os materiais foram coletados em campanhas que incentivaram as pessoas a doarem plásticos domésticos. A ação durou cerca de nove meses e, além da população, contou com a participação de rede varejistas e escolas do Japão. Ao todo, foram 24,5 toneladas de plásticos reciclados, suficientes para a fabricação dos pódios Olímpicos.

Não podemos esquecer das iniciativas de compensação de carbono, apoiada no pilar de crise climática. O Comitê Organizador dos jogos Olímpicos de Tóquio estima que o evento emitirá cerca de 2,73 milhões de toneladas de CO². O índice é ainda menor do que o normal, já que não terá participação do público, reduzindo emissões causadas por viagens, hospedagens, geração de resíduos e outros impactos.

Para compensar toda a pegada de carbono das Olimpíadas, após a realização de todos os jogos, serão calculadas quantas toneladas de CO² foram emitidas e a compensação virá através do uso de 100% de energia renovável. Por meio da aquisição de certificados de energia verde, o Comitê irá gerar créditos de carbono, a partir da transformação de energia não renovável em energia renovável.

As ações pautadas pela sustentabilidade nas Olimpíadas são baseadas nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e trazem à tona as cobranças em relação às iniciativas verdes que atendem aos indicadores ambientais do ESG (Environmental, Social, Governance). Assim como a preocupação existe no setor privado, os países são pressionados a realizarem práticas a partir de condutas cada mais sustentáveis, não só pela imagem e reputação, mas pelas ações em prol do meio ambiente e pela luta contra o aquecimento global.

Para o futuro, podemos esperar que os próximos jogos olímpicos continuem levantando a bandeira da sustentabilidade e que as iniciativas sejam feitas em conjunto, tanto por instituições públicas como as privadas. Afinal, a nova tendência do planeta é a preservação ambiental e a geração de créditos de carbono, a partir de redução ou remoção de emissões e o ESG como essência.

 

 

Referências:

https://umsoplaneta.globo.com/sociedade/noticia/2021/07/19/jogos-olimpicos-de-2021-as-iniciativas-verdes-do-evento-que-acontece-em-toquio.ghtml

https://ge.globo.com/olimpiadas/noticia/com-quase-25-toneladas-de-plastico-toquio-2020-criara-podios-com-material-reciclavel.ghtml

https://ge.globo.com/olimpiadas/noticia/comite-dos-jogos-olimpicos-de-2020-lanca-tocha-em-evento-em-toquio.ghtml

 

Especialista dá 6 dicas para escapar das armadilhas de consumo

Técnicas de vendas elaboradas induzem ao consumo por impulso e comprometem planejamento financeiro


Em um momento de crise econômica, em que o endividamento atinge 70% das famílias brasileiras, segundo Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), fazer um planejamento financeiro adequado e mudar hábitos de consumo são decisivos para tentar quitar os débitos.

O especialista em marketing e planejamento financeiro Hilton Vieira explica que adotar o consumo consciente é o primeiro passo para se livrar das dívidas. “Não adianta fazer um orçamento especificando despesas e ganhos e fazer planilhas se a pessoa não mudar a sua relação com o consumo”, explica.

Vieira conta que entender as armadilhas que tentam fazer a pessoa consumir é fundamental para fugir de compras por impulso que comprometem o planejamento. “Alguns gatilhos induzem as pessoas a consumir sem pensar. Um deles é o do compromisso. Um estudo de 1975 mostrou que quando as pessoas se comprometem com algo, elas se sentem na obrigação de cumprir aquilo. Evite se comprometer em comprar algo. Pense e pesquise antes de decidir sobre uma aquisição”, ensina.

No gatilho da prova social, os consumidores tendem a agir no efeito manada, comprar algo sem entender bem o motivo. “Ele também é conhecido como o gatilho dos testemunhais, se seus amigos compraram, então você compra sem nem saber o que está comprando porque acredita que o produto deva ser bom”, explica.


