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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Multas por embriaguez ao volante mais que dobram em São Paulo



[DADOS PÚBLICOS] 


Autuações saltaram de 3.242 para 8.650. Isso representa uma alta de 167%
A quantidade de motoristas multados por dirigirem sob o efeito de álcool no primeiro semestre deste ano, na cidade de São Paulo, mais do que dobrou na comparação com o mesmo período de 2015.

Em um ano, as autuações realizadas pelo CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito), da Polícia Militar, saltaram de 3.242 para 8.650. Isso representa uma alta de 167%. Entre janeiro e junho deste ano, em média, a cada 30 minutos, um motorista que dirigia após ter ingerido bebida alcoólica foi multado pelo órgão.

É o que aponta levantamento inédito feito pelo Fiquem Sabendo com base em dados do CPTran obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.

Classificado pela legislação brasileira como infração administrativa, e não como crime, dirigir sob o efeito de álcool prevê a aplicação de multa de R$ 1.915,40, além da anotação de sete pontos no prontuário do condutor e da proibição de dirigir por um ano.

Essas punições estão previstas no art. 165 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro) e independem de prova técnica, produzida por testes como o do bafômetro, por exemplo. O testemunho do policial, com base em sinais como a verificação de odor de álcool no hálito ou vermelhidão dos olhos, é o suficiente para que ela seja aplicada.

Já o crime de embriaguez ao volante, previsto no art. 306 do CTB, ocorre quando o teste do bafômetro aponta índice igual ou superior a 0,34 mg/L (miligrama de álcool por litro de ar expelido pelo motorista). No exame de sangue, esse índice tem de ser igual ou superior a 6 dg/L (seis decigramas por litro de sangue).

Um homem de 70 kg que ingerir três latas de cerveja (1.050 mL) já pode apresentar esses índices, segundo a polícia.

Quando a polícia realiza um flagrante de embriaguez ao volante, o motorista é detido. No entanto, como a pena prevista para esse delito é de seis meses a três anos, o próprio delegado pode estipular uma fiança para que o suspeito, após o pagamento, responda à acusação em liberdade.

De acordo com os dados disponibilizados pela CPTran, as prisões por embriaguez ao volante também cresceram no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2015 _só que em uma proporção bem inferior à verificada na análise das multas. Houve um salto de 21% (de 110 para 133 casos) no período.

Os números do Comando de Policiamento de Trânsito mostram que de 2014 para cá tanto as multas quanto as prisões por embriaguez ao volante têm crescido na capital paulista.

Só a multa não gera temor nas pessoas, avalia especialista
A aplicação de uma multa de quase R$ 2.000 não é o suficiente para inibir motoristas que insistem em dirigir após terem bebido. A avaliação é do o presidente da Comissão de Direito Viário da OAB/SP (Seção de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil), Maurício Januzzi.

“A multa, por si só, não gera o temor nas pessoas. A legislação atual, embora tenha passado por alterações nos últimos anos, não é suficiente para coibir a prática de crimes”, diz Januzzi.

Para o especialista, só “a certeza de punição” fará com que a estatística de crimes de trânsito e, consequentemente, a de pessoas mortas e feridas em acidentes, caia no país. “As penas têm de ser alteradas para que o motorista saiba que [a prática desses crimes] vai dar em alguma coisa. A atual legislação não intimida ninguém.”
OUTRO LADO
Procurada para comentar quais fatores, em sua avaliação, influenciaram o aumento das multas e das prisões por embriaguez ao volante, a SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) disse por meio de nota enviada por sua assessoria que o CPTran “otimizou os bloqueios” que realiza em virtude do mapeamento dos locais com maior índice de ocorrências relacionadas ao consumo de álcool.

Leia, abaixo, a íntegra da nota que a pasta enviou à reportagem:

“O Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran) informa que planeja as fiscalizações da Operação Direção Segura por meio de dados de inteligência policial, levando em conta o mapeamento de locais com maior índice de ocorrências relacionadas ao consumo de álcool. Isso otimizou os bloqueios realizados. Houve aumento de 40,7% no número de blitze realizadas pelo CPTran, na comparação de 2014 (1.280 bloqueios) com 2015 (1.801 bloqueios). Consequentemente, as prisões (artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro) aumentaram 354,54% e as autuações administrativas (Art. 165 e 277) 32,32%, no mesmo período. Já no primeiro semestre deste ano foram realizados 1.437 bloqueios, 135 flagrantes pelo artigo 306 do CTB e 8.916 autuações pelos artigos 165 e 277.”

