Pesquisar no Blog

quinta-feira, 31 de julho de 2025

Recorde do número de feminicídios em São Paulo reforça o trabalho da Plan Brasil para romper ciclos de violências

 Instituição desenvolve projeto com foco na prevenção a violências contra meninas e mulheres

 

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), mesmo sem a contabilização dos dados de junho, a capital paulista já registra o 1º semestre mais violento de sua história quando o assunto é feminicídios. Ao todo, a cidade teve 29 casos registrados entre janeiro e maio de 2025, o maior número já registrado desde o início da série histórica em 2015. 

De acordo com a lei federal nº 13.104/2015, um assassinato é considerado feminicídio quando cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, ou seja, quando há violência doméstica ou familiar ou quando há menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Apesar do aumento, São Paulo ainda apresenta uma das menores taxas de feminicídio quando comparado a outros estados do Brasil, como a Paraíba e o Amazonas, por exemplo. No ano passado, a média registrada foi de 1,8 caso a cada 100 mil mulheres, entre feminicídios consumados e tentados, segundo os dados Monitor de Feminicídios do Brasil (MFB) do Laboratório de Estudos e Feminicídios (Lesfem). 

O estudo também mostra que o feminicídio é um crime que ocorre, na maior parte das vezes, no ambiente doméstico, uma vez que o agressor costuma ser o companheiro ou ex-companheiro da vítima. Esse aspecto também faz com que domingos e feriados sejam os dias de maior registro de violência contra a mulher.

É a partir desse cenário que a Plan International Brasil, organização não governamental e sem fins lucrativos, há mais de 25 anos no país, atua para romper com ciclos de violências contra meninas e mulheres com diversos projetos pelo Brasil.
 

Jovens Líderes pelo Fim da Violência de Gênero

Com foco no combate às diversas formas de violências contra meninas e jovens mulheres, em parceria com o Ministério das Mulheres, a Plan Brasil desenvolve o projeto “Jovens Líderes pelo Fim da Violência de Gênero”.

Com duração de um ano, a iniciativa impacta diretamente cerca de 700 meninas e jovens mulheres de 18 a 24 anos. Segundo a Plan Brasil, 100 participantes foram selecionadas para uma formação em plataforma online nas temáticas de empoderamento e liderança e prevenção de violência baseada em gênero e canais de denúncia. Após a formação, essas jovens apresentam seus planos de ação para compartilharem os conhecimentos aprendidos para outras meninas e jovens em suas comunidades e dessas, 40 são selecionadas para receberem uma bolsa de incentivo financeiro para disseminar os conhecimentos adquiridos na formação em suas comunidades e territórios, atuando como multiplicadoras de informações sobre direitos e redes de proteção contra a violência de gênero. O objetivo é alcançar um público direto com idades entre 14 e 24 anos, e atingir de forma indireta, por meio das ações e campanhas, 15.300 pessoas. 

De acordo com a organização, o público-alvo do projeto foi definido por fazerem parte de grupos minorizados de todo o Brasil. “Ademais, a iniciativa busca incidir com meninas e jovens dessa faixa etária, pois é o momento e que ocorrem os maiores índices de gravidez não intencional, abusos e violências de gênero”, afirma a especialista em Gênero e Inclusão da Plan Brasil Ana Nery. 

Ainda segundo a especialista, “a iniciativa está baseada na metodologia Escola de Liderança para Meninas da Plan International Brasil, implementada há mais de 8 anos principalmente nas regiões Nordeste, Sudeste e Norte do país e no modelo de implementação Rede Meninas Líderes, que entre 2020 e 2023, alcançou diretamente cerca de 3 mil jovens mulheres e meninas em todo país, e 10 mil pessoas indiretamente”, diz ela. 

Já com relação ao funcionamento do programa, a instituição explica que se baseia em práticas de educação popular, interativas e participativas, centradas em realidades e trajetórias das próprias participantes, oferecendo suporte para que elas desenvolvam e aprimorem seus conhecimentos, atitudes e práticas no que se refere a questões de liderança, igualdade de gênero e prevenção de violências e direito das meninas. “A violência contra meninas e mulheres é um problema estrutural que exige respostas urgentes e efetivas. Nosso objetivo é proporcionar espaços de empoderamento e liderança, além de promover um diálogo aberto com a sociedade e as autoridades locais, compartilhando estratégias de prevenção e apoio para construir um futuro mais seguro e igualitário para todas as pessoas", finaliza Ana Nery.





Sobre a Plan International Brasil

Com mais de 25 anos de atuação no país e presente em mais de 80 países ao redor do mundo, a Plan International Brasil está comprometida em romper os ciclos de violências que afetam meninas, criando um futuro justo, seguro e equitativo para todas as pessoas. Com projetos implementados no Maranhão, no Piauí, na Bahia e em São Paulo, e atuando em rede com o terceiro setor e movimentos sociais, a organização alcança todo o território nacional, inspirando e mobilizando a sociedade para transformar realidades, promovendo o protagonismo das meninas e fortalecendo suas vozes para que possam mudar a realidade ao seu redor.

Considerada uma das organizações mais confiáveis do país, a Plan International Brasil está entre as 100 Melhores ONGs do Brasil e tem a certificação A+ no Selo Doar de Gestão e Transparência. Em 2024, foi reconhecida pela sexta vez como uma das Melhores ONGs do país, e pelo segundo ano consecutivo como a Melhor ONG do Maranhão. Em 2023, também recebeu pela primeira vez o prêmio de Melhor ONG de Defesa de Direitos.

www.plan.org.br.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados