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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Covid-19: especialista alerta para os cuidados com as crianças


As crianças, na grande maioria, apresentam quadros mais leves da Covid-19. Mesmo assim, é necessário adotar os cuidados preventivos e permanecer atento aos sintomas. Ainda existem muitas dúvidas dos pais para evitar que os pequenos se contaminem pelo coronavírus. “É preciso ter atenção, tanto pelas crianças quanto pelos familiares, que podem pertencer a grupos de risco ou mesmo desenvolver quadros mais graves da doença”, frisa Renata Araújo Alves, médica especializada em infectopediatria, integrante do corpo clínico do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC). A profissional atua no Ambulatório de Pediatria da instituição, que presta atendimento biopsicossocial, integral e humanizado desde a fase pré-natal até o final da adolescência, abrangendo aspectos preventivos, curativos e cirúrgicos.


Quais sintomas de Covid-19 a criança pode desenvolver?

A especialista informa que, em geral, as crianças são assintomáticas ou apresentam sinais e sintomas inespecíficos semelhantes aos adultos, como dor de garganta, coriza, tosse, mal estar, dor de cabeça e febre. “Algumas, principalmente as menores, podem apresentar quadros gastrointestinais como náuseas, vômitos e diarreia”, aponta. Os sintomas de alerta para avaliação médica são quadros de febre por mais de três dias, baixa aceitação de líquidos e alimentos, bebês que recusam as mamadas, sonolência, convulsões ou sintomas respiratórios mais graves como, por exemplo, o desconforto respiratório, que pode ser observado pelos pais por meio da respiração mais rápida ou com esforço associado.

Recentemente, foi identificado o desenvolvimento da Síndrome Inflamatória Multissistêmica em crianças (MIS-C). Ela ocorre quando uma ou diferentes partes do corpo ficam inflamadas, incluindo coração, pulmões, rins, cérebro, pele, olhos ou órgãos gastrointestinais. “Essa síndrome geralmente se manifesta entre 2 a 6 semanas após a infecção pelo vírus. A MIS-C pode ser grave, potencialmente fatal, mas a maioria das crianças diagnosticadas com essa condição melhorou após cuidados médicos”, esclarece Renata. “Os sinais de alerta são problemas respiratórios importantes, dor ou pressão no peito que não desaparece, confusão mental súbita, sonolência excessiva, cianose (lábios ou face azulados ou arroxeados) e dor abdominal de forte intensidade”, elenca. Crianças que tiveram contato com pessoa com Covid-19, ou foram diagnosticadas previamente e apresentem qualquer sintoma sugestivo de MIS-C, devem procurar o serviço de saúde prontamente.


O que gera um quadro grave de Covid-19 em crianças?

Pessoas de qualquer idade que apresentem as condições de maior risco, já conhecidas, podem desenvolver quadros mais graves de Covid-19. Alguns dados sobre crianças relataram que a maioria que precisou de hospitalização para a doença tinha pelo menos uma condição médica subjacente. “As condições mais comuns incluem doença pulmonar crônica (incluindo asma), doença cardíaca e condições que enfraquecem o sistema imunológico (como, por exemplo, crianças com imunodeficiências primárias ou adquiridas, pacientes com câncer ou submetidos a transplantes).”, aponta a infectopediatra. 


Existe tratamento para a Covid-19 em crianças?

Ainda não existe tratamento específico para a Covid-19. A médica ressalta a importância das medidas de isolamento de partículas aéreas e de contato. As recomendações de saúde gerais devem ser implementadas, como hidratação, nutrição adequada e suporte de oxigênio e ventilatório, conforme a necessidade. “Pacientes com até 19 anos tendem a apresentar sintomas leves, bom prognóstico e se recuperam dentro de uma a duas semanas após o início da doença. Entre os que necessitam de hospitalização, a maioria não precisa do auxílio de respiradores mecânicos”, revela.


Cuidados diários para prevenção

As recomendações para as crianças seguem as orientações que todos devem seguir para evitar a contaminação pelo SARS-CoV-2 e se manterem saudáveis. Entre elas, evitar contato próximo com pessoas doentes; ficar em casa quando estiver doente, exceto para obter cuidados médicos; cobrir boca e nariz ao tossir e espirrar, de preferência com lenço de papel, que deve ser descartado após uso; e lavar as mãos frequentemente com água e sabão, por pelo menos 20 segundos.  “Se não houver água e sabão disponíveis, usar álcool gel 70%. Essa substância deve ser administrada sempre por um adulto, e supervisionada até que o produto seque por completo”, alerta a infectopediatra, frisando que os frascos devem ser mantidos longe do alcance das crianças.

Se por algum motivo os moradores de casa precisem sair, ao retornarem, alguns cuidados podem ser adotados antes do contato com as crianças. Como sugestões de boas práticas, estão higienizar as solas dos sapatos ou retirá-los antes de entrar em casa, lavar as roupas que foram utilizadas e, se possível, tomar banho, sendo a higiene das mãos indispensável. Deve-se manter limpeza rigorosa de móveis ou objetos tocados diariamente, considerando que as crianças têm muito contato com superfícies como o chão e levam as mãos ao rosto com frequência. A higienização dos brinquedos pode ser feita de 2 a 3 vezes por semana, desde que a criança não apresente nenhum sintoma de doença, caso contrário, a limpeza diária torna-se necessária. Brinquedos que são levados à boca, como os mordedores, também exigem lavagem diária. 


Quando a criança deve usar máscara?

A Organização  Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) publicaram novas recomendações sobre o uso de máscaras em crianças. Ressalta-se que crianças de 5 anos ou menos não devem ser obrigadas a utilizar a máscara. Isso se baseia na segurança, na capacidade, e no interesse da criança em utilizar a máscara de maneira adequada com o mínimo de assistência. “Considera-se prudente a utilização de máscaras nessa faixa etária em algumas situações como, por exemplo, estar fisicamente perto de alguém que está doente. Nesse caso, um adulto deve permanecer em contato visual direto para supervisionar o uso seguro da máscara pela criança”, ressalta Renata. A decisão de usar máscaras em crianças entre 6 e 11 anos deve ser baseada em alguns fatores como:

·         O grau de transmissão local;


·         Capacidade da criança em usar a máscara de forma segura e adequada;


·         O acesso a máscaras, bem como lavagem e substituição de máscaras de forma adequada em determinados ambientes (como creches e escolas);


·         Supervisão adequada de um adulto e instruções sobre como colocar, retirar e utilizar máscaras com segurança;


·         Impacto potencial do uso de máscaras no aprendizado e no desenvolvimento psicossocial;


·         Possíveis interações que a criança tem com pessoas com maior risco de desenvolver quadros graves da doença, como idosos e pessoas com condições de saúde subjacente.