Vendedores utilizam técnicas que induzem cliente
a comprar mesmo sem que ele tenha necessidade

Depositphotos


Vieira conta que vendedores têm táticas muito bem definidas para ‘empurrar’ um produto. “A reciprocidade é um mecanismo perigoso. Amostras grátis ou um produto para experimentação induzem o consumidor a retribuir a ‘gentileza’ comprando o produto oferecido. As pessoas não querem ficar devendo nada para ninguém, então acabam comprando algo para se verem livres daquilo que consideram como uma dívida moral”, diz.

Outra tática comum adotada por lojas é a da escassez. “Desconfie quando a pessoa diz, por exemplo, que só existem mais três produtos no estoque e que você pode perder uma chance de ouro. O mesmo acontece com promoções que acabam em poucas horas. As pessoas caem por medo de perder o negócio, mas nem sempre precisam daquele produto”, completa.

Vieira cita outra tática comum utilizada por vendedores para ganhar o consumidor. “As pessoas fingem gostar de você pra poder te vender alguma coisa. Isso acontece pela identificação, quando a pessoa busca estabelecer uma relação com você. Outro gatilho que costuma impulsionar vendas é o da autoridade: pessoas que projetam uma imagem externa de prosperidade tendem a receber a atenção ou escolha do consumidor porque as pessoas julgam pela aparência, não pelo conteúdo”, diz.

Segundo o especialista, ao conhecer os mecanismos de venda, a pessoa tem mais chance de escapar de compras desnecessárias e por impulso. “O momento da compra de um produto ou serviço tem que ser um momento de reflexão. É preciso considerar se o consumo é, realmente necessário, se é urgente e se há recursos disponíveis para a compra, sem comprometer o orçamento. Se a pessoa parar para analisar a situação, dificilmente cairá nas armadilhas que comprometem ainda mais o orçamento”, finaliza.

 


Hilton Vieira - especialista em marketing e planejamento financeiro

 

27 de julho é o Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho

A data marca a luta dos brasileiros por melhores condições de trabalho

 

27 de julho é marcado pelo Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho. A data marca a luta dos brasileiros por melhores condições. Entre as doenças relacionadas ao trabalho, está a Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR). Segundo a Sociedade Brasileira de Otologia, cerca de 35% dos casos de perda auditiva acontecem por exposição excessiva a ruídos e uma das principais causas são relacionadas a doenças ocupacionais. E até mesmo o alto estresse pode levar à surdez. Entre as profissões com mais risco, estão: trabalhadores da indústria, construção, metalmecânica, pessoas que trabalham em aeroportos, restaurantes, boates e radialistas.  

 

Gilvânia Barbosa, fonoaudiólogo e especialista em audiologia da clínica Microsom, ressalta que a surdez parcial ou total ocorre pela exposição a ruídos por várias horas. “O trabalhador fica exposto ao nível de pressão sonora acima de 85 decibéis (dB)”, explica o especialista. 

 

A fonoaudióloga alerta para os sintomas: "Os profissionais precisam estar atentos se estão com zumbido, dificuldade para compreender a fala, tonturas, dores de cabeça, alteração no sono, intolerância a sons e até perda da capacidade de identificar origem de fontes sonoras”. 

 

Barbosa ressalta que quando há percepção dos sinais da perda auditiva, é importante buscar ajuda imediata de um profissional, pois, infelizmente, esse tipo de surdez pode ser irreversível  na maioria dos casos. “Por isso, pessoas que estão expostas a ruídos sonoros  diariamente precisam fazer o exame de audiometria preventivamente para avaliar a audição”, afirma a especialista em audiologia.  


 

Estresse 

De acordo com a fonoaudióloga, até mesmo momentos de muito estresse podem levar à  perda auditiva. Por isso, é importante também cuidar da saúde mental.  “O zumbido pulsátil, também conhecido como um ruído rítmico, pulsa no ouvido do paciente seguindo os mesmos batimentos cardíacos. Então, quando a pessoa tem um pico de estresse pode alterar a pressão e a via auditiva fica comprometida. Dessa forma, o zumbido tende a aumentar, esse é um tipo de perda súbita”, explica.  


