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terça-feira, 1 de julho de 2025

Rigor migratório em Portugal acende alerta entre brasileiros: o que muda e como se regularizar

Com o fim da manifestação de interesse e início de expulsões, advogada Elaine Brito explica o que brasileiros em situação irregular podem (e devem) fazer para evitar sanções

 

A recente guinada na política migratória de Portugal provocou insegurança entre milhares de imigrantes, em especial brasileiros, que vivem no país sem status legal definido. Desde abril, o governo português passou a adotar uma postura mais rígida, intensificando a fiscalização e iniciando notificações de expulsão para quem teve o pedido de regularização negado. A manifestação de interesse, principal canal utilizado por estrangeiros para solicitar residência mesmo após entrada como turista, foi oficialmente encerrada em 3 de junho de 2024.

Mais de 34 mil estrangeiros já foram notificados para deixar o país em até 10 dias, sob pena de deportação e restrição de retorno ao espaço Schengen. Ao todo, 184 mil pedidos foram analisados. A medida faz parte do novo Plano de Ação para as Migrações, apresentado pelo governo de Portugal como forma de reorganizar e desburocratizar o sistema migratório, ao mesmo tempo em que fecha as portas para permanências irregulares.

Para a advogada Elaine Brito, especialista em Direito de Imigração e Nacionalidade Portuguesa, a nova postura das autoridades lusas exige um novo olhar dos brasileiros que estão ou pretendem ir ao país. “Portugal deixou claro que não há mais espaço para quem entra sem planejamento e tenta regularizar a situação depois. Agora, é preciso vir com o processo legal já instruído e, para quem já está em Portugal, buscar ajuda especializada o quanto antes”, afirma.


O que fazer se já estiver em Portugal

Segundo Elaine Brito, ainda existem alternativas legais para regularização, mesmo com o fim da manifestação de interesse,  mas cada caso precisa ser avaliado individualmente. “Pessoas que já estão em Portugal podem se enquadrar em outras modalidades de autorização de residência, como vínculos familiares, estudo, contrato de trabalho formal, empreendedorismo ou mesmo por nacionalidade portuguesa”, explica.

A especialista alerta que, para avançar em qualquer uma dessas possibilidades, é imprescindível ter documentos válidos, comprovação de vínculos e apoio jurídico. “A pessoa não deve esperar ser notificada para deixar o país. A regularização espontânea, conduzida por um advogado, pode evitar sanções graves e abrir caminhos que a legislação ainda permite”, diz.

Ela destaca que cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), como os brasileiros, continuam tendo acesso facilitado a autorizações temporárias de residência, desde que tenham entrado legalmente em território português. O novo formato permite residência de dois anos para quem comprovar entrada legal no país, mesmo como turista, e apresenta solicitação junto ao portal da Agência para a Imigração e Mobilidade (AIMA).


Brasileiros serão expulsos?

De acordo com o governo português, não há distinção por nacionalidade na emissão das notificações de saída. Isso significa que brasileiros em situação irregular, cujo processo de residência foi negado ou sequer iniciado, estão sujeitos às mesmas sanções aplicadas a qualquer outro estrangeiro. “A regra vale para todos. O que vai definir a expulsão não é o país de origem, mas o status migratório. Brasileiros que tiveram pedidos indeferidos ou que nunca deram entrada em processos formais correm, sim, o risco de deportação”, confirma a advogada.

Elaine ressalta que, mesmo diante das novas regras, Portugal continua sendo um destino viável para brasileiros, desde que haja preparo jurídico e documental. “Ainda é possível viver legalmente no país, mas com os caminhos certos. A ideia de tentar ‘dar um jeito depois’ não funciona mais. É necessário planejamento, orientação técnica e respeito às exigências migratórias desde o primeiro passo.”

Com atuação jurídica transnacional, Elaine Brito é referência em assessoria a brasileiros que desejam viver, investir e empreender em Portugal. Desde 2018, seu escritório, com sede em Fafe, no distrito de Braga, já conduziu mais de mil processos de legalização, atribuição de nacionalidade e estruturação jurídica para estrangeiros. “Hoje, mais do que nunca, é preciso tratar a imigração com seriedade e estratégia. A legislação mudou, e a resposta das autoridades será cada vez mais rigorosa com quem ignora as vias legais”, conclui.

 



Dra. Elaine Brito - Advogada especializada em Direito de Imigração e Nacionalidade Portuguesa, Elaine Brito é fundadora e CEO do escritório Elaine Brito Advogada, que fica em Fafe, distrito de Braga. Com inscrição ativa nas Ordens dos Advogados de Portugal e do Brasil, atua desde 2018 na assessoria jurídica a estrangeiros que desejam viver, investir e empreender legalmente em Portugal. É licenciada em Direito e Letras pela UERJ, com pós-graduações nas áreas de Direito Processual Civil, Direito dos Contratos e Direito dos Estrangeiros. Ao longo da carreira, já conduziu mais de mil processos de legalização e nacionalidade portuguesa, sendo reconhecida pela atuação técnica, estratégica e personalizada. Além de atender pessoas físicas, também presta consultoria a empresas e investidores. Elaine é hoje uma das principais referências jurídicas na conexão Brasil-Portugal, com atuação voltada à segurança jurídica, planejamento e regularização eficaz de seus clientes.
https://elainebritoadvogada.com/
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