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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Dolarização do patrimônio ajuda a proteger ativos

A diversificação de investimentos é uma saída inteligente e com benefícios a longo prazo


O mundo passa por um momento de alta volatilidade econômica e desvalorização cambial. Como consequência, a diversificação do patrimônio em moeda forte é uma estratégia eficiente para proteger investimentos. Dolarizar parte da carteira de ativos tornou-se uma forma de diminuir riscos associados ao mercado local e ampliar as possibilidades de investimento em um cenário global.

A dolarização do patrimônio consiste em alocar parte dos recursos em ativos atrelados ao dólar, como ações de empresas norte-americanas, fundos internacionais e ETFs (fundos de índice). Essa prática oferece vantagens como proteção cambial, maior estabilidade em comparação ao real e acesso a um universo de investimentos que supera em muito as opções disponíveis no mercado brasileiro. Além disso, ela pode ser uma alternativa eficaz para investidores que desejam reduzir a volatilidade dos seus portfólios, especialmente em períodos de instabilidade econômica local.

De acordo com Caio Mastrodomenico, consultor financeiro, dolarizar parte do patrimônio é como criar uma reserva de valor sólida e diversificada. “Isso permite ao investidor proteger seus recursos contra oscilações do mercado interno, além de aproveitar oportunidades em economias mais maduras. É uma estratégia que vai além da simples compra de moeda estrangeira; trata-se de abrir portas para um mercado global repleto de possibilidades,” afirma.


Por onde começar

Para quem deseja iniciar o processo de dolarização, o primeiro passo é compreender o próprio perfil de investidor e alinhar os objetivos financeiros à estratégia. Existem diversas formas de dolarizar o patrimônio, como a compra de BDRs (Brazilian Depositary Receipts), fundos de investimento com exposição ao mercado externo e abertura de contas internacionais para acessar diretamente ativos globais.

Especialistas recomendam que a transição seja feita de forma gradual, evitando a exposição excessiva às variações cambiais. Além disso, contar com orientação de profissionais pode ajudar a escolher os melhores ativos e estruturar uma carteira diversificada que maximize os benefícios da internacionalização dos investimentos.


Benefícios de longo prazo

Dolarizar os investimentos oferece proteção contra incertezas econômicas locais, mas também amplia as chances de retorno ao explorar economias e mercados mais estáveis. “Ao investir em ativos globais, o investidor acessa setores como tecnologia, saúde e energia, muitas vezes indisponíveis no Brasil, diversificando ainda mais sua carteira”, destaca Caio.

A estratégia, no entanto, exige atenção a aspectos como custos de transação, tributação internacional e oscilações do mercado cambial. Apesar disso, os benefícios de longo prazo, como maior estabilidade e acesso a oportunidades globais, tornam a dolarização uma alternativa atrativa para investidores que desejam proteger e potencializar seu patrimônio.

 



Caio Mastrodomenico - pós-graduado em mercado financeiro e de capitais e analista político e econômico. Ele também é autor do livro “Me Formei Médico e não Empresário - E Agora?”, onde relata experiências e, ainda, mostra como pavimentar o caminho em busca de um negócio dentro da própria área de especialidade. A obra apresenta uma série de conceitos que auxiliam o processo de inicialização de um empreendimento de forma coerente. As páginas trazem técnicas de gestão, rotinas de atendimento, técnicas de comunicação e ferramentas financeiras que podem auxiliar não só no início da operação, como a manter os números saudáveis através de cálculos de lucro e fluxo de caixa.
Para obter mais informações, acesse o Instagram.



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