Dermatologista também
destaca a importância do diagnóstico precoce
O
uso diário do protetor solar com fator de proteção a partir de 30, que protege
de 95% da radiação do sol, é a melhor forma de prevenção do câncer de pele. A
recomendação é da dra. Marli Izabel Penteado Manini, dermatologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião
da campanha Dezembro Laranja, de conscientização sobre aquela doença e da
importância de seu diagnóstico precoce.
Segundo a dra. Marli, “as
pessoas loiras, de olhos claros, pele bem clara e aquelas que sofreram muitas
queimaduras provocadas pelos raios solares ao longo da vida são as mais
suscetíveis ao câncer de pele. Embora menos frequente, a doença atinge também
as pessoas de pele negra, portanto todos devem usar protetor solar”.
A
dra. Marli ressalta que também é importante a pessoa se observar. “É
fundamental verificar se há manchas e pintas assimétricas na pele e com
contorno irregular, pintas muito escuras ou com várias cores, aquelas maiores
que meio centímetro; que provocam coceira e sangramento; e as que tenham
surgido e crescido rapidamente ou já existiam, mas mudaram de característica”,
diz a médica.
Mesmo
no caso do melanoma, a forma mais agressiva deste câncer, se for diagnosticado
precocemente, as chances de cura são superiores a 90%. “Portanto, fique atento
aos sinais de alerta e procure o médico o quanto antes, para um diagnóstico
preciso”, recomenda.
O que é
O câncer de pele é provocado
pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele e que
se dispõem formando camadas. São três os tipos mais comuns dessa doença,
divididos de acordo com as camadas afetadas da pele.
“O carcinoma basocelular é o
mais prevalente e surge nas células basais, localizadas na camada mais profunda
da epiderme, que forma a parte superior da pele. Ele tem baixa letalidade e é
curável, se for diagnosticado precocemente. O segundo tipo é o carcinoma
espinocelular, que também tem cura e se manifesta nas células escamosas, que
formam a maior parte das camadas superiores da pele”, explica a dermatologista.
“Já o melanoma é o menos comum, porém mais grave e acarreta maior índice de mortalidade. Ele ocorre nos melanócitos, as células produtoras de melanina. Se não for detectado no início, pode provocar metástase, espalhando-se para outros órgãos, como gânglios linfáticos, pulmão, fígado, cérebro e ossos”, afirma a dra. Marli.
O câncer de pele
não-melanoma ocupa o primeiro lugar entre os tipos de câncer, representando 34%
de todos os diagnósticos dessa patologia no Brasil, segundo o Instituto
Nacional de Câncer. Anualmente, são registrados cerca de 230 mil novos casos.
Destes, 221 mil são carcinomas basocelulares e espinocelulares, os menos
letais, e 8,9 mil são de melanoma, o mais agressivo.
Nas obras
Para os trabalhadores da
construção civil que se expõem ao sol por longos períodos e nos horários mais
críticos, entre 10 e 16 horas, as recomendações da especialista são: reaplicar
o protetor solar a cada duas horas e dar preferência a roupas que cubram os
braços.
O fornecimento de protetor
solar é obrigatório, de acordo com as Convenções Coletivas de Trabalho firmadas
na construção civil, no Estado de São Paulo, e o desafio é motivar os
trabalhadores ao seu correto uso.
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