Especialistas defendem que a proibição não basta e destacam a necessidade de educação digital para preparar estudantes para o uso consciente e produtivo das tecnologias
A recente lei que
proíbe o uso dos celulares nas escolas tem alimentado debates sobre os seus
impactos e a necessidade de repensar a relação entre tecnologia e educação.
Para Thais Pianucci, CEO da Start by Alura, solução de
aprendizado que capacita escolas a ensinar programação desenvolvendo pensamento
computacional, a medida reflete uma resposta inevitável ao uso inadequado dos
dispositivos em sala de aula. "O uso excessivo dos celulares gera
distrações e compromete a concentração dos estudantes, o que tornou necessária
a adoção de medidas mais rígidas. Chegamos a um ponto crítico
em que a única solução encontrada foi a proibição. As leis, em geral, são
criadas para corrigir disfunções na sociedade, e esta surge como uma resposta
clara a um problema crescente", explica.
Neste cenário, a
necessidade de incluir na educação conteúdos que abordem o mundo digital, desde
o funcionamento de algoritmos até o uso criativo e ético das tecnologias.
"Estamos repetindo com a inteligência artificial o mesmo erro que
cometemos com a internet e as redes sociais: disponibilizá-las sem ensinar como
funcionam ou como podem ser utilizadas de forma consciente", alerta
Thais.
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