 

EPIs 

Gilvânia também alerta para o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). “Os itens de segurança podem proteger a saúde auditiva do trabalhador. Além disso, é dever do empregador fornecer os EPIs adequados para a cada atividade”, conclui. 

 

Estado de São Paulo apresenta a relação renda/gasto mais negativa do país

Análise da Kantar traz um panorama da pandemia

 

O estudo Domestic View, lançado em junho pela Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, revelou que o Estado de São Paulo apresenta a relação renda/gastos dos domicílios mais negativa do Brasil. Foram avaliadas sete áreas no que se refere a despesas que impactaram o bolso durante a pandemia em 2020, incluindo alimentação, moradia, serviços públicos, higiene pessoal e limpeza. 

Tanto na Grande São Paulo quanto no interior do estado, a renda média mensal ficou 19% menor do que os gastos. Na primeira região, em que 53% receberam auxílio governamental e 48% não, a relação foi R$ 1.444 versus R$ 1.775. E na segunda, onde 47% receberam e 53% não, foi R$ 1.464 versus R$ 1.807. 

Os lares com auxílio governamental gastaram mais com alimentos básicos, enquanto os sem priorizaram indulgência e frutas, legumes e verduras (FVL). Na Grande São Paulo, nos lares que receberam o auxílio, o consumo de carnes, aves, ovos e peixes representou 30%, seguido pelo de FLV, com 15%, salgadinhos e doces (8%) e pratos congelados prontos (5%). Já no interior esses percentuais foram 31%, 15%, 9% e 5%, respectivamente. 

Considerando o Brasil todo, o estudo indica que 67% dos lares brasileiros estão endividados, e esse número sobe para 69% se considerarmos somente as classes C e DE. 

O consumo de alimentos e bebidas dentro do lar, higiene e limpeza caseira representou quase 60% dos gastos nas classes DE em 2020, enquanto despesas em lazer, habitação e bebidas dentro de casa ficaram concentradas nas classes AB. 

As classes DE foram mais impactadas com gastos com habitação, passando de 18% em 2019 para 22% em 2020, e no setor de alimentação aumentaram o consumo de frutas, legumes e verduras, igualando esses gastos aos das classes AB. 

Ainda no setor de habitação, o estudo aponta um importante movimento da classe DE migrando do aluguel para o financiamento, passando de 5% dos gastos em 2019 para 12% em 2020, reflexo de juros baixos e taxas atrativas para aquisição de moradia própria ou para investimento, que levaram a um aumento do mercado de financiamento imobiliário em 2020. Enquanto isso, as classes AB diminuíram gastos com trabalhadores domésticos (-3 p.p. em relação a 2019) e com manutenção/ reforma (-8 p.p.). 

O aluguel de imóveis representou ¼ dos gastos de quase 17% das famílias no ano passado, principalmente das classes CDE. Os lares das classes AB e DE que pagam aluguel diminuíram gastos com alimentação e priorizaram outras cestas de consumo, como bebida alcoólica e artigos de limpeza nas classes AB, e higiene pessoal e FLV (frutas, legumes e verduras) nas classes DE. A classe C foi a única que manteve os gastos com alimentação, mesmo pagando aluguel, com destaque para doces, salgadinhos e pratos prontos congelados. 

Entre os gastos com serviços públicos, energia elétrica foi o que mais pesou no bolso do brasileiro durante 2020. As classes mais baixas foram as mais afetadas, chegando a uma variação de 30% em relação a 2019. 

O estudo Kantar Domestic View entrevistou de maneira online 5.779 lares no final de 2020. A amostra representa 57 milhões de lares brasileiros.

 

 

Kantar

www.kantar.com

www.kantar.com/worldpanel

 

O impacto positivo dos medicamentos biossimilares na economia brasileira

              O tema saúde pública e privada é muito debatido em todas as esferas políticas e econômicas. Encontrar o equilíbrio entre eficácia, segurança, tolerabilidade sem aumento de custos é uma importante meta para o governo. Neste contexto, a ciência vem desenvolvendo cada vez mais fármacos biossimilares, que são medicamentos biológicos não idênticos de um medicamento de referência, porém desenvolvidos com a mesma complexidade e finalidade.  Esse tipo de medicamento é uma alternativa econômica a produtos biológicos de referência, facilitando o acesso à população que necessita de um tratamento adequado com uma maior facilidade.