Crianças a partir de 12 anos devem usar máscara nas mesmas condições que os adultos.


É PRECISO MAIS ATENÇÃO COM A GERAÇÃO VIRTUAL

O mundo evolui em informação, as notícias se multiplicam – sejam elas verdadeiras ou falsas - a internet e as redes sociais contribuem e muito para o desvio de foco de um aluno, principalmente quando ele está na faixa etária entre 09 e 17 anos. 

A deficiência de comunicação com os pais potencializa esse desvio de foco e acaba por gerar perigos ocultos na interação manipulada pelos adultos. Parte daí o encontro com o comportamento sensualizado exacerbado e a pedofilia. Estamos diante de um fato: meninas e meninos estão se adiantando na sexualidade. Mas, onde a escola entra nessa situação? 

Na maioria das vezes, os pais desconhecem os conteúdos acessados e os canais “frequentados” por seus filhos, com quem eles trocam informações ou conversam on-line. A negligência e a tecnologia consumista aumentam a ameaça e estimulam crianças e jovens a se exporem mais do que deveriam. A verdade é que é preciso ainda mais atenção com essa geração virtual. 

A ‘onda’ entre os jovens é sensualizar. Todo dia é possível assistir nas redes sociais meninas seminuas dançando vulgarmente em vídeos disseminados por elas mesmas, as amigas ou por seus pseudos namorados na internet. Os conflitos se agravam quando esses vídeos chegam à escola e são compartilhados pelos demais colegas. A confusão está armada! São situações criadas fora dos portões das instituições, mas que acabam, inevitavelmente, nas salas de reuniões das escolas. 

E qual é o compromisso da escola com o comportamento dos alunos na internet? Pedagógico! O fato é que a sedução das imagens deve ser uma alavanca a nosso favor, nunca contra. Usar filmes, propagandas, caricaturas, desenhos, mapas: tudo deve servir ao único e grande objetivo, que é ajudar o aluno a ler o mundo, não apenas a ler letras. O compromisso da escola é transmitir conteúdos inerentes às aulas, despertando interesse para pesquisa, fazendo com que ampliem os horizontes e o conhecimento educacional. Já os pais, são eles os convocados a agir com atitude e impedir os exageros. 

Enquanto professores, num mundo imerso no visual e dominado por sons e cores, nós devemos estar atentos ao uso de imagens, música, sensorialidades variadas, sendo essa uma exigência da modernidade e uma forma clara de estar mais próximo dos alunos. Mas, ainda assim, é fundamental trabalhar todas as áreas, elaborar temas transversais e, ao mesmo tempo, libertar o aluno da ideia didática das gavetas de conhecimento. Não apenas áreas afins (como História e Geografia), mas Literatura e Educação Física, Matemática e Artes, Química e Filosofia. É preciso restaurar o sentido original de conhecimento, que nasceu único e foi sendo fragmentado até perder a noção de todo. É certo que o futuro acadêmico é muito mais prático do que nós temos sido até hoje, nós profissionais da área temos o dever de acompanhar essas mudanças, porém, com didática, metodologia e cautela. 

Quando o uso da internet foge a este contexto já não é mais responsabilidade da escola, mas dos pais. Afinal, a educação que ensina a privacidade do corpo e o respeito à moral e aos bons costumes deve vir do berço. Caso esses responsáveis não se sintam capazes de controlar as ações virtuais de seus filhos, talvez esteja na hora de pedir ajuda profissional. 

Como dizem os filósofos atuais, o mundo está permeado pela televisão, pelo computador, pelos jornais, pelas revistas, pelas músicas de sucesso. Contudo, a escola e a sala de aula precisam dialogar com este mundo. Seria hipocrisia não reconhecer que, em geral, os alunos não gostam do espaço da sala de aula, porque em sua maioria há muito de artificial nele, de deslocado, fora do seu interesse. Considera-se aí que, usar o mundo da comunicação contemporânea não significa repetir o mundo da comunicação contemporânea; mas estabelecer um gancho com a percepção do aluno, e, nesse ponto, a escola vem se esforçando e criando mecanismos para que essa relação de conhecimento se fortaleça. 

 



Sueli Bravi Conte - especialista em educação, mestre em neurociências, psicopedagoga, diretora e mantenedora do Colégio Renovação, instituição com mais de 35 anos de atividades do Ensino Infantil ao Médio, com unidades nas cidades de São Paulo e Indaiatuba.

  

O que mudou na relação das pessoas com a casa?

 Impactos da pandemia no comportamento de consumidor

 

O isolamento social fez a relação do consumidor com os planos para reformar a casa virar de ponta de cabeça. Algumas modificações foram adiadas; outras, ocorreram a toque de caixa. E mesmo os planos para transformar o ambiente doméstico em um futuro próximo estão sendo reavaliados. Uma pesquisa* realizada entre julho e agosto de 2020 pela Oficina de Estratégia, consultoria especializada em pesquisa e planejamento e com larga experiência no setor de material de construção, mapeia as tendências de comportamento do consumidor nesse segmento. 

Enquanto projetos que envolviam obras maiores ou mais trabalhosas – como pintar as paredes ou reformar a cozinha – ficaram em segundo plano, medidas de urgência, como comprar móveis para o escritório e consertar vazamentos, precisaram ser tomadas rapidamente. 26% das pessoas entrevistadas na pesquisa decidiram adiar planos de reformas ou reparos na casa que haviam sido feitos antes do isolamento. Já 13% tiveram que enfrentar a necessidade de reparo ou reforma inesperada, seja por enfrentarem problemas emergenciais, seja por se depararem com as novas necessidades que surgiram a partir da acomodação das atividades de trabalho e escola no ambiente familiar, somados ao uso mais frequente da casa. 

Entre quem precisou adiar algum tipo de obra, as mais citadas foram: pintura das paredes, consertos no telhado, refazer ou colocar piso, reformas da cozinha, do banheiro ou do lavabo. 

Já entre os que precisaram reformar sem um planejamento prévio, foi mais comum a compra de móveis para escritório, material para pintura, torneiras, canos, sifões, registros, luminárias, tomadas, interruptores e eletroeletrônicos. 

