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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Sua motivação é si mesmo ou os outros?

A codependência afeta o psicológico


A dependência pode ser tóxica de diferentes maneiras, não importa o motivo ou objeto que a causa. Drogas e álcool são comuns, mas existem também a dependência afetiva, chamada de codependência, que pode afetar seriamente o psicológico humano.

Presente em relacionamentos abusivos, tanto conjugais quanto familiares, todos conhecem alguém que suporta tudo por outra pessoa. Isso acontece, pois, é dependente dela emocionalmente.

“Quando você aceita comportamentos destrutivos e problemáticos e sua única motivação é ajudar a pessoa que os têm, ocorre o diagnóstico de codependência, que é um transtorno emocional”, conta Leandro Cunha, especialista emocional, escritor e presidente da FBIE.

Em casos extremos, o indivíduo só se sente útil quando vive em prol daquele que o destrói, se responsabilizando e tentando consertar erros que não são próprios. Suas vontades, necessidades e desejos são deixados de lado.

“Quem lida com a codependência tem medo de perder o amor do outro, dificilmente tem relações saudáveis e autonomia. Também tendem a ser controladores”, relata.
A busca por controle se mostra desde gentilezas desnecessárias até preocupações excessivas. Isso acontece de forma compulsiva, o codependente não percebe que age assim na maior parte do tempo. Com um sentimento persistente de insuficiência, já que é impossível solucionar os problemas de alguém sem colaboração deste.

“Conforme a pessoa se torna codependente, entra em um estado de auto-abandono. Pode perder relacionamentos e o emprego, ou melhores oportunidades de trabalho, prejudicar a saúde e deixar para trás tudo que o torna único”, explica Leandro.

É comum que problemas como a depressão e ansiedade acompanhem o transtorno, já que afeta o campo psicológico severamente. Para alcançar a cura, é preciso resgatar a autoestima.

Através da psicoterapia e a colaboração do paciente, pode-se voltar a ter uma vida com relacionamentos saudáveis e tomar de volta o protagonismo que é seu.



Leandro Cunha - Treinador em Inteligência emocional e Espiritual e presidente da FBIE - Fundação Brasileira de inteligência emocional

@leandrocunhaie - Instagram

www.leandrocunhaie.com.br

www.fbiefenix.com.br

 

A Zona do desconforto que se instalou em nossas vidas nos últimos tempos

Nos últimos dias tem sido frequente ouvirmos afirmações do tipo: “ A pandemia me tirou da zona de conforto”; “ Estou produzindo mais e me reinventando no isolamento social”. Refletindo sobre essas questões e sobre o que chamamos de Zona de Conforto, vamos voltar o olhar para todas as mudanças que estamos vivendo e buscar entender qual o real sentido da reviravolta, interna e externa, que está sacudindo e alterando nosso dia-a-dia. 

A angústia causada pelo “novo” movimenta nossas emoções e atiça sentimentos diversos. Mas foi preciso uma situação de desconforto geral para fazer com que alguns de nós se atrevesse a encarar as mudanças da vida. Mas é bem verdade que muitos ainda estão estacionados, esperando a roda girar, receosos de encarar os desafios e os seus conflitos internos. Utilizando suas próprias limitações e sofrimentos psicológicos como álibis para utilizar o mal-estar na justificativa da sua falta de vontade, falta de coragem e de êxito para buscar e desenvolver novos projetos de vida. E, em muitos casos, utilizando o próprio discurso para não se envolver com a sua essência. 

O que chamamos de Zona de Conforto é também descrito pela ótica psicanalítica como “Zona de Desconforto”, já que nela podemos nos sentir tão habituados às situações desfavoráveis que nos trazem dor e limitações, criando uma certa intimidade com as sensações que causam medo do “novo”, medo de se reinventar. Cega nossos olhos para as novas possibilidades. Incorporamos esse sentimento psicológico e promovemos a perfeita sintonia com nosso ego, gerando a falsa sensação de que, apesar do barulho causado, os prejuízos são aceitáveis. Dentro dessa concepção, nasce também o desejo fantasioso de que um dia alguém virá nos salvar, ou seja, depositamos no outro a responsabilidade por nossas escolhas e nossas possíveis mudanças de atitudes e pensamentos, atrasando benefícios por conta de uma proteção imaginária.

 E de que forma podemos mudar esse vício de ação punitiva? Se o futuro eu não controlo, como posso diminuir a angústia causada pelo “novo” que bate a minha porta? Simples, através do entendimento de que qualquer mudança ou inovação, por mais difícil que seja, precisa acontecer. Do contrário, poderá ser fatal para qualquer campo de sua vida. É necessário encontrar o equilíbrio nas escolhas e no fortalecimento das suas estratégias. Permanecer na “Zona de Desconforto” só alimenta a ação de sabotagem inconsciente. O incômodo e o medo são o que chamamos de “maus necessários”, pois podem promover a tomada de atitudes e dar sentido aos processos e as suas mudanças. Nunca é demais pensar que devemos ser os protagonistas de nossas escolhas - elas são livres, mas as consequências, não. 

Portanto, não espere outras tragédias, dores ou pandemias para entender que a mágica que você precisa para transformar sua vida não está no externo - está e sempre esteve disponível dentro de cada um de nós. É a mágica da ressignificação, transformando os problemas em forma de oportunidades de alinhamento. Criar as novas estratégias de trabalho, inovar seu segmento de negócio, se reinventar na forma de se relacionar com o outro ou desenvolver novas adaptações no convívio com os amigos ou com a própria família sem dúvida são os novos desafios que se apresentam nos últimos tempos. Estamos sendo obrigados a nos adaptar e a viver novos hábitos em todos os sentidos. E é muito natural, quando alguma nova experiência não nos parece muito positiva,  que racionalmente tendemos a evita-la. Optamos por seguir numa mesma rotina, sem muitas alterações, limitado ao conhecido. Mas algumas situações têm nos exigido esforços para romper essas barreiras. Se por um lado é bom e seguro trilhar os mesmos caminhos, por outro nos deparamos com um mundo novo cheio de possibilidades atrás dos muros das nossas rotinas. 

