As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte entre as mulheres no Brasil e nos Estados Unidos, onde são responsáveis por um óbito a cada 80 segundos. Apesar dos dados alarmantes, avanços nas estratégias preventivas têm mostrado resultados promissores, como aponta um estudo recente publicado no periódico internacional The Cancer Journal.
De acordo com a pesquisa,
mulheres que realizam terapia de reposição hormonal (TRH) até 10 anos após o
início da menopausa apresentam uma redução de 52% no risco de desenvolver
doenças cardiovasculares em comparação às que não fazem uso desse tratamento. O
estudo reforça a importância da TRH não apenas como condição para aliviar os
sintomas típicos da menopausa, mas também como um fator protetor significativo
para saúde cardíaca.
Especialistas destacam que os benefícios da TRH
estão atrelados ao tempo de início da terapia. Quanto mais cedo ela é iniciada
após o declínio hormonal causado pela menopausa, maior o impacto na redução dos
riscos cardiovasculares. “É muito comum durante a menopausa as mulheres
apresentarem inúmeros sintomas físicos e, também, questões associadas à mente.
É preciso reconhecer os sintomas e indicar o tratamento adequado para garantir
a melhor condição para cada paciente, revela o Dr. Vinícius Carruego,
ginecologista, diretor-médico da Clínica Elsimar Coutinho SP.
Recentemente, a Diretriz Brasileira de Saúde
Cardiovascular no Climatério e Menopausa reforçou a relevância da terapia de
reposição hormonal como uma estratégia segura e eficaz para mulheres neste
período. De acordo com o documento, não há idade ou duração máxima definida
para o uso da TRH desde que a decisão esteja pautada na manutenção das
indicações e na ausência de contraindicações. Essa flexibilidade permite que o
tratamento seja ajustado conforme às necessidades de cada paciente – com o
objetivo de promover maior qualidade de vida e proteção contra complicações
associadas à menopausa.
O alerta sobre as doenças cardiovasculares nas
mulheres é um lembrete da importância de cuidados preventivos, que incluem
acompanhamento médico regular, hábitos saudáveis e, quando há indicação,
tratamento de reposição hormonal sob supervisão médica.
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