Para quem ainda pretende realizar algum tipo de reforma no ambiente doméstico ao longo deste segundo semestre, a tendência é continuar investido em itens que tragam conforto e melhorias mais rápidas para a casa. Entre os 19% que têm o projeto de modificar o próprio espaço nos próximos meses, os itens mais citados em termos de intenção de compra são: artigos de decoração, materiais de acabamento (como tintas e azulejos), mobiliários variados, peças de cama, mesa e banho, eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Segundo Eveline Iannarelli, sócia-fundadora da Oficina da Estratégia, os dados da pesquisa sinalizam que: “o uso mais frequente do espaço residencial nos colocou em contato diário com as novas demandas do ambiente, gerando incômodos, necessidades de adaptação e desejos de mudança.”

 

 

* Pesquisa “Você, sua casa e a pandemia”, realizada pela Oficina da Estratégia entre julho e agosto de 2020 (250 pessoas; 72% moradoras da cidade de São Paulo; 80% entre 30 e 60 anos; 86% entre dois a quatro moradores na mesma casa).

 

Veja dicas da Lello Condomínios para usar piscina no calor de São Paulo

Em semana que promete ter altas temperaturas, confira as dicas para o uso de áreas comuns com segurança


Uma grande massa de ar quente e seco ganhou força nesse último final de semana, marcando recordes de temperatura em todo o estado de São Paulo. A semana deve continuar marcando altas temperaturas em São Paulo e diferentemente das cidades litorâneas, a opção é a ocupação das áreas comuns, piscinas e churrasqueiras em condomínios. Para que essa retomada aconteça da forma mais segura possível, a Lello Condomínios, elaborou em parceria com a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), um protocolo de biossegurança que, entre outros pontos, ajuda os síndicos a definirem como os moradores podem utilizar esses espaços.

O documento reúne informações essenciais para ajudar na tomada decisão e no planejamento dos próximos passos em relação à flexibilização das medidas de isolamento. Essas orientações fazem parte de um conjunto de diretrizes elaborado aos 3 mil condomínios administrados pela Lello e diante dos índices de contágio do novo coronavírus, o objetivo deste material é de garantir a segurança e minimizar o risco de contrair a Covid-19.

As informações de saúde pública devem atingir cerca de 1 milhão de pessoas que moram e trabalham em imóveis geridos pela empresa. Além de como utilizar as áreas de lazer, também há recomendações para reformas e até dicas sanitárias para os habitantes de prédios buscarem os serviços de delivery na portaria.

"Entendemos que os municípios estão retomando alguns hábitos gradualmente. Por isso, enquanto especialistas em vida comum e diante da responsabilidade com tantas vidas, nos sentimos no dever de sair na frente com uma orientação mais clara e diretrizes bem embasadas para colaborar com estas comunidades nas quais atuamos cotidianamente." explica Angelica Arbex, gerente de relações com os clientes da Lello Condomínios.

Confira agora quais são as principais orientações da Lello para a reabertura segura das áreas comuns dos condomínios. O material estará disponível na íntegra no site da Lello Condomínios para a consulta de todo o setor e também estará disponível nas dependências dos condomínios para consulta rápida dos síndicos e moradores.


Piscinas:

• Com reserva e limitação de horário de uso para que se evite aglomeração de pessoas, as piscinas podem ser utilizadas para prática de atividade física ou lazer;

• Necessário a utilização de máscaras ao chegar e ao sair do local;

• Necessária a higienização das mãos frequentemente;

• Durante o tempo de utilização das piscinas, o morador precisa manter uma distância segura entre os demais frequentadores;


Espaços gourmet, salão de festas e churrasqueiras,

• Podem ser utilizados desde que restrito às pessoas que morem juntas.

• Neste momento não está permitida a realização de eventos de confraternização nas áreas comuns, nem entre vizinhos, nem com convidados externos, já que estamos em sistema de isolamento social.

• Para a realização de eventos com mais pessoas devem ser observadas as determinações do governo estadual e municipal.

• Assim como shows, campeonatos esportivos com torcida, festivais etc, esta deve ser a última etapa de flexibilização.


Parquinhos e áreas infantis:

• Mães, pais e responsáveis devem sempre acompanhar as crianças.

• Todos devem utilizar máscaras e evitar aglomerações.

• As equipes de limpeza devem sempre higienizar os brinquedos.


Academias:

• As academias devem ser usadas com uma pessoa por vez, podendo compartilhar o espaço apenas com quem mora junto.

• Cada morador deve levar uma toalha para fazer a limpeza com álcool 70% dos equipamentos utilizados.

• O condomínio deve disponibilizar o local mais próximo para a lavagem das mãos antes e depois do uso.

• O ambiente deve ter abundância de ventilação natural ou equipado com purificador e renovador do ar.

• A limpeza deve ser realizada após cada uso e também entre uma reserva e outra.

• Manter uma lista atualizada de reserva de horário, mas sempre lembrando que todos os moradores têm direito ao espaço.

 

Salão de beleza, cafeterias, lojas de conveniência, espaços de coworking entre outros locais comuns:

 

• Os serviços instalados dentro de prédios devem seguir as regras estabelecidas por governos estaduais e prefeituras.

 

Saunas

• A recomendação é que esses espaços não sejam liberados, já que são muito fechados e com pouquíssima ventilação.

• No caso de retomada das saunas, recomenda-se que sejam utilizadas por pessoas que morem em uma mesma residência, com agendamento prévio e após o uso devem ser totalmente desinfetadas para o próximo uso.

 

Obras e barulho

• Não há qualquer impedimento para a realização de reformas nas residências no momento atual.

• No entanto, como agora as pessoas estão em casa 24h por dia, sabemos que o barulho pode incomodar e muito.

• O melhor a fazer é permitir apenas as obras emergenciais.

• Quanto ao barulho, vale também o bom senso. Com mais tempo em casa e mesmo pelas condições não usuais que estamos vivendo é normal que as pessoas se irritem mais e tenham menos tolerância.

• Em caso dereincidência, o síndico pode intervir com os recursos disponíveis como advertência e multa.


Delivery

• A entrega de qualquer mercadoria deve ser feita entre o entregador e o morador.

• Não deve ser permitido o acúmulo de entregas na portaria, nem a intermediação dos funcionários do condomínio.

• Quem manipular estas entregas deve fazer a higienização das mãos e dos materiais com água sanitária ou detergente e todos os entregadores devem estar usando máscara para adentrar o residencial.

• Uma solução é se estabelecer um local de entrega do lado de fora do condomínio, demarcado por comunicação visual.

• Outra sugestão é o uso de lockers (armários), semelhante àqueles usados em bancos: o entregador guarda ali o pedido para, em seguida, ser retirado por quem o fez. Assim não há qualquer contato entre nenhuma das partes.