            Para detalharmos um pouco mais sobre medicamentos biossimilares, é interessante saber que esse tipo de produto não é o famoso genérico, com fórmula idêntica ao medicamento original. No caso dos biossimilares, eles são produtos produzidos a partir de um organismo vivo, como células e bactérias. Além disso, trata-se de uma classe de medicamentos de alta tecnologia que possui algumas variáveis, criando diferenças inevitáveis até mesmo entre lotes subsequentes do mesmo produto. Neste contexto, a tecnologia utilizada é a mesma dos medicamentos referência, termo utilizado para o primeiro medicamento produzido de uma molécula específica, o que garante a eficácia do fármaco. Como utiliza-se uma molécula já desenvolvida, o custo do biossimilar é mais barato, trazendo aos pacientes uma acessibilidade maior ao tratamento, sem perda de eficácia.

            Quando falamos economicamente dos medicamentos biossimilares, o investimento neste tipo de fármaco representa uma redução significativa de preço que pode chegar a mais de 40% no custo final, quando comparamos o preço de registro no Brasil dos nossos biossimilares e os medicamentos de referência. Isso mostra que as aquisições desses produtos possibilitam uma grande e efetiva economia de recursos. Entretanto, é preciso ressaltar que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, os produtos biossimilares representam apenas 2% do que é adquirido pelo Ministério da Saúde. Tal cenário vem mudando e devido ao preço mais baixo para aquisição, os governos municipais, estaduais e federais já ampliaram a busca pela compra dos biossimilares.

            É preciso ressaltar que essa classe de medicamento torna o tratamento mais acessível, dando a possibilidade da manutenção mais apropriada do tratamento. No Brasil, já foram registrados mais de 30 medicamentos biossimilares, entre eles está o infliximabe da Celltrion, utilizado para doenças autoimunes como doença de Crohn, artrite reumatóide, entre outras. Quando utilizado, o biossimilar aponta para uma redução de aproximadamente 30% nos gastos com o produto. Já o rituximabe da Celltrion, quando utilizado para o tratamento de Linfoma não-Hodgkin, gera uma economia de mais de 60%. Esses são apenas dois exemplos, mas que somados ao macro, trazem um impacto extremamente positivo na economia, reduzindo uma pressão sobre os custos dos cuidados de saúde e liberando orçamento para outros gastos no setor.

            No mundo, a utilização dos medicamentos biossimilares vem ganhando bastante relevância. No ano passado, segundo um relatório da Markets and Markets, o mercado global dessa classe de fármacos teve um faturamento de mais de US$ 11 bilhões, e existe uma expectativa de que este número chegue a mais de US$ 37 bilhões em 2025. Esse crescimento está atrelado ao custo-benefício do medicamento. A União Europeia, por exemplo, já reconhece o potencial benefício financeiro dos biossimilares e já está impulsionando a sua utilização.

            Entretanto, é preciso dizer que a utilização de medicamentos biossimilares não está atrelada apenas ao seu baixo custo. Esse fármaco traz resultados eficazes, com segurança compatível ao medicamento referência, abrindo a possibilidade para mais pessoas terem acesso a um tratamento adequado e com um custo acessível. Essa é a diretriz de quem fabrica biossimilares.

           Nosso papel é trazer o máximo de estudos e informações para a classe médica e gestores de saúde sobre os medicamentos biossimilares. Acreditamos que dessa forma, contribuiremos de forma significativa no equilíbrio financeiro tanto das instituições públicas quanto privadas e com isso mais pessoas terão acesso a terapias de ponta para tratamento de doenças complexas.

 

 

Michel Batista - Gerente Sênior de Negócios da Celltrion Healthcare no Brasil.