Enfim, chegou a hora de olhar para nossas escolhas, trazendo o desafio de fazer diferente e ser diferente. Descobrindo em si mesmo forças para aceitar mudanças e se inovar, se desprendendo de modelos gastos e até mesmo percebendo habilidades e gostos antes nunca experimentados. A ousadia está em abandonar os medos, a rigidez e desbravar caminhos novos. Fugir do ciclo do auto boicote que mascara nossos sentimentos e não permite que possamos perceber oportunidades reveladoras no meio do caos, das últimas adversidades que, independente de nossa vontade, surgiram para nos colocar em ação, nos tirando da “ Zona do Desconforto” e nos arremetendo para a “zona do nosso confronto”. Eliminando a fragilidade que nos impede de ver oportunidades de fortalecimento, de autoconfiança, da autoestima e do nosso próprio crescimento pessoal. Importante aprendermos a fugir do papel de vítima das adversidades inerentes ao ser humano  e sermos protagonistas de nossas soluções, acreditando em nosso potencial com força e coragem. Sempre aliando saúde mental com equilíbrio emocional. Afinal, ostra feliz e acomodada não produz pérolas. 

 

 

Dra. Andréa Ladislau * Doutora em Psicanálise * Membro da Academia Fluminense de Letras - cadeira de numero 15 de Ciências Sociais * Administradora Hospitalar e Gestão em Saúde * Pós Graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social * Professora na Graduação em Psicanálise * Embaixadora e Diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói * Membro do Conselho de Comissão de Ética e Acompanhamento Profissional do Instituto Miesperanza * Professora Associada no Instituto Universitário de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo. * Professora Associada do Departamento de Psicanálise du Saint Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites.

 

CARNAVAL ZEN: APRENDA 5 POSTURAS BÁSICAS DE YOGA PARA FAZER EM CASA


 Não é só de folia, confete e serpentina que é feito o Carnaval. Com a festa desse ano cancelada, a Professora de Yoga Priscilla Leite listou algumas posturas que vão ajudar a viver esses dias de relaxamento no conforto do seu lar.

 

Pela primeira vez na história, os brasileiros precisaram curtir um carnaval sem bloquinhos, aglomerações, fantasias e purpurina e para os amantes da folia a ideia do cancelamento da festa mais badalada do país pode ter deixado muita gente triste, mas é possível aproveitar essa semana de carnaval no aconchego do lar realizando atividades simples, criativas e que ainda fazem bem pra saúde e pro bem-estar, o Yoga é uma excelente opção. 

De acordo com a precursora do Yoga online no Brasil, Priscilla Leite, a atividade reduz o estresse, combate a ansiedade, aumenta a concentração, cria força, aumenta a flexibilidade, ajuda a prevenir lesões e ainda tem mais um monte de benefícios inumeráveis. “O Yoga é uma prática completa, que traz inúmeros benefícios para a mente e o corpo, além de ser democrática, afinal, a atividade pode ser praticada por todas as pessoas ela também pode ser realizada em qualquer lugar, já que você não necessita de nenhum equipamento especifico” – destaca a yogini, criadora do Canal Pri Leite Yoga, no Youtube que oferece aulas gratuitas de Yoga em português. 

A maneira mais fácil de começar a praticar o yoga é através das posturas mais simples. Por isso, Pri Leite listou cinco posturas básicas de Yoga que você pode fazer durante a folguinha de carnaval na sua casa pra depois voltar a rotina cheio de energia! Confira:

                                                      

1 – POSTURA DA CRIANÇA: 



A postura da criança é ideal para aqueles que precisam desacelerar e relaxar após um dia cansativo. Simples de ser realizada, ela ajuda a fortalecer o sistema imunológico, sistema nervoso e parassimpático.  

Veja como fazer: Sente-se sobre os seus joelhos e os separe em uma distância maior que a dos quadris. Devagar caminhe o corpo para frente até encostar a testa no tapete. Relaxe profundamente e se conecte com sua respiração. Fique nesta posição por alguns segundos e sinta os benefícios do seu corpo relaxado!

 

2 – POSTURA DA CRESCENTE



Essa postura de Yoga auxilia no fortalecimento dos glúteos e dos quadríceps, dando aos quadris um bom alongamento. Além disso, essa asana também ajuda a abrir os ombros, pulmões e peitos, alongando-os. E por fim, ela também tem como benefício melhorar o equilíbrio corporal, aumentar a capacidade de concentração e até mesmo aliviar dores no nervo ciático.  

Veja como fazer: Em pé, leve o joelho esquerdo em direção ao peito e depois deslize-o para trás, é importante que o joelho direito não passe do calcanhar direito. Inspire e levante o torso. Em seguida, levante os braços acima da cabeça, com as palmas das mãos voltadas uma para a outra. Expire, você poderá sentir um alongamento na região frontal das pernas e nos quadris. Mantenha a postura por alguns segundos. E depois, repita a postura com a perna esquerda para frente.

  

3- POSTURA DO GUERREIRO II 



A postura do Guerreio II é uma postura forte como indica o próprio nome; a sua prática desenvolve firmeza, estabilidade e determinação. Esta asana fortalece as pernas, ajuda no alinhamento da coluna, alivia dores na lombar e ajuda no aumento da capacidade pulmonar através da expansão do tórax e acompanhada de um mudra, pode ajudar no aumento da concentração.  

A asana na imagem acima se refere a Postura do Guerreiro 2 em conjunto com o mudra gyan mudra que tem como objetivo reduzir a tensão e aumentar o nível de concentração. Essa postura é bastante calmante e espiritualmente desperta. 

Veja como fazer:
Em pé, abra as pernas e deixe os pés bem firmes sobre o chão, o peso do corpo deve ser bem distribuído pelos dois pés. Depois, leve o joelho direito para frente flexionando-o sem deixar passar do calcanhar e abra as mãos com a coluna ereta. Leve as palmas das mãos para cima e junte o seu dedo indicador com o polegar como mostra na imagem . Foque a sua atenção no seu dedo médio a sua frente. Mantenha a respiração profunda, soltando os ombros e relaxando os pontos de tensão do corpo e depois faça o outro lado. 

 

4- POSTURA DO CACHORRO OLHANDO PARA BAIXO



A famosa postura do Cachorro olhando para baixo auxilia o sistema nervoso, a circulação sanguínea e ainda aumenta a nossa imunidade. Além de ajudar a fortalecer os braços e ombros. 

