A biomédica esteta, Jéssica Magalhães, destaca os riscos associados ao procedimento, caso seja feito de maneira incorreta.
Com cada vez mais adeptas (e adeptos) no Brasil, o bronzeamento de fita, também conhecido como "marquinha de fita", tem conquistado as praias e as casas de bronzeamento em todo país. Utilizando como técnica a aplicação de um material adesivo colante no corpo, desenhando simetricamente marcas de biquíni e de sunga, a modalidade usa produtos especiais e a ajuda do sol para o alcance de um bronzeado mais definido.
Contudo, o bronzeamento, se feito sem os devidos cuidados, traz riscos associados à saúde. Caso seja feito de maneira incorreta, o procedimento pode causar vermelhidão, dor, descamação e, em casos graves, formação de bolhas ou queimaduras de segundo grau. Outros problemas são ressecamento da pele, desidratação, fotoenvelhecimento e até alergias cutâneas, devido ao produto utilizado no corpo e o material de aderência das fitas.
Nesse
contexto, a biomédica esteta Jéssica Magalhães orienta cuidados para
realizar o procedimento de maneira um pouco mais segura. “Antes de realizar
o bronzeamento de fita, é importante seguir algumas etapas para minimizar os
riscos à saúde. Então, hidratar bem a pele dias antes do bronzeamento,
aumentando a barreira cutânea da pele e reduzindo as chances de ressecamento;
usar protetores solares físicos em áreas mais sensíveis ou propensas a manchas,
como rosto, pescoço e mãos; e evitar depilação ou realização de procedimentos
como peeling químico ou laser pelo menos 72 horas antes - para prevenir
irritações ou reações adversas são alguns pontos que precisam ser levados à
risca”, explica.
A especialista reforça que o uso de produtos com ácido, como clareadores ou esfoliantes deve ser suspenso por, pelo menos, uma semana antes do procedimento. Já em relação à exposição ao sol, o recomendado é buscar horários de menor intensidade de raios solares, como antes das 10h ou depois das 16h.
A biomédica ressalta que, após o bronzeamento de fita, a pele também precisa de cuidados específicos para se recuperar e manter a saúde, promovendo uma experiência mais segura. “É necessária a hidratação de todo o corpo após a exposição. Pode-se usar um hidratante calmante ou com ingredientes como aloe vera ou pantenol para reduzir o ressecamento e restaurar a barreira cutânea. Também se deve evitar banhos quentes, uma vez que a pele já está agredida e a água quente pode aumentar a irritação. Ademais, o uso de protetor solar diariamente é indispensável para proteger a pele sensibilizada de manchas e ainda mais danos”, orienta Jéssica Magalhães.
Cuidados especiais para a pele negra no
bronzeamento de fita
Para
pessoas com pele negra, o bronzeamento de fita tem alguns riscos associados
caso feito de maneira indevida. Isso porque pessoas com esse tom de pele
apresentam maiores chances de desenvolver problemas como a hiperpigmentação
pós-inflamatória, que ocorre em resposta a danos ou inflamações. Assim,
caso haja irritação ou queimadura causada pela fita adesiva ou pelo sol, podem
surgir manchas escuras que demoram a desaparecer e prejudicam a uniformidade do
órgão.
Desse
modo, Jéssica Magalhães, especialista em pele preta com mais de 10
anos de atuação, salienta que a aplicação diária de protetor solar adequado
para peles negras é indispensável. A biomédica orienta a escolha de produtos
que não deixam resíduos brancos, preferencialmente com FPS 50 ou superior,
para proteger a pele de queimaduras e manchas.
Além
disso, em relação a contraindicações, o bronzeamento de fita não é recomendado
a pessoas com pele sensível ou que apresentem condições como eczema, dermatite
e alergias realizem o procedimento, uma vez que a exposição solar, ou as
lâmpadas de bronzeamento, pode agravar esses tais fatores. Assim, a viabilidade
do bronzeamento deve ser analisada junto a um profissional, visando evitar
possíveis complicações futuras.
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