Instalação em paredes, estruturas elevadas e sistemas integrados às construções estão entre as alternativas para atender a demanda crescente por energia solar
De acordo com a Absolar, a capacidade de geração de
energia solar no Brasil deve crescer 25,6% em 2025, ou 13,2 gigawatts (GW),
puxado pela geração distribuída de pequenas usinas solares instaladas em
telhados, fachadas e terrenos, alcançando uma potência acumulada de 64,7 GW e
se consolidando como segunda maior fonte da matriz elétrica brasileira, atrás
apenas das hidrelétricas.
Um dos desafios do setor, com a demanda por energia
solar cada vez maior, é a questão do espaço para a instalação dos painéis
fotovoltaicos, sobretudo nos grandes centros urbanos. “Geralmente os painéis
solares são instalados nos telhados para que tenham um melhor aproveitamento da
luminosidade do dia, já que a maior incidência de radiação constante é neste
local. Mas caso isso não seja possível e para que todas as pessoas tenham
acesso à autonomia energética que os sistemas solares proporcionam, alguns
modelos de instalação foram desenvolvidos para adaptar a demanda por energia
solar, em locais com espaço reduzido”, explica Rodrigo Bourscheidt, CEO da
Energy+, rede de tecnologia em energias renováveis que oferece soluções
voltadas para a geração de energia distribuída.
Confira onde é possível instalar painéis solares em
diferentes locais com o uso de algumas técnicas.
Paredes - As paredes externas, constantemente expostas ao sol, são boas
alternativas para aproveitar os espaços dos edifícios, por exemplo. “Mas vale
ressaltar que a instalação nesses locais pode exigir suportes adicionais para
garantir que os equipamentos permaneçam estáveis e seguros”, orienta Rodrigo.
Chão ou estruturas elevadas - O espaço do solo de um terreno, quintal, laje, cobertura ou qualquer
outro, pode ser aproveitado. Segundo Bourscheidt, também é possível implementar
em estruturas de aço e treliças ao ar livre, porém é preciso atentar-se às
posições das placas, já que o sol se altera ao longo do dia.
Sistemas integrados às
construções - Os avanços na área de construção civil permitiram
que os empreendimentos mais atuais incluíssem a energia solar em seus projetos.
“Ao invés de adicionar os painéis no final, eles já são incorporados em
jardins, estacionamentos, paredes ou telhados, aproveitando totalmente esses
espaços, contribuindo não apenas para a sustentabilidade como para a
valorização dos imóveis”, destaca o CEO da Energy+.
Energia solar compartilhada - Nesta modalidade há mais de um beneficiário. “Geralmente um grupo de
empresas ou de condomínios investem em um sistema solar para a distribuição
igualitária de todo o potencial energético gerado, aproveitando o mesmo espaço
para a instalação dos painéis fotovoltaicos e, claro, repartindo o valor
investido, proporcionando economia para todos”, destaca Rodrigo.
Usina solar remota - Caso não seja possível implementar o sistema em nenhum lugar, é possível
utilizar a energia produzida em outro local, independentemente da distância.
“Isso funciona quando a eletricidade é produzida em uma sede e distribuída
entre suas filiais, dentro da mesma área da distribuidora da região”, explica
Bourscheidt.
“A falta de espaço para painéis fotovoltaicos é um
problema enfrentado por muita gente quando o assunto é energia solar, mas é
possível driblá-lo com o uso de criatividade e a busca por alternativas que
facilitem esse processo, permitindo às pessoas e empresas usufruírem dos inúmeros
benefícios desta fonte sustentável de energia”, finaliza o CEO da Energy+.
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