Veja como fazer:
 Fique em pé, incline-se para frente, eleve os glúteos para cima e para trás até encostar a palma da mão no chão, a perna pode ficar reta ou flexionada (dependendo da sua flexibilidade - o importante é nunca ultrapassar o limite do seu corpo). 

 

5- SAVASANA 



Essa postura de Yoga é poderosa e traz diversos benefícios para quem a pratica como: produzir grande relaxamento para o corpo curando os transtornos causados pelo excesso de tensão, reduz terapeuticamente o risco de arritmia cardíaca, ataque cardíaco, pressão alta e colesterol e tem um efeito excelente contra a fadiga física e mental, acalmando as ondas cerebrais e estimulando a endorfina, serotonina e melatonina, hormônios que atuam no bem-estar e rejuvenescimento corporal.  

Veja como fazer:
Deitado em um tapete de yoga, edredom ou até mesmo no chão comece se espreguiçando como se estivesse acabado de acordar. Feche os olhos se preferir e inale e exale profundamente. Solte cada tensão do seu corpo e deixe-o ficar pesado em direção a terra, se permitindo relaxar e aproveitar esses minutos consigo mesmo sem expectativas e julgamentos. Leve as mãos sob o coração e preste atenção na sua respiração. 

 



PRISCILLA LEITE - Percussora do Yoga online e gratuito no Brasil, Priscilla Leite é criadora do maior canal de Yoga no país. Influenciadora com mais de 1 milhão de seguidores em suas redes sociais e mais de 32 milhões de views em suas aulas onlines, a profissional oferece semanalmente conteúdo exclusivo, humanizado, inteligente e criativo no Canal Pri Leite Yoga, no Youtube e na Plataforma Yoga.Co. Com formação em VinyasaFlow, Hatha Yoga, Yoga para gestantes suas aulas são desenvolvidas de acordo com as necessidades e feedback da comunidade. Amante da natureza e engajada em acessibilizar a prática do yoga, suas aulas são divididas em categorias e podem ser praticadas em qualquer lugar, por pessoas de todas as idades, com ou sem experiência. www.prileiteyoga.com.br


4 mitos sobre o Reiki

O Reiki é uma técnica terapêutica, desenvolvida no Japão, trazida para o Ocidente na década de 1940 e que desde então vem ganhando milhares de adeptos. Aqui, no princípio, por ser algo que não se conhecia muito bem e os cursos terem valores elevados, que não eram acessíveis a população em geral, apenas os terapeutas tinham acesso a suas técnicas e princípios e podiam se tornar reikianos.

A palavra Reiki consiste em dois kanjis (ideogramas chineses), o Rei que significa “Alma do Universo”  e Ki significando “Energia” . Uma sessão consiste na imposição de mãos de um Reikiano habilitado sobre o paciente, o terapeuta de Reiki é um veículo para que o universo trabalhe a favor do paciente, com intuito de restaurar o equilíbrio físico, regularizar as funções vitais e equilibrar o campo mental e emocional.

Com o conhecimento sobre o Reiki cada vez mais difundido, a terapia vem conquistando adeptos de todas as idades, culturas, crenças e sexos. A técnica pode ser usada para tratamento de doenças agudas (as que ocorrem num período determinado, como um acidente), como covid-19, gripes e estresse pontual, por exemplo; em doenças crônicas (doenças de longa duração e de progressão lenta), como os transtornos mentais, obesidade, depressão, ansiedade, câncer, hepatite, aids, diabetes e hipertensão; ou até mesmo para melhorar distúrbios e hábitos do dia a dia, como insônia e relacionamentos. 

Numa época em que cada vez se valoriza e se procura especialistas, como uma técnica é capaz de tratar de tantas coisas e ainda ser ativa e atual? Na verdade, o Reikiano, ou seja, a pessoa que já cursou algum nível de Reiki é especialista no toque. Não se trata simplesmente de colocar as mãos em certas posições do corpo. Existe outras variáveis para que se obtenha resultados que são: o tempo que a mão fica na parte do corpo, a atenção do Reikiano e do paciente durante todo esse período. Além disso, as mãos do terapeuta devem ser sintonizadas por um mestre habilitado.

Devido aos seus bons resultados, o Reiki é reconhecido como método terapêutico pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e aplicado no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil, por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Apesar disso, há muitos mitos em relação à terapia. Vou falar de quatro deles.

O primeiro é que ele seria uma filosofia ou religião. Não é verdade. Não só não é como não está vinculado a qualquer religião ou corrente filosófica. Outro mito muito difundido é de que a terapia é uma troca de energia entre paciente e terapeuta. Isso também é falso. Não há uma doação de energia do terapeuta para o paciente ou vice-versa. A troca energética que acontece entre as pessoas no cotidiano é a mesma que ocorre numa sessão de Reiki. O terapeuta é apenas um interruptor que liga a luz para enviar ao paciente.

O terceiro mito diz que é preciso acreditar no Reiki para acontecer a cura. Mas não é assim que o Reiki funciona. Não é necessário acreditar no terapeuta ou no Reiki para que aconteça o tratamento e a cura. Assim como ninguém precisa acreditar na dipirona para que ela faça efeito sobre o organismo. O efeito advém da terapia em si.

Por fim há o mito de que numa única sessão já se consegue a cura do paciente. Isso também não é verdade. Assim como num tratamento de outro tipo são necessárias algumas sessões, principalmente para doenças crônicas, no Reiki também. O que se pode perceber é que os sintomas melhoram numa sessão. Mas uma coisa é o sintoma (alerta da enfermidade) e a outra é a causa (motivo daquela doença).

Por fim, é importante ressaltar que o Reiki não existe para tomar lugar de outras terapias ou da medicina tradicional. O seu objetivo é ser integrado aos outros tratamentos para acalmar, fortalecer e ajudar na recuperação de alguma enfermidade ou até mesmo como um sistema preventivo de doenças.

Afinal de contas, o primeiro tratamento para qualquer doença é a prevenção!