 

PageGroup lista os 8 cargos em alta na área da Saúde

Diretor comercial e gestor de saúde estão entre as posições mais procuradas


A pandemia continua provocando alta procura de profissionais do setor da Saúde no mercado de trabalho. Segundo levantamento do PageGroup, referência mundial em recrutamento especializado de executivos de todos os níveis hierárquicos, a busca por especialistas com experiência em direção e gestão de operadoras, negócios e soluções está em alta.

De acordo com a consultoria, a demanda por profissionais do segmento aumentou 220% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2020. Entre os cargos em alta para contratações aparecem diretor comercial, gerente de marketing e de produtos. Já entre as posições que aparecem com tendência de alta para contratações, figuram a de CEO, gerente de Sucesso ao Cliente / Gerente de Saúde, entre outros.

"Diante do cenário transformador da pandemia, percebemos que o perfil do profissional requisitado para algumas oportunidades do setor da Saúde passa por habilidades de gestão de crise e liderança, além de um olhar de negócios, voltado para o conceito de Saúde Baseada em Valor", analisa Ricardo Guerra, gerente de recrutamento para a divisão de Healthcare & Life Science da Michael Page.

Veja abaixo quais são os profissionais de Saúde mais demandados nos seis primeiros meses deste ano.

Para chegar a essa lista, o PageGroup consulta permanentemente empresas de todos os portes (pequena, média e grande) em 14 setores de todo o Brasil. A partir dessa conversa e do entendimento das reais necessidades de contratação, os consultores consolidam essas informações e produzem a relação final dos cargos com maior possibilidade de demanda das empresas.


Confira a lista dos cargos em alta no primeiro semestre:


Cargo: Gerente de Marketing - Medical Devices

O que faz: o gerente de marketing é o responsável por desenvolver e executar os planos de negócios para a sua linha de produtos. É ele quem vai organizar todo fluxo comercial do seu segmento, com análise de concorrência, precificação, validação do portfólio de produto e pitch comercial. Seu principal objetivo é garantir que sua linha de produto esteja bem amparada do ponto de vista técnico-comercial e que o time de vendas consiga executar bem a estratégia definida por ele.

Perfil da vaga: é responsável por executar os principais elementos táticos de marketing, incluindo interface com formadores de opinião do setor, envolvimento da sociedade médica, análise competitiva, previsão de vendas, manutenção de preços e treinamento médico, dos distribuidores e da equipe comercial. Além disso, esse profissional é responsável pela de coleta de informações sobre clientes e concorrentes, desenvolvimento de plano de marketing estratégico, contribuição para M&As, revisão do portfólio de produtos e gerenciamento de ciclo de vida, entre outras atividades relacionadas a produtos.

Motivo para a alta: com a alta do número de leitos nos hospitais e o aumento do número de internações, as empresas de medical devices devem buscar gerentes de marketing para explorar da melhor forma as oportunidades que já estão surgindo. Assim, a competência de leitura de cenários regionais e desenvolvimento da estratégia de marketing por meio de canais serão competências procuradas.

Média salarial: R$ 25 mil a R$ 30 mil


Cargo: Diretor Comercial - Medical Devices

O que faz: o diretor comercial é quem cuida de toda estrutura de vendas da empresa, e em algumas estruturas essa posição pode abranger marketing também. É a posição que vai olhar para todos os clientes, empacotando e oferecendo soluções adequadas a cada necessidade.

Perfil da vaga: este profissional é o responsável pela criação do plano de go-to-market para sua linha de produtos. Ele atua na esfera estratégica e também na tática, respondendo pela elaboração e execução do plano comercial junto com sua equipe. Seu objetivo principal é o crescimento do volume de vendas, rentabilidade, penetração do seu portfólio no mercado, além das áreas de suporte ao cliente e pós-venda. Ele pode atuar nos canais público e privado com venda direta ou em parceria de representantes e distribuidores.