Lello Condomínios

 

O setembro amarelo traz reflexões sobre a tentação que temos em comparar nossa vida com a dos outros continuamente

 No momento em que retomamos discussões e reflexões sobre a prevenção do suicídio neste setembro amarelo, temos importantes apontamentos a serem observados.  Lembrando que um dos principais deles é não se esquecer de que pensar na prevenção do suicídio - e em ajudar a impedir potenciais candidatos de tirar sua vida - deve ser feito ao longo dos 365 dias do ano. A cada minuto alguém pode estar entrando em estado de total desespero, desamparo e depressão, a ponto de enxergar apenas o suicídio como uma solução definitiva e cruel para aninhar sua angústia.

Uma situação dramática como essa aponta um fator que, com o advento tecnológico e as inovações de redes sociais, fica muito mais evidente: a necessidade que o ser humano possui em estar sempre comparando sua vida com a dos outros, diante das exposições jogadas e expostas nas mídias. Comparar-se é natural, pois estamos em constante busca de critérios para julgar o certo e o errado. Buscamos referências a todo custo. E as redes sociais nos proporcionam isso com muita facilidade, já que se apresenta como um território bem fértil para adventos comparativos. Mas a maior questão é que devemos nos conscientizar de que existe o lado bom e o lado ruim de tudo. Lembra da história de que a grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa? Não. Ela não é. O que ocorre é que o é demonstrado nas redes é o que o outro deseja mostrar. A parte que lhe importa. Nem sempre aquela pessoa da foto, com o sorriso mais lindo em um dia ensolarado, está mesmo tão feliz como está aparentando. O que se passa dentro de cada um não pode ser genuinamente evidenciado de forma real. Cada um possui uma individualidade e vive um determinado contexto particular. Portanto, o maior cuidado que devemos tomar é buscar entender que a internet é uma vitrine irreal. Se a comparação for desigual, certamente o indivíduo que já se encontra fragilizado ou depressivo por qualquer que seja o motivo poderá ter sua autoestima afetada, a partir da criação de falsas expectativas e falsas ilusões - correndo o risco de entrar em um processo de negação de sua própria realidade, recusa de sua trajetória individual e estará sujeito a deixar de trabalhar os mecanismos de ponderação de sua essência.

Na prática, quando ficamos limitados a ver a vida do outro por um único ponto de vista, somos tentados a entrar em armadilhas ilusórias que alimentam apenas o que nos convém. Fortalece os desejos fantasmagóricos que temos em mente, contribuindo para que possamos nos sentir mais inferiorizados, sem ter o discernimento de enxergar que todos temos bons e maus momentos. Situações alegres, positivas, mas também difíceis e angustiantes. E está tudo bem. Isso é perfeitamente normal.                                                                  

E aqui entra a necessidade, em muitos casos, de se tirar a própria vida, movido por uma tentativa frustrada de evidenciar uma tristeza instalada e mal compreendida. Tristeza que dói. E o ato de suicídio é exatamente uma infeliz decisão de se eliminar essa dor. Portanto, ao perceber que as conquistas do outro estão criando empecilhos para que você consiga criar e valorizar seus próprios passos, ligue seu botão de alerta. Conscientize-se de que cada ser humano é único e tem emoções e sentimentos muito peculiares. Desejos, metas e conquistas são inerentes a todos. E se o outro consegue, você também pode conseguir. É importante avaliar e refletir o que possa estar lhe impedindo de ter um olhar mais crítico para perceber o que o afasta de sua felicidade. Só quando nos organizamos por dentro é que as coisas começam a tomar forma e a caminhar de vez em todos os sentidos de nossa vida.

Enfim, como mudar essa energia? Como alterar esses pensamentos limitantes? Saiba que uma situação não pode ser mudada apenas se enchendo de certezas negativas. Ao se comparar com os outros, ninguém está te julgando mais do que você mesmo. Fato é que estamos comprometidos com situações que podem nos impedir de seguir em uma busca por uma mente mais saudável.  Buscamos respostas e nem sempre as encontramos de imediato. Portanto, encare sua própria mudança interna. Não se compare a ninguém. Somos seres divergentes. Lições, experiências, necessidades e trajetórias diferentes. O outro não é tão grande e especial assim como lhe parece. Não se sinta insignificante ou menor com aquilo que está sendo exposto em uma rede social. Aprenda a lidar com seus defeitos, pois estes temos todos, até mesmo o carinha mais feliz da internet. Aquele que parece perfeito e esbanja felicidade a todo minuto, mas que lá no mais profundo do íntimo pode estar tão destruído emocionalmente que não demonstra, não verbaliza ou mesmo não busca ajuda profissional. Veste apenas uma máscara irreal e fica preso a seus sabotadores. Lidamos com dificuldades diariamente e disso ninguém escapa. Fuja da tentação de entrar na desilusão imposta por um feed perfeito, que retrata apenas melhores momentos com filtros aplicados.  

Portanto, valorize sua vida. Valorize cada dor, cada dúvida e cada conquista. Aprenda que é permitido crescer tanto com as coisas boas quanto com as ruins que acontecem conosco. Tirar a vida por se sentir inferiorizado não o tornará vencedor. Será vitorioso ao conseguir reconhecer suas falhas, suas forças e dentro desse cenário poder promover um autoconhecimento que lhe permita ressaltar suas qualidades e evidenciar o que tem de melhor. Não meça sua vida pela régua dos outros. Lamentar aquilo que não se tem é uma forma de desperdiçar o que já possui de melhor. Sua vida importa - e muito. Pense nisso e vida cada mais feliz e realizado, perseguindo seus objetivos e conquistando seus espaços merecidos.

 


 

Dra. Andréa Ladislau - Doutora em Psicanálise. Palestrante. Colunista. Academia Fluminense de Letras. Gestora em saúde. Repres. Intern. (USA) da University Miesperanza


O que faz você se sentir parte da empresa?

É bem comum ouvir as organizações dizendo que querem encontrar profissionais que vistam a camisa e que se envolvam com o dia-a-dia da empresa. Mas o que muitas não sabem é que elas têm a principal ferramenta para conquistar e manter estes profissionais: envolvidos, comprometidos e altamente eficientes.

O segredo é ter uma cultura organizacional forte e presente em todas as ações da empresa. Mas afinal o que é a tal cultura que muito se fala hoje em dia? É o conjunto de crenças, valores, diretrizes aplicados no dia-a-dia.

Mas é preciso ficar atento. Não vale ter um discurso bonito e não colocar as ações em prática. É preciso ter coerência, ter alinhamento entre o esperado e o realizado. É necessário viver no dia-a-dia tudo o que se prega como importante para o sucesso da empresa e de seus profissionais.

Quando falamos em espírito colaborativo é preciso mostrar que é uma realidade presente no ambiente corporativo. E estes exemplos precisam sempre estar relacionados a alta liderança. Afinal, eles atuam como espelho e todas as ações que fazem acabam refletindo nas equipes.

Aqui, por exemplo, a reestruturação da cultura organizacional ficou ainda mais forte quando todos perceberam que o Presidente era o maior apoiador do projeto. Ele sempre foi o patrocinador. Comprou a ideia e passou a vivenciá-la no dia-a-dia.

Por exemplo, umas das ações para implantar e reforçar a reestruturação da cultura na empresa foi fazer com que toda a liderança entrasse em imersão (de um fim de semana) para começar a interiorizar todos os itens relacionados a cultura. Além disso, toda a liderança passou por processos de assessment que geraram conteúdo para as sessões de coaching, que, inclusive, o próprio Presidente participou e sempre se manteve aberto para todas as transformações apontadas como necessárias.

Outra ação implantada foi a realização de várias treinamentos e workshops que abordaram temas como: neurociência, gestão de pessoas e de conflitos, gestão de mudanças, feedforward, além de várias dinâmicas entre os gestores para levar para o dia-a-dia dos times.

Com todas essas ações, toda a liderança ficou mais engajada e mais envolvida e, consequentemente, acaba trazendo cada colaborador para mais perto do propósito da empresa. O engajamento passou a ser de todos e, todos, sem exceção, passaram a se envolver mais, a lutar pelos objetivos da organização, a se empenharem para resolver os pontos negativos e a vibrar com as vitórias.

E assim as conquistas passam a ser de todos.

E todos percebem que são parte fundamental para que a engrenagem rode e atinja os objetivos traçados.

E nestes momentos você percebe que todo o esforço e dedicação valeram a pena. Quando você vê que diferentes profissionais, dos mais diversos níveis hierárquicos e áreas, mostram brilho nos olhos e dizem que não formamos só uma empresa, mas sim uma família.

 



Maria Funari - Head de Pessoas e Desenvolvimento Humano na Accesstage

https://site.accesstage.com.br/

 

Para evitar roubo de cargas, empresa cria sistema que dá choque em criminosos


 Blindagem Elétrica garante proteção de cargas e veículos sem oferecer qualquer risco aos seus operadores ou transeuntes


A Blindagem Elétrica é uma invenção patenteada da T4S que promete revolucionar o transporte das cargas mais valiosas. O produto é composto por painéis que revestem todas as faces internas da carroceria “baú” do caminhão, com a missão de proteger carga e veículo com choque elétrico (não letal) de 20 mil volts, não oferecendo qualquer risco aos trabalhadores e transeuntes, razão pela qual também já se encontra devidamente referenciada pelas principais Seguradoras e Gerenciadoras de Risco do país.

A inovação oferece três níveis de proteção, que funcionam simultaneamente, reagindo de forma automática mediante qualquer tentativa de assalto:

  1. Resistência física: através de um mix de materiais que por si só já toma considerável tempo e esforço por parte dos criminosos;
  2. Eletricidade: que será ativada por sensores ocultos e espalhados por toda a carroceria do caminhão;
  3. Inteligência embarcada: menos de 1 minuto de ação dos meliantes já será suficiente para acionar o alerta sistêmico para a Central de Monitoramento e uma estrondosa sirene no local, que, por chamar muito a atenção, aumentará o desconforto e a chance de desistência dos bandidos.

Blindagem ElétricaT4S é acompanhada do Bloqueador T4S, sistema de imobilização veicular. Com o princípio técnico de “roubar o tempo do bandido”, essa solução, também patenteada, integrou de maneira inédita tecnologias conhecidas, como GPRS e Rádio Frequência, destacando-se pela ação surpreendente dos atuadores de bloqueio inteligentes e sem fio, representando um obstáculo intransponível para os meliantes.

As empresas que utilizam a Blindagem Elétrcia T4S conseguiram tornar novamente possível o seguro em rotas críticas aonde eles não eram mais aceitos pelas seguradoras devido ao elevado índice de roubos e a redução do prêmio dos seguros vigentes.

“Como o fator tempo é a chave do sucesso para as quadrilhas, uma vez que precisam sair do local do crime em poucos minutos e em poder do veículo, O Bloqueador T4S dificulta essa rapidez ao criar uma série de dificuldades a quem tenta desativá-lo.” – explica Luiz Henrique Nascimento, diretor da T4S Tecnologia.

Para mais informações basta acessar o site www.t4stecnologia.com.br

 

Telemedicina, fortalecimento do SUS e um primeiro balanço da pandemia

 Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, alertou Camões. Todo o mundo é feito de mudanças. Sem dúvida, em situações extremas, as mudanças são mais rápidas e marcantes, exatamente o que está ocorrendo nesse momento de pandemia mundial. O país está enfrentando sua maior crise sanitária dos últimos 100 anos e, após quase seis meses do reconhecimento do estado de emergência em saúde pública, é possível apresentar um retrato provisório do que se constatou quanto às mudanças no presente e as repercussões futuras.

Primeiro, é essencial que se reconheça a capacidade de organização de demonstrada pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Depois de muitos anos apresentando a redução de leitos hospitalares, foi necessário investir na criação de cerca de 22,8 mil novos leitos de internação para que fossem atendidos pacientes confirmados ou com suspeita de infecção por Covid-19. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM) é a primeira vez, em pelo menos dez anos, que esse tipo de infraestrutura volta a aumentar no País. É fato que muitos desses leitos são provisórios, mas houve uma demonstração de agilidade inconteste.

Há o reconhecimento, inclusive pelo próprio governo, de que a gestão de recursos, o planejamento estratégico, a necessidade de ampliação do uso da tecnologia no Sistema Único de Saúde fará toda a diferença no momento pós pandemia. A sociedade não pode permitir retrocessos quanto a avanços estruturais: a adoção de uma política de atenção primária, como forma de ampliar o acesso à saúde e evitar doenças é essencial. Cidadãos saudáveis adoecem menos.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisaram ser ágeis a fim de editar resoluções e recomendações para que a assistência à saúde prosseguisse. Por parte da Anvisa, foi necessário se posicionar sobre a prescrição eletrônica, prazo de validade de prescrições de medicamentos de uso contínuo, mudanças no e-commerce de medicamentos (inclusive do grupo daqueles de controle especial), orientações sobre medidas preventivas para que não houvesse o aumento de contaminados pelo vírus. Também foi colocada para a autarquia a difícil decisão sobre pesquisas que envolvem vacinas para o vírus do uso de medicamentos como a cloroquina e a hidroxicloroquina. A ANS, por seu turno, falou sobre cobertura de exames para detecção de Covid-19, suspensão de cirurgias eletivas, atendimentos por telessaúde e telemedicina. Todos os órgãos foram pegos de surpresa e buscaram tomar decisões acertadas em prol da população.