 


Tatiane Cordeiro - Mestre de Reiki, psicanalista e terapeuta corporal de técnicas orientais. www.tatianecordeiro.com


BBB 21 gera emoções negativas em 86% dos brasileiros, diz pesquisa

Pesquisa independente aponta que 52% dos brasileiros estão acompanhando o reality show global

Mais de 86% dos fãs do programa sentiram raiva, tristeza e preconceito nas últimas duas semanas

 

A cultura do cancelamento em rede nacional está incomodando e despertando gatilhos nos brasileiros. Em pesquisa independente realizada pela Hibou, empresa de monitoramento de consumo, com mais de dois mil respondentes, 87% dos brasileiros acredita que sim, o que acontece dentro da casa do BBB21 é cancelamento. Dos 52% dos brasileiros que estão acompanhando o reality, 86% já sentiram emoções negativas fortes em duas semanas de programa, em ordem de expressividade, são mais comuns os sentimentos de raiva, tristeza, preconceito, humilhação, indignação, nojo, repúdio e falta de empatia. 6,7% dos entrevistados está pensando em parar de assistir ao programa, sendo 50% por achar o conteúdo pesado.

A pesquisa mediu a presença da cultura do cancelamento no dia a dia dos brasileiros. O significado da expressão "cancelamento" foi reconhecida por 61,8% dos brasileiros e as opiniões variam. Após a explicação do termo para todos os entrevistados, 44% entendem que cancelar não é algo novo, mas o que é novo é o repúdio ao ato por meio das redes sociais.

Antes de sair cancelando, 55,1% dos brasileiros acredita que é preciso entender os dois lados da história e para 54,7% isso pode se tornar uma arma na mão de pessoas mal intencionadas.

38% dos brasileiros sofreu algum tipo de cancelamento em algum momento da vida. Entretanto, mesmo com a indicação de repúdio ao ato, 50,7% das pessoas já ocuparam o papel de "cancelador" contra uma marca ou empresa, 52,7% com artistas ou páginas nas redes sociais e 48,6% com pessoas da sua relação direta.


O que merece ser cancelado segundo os brasileiros

Seja na mesa do almoço, no escritório ou em casa, 74,5% entende que o ato de cancelar é o mesmo que bullying. Dentre os temas que justificariam essas atitudes 88,6% acredita que maus tratos a animais merecem cancelamento, 86,8% maus tratos a crianças, 86,1% estupro, 82,7%, maus tratos a idosos, 80,6%, violência doméstica, 78,1% assédio sexual, 75,5% racismo, 68,6% desvio de dinheiro público, 65,7% discriminação sexual é cancelável, entre outros.


Mas afinal, por que o brasileiro assiste BBB?

De maneira geral, sobre o entretenimento que esse tipo de programa proporciona: para 51,4% o que chama mais atenção é a possibilidade de bisbilhotar o comportamento das pessoas, 49,4% gosta mesmo é dos conflitos por opiniões e atitudes distintas e 39,8% adora as provas de líder e anjo. Uma fatia de 25,3% relaxa assistindo ao BBB, 22,5% gosta mesmo é das festas, 19,9% assiste para ter assunto com os amigos, 19,6% simplesmente acompanha a rotina do dia a dia na casa e 8,5% fica de olho nos casais que se formam.

"Apesar de ser um conteúdo de grande entretenimento, com as últimas polêmicas da casa, consideradas as mais pesadas e complexas de todas as edições, 6,7% dos entrevistados está pensando em parar de assistir ao programa, principalmente, em função da ausência de um clima feliz (51,3%), conteúdo pesado (50,6%), muita discussão boba e pouca diversão (43,8%) e cansaço do assunto de cancelamento (36,9%)", conclui Ligia Mello, sócia da Hibou e coordenadora da pesquisa.


Metodologia

Um total de 2467 pessoas responderam de forma digital, entre 5 e 6 de fevereiro, em território nacional, garantindo 95% de significância e 2% de margem de erro nos dados revelados. A faixa etária é acima de 20 anos, englobando o público ABCD, sendo 56% casados e 58% mulheres.

 


Hibou

https://www.lehibou.com.br


Com o Carnaval suspenso, quando 2021 vai começar

Ausência de ritos de passagem atrapalha a sensação de que a vida segue: marcos temporais são importantes para o emocional e para a economia do país

 

No Brasil, é comum ouvir que o ano só começa depois do Carnaval. As férias de verão acabam, as aulas recomeçam, as atividades entram no ritmo, a economia acelera. Desta vez, com a folia suspensa por causa da pandemia, a dúvida é: quando, afinal, 2021 vai engrenar? Por que muita gente tem a sensação de que 2020 não terminou?

Para o mestre em psicologia Guilherme Alcântara Ramos, professor do UNICURITIBA, membro do Núcleo de Atendimento Psicopedagógico da instituição e coordenador da Comissão de Psicologia Organizacional e do Trabalho do Conselho Regional de Psicologia, o cancelamento do Carnaval – e também do Réveillon - em função da pandemia, provocou a sensação de que 2020 foi um “ano sem fim”.


“Esses eventos são ritos culturais consolidados no Brasil como fases de transição e têm um efeito psicológico importante. Mesmo quem voltou ao trabalho em janeiro tem o Carnaval como um marco temporal. Esses momentos demarcam uma nova fase que nos prepara para enfrentar as demandas futuras e, portanto, a não realização destas festas torna seu efeito simbólico mais frágil, provocando essa sensação de que algo está faltando e de que não estamos adequadamente preparados para o que está por vir”, explica.

Os impactos não são apenas psicológicos. A falta destes “marcadores” a que se refere o professor Guilherme tem reflexos também na economia do país. “É muito difícil pensar no começo de um novo ano, uma vez que a pandemia ainda não acabou. Infelizmente, os foliões ficaram sem Carnaval e a economia, sem pós-Carnaval”, avalia a economista Patrícia Tendolini Oliveira, mestre em Administração e coordenadora do curso de Relações Internacionais do UNICURITIBA.

A retomada, continua a professora, está na expectativa de medidas como o novo auxílio emergencial (ainda que em uma versão diferente da adotada em 2020, com três parcelas de R$ 200 e menor abrangência), a antecipação do 13º do INSS, a reativação do programa de manutenção do emprego e a flexibilização das exigências para a concessão de crédito. “Essas iniciativas podem garantir uma certa retomada e uma melhora no ambiente econômico.”

Pandemia no centro das atenções

Mesmo que 2021 já tenha chegado, a tendência é que a vida continue girando em torno de um velho assunto: a pandemia. “Há estimativas de que apenas em setembro o Brasil alcance a chamada imunidade de rebanho, com boa parte da população vacinada, e só então a vida comece a voltar ao normal. Ainda assim há a possibilidade de novas cepas do vírus não serem combatidas pelas atuais vacinas, sob o risco de o problema se arrastar por mais tempo”, avalia a economista.