Motivo para a alta: por conta do grande aumento do número de leitos em hospitais públicos e privados, a demanda por dispositivos médicos, principalmente consumíveis e equipamentos, vai continuar alta para os próximos meses por uma margem substancial. Esse crescimento resultará numa procura por profissionais que consigam criar um plano de negócios robusto e executá-lo da melhor forma para absorver a maior parte desta alta.

Média salarial: R$ 30 mil a R$ 40 mil


Cargo: Gerente de Produtos - Ativos Digitais em Healthcare

O que faz: Essa posição associa funções como desenvolvimento do negócio, gerenciamento de projetos e a interface com o comportamento do consumidor x estratégia da companhia.

Perfil da vaga: É o ponto central de todo os canais digitais (para uma linha de produto, sendo um especialista ou mantendo um escopo generalista, cuidando de todo o portfólio de produto da empresa). Terá relacionamento com todas as áreas, pois atuará como gerenciador de projetos multidisciplinares, desenvolverá planos de ações (business e marketing) com base no comportamento do consumidor, posicionamento da marca e ações institucionais. Avaliará canais online e participará ativamente da capacitação e treinamento da força de vendas, garantindo uma melhor estratégia de marca, comunicação e vendas/comercial para que o planejamento de negócio seja atingido. Cuidará da definição do orçamento e participará da criação do plano de inovação e tendências para o portfólio.

Motivo para a alta: A aceleração da tecnologia e a inovação pela pandemia, além das tendências do mercado, fazem e continuarão fazendo com que esse profissional continue a ter um lugar expressivo dentro do segmento de Saúde.

Média salarial: R$ 15 mil a R$ 25 mil


Cargo: Diretor Comercial - Operadora de Saúde

O que faz: o diretor comercial de uma operadora de saúde é o coração da geração de receita da empresa. É na sua gestão que são definidas as estratégias de público-alvo, cesta de produtos, jornada do cliente, relacionamento comercial, inteligência de mercado e marketing. Seus principais desafios são os de unir uma estratégia de captação de clientes B2B e/ou B2C, ao mesmo tempo que acompanha com profundidade a sinistralidade da sua operação, buscando rentabilidade da carteira.

Perfil da vaga: definir e acompanhar a execução da estratégia comercial, liderando as frentes de vendas, pós-venda e marketing. O diretor comercial deve ter um bom alinhamento com as normas e procedimentos que regulam seu setor e boa comunicação, para influenciar os demais stakeholders para construírem um formato de atendimento que supra a necessidade dos clientes. Por fim o diretor comercial deve ter uma visão holística do negócio, já que responde por toda geração de caixa da empresa, regulando sua cesta de produtos, para ter uma boa receita juntamente com uma sinistralidade controlada.

Motivo para a alta: a pandemia tem atuado como um catalizador no mercado de saúde suplementar e e a onda de consolidação do setor tende a se intensificar ao longo de 2021. Desta forma as grandes operadoras, por meio do crescimento orgânico e inorgânico, buscam executivos desta senioridade para liderar suas operações, principalmente em novas praças. Ao mesmo tempo em que as operadoras pequenas e médias devem lutar por sua fatia num mercado cada vez mais competitivo e profissionalizado. Essa dinâmica irá gerar uma alta demanda para este perfil de executivo.

Média salarial: R$ 35 mil a R$ 40 mil


Tendências de contratações para o segundo semestre


Cargo: CEO - Hospital

O que faz: o CEO de um hospital tem a responsabilidade de garantir que todos os aspectos do desempenho dos hospitais estejam funcionando de maneira eficiente. Ele precisa encontrar um equilíbrio na gestão das operações do dia a dia, relacionados à operação assistencial e jornada do paciente, e ao mesmo tempo, liderar iniciativas de desenvolvimento estratégico, necessárias para o sucesso a longo prazo.

Perfil da vaga: o CEO de um hospital é o principal executivo de uma organização hospitalar. Ele é o responsável por fornecer a estratégia para entregar a melhor qualidade de atendimento ao paciente, pela liderança e formação da equipe enquanto cria uma cultura positiva e produtiva, por definir os padrões de excelência operacional, além de zelar pela conformidade exigida nos regulamentos estaduais e federais, e nas políticas do hospital. Por fim, como todo CEO, é também quem responde pelo P&L da organização, buscando sempre um saldo positivo da operação.