Os profissionais da saúde experimentaram diversas mudanças em seu cotidiano. Aqueles que são chamados para a "linha de frente" de hospitais públicos e privados, ao lado dos infectologistas, passaram por batalhas nos prontos-socorros e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para salvar vidas. Já outros médicos estão tendo que se adequar rapidamente ao uso da tecnologia para sobreviver e atender seus pacientes, através da telemedicina.

A regulamentação da telemedicina no Brasil foi acelerada em razão da emergência provocada pela pandemia do Covid-19, reconhecida pela Portaria 188/20 e pela Lei 13.979/20. O isolamento social, necessário para controlar a rápida disseminação do vírus trouxe a urgência de medidas rápidas a serem adotadas pelas autoridades sanitárias, uma delas foi a de permitir a teleconsulta, uma das modalidades da telemedicina. A mais complexa do ponto de vista ético e legal, considerando que extrai da relação médico e paciente um dos seus elementos centrais: o exame clínico presencial.

O uso da telemedicina, apesar de não ser novo no Brasil, passou a ser adotado como a única saída em tempos de crise para profissionais da saúde e pacientes. Essa nova relação também realçou a necessidade de novos protocolos para observância de princípios éticos, bem como para evitar a judicialização com alegação de erro médico (especialmente de diagnóstico) no atendimento a distância.

Hoje, a prática da telemedicina está embasada pela Lei 13.989/2020. A indicação para que a sociedade adotasse o isolamento social como comportamento necessário para evitar a contaminação, por si já seria autorizadora para a prática da teleconsulta e também por se considerar que não havia vedação legal para o atendimento pelo médico utilizando a tecnologia como ferramenta.

Entretanto, para que o médico e paciente tenham segurança, é necessário observar as limitações de uma consulta a distância intermediada por uma tecnologia e os cuidados precisam ser redobrados com relação à segurança de dados e princípios éticos representativos de direitos constitucionais, como a privacidade e a dignidade humana, contemplados de certa forma pela Portaria 467/2020 do Ministério da Saúde. Diversas organizações já estão aplicando o modelo para pacientes que não podem se deslocar ao serviço de saúde e que precisam manter seu acompanhamento médico, com objetivo de controlar os fatores de risco e continuar o tratamento. Números apresentados em recente reportagem da Revista Exame apontam para 1,7 milhões consultas por telemedicina realizadas desde fevereiro. Muitas startups de healtchteach cresceram vertiginosamente e foram investidas por fundos internacionais desde fevereiro.

Mas, o Brasil apresenta ainda gargalos que precisam ser ultrapassados para que seja possível a ampliação do acesso à tecnologia e uso da telemedicina para atendimento em todo território nacional. Um deles está relacionado à existência de banda larga em diversas regiões e do oferecimento de uma internet de qualidade à população. Outra questão que precisa ser discutida está na remuneração dos prestadores de serviço, em especial os médicos, os quais temem ter honorários aviltados com a escalabilidade da prestação de serviços através da telemedicina.

Outro ponto de atenção está no aumento do tráfego de dados pela internet e a necessidade de adoção de práticas seguras de proteção desses dados, considerando que as informações de saúde são classificadas como sensíveis pela lei e merecerem tratamento diferenciado pela Lei Geral de proteção de Dados (13.709/2018).

Empresas e profissionais envolvidos na prestação de serviços de Telemedicina precisam estar atentos à urgência de se adaptarem à legislação e demonstrarem à sociedade que adotaram uma política de privacidade de dados sólida e um programa de governança focado na segurança da informação, pelo princípio da transparência, tão necessário para o chamado tratamento dos dados pessoais.

Ainda na esteira de transformações constatadas na seara da prestação de serviços em saúde, a pandemia também fez crescer a exposição de médicos em redes sociais, proliferaram lives, posts com os mais variados enfoques, alguns distantes das diretrizes éticas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina. Um campo perigoso, pois se faz necessário informar sobre determinado tema, sem sensacionalismo, autopromoção e sem promover a concorrência desleal entre os colegas, conforme disposto na Resolução CFM 1.974/2011. No entanto, quando há uma corrida por número de seguidores e likes, achar o limite para essa exposição não é tarefa fácil e várias novas Sindicâncias estão sendo instauradas pelo Conselhos Regionais de Medicina.

No Brasil, na seara da Saúde, resta acreditar que será possível ao SUS melhorar a eficiência e reduzir desperdícios. Na saúde suplementar, a oferta da telemedicina representará também um novo momento, quem sabe de revisão inclusive na forma de remuneração e aprimorando a assistência ao paciente. Por fim, deverá haver no setor da saúde, uma transformação cultural: o estímulo ao autocuidado e o reconhecimento da importância dos cuidados com a atenção primária. Tudo isso envolve educação tanto dos novos médicos, como dos atuais através de protocolos e guidelines elaborados pelas sociedades de especialidades e, claro, será necessário educar a sociedade em busca do conceito de assistência não centrado na doença. Que venha essa nova era!

 

 


Sandra Franco - consultora jurídica especializada em Direito Médico e da Saúde, doutoranda em Saúde Pública, MBA/FGV em Gestão de Serviços em Saúde, fundadora e ex-presidente da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB de São José dos Campos (SP) entre 2013 e 2018, especialista em Telemedicina e Proteção de Dados e diretora jurídica da ABCIS.

 

Big Data e o futuro da construção civil

Tecnologia e construção civil sempre caminharam lado a lado. Dominar técnicas, ferramentas, materiais e equipamentos possibilitou à humanidade expandir fronteiras, melhorar a infraestrutura das cidades e a qualidade de vida da população – isso sem falar nas grandiosas obras arquitetônicas que impressionam o mundo com suas belezas.

Com o passar do tempo, essa ligação entre tecnologia e construção civil foi se tornando cada vez mais próxima, de modo que hoje é impossível desassociá-las. A inovação é sempre o objetivo do setor, que vê como resultado a melhora da qualidade de materiais de construção, equipamentos mais precisos e a otimização de tempo e recursos que resultam na redução do custo das obras.