O psicólogo Guilherme Ramos concorda que o tema dominará a pauta nos próximos meses, impactando de forma significativa os processos de trabalho, emprego, renda, economia e as relações interpessoais. Tudo agravado pelo posicionamento divergente dos agentes públicos na condução do assunto.

“A divergência na conduta e nas comunicações confunde a sociedade e não cria um padrão de ações consistente a ser seguido pela população, aumentando a insegurança, os questionamentos, os conflitos, o esgotamento mental, o cansaço e essa sensação de que o ano não termina”, avalia.

Segundo Patrícia Tendolini, os reflexos são diretos na economia e embora a expectativa de crescimento gire em torno de 3,5% em 2021, o índice sequer recupera a queda de 2020, projetada para 4,3%.

“As medidas em estudo pelo governo federal podem representar uma leve melhora para a economia, mas a geração de emprego e renda no longo prazo vai muito além dessas ações pontuais e depende de fatores estruturais como produtividade da mão de obra, ambiente de negócios e segurança jurídica”.

Responsável por mais de 60% do PIB do Brasil, o setor de serviços pode contribuir para uma retomada econômica mais rápida, avalia a professora do UNICURITIBA. “É importante que o comércio, restaurantes, bares, salões de beleza e serviços de transporte - atividades presentes em grandes e pequenas cidades - consigam retomar os negócios. O problema é que essas atividades são as que mais sofrem com o isolamento social e, portanto, são as que mais precisam da população imunizada contra o coronavírus.”


Vacinação em massa

Na avaliação da mestre em Administração, Patrícia Tendolini, a sensação de normalidade tão desejada pelos brasileiros e a “confirmação” de que o ano, de fato, começou, vão depender da imunidade de rebanho. “A vacinação em massa é fundamental. As estabilidades econômica e política estão diretamente relacionadas e a confiança de empresários e consumidores, tanto na economia quanto na política, será essencial para pensar em um futuro promissor para o país.”

Enquanto a imunização da população não acontece e os grandes eventos - os marcos temporais que ajudam na programação mental - não podem ocorrer em função da pandemia, o psicólogo Guilherme Alcântara Ramos tem dicas. “Podemos fazer rituais particulares que vão criar essa condição psicológica, essa predisposição para lidarmos com o novo, com as novas demandas, os novos projetos. Podemos estabelecer um marco próprio e que cause o mesmo efeito, não precisa ser exatamente uma festa de Réveillon ou o Carnaval”, ensina.

Importância dos ritos de passagem

O professor do curso de Psicologia do UNICURITIBA explica que os rituais de passagem são construções sociais e culturais importantes do ponto de vista emocional e psicológico. Ajudam, inclusive, a delimitar as formas como as pessoas são vistas socialmente.

É assim no aniversário de 18 anos, quando o indivíduo passa a ter novos direitos e deveres como cidadão; na formatura, quando deixa de ser estudante e se torna um profissional; no casamento, quando assume um novo status perante a sociedade. Mas não são apenas os grandes eventos que são importantes.

“Os rituais existem para aumentar a nossa predisposição diante de uma nova demanda. Em menor escala, são os ritos diários, como, por exemplo, tirar o pijama e se arrumar para o trabalho, mesmo que seja em home office. Isso nos faz sentir preparados para executar melhor as funções”, orienta.

É neste sentido que o especialista fala sobre a importância de cada pessoa criar seus próprios mecanismos para virar a chave e recomeçar outro ciclo. “Se estamos impedidos pela pandemia de participar dos marcos temporais tradicionais, com aglomeração, o jeito é ter rituais particulares e específicos que provoquem as mesmas sensações e nos preparem para encarar o novo ano. Não precisamos depender do Carnaval para isso”.

Covid-19 e a sobrecarga emocional

Não bastasse a confusão provocada pela ausência dos tradicionais rituais que garantem o início de novas fases na vida das pessoas, a pandemia também restringiu as opções de lazer e diversão. Na avaliação do membro do Núcleo de Atendimento Psicopedagógico do UNICURITIBA, professor Guilherme Alcântara Ramos, esse é outro complicador emocional.

“Além de termos que lidar com um inimigo invisível, o vírus da Covid-19 – o que torna o desafio do autocuidado e do cuidado com os outros ainda maior -, o trabalho invadiu as residências e as condições de lazer e diversão foram reduzidas. Estamos mais cansados e sobrecarregados. Precisamos criar condições prazerosas, seguras e lúdicas para lidar com as alterações que a pandemia impôs às nossas vidas”, comenta.


O ano em que tivemos dois carnavais

Era o ano de 1912 e, verdade seja dita, o carnaval não era ainda essa folia de dezenas de escolas na avenida e centenas de blocos pelas ruas. Havia o corso e os bailes. Mas muitos já arriscavam um pula pula pelas ruas, participando do jogo das molhadelas, atirando e recebendo as bolinhas de cera com seus conteúdos perfumados ou mal cheirosos, ao som adaptado pra folia das valsas, polcas e mazurcas, adicionadas de uns tantos batuques do pessoal da Bahia que, lá do morro, já providenciava o nascimento do samba. Aliás, as marchas carnavalescas já tinham pelo menos uma representante reconhecida por todos, inclusive pelas altas esferas: Chiquinha Gonzaga. Seu “abre alas” era um sucesso nos cordões que iam pelas ruas se arrastando feito cobras pelo chão. Em 1914, Chiquinha tocaria, em pleno palácio do Catete, o seu Corta-Jaca, que servia de fundo musical perfeito para uma dança tangueada, com corpos bem juntos e movimentos salientes. Foi um escândalo.

