Pediatra professor do curso de Medicina do UNIPÊ
compartilha dicas importantes para incentivar os pequenos.
Os
primeiros meses de um bebê é um dos momentos mais felizes na vida dos pais,
principalmente quando ele começa a engatinhar. Esses sinais antecedem os seus
primeiros passos, porém, para que isso aconteça, é necessário ter alguns
cuidados para garantir que o andar seja seguro e saudável.
De
acordo com Bruno Leandro de Souza, médico pediatra e professor do curso de Medicina
do Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ, geralmente, as crianças de colo
começam a dar seus primeiros passos entre os nove e 15 meses de idade. Por
isso, é importante lembrar que cada bebê possui o seu próprio ritmo de
desenvolvimento.
Para
estimular o andar de forma segura e saudável, os pais podem:
-
Proporcionar um ambiente seguro: livre de obstáculos e objetos perigosos para
que o bebê possa explorar com confiança;
-
Incentivar a posição em pé e o equilíbrio, utilizando móveis firmes e estáveis
para que o bebê possa se apoiar e praticar o ato de ficar em pé;
-
Estimular o engatinhar e a movimentação livre, pois o engatinhar fortalece os
músculos necessários para andar;
-
E deixar a criança passar bastante tempo no chão em superfícies seguras.
“Vale
ressaltar que os adultos devem oferecer apoio físico e emocional, segurando as
mãos do bebê enquanto ele tenta dar os passos. Além disso, é importante
celebrar cada conquista, pois isso aumenta a confiança dos pequenos”, explica o
especialista.
O que não fazer?
“Muitos
pais pressionam ou forçam o bebê a andar antes do tempo. Isso jamais deve
acontecer, uma vez que pode causar estresse e até mesmo lesões”, comenta Bruno
Leandro.
“O
uso de andadores também não é indicado, já que podem atrasar o desenvolvimento
natural da marcha”, indica o especialista.
Além
disso, nessa fase da vida, comparações com outras crianças devem ser evitadas,
já que cada bebê tem o seu próprio ritmo de desenvolvimento e a comparações
podem gerar ansiedade desnecessária.
Quando é a hora de procurar ajuda se o bebê não estiver andando?
O
pediatra frisa: os sinais de atraso não devem ser ignorados. Portanto, se
houver preocupações, é necessário buscar orientação profissional para que
resolver a questão da melhor forma.
Aqui,
o aconselhamento médico é de buscar ajuda pediátrica se o bebê não estiver
andando ou demonstrando interesse em se locomover de forma independente até os
18 meses de idade. Esse profissional poderá avaliar o desenvolvimento motor da
criança e identificar possíveis atrasos ou problemas.
“As
razões para o atraso na marcha podem incluir atrasos no desenvolvimento motor
global, problemas musculares ou neurológicos, como hipotonia ou paralisia
cerebral, déficits sensoriais, como problemas de visão ou audição, e fatores ambientais
ou emocionais que podem estar influenciando o desenvolvimento”, alerta Bruno
Leandro.
A
respeito do tratamento, tudo dependerá da causa subjacente identificada.
Abaixo, o médico pediatra lista os métodos mais indicados pelos especialistas:
- Fisioterapia: ajuda a
fortalecer os músculos e melhora a coordenação motora por meio de exercícios e
atividades direcionadas;
- Terapia ocupacional:
foca em desenvolver habilidades motoras finas e grossas, facilitando a
realização de atividades diárias;
- Intervenção precoce multidisciplinar: envolve uma equipe de profissionais, como
pediatras, neurologistas e terapeutas, para abordar diversas áreas do
desenvolvimento;
- Uso de órteses ou equipamentos de apoio: em alguns casos, podem ser recomendados para
auxiliar na postura e no movimento.
“É essencial que os pais proporcionem um ambiente de apoio e encorajamento, respeitando o tempo de desenvolvimento de seu filho. Manter consultas regulares com o pediatra garante o acompanhamento adequado e permite que qualquer problema seja identificado e tratado precocemente. Lembre-se de que paciência e estímulo positivo são fundamentais para o crescimento saudável da criança”, finaliza.
Centro Universitário de João Pessoa
www.unipe.edu.br
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