Pesquisa
indica que 46 mil novos casos de câncer colorretal irão surgir entre 2023 e
2025; entenda como a estomaterapia beneficia o tratamento
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o
Brasil conta com mais de 400 mil pessoas estomizadas. Este quadro é resultado
de condições que exigem a criação de um estoma, uma abertura cirúrgica que
possibilita ao organismo eliminar resíduos.
Entre as causas principais estão as doenças
inflamatórias intestinais, como a Doença de Crohn e a Colite Ulcerativa, e o
câncer colorretal, que demandam a remoção de partes afetadas do intestino para
tratar a condição.
Uma estimativa feita pelo Instituto Nacional de
Câncer (INCA) indica que entre 2023 e 2025 surgirão cerca de 46 mil novos casos
de câncer colorretal, o que equivale a cerca de 10% do total de cânceres
diagnosticados no Brasil, sem contar os casos câncer de pele não melanoma.
Por conta do estoma, diversos pacientes podem
acabar passando pela estomaterapia, especialidade da enfermagem que oferece
cuidados especializados a essas pessoas. O intuito da estomaterapia é auxiliar
no processo de cicatrização de feridas complexas, reduzindo riscos de
infecções.
"O estoma assegura que os resíduos corporais
sejam eliminados adequadamente quando o intestino natural não é mais funcional
ou seguro para essa tarefa. Ele previne complicações potencialmente graves,
como infecções e obstruções intestinais, que podem ocorrer quando partes
danificadas do intestino permanecem no corpo", explica Simone Sousa,
enfermeira e estomaterapeuta do IBCC Oncologia, hospital especializado no
tratamento de câncer localizado no bairro da Mooca em São Paulo.
Qual o foco da
estomaterapia?
Na área da estomaterapia, um dos focos principais é
assegurar que o estoma tenha uma cicatrização adequada para evitar
complicações, como infecções, que podem levar a hospitalizações prolongadas.
Assim como, a abordagem personalizada tem um papel importante também.
“A abordagem personalizada assegura que cada plano
de estomaterapia seja adaptado às necessidades individuais dos pacientes. Isso
inclui a escolha precisa dos dispositivos para coleta de resíduos, o que não só
minimiza o desconforto, mas também aumenta a confiança dos pacientes em suas
atividades cotidianas”, afirma Sousa.
Outro aspecto importante é o suporte emocional,
afinal, viver com um estoma pode ser um desafio emocional significativo, e o
estomaterapeuta pode oferecer um apoio psicológico mais específico com relação
ao estoma, ajudando os pacientes na aceitação e adaptação a seu novo estilo de
vida.
“Este suporte é fundamental para melhorar não
apenas a saúde física dos pacientes, mas também sua saúde mental e emocional,
garantindo uma adaptação mais suave e bem-sucedida às novas circunstâncias, que
podem ou não ser permanentes”, ressalta a enfermeira.
Além do aspecto médico, um estoma bem gerenciado,
juntamente com suporte em estomaterapia, ajuda pacientes a recuperar uma
sensação de normalidade em suas vidas diárias. "Cuidados especializados
auxiliam os pacientes a se adaptarem a mudanças significativas em sua rotina. O
processo envolve conselhos fundamentais sobre diversos aspectos práticos, como
dieta e vestimenta, promovendo bem-estar físico e emocional", finaliza
Sousa.
IBCC Oncologia
https://ibcc.org.br/
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