Mas nossa história se presta a contar o que ocorreu em 1912, no sábado que antecedeu o início das folias de Momo. Morre, aos 66 anos, o Barão do Rio Branco, o grande ministro das Relações Exteriores de vários governos republicanos, embora fosse um monarquista empedernido. Foi uma consternação incrível, com cenas de choro público e tudo. O povo, de fato, tinha por aquele homem robusto e de fartos bigodes, um apreço verdadeiro. Afinal, o Barão ganhou de lavada a Questão das Missões aos argentinos! E, de quebra, ainda comprou o Acre aos bolivianos, fora umas duas ou três outras pendengas diplomáticas com a França que ele resolveu com uma mão nas costas. Era soberbo. E morreu. O presidente da República da ocasião era o vetusto e atabalhoado Marechal Hermes, apelidado de Dudu e com fama de burro pedrês. Aliás, conta o anedotário que Maurício Lacerda (que foi um personagem bem importante, mas que ficou mais conhecido como o pai do Carlos Lacerda, sobre o qual muitas histórias poderiam ser contadas), que trabalhava no gabinete do presidente, foi interpelado por um visitante que, vendo-o à entrada da sala do Marechal, pergunta-lhe: Maurício, você está aí para impedir que as ignorâncias entrem? Não - respondeu de pronto o Lacerda pai - estou para impedir que a burrice saia.

Mas então o Barão do Rio Branco morreu. E o Dudu resolveu, em sua homenagem, transferir o carnaval para abril, junto com a Páscoa. Não fazia sentido festejar na missa de sétimo dia de homem tão ilustre e que tanto fez pelo país. E foi lavrado o decreto.

No primeiro momento, a atitude foi acatada com palmas. É isso, faz sentido. Afinal, é o Barão. E depois, carnaval tem todo ano. Por que não é possível esperar uns meses que sejam?

O cortejo fúnebre, em direção ao cemitério do Caju, foi incrível. Só Rui Barbosa, uma década depois, atrairia tanta gente para a sua morte. O Barão - que muito depois virou festejada nota de mil cruzeiros - foi homenageado com honras de chefe de Estado.

Mas daí a semana foi passando, as lágrimas sendo enxugadas, os batuques se intensificando, as roupas do entrudo e as bolinhas de cera sendo preparadas, os carros do corso todos enfeitados e o fato é que a folia apagou as solenidades e, afinal, uma semana de luto já era de bom tamanho. E fez-se o carnaval.

E já que o presidente havia marcado outra data, em abril, quem iria recusar? E em abril, a população encheu as ruas outra vez. Uma marchinha fez um grande sucesso nesses dois carnavais - uma premonição compensatória para o futuro que é o nosso insosso presente - brincando com o Barão, agourando o Dudu da Fonseca, presidente sem graça e sem competência. Dizia assim: Com a morte do barão/ tivemos dois carnavá./ Ai que bom, ai que gostoso/ se morresse o marechá.

Hoje, resta-nos o sorriso amarelo por trás da máscara e, talvez, uma maledicência reprovável na secreta adaptação dos versos.

 


Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.
danielmedeiros.articulista@gmail.com
@profdanielmedeiros


Padre Reginaldo Manzotti ensina 10 passos para vivenciar a Quaresma

Sacerdote dá dicas de retiro estruturado no período que antecede a Páscoa cristã


Neste mês, em 17 de fevereiro, com a celebração da Quarta-feira de Cinzas, iniciaremos mais um Tempo Santo de Quaresma. Tempo de renovação espiritual, uma espécie de retiro estruturado no tripé: oração, jejum e caridade. Por isso, Padre Reginaldo Manzotti nos mostra 10 passos para vivenciar a Quaresma por completo:

1. Quarta-Feira de Cinzas: marca o início da Quaresma. Recebemos as Cinzas em sinal de penitência, de conversão e humildade. Ao recebermos a Imposição das Cinzas, lembra-nos da nossa condição humana, frágil, pecadora e passageira. A cinza, recorda-nos nossa origem e nossa finitude: “até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás” (Gn 3,19). O gesto da Imposição das Cinzas é um gesto externo, mas deve ser fruto de uma vontade interna de mudança e conversão. As cinzas são dos ramos bentos no Domingo de Ramos do ano anterior e cada pessoa, ao recebê-las, deve ter em seu coração a vontade de se voltar para Deus e se deixar reconciliar com Ele. É muito forte! Não é abrir o coração, é rasgar o coração. É dizer: “Senhor eu não sou nada. Eu rasgo meu coração e me derramo na Vossa presença. Eu rasgo meu coração e tiro todas as resistências à minha conversão”.



2. Calendário quaresmal: Faça um calendário, isso ajudará você a focar na progressão da Quaresma e é um bom lembrete para ver os dias passando, chegando cada dia mais perto da ressurreição de Jesus. A Quaresma inicia-se com a Quarta-feira de Cinzas e se estende até a Quinta-feira Santa. A missa vespertina da Ceia do Senhor, abre o Tríduo Pascal. Deixe o calendário em uma área comum de sua casa. Todos os dias, faça um X no calendário. Como você se sente com a proximidade da Páscoa? Os seus sacrifícios estão se tornando mais ou menos difíceis de manter?



3. Sinais e liturgias: Observe os sinais externos que a própria Igreja nos dá. Atente para a cor roxa com a qual os sacerdotes se vestem e pode estar presente nos detalhes das toalhas do altar e ambão da Palavra. O presbítero nesse período fica despojado de flores, demonstrando a sobriedade que o tempo exige. Não se canta o “Glória” e “Aleluia” nas Celebrações Eucarísticas desse Tempo Litúrgico, que voltaram a ser entoados com grande jubilo no Sábado Santo. Fique atento a liturgia da Palavra que, nos cinco Domingos da Quaresma do ano A, propicia um mergulho profundo nas águas do batismo, e da vida em Cristo. No ano B a reflexão é mais Cristocêntria, e no ano C mais penitencial. Perceba que sempre o primeiro Domingo do Tempo Quaresmal, independente do ano litúrgico em curso, reflete sempre sobre as tentações de Cristo e nos ensina a combater nossos próprios demônios. E, o segundo revela a glória de Cristo e a voz do Pai que nos manda escutar o que Ele diz.



4. Exercícios penitenciais: A Via Sacra como exercício penitencial, rezada todas as sextas-feiras do Tempo Quaresmal nos faz percorrer com Cristo, Sua Via Crúcis, meditando o Seu amor e Sua obediência ao Pai até as últimas consequenciais. Olhe para a Santa Cruz através da qual Cristo redimiu e salvou toda a humanidade. Intensifique as obras da penitência quaresmal: o jejum, a oração e a caridade.



5. Jejum: O jejum e a abstinência são obrigatórios na Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor, para pessoas que possuem entre 18 e 59 anos completos. Nesses dois dias o jejum prescrito se refere a alimentação. Outras mortificações e penitencias durante o tempo quaresmal também são de grande valia, pode ser escolhido como esse tipo de sacrifício, por exemplo, abster-se do cigarro, da internet, etc.



