Estudo da Ipsos foi realizado em 32 países para apontar os profissionais em que as pessoas mais confiam
A pesquisa Ipsos Global Trustworthiness Index 2024, trouxe as percepções de confiança em diferentes profissões em 32
países ao redor do mundo. No Brasil, a maior confiança das pessoas é nos
professores, com 58% das menções, seguidos por médicos (53%) e cientistas
(52%). “Esses dados indicam que a confiança da população brasileira se
concentra em profissionais das áreas de educação e saúde, refletindo a
valorização desses setores no contexto local. A liderança dos professores, no
topo do ranking desde o início da pesquisa, evidencia a percepção positiva
sobre a importância da educação, enquanto médicos e cientistas reforçam a
confiança em áreas essenciais para o bem-estar e desenvolvimento social”,
comenta Marcos Calliari CEO da Ipsos no Brasil.
Outro destaque interessante são os profissionais de atendimento
em restaurantes e serviços de alimentação, inclusos este ano no estudo, e que
estreiam diretamente na quarta posição, sendo considerados confiáveis por 42%
dos entrevistados brasileiros. A opinião sobre motoristas de táxi, outra nova
categoria incluída este ano, porém, é bem dividida, com 22% dos respondentes no
Brasil confiando e 28% desconfiando desses profissionais.
Já no fim do ranking, os políticos apresentam o índice mais elevado de desconfiança, com 67% dos brasileiros expressando falta de confiança e somente 13% de confiança, seguidos pelos ministros do governo, com 58% de desconfiança e apenas 16% de confiança. Os policiais também enfrentam uma percepção mista, com 36% de desconfiança e 30% de confiança por parte da população.
Confiança no resto no mundo
Já na média dos 32 países, os médicos aparecem como os profissionais
mais confiáveis, com 58% dos entrevistados classificando a categoria como digna
de confiança. Este é o quarto ano consecutivo em que os médicos lideram no
índice. A pesquisa também mostra que 56% das pessoas confiam em cientistas,
colocando-os na segunda posição, seguidos por professores (54%) na terceira
posição.
Embora estas três profissões se revezem encabeçando os rankings
da maior parte dos países pesquisados – incluindo o Brasil –, a pesquisa revela
algumas diferenças culturais significativas em certas localidades. Nos Estados
Unidos, por exemplo, o ranking é liderado pelas Forças Armadas, que são a
profissão mais confiável para 55% – empatado com os professores. Já em
Singapura, a polícia aparece em 1º lugar com 52% das menções; Enquanto isso,
Japão e Holanda colocam os Juízes no Top 3 dos profissionais mais confiáveis.
Assim como no Brasil, globalmente os políticos continuam ocupando a última posição no índice de confiança, com apenas 15% dos entrevistados expressando confiança na categoria. Desde o lançamento do índice, em 2018, a classe política tem se mantido consistentemente entre as menos confiáveis. Apesar de uma leve melhora nos últimos anos, com um aumento de 6 pontos percentuais, tanto os políticos quanto os ministros do governo seguem com baixos índices de confiança entre a população globalmente.
Influência sem confiança
Outro dado relevante do estudo revela que 58% dos participantes,
globalmente, consideram os influenciadores digitais não confiáveis, colocando
essa profissão na penúltima posição no ranking global de confiança. A
desconfiança é ainda mais acentuada entre os Baby Boomers, com 67% afirmando
que não confiam em influenciadores. Entre os Millennials, esse índice é de 52%,
enquanto na Geração Z, 48% compartilham da mesma visão, contra apenas 20% que
demonstram confiança.
No Brasil, os números são semelhantes: 56% dos brasileiros
desconfiam dos influenciadores, enquanto apenas 16% confiam, deixando os
influenciadores atrás apenas dos políticos como os menos confiáveis no ranking
do país.
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