Motivo para a alta: a demanda por líderes hospitalares experientes está maior do que nunca, e deve continuar crescendo por conta da forte onda de consolidação e profissionalização do setor. As grandes redes hospitalares e operadoras de saúde verticalizadas devem buscar CEOs para liderar suas novas estruturas, enquanto hospitais pequenos e médios devem acompanhar essa onda de profissionalização do setor, buscando fortalecer sua liderança com executivos que tenham experiência para gerenciar todo o hospital.

Média salarial: R$ 40 mil a R$ 60 mil


Cargo: Gerente de Sucesso ao Cliente / Gerente de Saúde

O que faz: O profissional voltado ao sucesso ao cliente e saúde é responsável pelo desenvolvimento de relacionamentos com clientes e a promoção da retenção e da fidelização do mesmo (acompanha a jornada do cliente). Para esse cargo é essencial que o profissional atue como uma ponte entre o cliente e todas as áreas da empresa.

Perfil da vaga: Acompanhará os dados (como valor percebido) pelo cliente sobre um produto ou um serviço para que haja uma melhor jornada e experiência, analisará o desempenho e ações do público-alvo e antecipará tendências e soluções para as necessidades, trabalhará para gerar resultados, maximizar os lucros e transformar clientes em embaixadores da marca da empresa.

Motivo para a alta: o mercado de saúde deve continuar sentindo a necessidade de "cuidar" do usuário com a antecipação das tendências e por meio de dados. Sendo assim, será fundamental ter profissionais que mantenham o usuário no centro do cuidado para que a experiência/jornada esteja de forma satisfatória e haja reduções de reclamações e uma maior promoção dos serviços e produtos do segmento.

Média salarial: R$ 13 mil a R$ 18 mil


Cargo: Gestor de Saúde Populacional (médico)

O que faz: Geralmente são profissionais médicos que têm a função de integrar todos os dados de saúde (perfil epidemiológico) para uma melhor eficiência operacional, redução de custo, promoção da saúde e na prevenção das doenças.

Perfil da vaga: Analisará e criará um painel de controle para o perfil epidemiológico da carteira de usuários, desenvolverá ações de prevenção (primária, secundária, terciária ou quaternária) e acompanhará os indicadores de desempenho para trazer soluções, os quais reduzirão custos e otimizarão a saúde por ações preventivas e corretivas.

Motivo para a alta: A necessidade de um maior controle de dados e a entrega de soluções fará com que o profissional fique ainda mais valorizado.

Média salarial: R$ 30 mil a R$ 40 mil


Cargo: Médico da Família

O que faz: O médico da família é o profissional formado em Medicina de Família e Comunidade, uma área da medicina com algumas particularidades. A atuação dele é voltada para o atendimento tanto do indivíduo quanto da família, de forma recorrente e planejada - é daí que vem o nome desse segmento. Difere de outras especialidades médicas onde o atendimento é pontual.

Perfil da vaga: O profissional dessa área tem um olhar de longo prazo quando se trata da sua avaliação com seus pacientes e seu acompanhamento é distinto de acordo com cada configuração familiar, conhecendo a realidade, as necessidades e os desafios das pessoas quando o assunto se trata dos cuidados com a saúde. Dessa forma, o médico desse ramo precisa ter uma visão tanto do tratamento de algum quadro específico quanto um olhar muito voltado para saúde preventiva.

Motivo para a alta: a Atenção Primária à Saúde é uma das áreas médicas que mais deve crescer no setor privado. As operadoras de saúde buscam cada vez mais atuar na saúde preventiva, aumentando a frequência de pontos de atenção que seu time médico tem com os pacientes. Isso deve gerar melhor qualidade de vida aos clientes/pacientes e também uma redução na taxa de sinistralidade dos convênios.

Média salarial: R$ 25 mil a R$ 30 mil


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