6. Oração: Tenho insistido muito na oração como caminho de união de vida com Deus. A oração transfigura, a oração transcende, a oração muda, a oração converte, a oração verdadeira nos impulsiona. Na Quaresma a oração é aliada ao jejum, que é proposto como forma de sacrifício e de educar-se, privando-se de algo e revertendo em serviço à caridade.



7. Caridade: A esmola é a prática da caridade fraterna. E não se trata apenas de dinheiro, mas de praticar as obras de misericórdia espirituais e corporais, doando-se e relacionando-se com o próximo, nos preparando para celebrar dignamente os mistérios da morte e ressurreição de Jesus Cristo.



8. Tenha humildade e tenha empatia: Acredito que todos nós exercitamos e reforçamos muito nossos valores durante a pandemia. Mas, durante a Quaresma, faça um novo exercício de humildade. Tenha consciência das próprias limitações e acima de tudo, seja empático. Sabe aquela regra de ouro de Jesus: “Faça aos outros o que gostaria que fizessem a você”? (cf. Mt 7,12). É bastante válida para exemplificar a empatia.



9. Reflexão: Medite a Palavra de Deus. A Liturgia desse tempo, especialmente os Evangelhos nos preparam para a grande celebração da Páscoa, pelo mistério da Salvação, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.



10. Reconciliação: Acima de tudo é tempo de perdoar as injustiças, as afrontas e esquecer as injúrias. Tempo de combate espiritual. Tempo de jejum medicinal. Tempo de caridade reconciliadora. Portanto, a Quaresma é por excelência o tempo propício à conversão e reconciliação com Deus. Importante sempre, o Sacramento da Reconciliação tem um apelo muito forte neste tempo, convidando-nos a fazer a experiência da misericórdia divina através do perdão.

Ainda vivemos os efeitos da pandemia, mais que nunca devemos aproveitar o Tempo de Quaresma. Exercitemos a oração, a escuta da Palavra de Deus, a caridade. Busquemos a reconciliação com Deus e com os irmãos, assim poderemos celebrar adequadamente o centro da nossa fé, a Ressurreição de Jesus, na grande Solenidade Pascal.




Padre Reginaldo Manzotti - Sacerdote, escritor, músico, compositor, cantor e apresentador de rádio e TV, o padre Reginaldo Manzotti se reinventa e inova a cada dia em prol da evangelização. Desde o início da pandemia, o sacerdote acumula milhões de visualizações em seu canal do YouTube distribuídas em cinco apresentações on-line. Além disso, arrecadou mais de 250 toneladas de alimentos durante as transmissões, com uma média de 500 quilos por minuto, que foram repassados às instituições parceiras da Associação Evangelizar É Preciso e paróquias de todo o Brasil.

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A NEUROPLASTICIDADE AJUDA A ELIMINAR TRAUMAS DO PASSADO

Os conflitos do presente estão relacionados com a incapacidade de se libertar de traumas antigos




Estudos científicos demonstram que os pensamentos gerados no cérebro se moldam conforme o estímulo recebido,
em outras palavras, cada situação vivida seja ela considerada positiva ou negativa interfere não só psiquicamente, mas também fisicamente na qualidade dos seus pensamentos.

A forma anatômica do cérebro permanece inalterada, na realidade a mudança se da através do sistema nervoso central. Exemplificando melhor, quando um indivíduo passa por uma situação de forte estresse, aquele momento gera um trauma e todo o sistema nervoso se molda para poder administrar aquele evento específico.

Toda essa transformação interna acarreta em mudanças que refletem diretamente em nossas atitudes e consequentemente no nosso modo de agir, interferindo na qualidade de vida.

Graças ao avanço dos estudos, a ciência descobriu que o nosso cérebro possui a capacidade de neuroplasticidade, sendo assim, certos tipos de traumas são capazes de serem modificados da estrutura, podendo ser substituídos por experiências mais positivas.

Com a ajuda de um terapeuta, é possível identificar qual experiência traumática do passado não foi superada para poder liberar da memória daquele trauma.

Até o momento, o princípio da neuroplasticidade do nosso cérebro é usado em inúmeras terapias para superar o estresse pós-traumático típico de quem sofreu algum tipo de violência.

Portanto, uma pessoa que tenha sofrido algum trauma do qual não consegue se livrar, pode recorrer a sessões de terapia que utilizam a técnica da neuroplasticidade do cérebro para poder ajudá-lo no processo de cura.


Mas como funciona o mecanismo do trauma?


O trauma surge através de experiências que tiveram um forte impacto emocional sobre nós. Um indivíduo pode vivenciar um evento específico ou uma série de acúmulo de eventos até chegar ao estresse pós-traumático.

A característica comum em todos esses eventos é o ”choque” e a sensação de impotência diante de uma situação. Independente da intensidade, esses traumas causam distúrbios como estresse e em aqueles que vivenciaram uma situação de perigo, sentem-se incapazes de agir inclusive gerando bloqueios físicos, síndrome do pânico, alterações em seu estado mental, podendo haver o desligamento da realidade até a incapacidade de vivenciar sentimentos positivos.

Algumas técnicas que exploram a neuroplasticidade

Hoje em dia existem inúmeras terapias possíveis para explorar a capacidade de neuroplasticidade do nosso cérebro, desde tratamentos convencionais a terapias alternativas estimuladas através da prática de exercícios físicos, ioga, musicoterapia e até mesmo o teatro.

De acordo com o terapeuta motivacional Gad Adler, a melhor maneira de trabalhar os traumas do passado é realizar uma reeducação mental em forma de treinamento diário  ressignificando experiências negativas.

Através dessa técnica, o indivíduo além de corrigir memórias do passado auxilia no cultivo de boas atitudes para o futuro. Pois é através dessa capacidade de neuroplasticidade  do cérebro que a criatividade desenvolverá respostas cognitivas e não só instintivas de proteção.

O terapeuta israelense ainda explica que  a criação desse mecanismo alimenta novas atitudes que contribui na criação de novas conexões neurais possibilitando uma visão mais positiva sobre as coisas, possibilitando a entrada em um novo ciclo de experimentos e crescimento pessoal .

