Pessoas acima de 60 anos têm mais risco de desenvolver a doença
O câncer de pele pode ser dividido em dois tipos: o não melanoma e
o melanoma. O primeiro é mais frequente e menos agressivo do que o outro, e
manifesta-se como uma lesão parecida com uma ferida, uma espinha, ou uma
verruga, principalmente nas áreas expostas ao sol em pessoas idosas. Segundo
dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de pele não
melanoma afeta mais mulheres, com cerca de 118.570 casos por ano, em comparação
com os homens, que correspondem a 101.920 casos anuais.
Uma explicação para a maior incidência de câncer de pele não melanoma em mulheres é que mulheres costumam ir mais ao médico do que homens, possibilitando o diagnóstico mais frequente e mais precoce. Os cânceres de pele são causados, principalmente, pela exposição crônica à radiação ultravioleta emitida pelo sol, que tem efeito cumulativo na pele e vai provocando danos no DNA das células. Portanto, pessoas acima de 60 anos, que tomaram muito sol ao longo dos anos, têm um risco aumentado de desenvolver a doença.
Segundo o Dr. Denis Ricardo Miyashiro,
dermatologista associado ao centro de Oncologia do Hcor, mulheres tendem a se expor mais à
radiação ultravioleta em câmaras de bronzeamento artificial. “A Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe o uso de equipamentos de
bronzeamento artificial devido ao aumento no risco de queimaduras,
envelhecimento precoce e desenvolvimento de câncer de pele”, explica o
especialista.
Ao considerar que o maior número de pacientes com câncer de pele
faz parte da população acima dos 60 anos, é necessário se preparar para dar
atenção a um número crescente de indivíduos por causa do envelhecimento
populacional, incluindo orientações quanto a cuidados preventivos, diagnóstico
precoce e tratamento especializado. “O risco de câncer de pele vai aumentando
com a idade, mas existem alguns outros fatores relacionados ao surgimento da
doença, além da radiação ultravioleta, como exposição a algumas substâncias
químicas e imunossupressão causada por algumas doenças ou medicamentos.”
Ainda de acordo com o Dr. Denis, quando detectados precocemente, tanto o câncer de pele não melanoma quanto o melanoma são curáveis. Por isso, as medidas de prevenção e o acompanhamento dermatológico são fundamentais para a detecção precoce, quando há maiores chances de cura. O uso regular de protetores solares e proteção física (roupas, bonés, chapéus, viseiras) são as principais medidas para prevenir o câncer de pele.
“Também é importante se atentar para os horários de exposição ao
sol, evitando entre 9 e 15 horas. Reaplicar o protetor solar periodicamente a
cada 2-3 horas, especialmente se entrar no mar ou piscina, e se houver muita
sudorese, principalmente após a prática de atividades físicas ao ar livre.
Estas medidas devem ser adotadas mesmo em dias nublados”, finaliza o médico.
Hcor
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