Etiqueta no avião



Consultora dá dicas de etiqueta para que sua viagem de avião não tenha transtornos

Nunca aeroportos do país estiveram tão lotados. Milhares de pessoas viajam para destinos os mais variados durante todo ano. Mas nas férias e nos feriados, o movimento aumenta com viajantes em busca de descanso e diversão. Para superar qualquer problema, é preciso manter algumas regras básicas de comportamento. Quantas vezes, por exemplo, ouvimos casos de pessoas que se excedem na bebida causando tantos inconvenientes, que as vezes se torna até necessária a retirada do passageiro do avião.

Para a consultora Silmara Leite Ribeiro Santos, coordenadora do curso de Etiqueta e Comportamento Corporativo do Centro Europeu de Curitiba, a preocupação com o comportamento em ambientes públicos, neste caso nos aeroportos e aviões, é fundamental e geram simpatia. “Falar de etiqueta no mundo de hoje pode parecer frivolidade. Muitas vezes as pessoas ligam a palavra Etiqueta à ostentação e ao luxo. Puro engano. A boa educação, as normas e regras devem ser observadas e cumpridas para vivermos dignamente em sociedade. A etiqueta é importantíssima em todas as classes sociais, no nosso dia a dia”, afirma Silmara.

Segundo ela, algumas situações tornam-se incômodas para todos os passageiros se não forem bem executadas ou, possivelmente, evitadas durante a viagem, como falar em voz alta, fazer gracinhas com os comissários de bordo e arrumar o bagageiro de mão durante o trajeto. De acordo com a profissional, outras dicas interessantes ficam por conta das roupas que devem ser utilizadas durante a viagem, valorizando peças que prezem pelo conforto. “O ideal é que as roupas sejam de tecidos que não amassem muito. Os sapatos merecem atenção especial, pois precisam ser confortáveis. Botas são desaconselháveis, uma vez que os pés podem inchar. Nem pense em andar pelos corredores descalço ou de meias. Você não está na sua casa”, aconselha.

Confira abaixo algumas dicas de etiqueta para que a sua viagem não cause transtornos:

- Respeite o horário de antecedência em sua viagem (uma hora para voos nacionais e duas horas para voos internacionais);

- Procure levar apenas uma bagagem de mão;

- É interessante deixar todos os objetos metálicos em uma única bagagem. Assim ela será facilmente conferida pelas autoridades, poupando, inclusive, o tempo de quem está atrás de você;

- Se for conversar, respeite os demais. Quanto mais tranquilo e calmo for o ambiente, melhor;

- Entre no avião calmamente procurando sua poltrona. Caso encontre alguém sentado, confira com a pessoa a numeração do seu assento. Gentilmente, diga que deve ter havido algum engano e que aquela poltrona está marcada em sua passagem;

- Quando for deitar sua poltrona, antes dê uma olhada para o passageiro que está atrás de você. Não se espreguice e evite ao máximo bocejar;

- Se por acaso você percebeu que um casal ficou separado ou um filho com os pais, não há nada de errado em se oferecer para trocar de poltrona. Será gentil e elegante de sua parte;

- Modere os movimentos dos braços ao ler jornal e revistas. As pessoas sentadas ao seu lado agradecem. Se for usar qualquer aparelho eletrônico, cuidado no volume que os coloca;

- Evite bebidas alcoólicas;

- Nada de gracinhas e respeite as orientações passadas pelos comissários de bordo;

- Algumas pessoas gostam de tirar fotos durante o voo, em especial os adolescentes. Faça isto de modo discreto;

- Aguarde o avião parar por completo para aí sim, levantar-se e pegar sua bagagem. É desagradável ver as pessoas eufóricas, pegando de qualquer jeito os pertences de mão e atrapalhando os demais e ficando de pé no corredor.

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