Historicamente, a construção civil sempre agiu como um forte motor da economia. A Revolução Industrial, na Inglaterra do século 18, só foi possível devido ao acúmulo de capital e a situação geográfica do país, com fácil acesso às mais importantes rotas de comércio internacional. Sem a construção de vários portos ao longo do território, nada disso teria sido possível. No Brasil, podemos citar como exemplo a economia cafeeira, no início do século 20, que surgiu com a expansão das ferrovias, especialmente no Oeste Paulista.

No século 21, o que despontou como o maior interesse das empresas, independentemente do porte ou mercado de atuação? Dados, informações. Com eles, fica mais fácil estudar estratégias, entender as demandas dos clientes, criar perfis de usuários, expandir marcas e muito mais. Não à toa, países em todo o mundo vêm desenvolvendo legislações específicas para esse tipo de assunto – no Brasil, por exemplo, entrou em vigor recentemente a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

A construção civil é um setor que ainda não se conscientizou da quantidade de dados que produz. E, muitas vezes, essas informações estão concentradas nas maiores empresas, perpetuando um ciclo de domínio no mercado que impede as menores de crescer. Mas, com acesso a informação, isso pode mudar. É assim que ganha destaque a tecnologia Big Data, capaz de compilar uma grande quantidade de dados, gerar relatórios, criar estatísticas e fazer previsões.

Imagine que uma empreiteira está construindo um edifício comercial em determinada região. É interessante para ela saber quais as lojas de materiais de construção mais próximas e com produtos a melhor preço – da mesma forma, o varejo local tem interesse em saber qual a demanda dessa construção, que materiais precisa etc. Note como vários fatores podem influenciar nessa compra: valores, prazos, quantidade de materiais disponível a pronta-entrega, condições de pagamento. Mas só é possível tomar a melhor decisão para o projeto quando se tem as informações mais apuradas sobre as ofertas.

Isso precisa estar na palma da mão, disponível com apenas alguns cliques. Ninguém mais espera ter que sair de casa para fazer orçamentos, e alguns telefonemas podem ser evitados se as informações forem de fácil acesso. Se levarmos em consideração a crise econômica em que o Brasil se encontra, torna-se ainda mais necessário garantir assertividade aos investidores: o negócio será o mais barato, eficaz e com a melhor qualidade que você encontrará no mercado – tudo isso com base em dados.

É por isso que acredito no Big Data como futuro da construção civil. Com mais informações, o setor se torna mais democrático para lojistas de todos os portes, empresas fecham os melhores negócios e a economia acelera em um momento crucial. No fim, todos saem ganhando.




Wanderson Leite - CEO da Prospecta Obras. Formado em administração de empresas pelo Mackenzie, ele também é fundador das empresas ProAtiva, app de treinamentos corporativos digitais, e ASAS VR, startup que leva realidade virtual para as empresas.

 

Prospecta Obras

www.prospectaobras.com.br


Tegram e seu benefícios para o Agronegócio Brasileiro

Esta semana foi comemorada a entrega da segunda fase do Tegram,  que envolve a duplicação da linha de embarque para operar simultaneamente mais um berço de atracação de navios.

Marco logístico para o agronegócio brasileiro, o Tegram é uma das maiores obras de infraestrutura para a exportação da safra brasileira de grãos e tem beneficiado diretamente os produtores da região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia) e do Nordeste de Mato Grosso. A proximidade do Itaqui com a nova fronteira agrícola do Brasil gera maior agilidade no escoamento da safra para mercados estratégicos, como o europeu e o asiático. 

A segunda etapa do Tegram envolve a duplicação da linha de embarque para operar mais um berço de atracação de navios, que funcionará de forma simultânea ao berço atualmente em operação. O Novo Tegram terá capacidade para exportar 20 milhões de toneladas de grãos por ano e compreenderá um segundo berço de carregamento e outra linha de recepção ferroviária, aumentando, assim, a prancha de embarque do pier para 5.000 por hora.

 

Compreendendo os estados do Tocantins e Maranhão, o corredor possibilita o escoamento da produção de grãos do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e região do Mato Grosso, Pará e Goiás, pelo Terminal Portuário São Luís. Ao mesmo tempo, viabiliza projetos para o transporte de combustíveis, celulose e minerais. Uma solução de logística que conta com os Terminais Integradores Porto Nacional e Palmeirante, no Tocantins, os Terminais de Carregamento de Porto Franco e Açailândia, no Maranhão, e a Ferrovia Norte Sul (FNS), essencial para a região da nova fronteira agrícola do Brasil.


O Porto do Itaqui, no Maranhão, que já é o maior do Arco Norte em exportação de soja, deve ampliar a sua operação com a oleaginosa e também com milho e farelo na safra 2019/20. A estrutura representou um investimento de 267 milhões de reais, sua nova capacidade irá permitir que o Porto esteja preparado para atender demandas de produção de grãos no Mato Grosso, Pará, e MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia).

O consórcio que administra o Tegram é formado pelas empresas Terminal Corredor Norte (ligada à trading NovaAgri, do grupo japonês Toyota Tsusho), Glencore Serviços (da trading Glencore), Corredor Logística e Infraestrutura (braço de logística do Grupo CGG, que tem ainda uma trading e produção de grãos) e ALZ Terminais Portuários (das tradings Amaggi, Louis Dreyfus e Zen-Noh Grain).

O Tegram tem seguido o ritmo de exportações recordes do Brasil, maior exportador global de soja, e divide um protagonismo crescente com outros portos do Norte/Nordeste, como Barcarena (PA). Enquanto o porto paraense recebe mais cargas pelo corredor hidroviário Miritituba-Barcarena, o Tegram conta com ferrovia, operada pela VLI, e rodovia, captando cargas principalmente do Tocantins, Piauí, Maranhão e Bahia.

Por fim, é importante levar em conta que o  porto do Itaqui  é  fundamental para atender ao corredor centro-norte de produção, que compreende Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), Mato Grosso, Pará e Goiás e se desenvolve na espinha dorsal da ferrovia norte-sul.  

 




 

Dr. Larry Carvalho - Advogado e Árbitro com uma vasta experiência em litígios, com ênfase em transporte marítimo, e um extenso registro de assessoria a clubes P&I, armadores e  afretadores.

