A Campanha 2024 reforça o cuidado com o
próprio corpo. O Brasil tem 220 mil novos casos de câncer de pele ao ano, o que
representa 33% de todos os diagnósticos de câncerA campanha Dezembro Laranja deste ano prega a prevenção
e o autocuidado como forma de reduzir a incidência de câncer de pele.
(Crédito: Pexels)
O Dezembro Laranja, campanha nacional de conscientização sobre o câncer de pele, tem como mote em 2024 o autocuidado, reforçando a importância de identificar precocemente alterações na pele. Ele é o mais comum no Brasil, com mais de 220 mil novos casos anuais previstos pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) para o triênio 2023-2025. Apesar disso, quando detectado precocemente, tem altas taxas de cura, o que torna essencial o acompanhamento médico e a adoção de hábitos preventivos. Ou seja, o autocuidado que reforça a campanha deste ano.
De acordo com a dermatologista Carolina Labigalini Sampaio, do Eco Medical Center, o autocuidado vai além do uso de protetor solar e inclui o uso de chapéus, roupas com proteção UV (em especial na praia ou piscina) e a observação regular da pele em busca de manchas ou pintas suspeitas.
“A pele saudável é hidratada, uniforme e sem sinais como descamação, ressecamento, ardência ou danos solares. Para protegê-la, o filtro solar deve ser usado adequadamente, aplicando-se uma camada generosa - o equivalente a três dedos para rosto e pescoço - e reaplicado a cada duas horas, principalmente quando há exposição ao sol, sempre com FPS acima de 30”, explica a médica. Para pessoas com manchas na pele, é indicado o uso de filtro solar com cor, em fatores de proteção mais altos, que promove uma camada de proteção extra à pele.
Carolina também alerta para os riscos do bronzeamento: “Não existe bronzeamento saudável. Ele traz danos ao DNA das células da pele, aumentando o risco de câncer, especialmente o melanoma, o tipo mais letal”. Ela reforça que o mesmo vale para o bronzeamento artificial, em câmaras de luz, que está proibido no Brasil pela Anvisa. E que a única forma de deixar a pele bronzeada com segurança é o uso de autobronzeadores.
Outro
alerta da dermatologista é para os “torrões” que muita gente toma no sol,
inclusive na infância. Essas áreas afetadas pela queimadura excessiva de sol
tornam maior o risco de ter câncer de pele. Mesmo que a pele se recupere da
queimadura e volte ao normal, o risco permanece para toda a vida.
Descobri
o câncer de pele. E agora?
O oncologista Pablo Zanatta, da Eco Oncologia, reforça que o diagnóstico precoce é a chave para o sucesso no tratamento. Mas para isso, é preciso o autocuidado que prega a campanha Dezembro Laranja deste ano. Geralmente quem descobre o tumor é o dermatologista ou cirurgião oncológico, para onde o paciente vai quando desconfia de uma mancha na pele. Em seguida, é preciso entender qual é o tipo de câncer, para que o médico determine qual será a abordagem.
“A maioria dos cânceres de pele é tratada com cirurgia, onde é feita a ressecção do tumor, sempre com margens livres (retirada de uma margem de segurança ao redor), para reduzir o risco de recorrência. Em casos específicos, pode ser necessário complementar com radioterapia ou imunoterapia. Embora os não-melanomas sejam menos agressivos, ainda podem causar metástases (espalhar células tumorais em outras partes do corpo). Já os melanomas têm um risco mais elevado e exigem cuidado intensivo”, explica.
Ele
destaca que a exposição solar é o principal fator de risco, mas fatores
genéticos e alguns tipos de pele (principalmente as mais claras) também são
fatores relevantes.
Sinais
de alerta e prevenção
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) orienta que manchas ou lesões que não cicatrizam, pintas assimétricas ou com bordas irregulares e lesões que mudam de cor ou tamanho devem ser avaliadas por um dermatologista. Além disso, o autocuidado passa por medidas diárias como o uso de protetor solar FPS 30 ou superior, chapéus, e óculos com proteção UV, mesmo em dias nublados.
Somente
a consciência para o autocuidado e prevenção pode ajudar a reduzir a triste
previsão, publicada num artigo científico na revista Jama, que projeta um
aumento de 77% nos novos casos e 90% mais mortes por câncer no mundo até 2050.
E são dados que deverão ser três vezes maiores em países com Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) baixo. Entre os tipos de tumor que mais matam
estão, em ordem: câncer de mama (13,3% dos pacientes no mundo), próstata,
colorretal, pulmão e pele não melanoma.
Eco Medical Center
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