Pode não parecer, mas a calvície feminina é
muito comum entre a população. Velha conhecida dos homens, a alopecia
androgenética, como também é chamada, afeta cerca de 30% a 40% das mulheres,
prevalecendo em pacientes caucasianas e sendo mais rara em asiáticas e
afrodescendentes.
A dermatologista,
Dra. Darleny Costa Daher, explica que esse problema é caracterizado pela
diminuição da densidade capilar de forma global, poupando a linha de
implantação dos cabelos. “A calvície feminina se manifesta em mulheres
geneticamente predispostas e/ou naquelas que apresentam quadros de
hiperandrogenismo (excesso de testosterona), como na síndrome dos ovários
policísticos”, afirma.
O que acontece?
A raiz do cabelo é
localizada em uma área bastante nutritiva, justamente para que as células se
multipliquem e o fio cresça. As células se renovam na raiz e morrem na ponta do
fio, mas, depois de um período, o fio cai e um novo nasce em seu lugar.
Quando a
testosterona atinge o couro cabeludo acontece a ação de uma enzima, fazendo com
que surjam substâncias que influenciam na raiz do couro cabeludo. Essas
substâncias provocam a morte ou reduzem a velocidade de multiplicação das
células da região, e o resultado disso são cabelos finos, ralos e com o
crescimento muito lento.
Quando procurar um especialista?
É considerado
normal que todos os dias as pessoas percam cerca de 100 a 150 fios. Mas,
segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), essa perda deve ser um
sinal de alerta quando os fios começam a se acumular no ralo da pia, do
chuveiro, na escova, nas roupas ou no travesseiro. Outro indício de que a
pessoa deve buscar ajuda é quando caem tufos e todo o cabelo começa a ficar
muito ralo.
Diagnóstico
Para o
diagnóstico, recomenda-se exames clínicos e laboratoriais, como a análise de
fios por meio do tricograma. Em alguns casos específicos, uma biópsia do couro
cabeludo também é recomendada.
Tratamento
Os tratamentos
mais usados são com o minoxidil; a espironolactona, que tem um efeito
antiandrogênico; assim como os anticoncepcionais e o acetato de ciproterona.
Quando a mulher está na menopausa, o indicado é a finasterida.
“É importante que
o tratamento seja iniciado o mais precocemente possível, para promover a
estabilização do quadro e evitar a progressão da calvície”, aconselha a Dra.
Darleny.
Perucas, apliques e transplantes capilares
O transplante
capilar é indicado quando a área doadora é satisfatória, ou seja, quando há
superfície do couro cabeludo que possua cabelo suficiente para doar os fios
para serem transplantados na parte calva.
Segundo a Dra.
Darleny, as perucas são indicadas em casos mais avançados de calvície, quando o
transplante capilar é inviável. Deve-se ter cuidado com apliques, pois o seu
uso prolongado pode levar a um quadro de alopecia cicatricial, que é a perda
definitiva dos fios.
Dra.
Darleny Costa Daher - Formou-se na Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), em 2006. O estágio
opcional supervisionado foi feito no Instituto de Dermatologia Prof. Rubem
David Azulay da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro/RJ (2006). Fez
Residência Médica em Dermatologia, de 2008 a 2011, no Hospital Federal dos
Servidores do Rio de Janeiro. O estágio supervisionado ocorreu no Ambulatório
Souza Araújo, Laboratório de Hanseníase -IOC/FIOCRUZ (2010), e no Ambulatório
de Esporotricose do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas/FIOCRUZ
(2010). Em 2011, adquiriu o título de Especialista em Dermatologia pela
Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Dermatologia. A Dra.
Darleny Costa Daher é, atualmente, médica dermatologista da Clínica Costa
Daher.
Clínica Costa
Daher