 

A preparação da infraestrutura necessária para a Black Friday 2020 - que será diferente de todas as outras

Como será a Black Friday 2020? Essa é a pergunta que todos estão se fazendo, diante do cenário imposto pela pandemia de covid-19. Empresas e consumidores ainda não conseguem prever como será o evento, que já entrou para o calendário do país e, no ano anterior, fez com que o varejo online brasileiro faturasse R$ 3,2 bilhões, segundo dados da EbitNielsen.

A data no Brasil sempre foi muito mais forte no comércio eletrônico do que nas lojas físicas. Com a pandemia, essa é uma aposta quase certa para este ano, uma vez que entre abril e junho, meses de distanciamento social mais intenso, 5,7 milhões de brasileiros fizeram sua primeira compra pela internet, de acordo com uma pesquisa da Neotrust/Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado.

Ao mesmo tempo que aumentaram o número de consumidores, cresceu também a quantidade de lojas atuando online e que, com certeza, pretendem continuar com essa operação para a Black Friday deste ano. Um levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), feito entre 23 de março e 31 de maio, estima que no Brasil surgiu mais de uma loja virtual por minuto desde o início do isolamento social. Nesse período, foram 107 mil novas lojas online criadas para a venda dos mais diversos produtos, como alimentos, bebidas, roupas, calçados e produtos de limpeza.

Nesse contexto, a data realmente se mostra um tanto quanto diferente. Os grandes varejos já iniciam sua preparação de infraestrutura para suportar um grande volume de acessos não só no dia do evento, como também ao longo de todo o mês de novembro, diante da movimentação proporcionada pela Black Friday. Entretanto, planejamento com antecedência, não foi uma realidade para o ano de 2020, diante do cenário inimaginável imposto pela pandemia de covid-19.

O rápido crescimento do e-commerce, fez com que, para os grandes, o investimento em infraestrutura e em melhorias na operação para vencer os constantes desafios do e-commerce relacionados à logística e segurança dos meios de pagamento, tivesse que ser constante nos últimos meses. 

Porém, para os novos pequenos negócios que surgiram, há um cenário de desigualdade de acesso à tecnologia e a soluções eficazes para os desafios de melhorias de entrega e segurança no pagamento. Portanto, a transformação digital desses pequenos negócios continua sendo um desafio para que essa estrutura seja reforçada até a data para garantir que a experiência de compra dos consumidores esteja assegurada.

Em meio ao cenário distinto, os grandes varejistas e as pequenas e médias lojas precisam se preparar para que a data mais uma vez seja de muito sucesso no Brasil por meio de boas experiências desses milhões de novos consumidores online. Para isso, separei algumas dicas para que tenham uma atenção especial na preparação, na própria Black Friday e no pós-evento:


1. CX (experiência do cliente) é a prioridade #1

Na Black Friday o cliente está interessado em obter vantagens por meio de promoções imperdíveis.

Essa é a promessa do evento. Ofereça isso a ele, com ofertas realmente atraentes.

Lembre-se que a compra é somente uma etapa do processo. Preocupe-se também com o envio – essencial quando se fala de e-commerce – e com a entrega: ninguém quer receber algo quebrado ou amassado, por melhor que tenha sido o preço pago pelo produto.

Não esqueça também do pós-Black Friday – onde há um volume relevante de trocas ou ajustes.

Uma boa experiência trará para sua loja um cliente fiel por vários anos.


2. Planeje-se para o evento

O planejamento é fundamental para obter resultados expressivos na Black Friday. Você sabia que neste dia algumas lojas chegam a fazer 6 vezes mais vendas do que em um dia comum?

Prepare seus funcionários e melhore a infraestrutura da empresa. Teste seus sistemas dias antes para não perder vendas por excesso de demanda no grande dia. Garanta sua frente de caixa funcionando 100%. Tenha profissionais de tecnologia presentes o dia todo nas suas principais lojas e tenha equipamentos sobressalentes.

Estabeleça “salas de guerra” com seus gestores dois dias antes. Todos precisam respirar Black Friday e este foco de todos em um objetivo comum fará toda a diferença. Um bom planejamento e muitos testes simulando seus objetivos de vendas te ajudarão a tomar decisões rápidas e certeiras caso alguma crise real apareça.


3. Times bem treinados

A pandemia atual estimulará mais os canais eletrônicos, porém o varejo tradicional sempre tem um peso grande na Black Friday.

Seu time precisará estar pronto para atender com empatia, eficiência, agilidade – e, de forma humanizada e personalizada – seja na loja física, no e-commerce ou por troca de mensagens. Os tempos, expectativas e vocabulário são diferentes para cada meio e com cada pessoa.

Diferentes clientes, em diferentes canais, precisam ter experiências positivas sempre, e o treinamento de seu time é o diferencial para que isto aconteça com sucesso.


4. Multicanalidade – mais do que um canal de comunicação com os clientes

Invista nessa etapa com antecedência, trabalhe na divulgação de seus produtos e/ou serviços, faça campanhas de marketing, crie expectativas em seus clientes. Use meios de comunicação alternativos.

Em plena transformação digital, boa parte das compras são feitas pela internet. Quando o cliente não usa a web para fazer negócio, ele a utiliza para pesquisar, comparar preços, pedir informações e muito mais.

Por isso, trabalhe com mais de um canal de comunicação, tenha presença digital e amplie a cobertura de sua empresa. Tenha um canal telefônico para apoio caso o e-commerce venha a ter problemas.

Você sabia, por exemplo, que nessa época do ano o número de mensagens nas redes sociais tende a disparar? Tenha também cuidado adicional para que os preços nos produtos estejam corretos nas lojas e em todos os canais de comunicação.


5. Seja honesto com seus clientes

Lembra da “Black Fraude”? Os clientes não são bobos, pelo contrário: com amplo acesso às informações, estão antenados. Ofertas mentirosas são rapidamente identificadas e divulgadas nas redes sociais para milhares de pessoas, destruindo reputações que levaram anos para serem construídas. Não crie ofertas falsas.

Por outro lado, tenha um cuidado especial com as Fake News. Caso perceba que sua loja ou marca esteja sendo atacada, use suas redes sociais para reforçar seu compromisso com a verdade e suas ofertas reais. Seja honesto, transparente e prepare promoções e descontos verdadeiros e chamativos.

A Black Friday já se tornou uma data especial para o Varejo brasileiro e estes cuidados valem tanto para um comércio pequeno ou para uma grande rede de lojas.

Desejo muito sucesso para seu negócio na Black Friday!

 




Gustavo Trevisan - Head de Varejo, Bens de Consumo, Mídia e Telecom para o Brasil na Tata Consultancy Services (TCS).

 

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