Ele ressalta que é sempre bom lembrar que os resultados são consequências de muita dedicação e treinamento contínuo, não é suficiente uma mera leitura de autoajuda e sim a aplicação constante da técnica.

Em fases mais avançadas do treinamento, a técnica ainda alcança estados ampliados da consciência e do espírito humano.

 

Gad Adler - Nascido em Jaffa, Israel, filósofo, terapeuta motivacional e palestrante.Formado em Filosofia e História das Religiões pela Universidade de Tel Aviv, escreveu o livro “Você não pode tudo!Mas pode e merece ser feliz.“; é criador do método Melhor Maneira de aperfeiçoamento emocional, espiritual e da consciência para uma vida melhor, além de  administrar o site:www.melhormaneira.com.br com conteúdo motivacional e que leva o mesmo nome da técnica.
Insta: @melhor.maneira
https://www.youtube.com/channel/UC8AsBDCFpRuSiLlSXFhOUGQ
www.melhormaneira.com.br

Dependência química: precisamos falar sobre essa grave doença, alerta o Seconci-SP

O consumo de álcool e drogas tem aumentado muito nos últimos anos e atingido pessoas cada vez mais jovens

 

Números da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que a média de consumo de bebidas alcoólicas per capita anual, considerando brasileiros acima de 15 anos, é de 7,8 litros. Esse número está acima da média mundial, que é de 6,4 litros.  Por ocasião do Dia Nacional de Combate às Drogas e Alcoolismo (20 de fevereiro), o psiquiatra do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), dr. Clemente Soares Neto, alerta para o problema, destacando se tratar de doença incurável e que traz prejuízos de toda ordem.

“Ainda não temos levantamentos oficiais, mas a pandemia do novo coronavírus certamente contribuiu para o aumento do consumo de álcool e drogas ilícitas. A ansiedade causada pelos riscos provocados pela doença, a ociosidade e a maior permanência em casa são alguns dos componentes desse cenário explosivo, agravando este que é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo”, afirma o especialista.

Ele destaca que o consumo de drogas, sejam lícitas ou ilícitas, traz prejuízos socais, psicológicos, familiares e econômicos. “No contexto dos recursos financeiros, o impacto é muito significativo para a economia do país. Primeiro porque o tratamento desses pacientes é longo, custoso e, muitas vezes, recorrente. Temos de incluir também nessa conta os acidentes de trabalho e de trânsito, homicídios, suicídios e os casos de violência doméstica. Acrescenta-se a isso o fato de que grande parte desses pacientes está em plena idade produtiva e a doença acarreta baixa produtividade e pode levá-los ao desemprego”.

O psiquiatra enfatiza que o usuário de álcool e drogas é com frequência vítima de preconceito, que recai com maior intensidade sobre as mulheres. Ele pode ser taxado como preguiçoso, vagabundo, sem caráter, quando na verdade é uma pessoa acometida de uma doença que não tem cura e que exige que o paciente se mantenha vigilante por toda a vida.

“Há pacientes que ficaram longe do álcool por décadas, mas uma perda ou um acontecimento familiar até mesmo positivo os levou de volta ao hábito compulsório”, explica o dr. Clemente.

As causas que levam uma pessoa a se tornar dependente são provocadas por múltiplos fatores, que envolvem gênero, condição física, emocional, o meio social e, em especial, a genética.

“O sucesso do tratamento depende muito do apoio da família, porém o principal requisito é admitir que é impotente diante das drogas e que precisa de ajuda. Sem a vontade do paciente, o tratamento é fadado ao fracasso”, orienta o psiquiatra. 

Ele acrescenta que o Seconci-SP dispõe de equipe de psiquiatras, que podem prescrever o tratamento mais indicado para cada caso. “No consultório, recebo pacientes que agendaram consulta diretamente com a psiquiatria, porém há também muitos que foram encaminhados por outros colegas especialistas, vindos da cardiologia, neurologia, gastroenterologia e do Serviço Social, ou direcionados pela empresa onde trabalham. Oferecemos tratamento também para os familiares, orientando-os como lidar com o paciente e como administrar os problemas decorrentes dessa convivência nociva, que podem gerar a codependência”.


Invista em experiências; e não em "coisas

A emoção de comprar coisas desaparece rapidamente, mas as memórias de experiências podem durar uma vida toda


Uma pesquisa realizada pela Universidade de Cornell constatou que as pessoas que gastam dinheiro com experiências de vida, são mais felizes. Segundo o dr. Thomas Gilovich, psicólogo e professor da universidade, “o nível de felicidade é o mesmo, no momento da compra de bens materiais ou experiências, mas a satisfação geral com bens materiais diminui ao longo do tempo; enquanto a satisfação oferecida por alguma experiência aumenta com o tempo”.

Para Paulo Milton, autor do livro best-seller “Mergulhando de Mochila”, lançado pela Literare Books International, que tem o prefácio escrito por Vilfredo Schurmann, as emoções proporcionadas por experiências como as vivenciadas através de viagens, por exemplo, trazem mais sentido à vida e ficam eternamente gravadas em nossa memória.

“Uma percepção durante todos esses anos viajando é que alguns entendimentos com relação ao consumismo vão mudando. A sensação é que as viagens incentivam a desapegar. Você vai ficando menos materialista. A busca por novas experiências vai ganhando mais espaço. Os bens materiais começam a ficar em segundo plano”, afirma Paulo Milton em sua obra.

Paulo, em seu livro, convida o leitor para esta reflexão, ao compartilhar histórias, lugares, aventuras, desafios, perrengues, ao viajar por mais de 130 cidades em 40 países pelo mundo, onde viveu momentos ímpares que levaram ao autoconhecimento.

A motivação, a emoção, a intensidade com que Paulo vive cada momento estão descritas em mais de 140 páginas que estão ajudando os leitores a encarar as viagens sob uma nova ótica, a quebrar paradigmas, a enxergar novos horizontes sem mesmo sair de casa.

O escritor viajante sugere mergulhar no desconhecido, não dar ouvidos ao medo, a sair da sua zona de conforto, a fazer da viagem um momento único e transformador para a sua vida.

O impacto social provocado pela pandemia está levando muitas pessoas a reavaliar a importância que estão dando em suas vidas. “O que temos de mais importante é o nosso tempo de vida, e foi o investimento em viagens que proporcionou viver novas experiências que me levaram ao encontro da felicidade”, finaliza Paulo Milton. 


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